30 de jul. de 2010

ELOY - "The tides Return Forever" - 1994

Eu sou totalmente suspeito e imparcial para falar do Eloy, pois é uma das minhas bandas preferidas, senão a mais, pois foi uma das que segui a mais de trinta anos quando me rendi aos encantos do rock progressivo, portanto vou tenta me controlar e ser o mais parcial possível.

O álbum "The Tides Return Forever", gravado em 1994, ou seja, vinte e dois anos depois do primeiro lançamento e após a edição de verdadeiras obras de arte como o Down, Ocean, Power in the Passion e alguns outros, este apresenta alguns sinais de fadiga e talvez uma perda de rumo, pois se levarmos em conta que a época de seu lançamento não era mais favorável a este tipo de música, impor o talento e a criatividade para as gravadoras não era nada fácil, mas de qualquer forma é um bom álbum que não conta com a melhor formação em minha opinião, mas tendo-se em vista o passado brilhante que a digamos assim, a "grife" Eloy tem e principalmente na figura carismática e genial  de Frank Bornemann, um dos grandes mestres do rock e que nunca abandonou o barco, este álbum merece toda a nossa admiração e consideração por tudo que esta banda nos proporcionou.

Sem dúvida alguma, este álbum está longe de ser o que o Eloy pode produzir, mas o considero um álbum mediano e logo na primeira faixa, "The Day Of Crimson Skies", Michael Gerlach dá um show nos sintetizadores, o que para mim já valeria o álbum todo (pronto, perdi a compostura), mas o três remanescentes da banda não vieram só, pois um grande elenco de músicos foi agregado para poder materializar este álbum e entre estes convidados eu destaco Nico Baretta que se saiu muito bem em sua bateria.

De todo modo, eu acho prudente que cada um que por ventura venha a escutá-lo ou já o conheça há mais tempo, chegue a alguma conclusão sobre a qualidade e validade deste trabalho, mas gostaria de deixar bem claro que esta referência que faço agora é única e exclusivamente dirigido às composições, pois os músicos são de um talento indiscutível, pelo menos em meu conceito.

Musicos:
Frank Bornemann / vocals, guitars
Michael Gerlach / keyboards, vocals
Klaus-Peter Matziol / bass

Musicos convidados:
Nico Barretta / drums
Peter Beckett / vocals (5-6-7)
Tom Jackson / vocals (5-6-7)
Bettina Lux / backing vocals (6)
Steve Mann / acoustic guitar solo (5)
Dirk Michaelis / acoustic guitar (3)
Suzanne Schätzle / backing vocals (6)
Jocelyn B. Smith / vocals (5)
Miriam Stockley / vocals (7)
Ralf Vornberger / acoustic guitar (5)

Track-list:
01. The Day Of Crimson Skies (5:02)
02. Fatal Illusions (9:22)
03. Childhood Memories (6:22)
04. Generation Of Innocence (6:10)
05. The Tides Return Forever (6:40)
06. The Last In Line (4:01)
07. Company Of Angels (9:45)

Link.

"The Tides Return Forever"
"Generation Of Innocence"

29 de jul. de 2010

GLASS HAMMER - "Journey Of The Dunadan" - 1993

O Glass Hammer foi formado a partir da união de dois multi-instrumentistas, Stephen DeArqe e Fred Schendel em 1992 nos EUA, mostrando com muito brilhantismo a vocação para o rock progressivo desde o primeiro álbum intitulado de "Journey Of The Dunadan" editado em 1993 com sua base temática inspirada na célebre obra de J.R.R. Tolkien, "O Senhor dos Anéis" que tanto já foi utilizada como instrumento inspiração para diversas outras bandas.

Seus dois mentores não partiram do zero para formatar o que seria o Glass Hammer, pois bandas como o Kansas, Genesis, ELP e até mesmo o Yes que inclusive teve uma de suas músicas, "South Side Of The Sky" tocada de forma espetacular, inserida no álbum "Culture Of Ascent" de 2007, por sinal o último que tenho notícia, serviram de modelo e inspiração dando um rumo certo ao projeto da dupla que faz parte de uma terceira geração de bandas do gênero.

Isto pode ser notado facilmente no decorrer de seus nove álbuns de estúdio editados até agora e nada como bons exemplos para construir uma sólida carreira, mas sem haver a menor possibilidade de estarem copiando um estilo ou mesmo a forma como executar as músicas, pois fica muito claro a presença da personalidade da banda que apenas adquiriu os conceitos teóricos das grandes bandas do rock progressivo que associados ao talento de Stephen DeArqe e Fred Schendel, colocaram o Glass Hammer entre as melhores bandas desta nova geração.

Em cada álbum produzido, foram inseridos músicos convidados que complementaram a banda, possibilitando dar vida a cada complexa obra que a dupla brilhantemente idealizou e produziu ao longo dos seus dezenove anos de existência.

O álbum "Journey Of The Dunadan" é uma ópera-rock progressiva, com narrativas que entremeiam as músicas que tem forte presença de órgãos e sintetizadores que dão a atmosfera perfeita para a construção musical de um tema épico tão vibrante como é o caso de "O Senhor dos Anéis" e que alguns anos depois renderia uma continuação com o álbum "The Middle Earth Album", editado em 2001 em um formato acústico, totalmente folk, mas muito gostoso de escutar que em breve faço questão de postar aqui no blog.

Músicos:
Fred Schendel / vocals, organ, keyboards, acoustic guitar, recorder, drums
Stephen DeArqe / vocals, synthesizer, bass, trurus pedal, medieval guitar, percussion
Piper Kirk / vocals
Michelle Young / vocals
Basil Clouse / bass on "The Palantir" & "Return Of The King"
David Carter / electric guitar on "Morannon Gate"
Rod Lambert / electric violin on "The Palantir"
Tony Mac / rhythm programming on "Return Of The King"

Track-list:

01. Shadow Of The Past (3:19)
02. Something's Coming (3:18)
03. Song Of The Dunadan (9:13)
04. Fog On The Barrow-Downs (2:33)
05. The Prancing Pony (1:12)
06. The Way To Her Heart (3:31)
07. The Ballad Of Balin Longbear(3:39)
08. Rivendell (3:30)
09. Khazad-Dum (1:24)
10. Nimrodel (4:58)
11. The Palantir (6:39)
12. Pelennor Fields (4:25)
13. Why I Cry (Arwen's Song) (5:20)
14. Anduril (2:02)
15. Morannon Gate (5:41)
16. The Return Of The King (7:55)
17. Why I Cry (Single Edit)(3:58)

Parte 1
Parte 2
Parte 3
Pw: gaxgax

"Pelennor Fields"
"Song Of The Dunadan"

28 de jul. de 2010

JEAN LUC PONTY - "The Acatama Experience" - 2007

Em geral para acalmar os ânimos e poder dar uma respirada, nada como um pouquinho de jazz ou um jazz-rock, que são em geral músicas mais descontraídas, sem aquela tensão e pressão que nosso amado rock progressivo nos proporciona em determinados casos (pelo menos para mim), talvez porque estejamos sempre esperando certo virtuosismo musical ou mesmo pelas temáticas muito extensas, então às vezes eu dou uma parada técnica no rock progressivo, só para dar uma ajustada nos neurônios, botar a cabeça no lugar e retornar a minha realidade musical que é o rock progressivo.

Para tanto, desta vez eu elegi o álbum "The Acatama Experience", que é mais uma pérola que o gênio Frances, Jean Luc Ponty que nos presenteia, como sempre cercado de feras do jazz-rock e desta vez turbinado com convidados muito especiais como Allan Holdsworth e Philip Catherine reforçando o time com guitarras que já algum tempo não eram mais escutadas nos trabalhos anteriores, proporcionando sempre fantásticas sensações com suas composições que com o passar do tempo vão ficando cada vez melhores e atuais.

E neste álbum como era de se esperar, recheado de excelentes musicas, Jean Luc Ponty, retrata de forma brilhante sua experiência ao conhecer o Deserto do Atacama, após um de seus concertos no Chile, dando-se a oportunidade de experimentar improvisações eletrônicas que haviam ficado estacionadas nos anos oitenta e com uma nova roupagem seriam um desenvolvimento de ideias musicais que há algum tempo o perseguia.

Realizar uma peça musical apenas com um violino acústico era outra ideia que também passava por sua cabeça e o próprio JLP em confessa que esta experiência seria um desafio e exigiria coragem dele como se realmente fosse atravessar um deserto e esta experiência está espelhada na música "Desert Crossing".

Com esta oposição entre o acústico e o eletrônico o álbum "The Acatama Experience" nos dá um ótimo momento de reflexão pela sua leveza e simplicidade, mas ao mesmo tempo nos remetendo a uma grandiosidade melódica e rítmica proporcionada por conceitos musicais tão distintos que graças à genialidade de JLP em saber unir as diferenças, e transformou este recente álbum em um clássico do jazz ou do jazz-rock como queiram.

Apenas a título de mais uma curiosidade musical, o título do álbum bem como o de uma das faixas saiu errado, por conta de um engano de algum funcionário da gravadora, pois o nome correto é "Atacama" e não "Acatama" como acabou saindo, deixando Jean Luc Ponty furioso, mas na época quando o engano foi descoberto, já era tarde demais pois um lote inteiro já havia sido produzido e retirá-lo do mercado ia ser um prejuízo muito grande para ser assumido pela competente gravadora.

Músicos:
Jean-Luc Ponty / violin, 5-string electric violin, 5-string acoustic violin, keyboards;
William Lecomte / piano, keyboards;
Guy Nsangué Akwa / bass;
Thierry Arpino / drums;
Taffa Cissé / percussion;

Músicos Convidados:
Allan Holdsworth / guitar (4)
Philip Catherine / guitar (2, 5, 12)

Track-list:
1. Intro
2. Parisian Thoroughfare
3. Premonition
4. Point Of No Return
5. Back In the 60's
6. Without Regrets
7. Celtic Steps
8. Desert Crossing
9. Last Memories Of Her
10. The Acatama Experience
11. On My Way To Bombay
12. Still In Love
13. Euphoria
14. To and Fro

Os links abaixo estão disponíveis originariamente no blog GOOGLEFEST, especializadíssimo em Jazz, Fusion e Jazz-rock, tornando-se uma parada obrigatória, pois há um acervo inestimavel de álbuns por lá.   

Parte 1   
Parte 2
Pass: googlefest

"Desert Crossing"
"Point Of No Return"

27 de jul. de 2010

Solaris - "Live In Los Angeles" - 1996

O álbum "Live In Los Angeles", gravado em novembro de 1995 durante o ProgFest 95, nos mostra um Solaris altamente performático, com uma apresentação impecável, digna das maiores bandas do rock progressivo do planeta, a qual considero como uma das melhores.

Como a apresentação deste show foi logicamente baseada nos álbuns anteriores "Marsbéli Krónikák" e "Solaris 1990" que são uma referência no mundo prog, então o que se poderia esperar deste álbum é tão somente o que há de melhor do Solaris.

O show é aberto com a música "Martian Cronicles Part III", o que já seria o suficiente para tornar esta apresentação imperdível, mas como o Solaris não deixa por menos, logo em seguida vem "Hungarian Dance" para botar lenha na fogueira e não satisfeitos emendam com "M'ars Poetica" que é outra viagem garantida, como sempre com um show de Róbert Erdész nos teclados, acompanhado bem de perto por Attila Kollár com sua flauta enlouquecida.

Para o público poder respirar um pouco, tocam "Duo" que ai é um show de flauta a parte para a seguir, executarem "Bonus Game" que a princípio é bem suave, mas por pouco tempo, pois alucinados sintetizadores são acionados e a loucura começa novamente e desta vez acompanhados da potente guitarra de Csaba Bogdán que dá uma lição de guitarra e para finalizar a primeira parte do show é executada a música "Concerto in E-minor" que é altamente inflamável.

No segundo CD, a música "Undefeatable" dá continuidade ao show de forma incendiária e "If the fog clears away..." que vem em seguida dá uma acalmada na situação com uma melodia que é de arrepiar por sua genial leveza, pois a próxima música, "Apocalypse" como o próprio nome indica é apocalíptica, pois com sua estrutura baseada nos sintetizadores e flauta dando o rumo da situação criam uma atmosfera fantástica, que é complementada pela música "Wizard of Oz" que segura a onda com muita tranquilidade nas afinadas cordas da guitarra de István Cziglán e dos baixos de Gábor Kisszabó e/ou Tamás Pócs, para na sequencia executarem "Mickey Mouse" que é muito boa, mas tem esse título horrível e para acalmar a galera novamente a música "Eden" nos remete a mais uma viagem, assim como a música "The viking comes back..." que é outra carimbada no passaporte para mais um alucinógeno passeio espacial sem sair do lugar e "Solaris" que finaliza o espetáculo de forma brilhante.

Como bônus, foram incluídas duas faixas, sendo uma de estúdio chamada "Beyond..." que inicialmente é levemente jazzística, retornando logo ao padrão de músicas do Solaris e a outra faixa, "in Rio" provavelmente extraída deste mesmo show, é uma lição de flauta nos moldes de "Ian Anderson" complementada por uma Jam session de toda a banda.

E para não cometermos uma injustiça com László Gömör que deu continuamente um verdadeiro show no comando de sua bateria, acredito eu que deva ter perdido uns cinco quilos ou mais, pois acompanhar de forma tão vigorosa a execução de praticamente todas as músicas nas duas horas de show não deve ter sido nada fácil.

Como já escrevi demais para o meu tamanho, para finalizar esta resenha, digo com toda a tranquilidade que este é um dos melhores álbuns extraído de apresentação pública que já ouvi, não só pelo conteúdo que é fantástico, mas também pela qualidade excepcional de gravação em que se encontra. Este é fora de série mesmo.

Line-up:
Attila Kollár - flute
Csaba Bogdán - guitars
Gábor Kisszabó - bass
Tamás Pócs - bass
Róbert Erdész - keyboards
István Cziglán - guitars
László Gömör - drums

Track-list:

CD 1
1. Martian Chronicles - Part III
2. Hungarian Dance
3. M'ars Poetica
4. Duo
5. Bonus Game
6. Concerto In E-Minor

CD 2
1. Undefeatable
2. If The Fog Clears Away ...
3. Apocalypse
4. Wizard Of Oz
5. Mickey Mouse
6. Eden
7. The Viking Comes Back ...
8. Solaris
9. Beyond ... (studio bonus)
10. ....in Rio (show bonus)


"Solaris"
"Eden"

26 de jul. de 2010

ANKH - " ......bedizie tajemnica" - 1998

O Ankh é uma obscura banda polonesa de rock progressivo (???), new prog (???), metal (???), folk (???) ou seja lá o quê for, mas a bem da verdade produzem um som muito interessante, e quando digo som, é som mesmo, pelo menos para mim, pois eu não entendo a língua falada e como atualmente eu ando buscando novas perspectivas musicais, achei este grupo bem interessante e resolvi postar o álbum " ......bedizie tajemnica" que no Brasil foi editado pelo selo Rock Symphony em 1998.

A música deste álbum tem um toque meio cigano ou alguma coisa folclórica da Polônia, talvez pela presença marcante de um violino fazendo contraponto com guitarras bem ao estilo heavy metal que com grande frequência acompanha as músicas e que hora são fortalecidas por um forte vocal masculino e em outros momentos por um doce vocal feminino para complementar a atmosfera cigana.

De certo modo esse grupo deve ter tido alguma influência de bandas como o ELP, King Crimson representado na música "21st Century Schizoid Man", Van der Graaf Generator e até mesmo Rick Wakeman, pois um pequeno trecho da "Viagem ao Centro da Terra" é escutado logo no início deste álbum e de forma bem sutil é possível sentir uma leve presença do punk-rock em algumas músicas.

Quanto aos músicos, essa é a parte mais fácil desta resenha, pois nota-se rapidamente que são excelentes instrumentistas e estão muito entrosados, pois a diversidade das músicas com formatos e ritmos bem diferentes é um conjunto de fatores que complicam a sua composição e execução, mas que por outro lado agregaram uma riqueza muito grande às músicas deste álbum.

Como achei pouquíssimas referencias a respeito desta banda e principalmente sobre este álbum, todas as impressões são fruto direto do meu entendimento sobre o que escutei e possivelmente podem não estar refletindo as principais características e a real proposta desta banda, portanto eu sugiro que cada um que por ventura escute este trabalho tire sua próprias conclusões.

Musicos:
Piotr Krzemiñski / guitar, vocals
Micha Jelonek / violin, keyboards
Krzysztof Szmidt / bass
Andrzej Rajski / drums, percussion, keyboards
£ukasz Lisowski / viola
Adam Rain / percussion
Agnieszka Dudek / vocals

Track-list:
01. Blaza II
02. Lancelot
03. Blaza 12
04. W Grocie Krola Gor
05. Blaza 13
06. Tajemne Slowo
07. Swiat Sen
08. Blaza 21
09. Western Pop Noc
10. Blaza 22
11. Balladess
12. 21st
13. Gekko
14. Pulsochordofon
15. Templum
16. Blaza 41
17. Blaaza
18. Blaza 42
19. Enosz
20. Blaza 43
21. Blaza I
22. Swiat Sen 2
23. Blaza 2

Link.

"Lancelot"

23 de jul. de 2010

PENDRAGON - "Acoustically Challenged" - 2002

Este álbum "Acoustically Challenged", constituido por apenas duas guitarras acústicas e um teclado, surpreende pela sua simplicidade, mas ao mesmo tempo como está carregado de fortes emoções, tendo em vista o talento de quem às executou, não dando aquela péssima impressão dos álbuns acústicos produzidos pela MTV.

Isto talvez ocorra, por estarmos nos referindo aos músicos do Pendragon, banda integrante da nova geração de grupos de rock progressivo que em muitos casos tem como fonte de inspiração os grandes nomes do passado, associados ao próprio talento e atualizados para atender a uma nova realidade musical que predomina atualmente no mundo do rock.

Este é álbum que pode facilmente agradar a aficionados ou não do rock progressivo, não só pelo formato de como foram rearranjadas as musicas apresentadas que em sua estrutura original tem certa complexidade, mas principalmente pela brilhante forma como os músicos às executaram, permitindo um bom momento de relaxamento e reflexão sobre algum tema, por conta da leveza deste trabalho.

O vídeo postado abaixo não corresponde a esta apresentação, mas está tão intimista quanto a este show, com Nick Barret descendo do pequeno palco para cantar junto à plateia. Vale a pena dar uma conferida.

Músicos:
Nick Barret: vocal e guitarra;
Clive Nolan: teclados e vocal
Peter Gee: guitarra

Track-list:
1. And We'll Go Hunting Deer
2. Fallen Dreams and Angels
3. Man of Nomadic Traits
4. World's End
5. Voyager
6. Alaska
7. Pursuit of Excellence
8. 2 Am
9. Dark Summer's Day
10. Unspoken Words

Link.

"2 AM"

22 de jul. de 2010

CAMEL - "A Live Record" - 1978

Este álbum tem um significado muito grande para mim, pois foi o segundo álbum do Camel que eu tive acesso, logo após ter conhecido e escutado muito o álbum "Moonmadness" que é uma joia raríssima do cenario progressivo.

O que aconteceu foi o seguinte, comecei a escutar o álbum  "A Live Record" obviamente pelo disco 1, lado A, depois o lado B, passei para o disco 2, escutei o lado A, até ai tudo bem, quando passei para o lado B, os problemas começaram, pois eu não conhecia nenhuma das músicas e sem eu saber, por um erro de fabricação, o lado B estava prensado de traz para frente, então o que se escutava era muito esquisito e logicamente eu achei aquilo uma coisa horrível, impossível de ser escutado.

Só descobri o acorrido quando por acaso, algum tempo depois  entrando em uma loja de discos lá no Rio de Janeiro que na época, tinha poucas, mas boas lojas de discos, só que infelizmente sem  teve um grande centro musical como a Galeria do Rock aqui em Sampa que resolve de "A" a "Z" o problema de qualquer roqueiro, então às vezes era complicado ter acesso a este tipo de música, como estou afastado a um bom tempo do Rio, espero que esta situação tenha melhorado.

Logo dei de cara com um álbum do Camel que eu não conhecia, chamado "The Snow goose" e reconhecendo o nome de algumas das músicas, lembrei-me do álbum  "A Live Record" e pedi para o cidadão que me atendia botar na vitrola só para ter certeza que era o que tinha escutado e lógico, não era o que havia escutado e naquele momento eu estava diante de um dos melhores trabalhos do Camel, senão o melhor.

Eu acho que ainda tenho este LP e se assim for, dou uma ripada para mp3 e eu completo a postagem com o disco 2 lado B prensado ao contrário, para quem nunca teve a oportunidade de escutar, poder se divertir um pouco.

Curiosidades a parte, o álbum "A Live Record" é fantástico, está recheado com as melhores músicas do Camel, sacadas logicamente da fase mais inspiradora da banda, contando praticamente com sua formação clássica e com uma apresentação impecável e exemplar, ou seja, é um álbum que não pode faltar na coleção, super-recomendado, inclusive para quem não tem muito contato com o rock progressivo.

Músicos:
Andrew Latimer: Guitarra, Flauta, Voz
Peter Bardens: teclados
Doug Ferguson: Bajo
Andy Ward: Batería, percusión
Mel Collins: saxofones, flauta
Richard Sinclair: Bajo, Voz

Track-list:
CD 1
01 - Never Let Go (7:21)
02 - Song Within A Song (7:01)
03 - Lunar Sea (8:56)
04 - Skylines (5:38)
05 - Ligging At Louis' (6:34)
06 - Lady Fantasy (14:15)

CD 2
01 - The Great March (1:45)
02 - Rhayader (3:07)
03 - Rhayader Goes To Town (5:13)
04 - Sanctuary (1:09)
05 - Fritha (1:23)
06 - The Snow Goose (3:02)
07 - Friendship (1:35)
08 - Migration (3:52)
09 - Rhatader Alone (1:47)
10 - Flight Of The Snow Goose (2:59)
11 - Preparation (4:10)
12 - Dunkirk (5:26)
13 - Epitaph (2:35)
14 - Fritha Alone (1:22)
15 - La Princesse Perdue (4:46)
16 - The Great March (1:50)

Parte 1, Parte 2 e Parte 3

"Never let go"
"Lunar Sea"
"Lady Fantasy"

21 de jul. de 2010

IQ - "Subterranea" - 1997

Ainda não havia postado nada sobre o IQ e resolvi começar logo pelo álbum mais complicado, intitulado "Subterranea", editado em 1977, por ser o mais conceitual e eclético de todos já editados pela banda.

O IQ nasce em 1982 na Inglaterra carregando uma herança fantástica chamada Martin Orford, que com Mike Holmes formavam o "The Lens" extinto em 1981 e juntamente com Peter Nicholls com uma presença de palco e timbre de voz muito similar a de Peter Gabriel, produziram uma atmosfera bem próxima a do Genesis no início da carreira, sem estar fazendo imitação ou coisa parecida.

Dois outros álbuns, "Tales from the Lush Attic" de 1983 e "The Wake" de 1985 chamam muito a atenção pela forma como foram as músicas e pelo modo que foram executas, realmente lembrando as grandes bandas de rock progressivo do início dos anos setenta e em relação ao primeiro álbum, lembro que em uma ocasião em que estava na Galeria do Rock (SP), ao entrar em uma loja, a música que tocava chamava-se "The Last Human Gateway" contida no primeiro álbum que citei, bem, não deu outra, foi amor a primeira vista e eu na minha santa ignorância nem imaginava de quem poderia ser aquela maravilha.

Para encurtar o imbróglio, o lojista não estava autorizado a vender o CD, pois ele era único, bem como o do álbum "The Wake" e a solução foi gravá-los em fita cassete, coisa que levou uns quinze dias para acontecer, pois eu era o último de uma longa fila de esperta e é claro, quando foi possível eu adquiri os dois álbuns, pois não poderiam falta a minha coleção, bem como o álbum "Subterranea" que é imperdível.

O álbum "Subterranea" é uma demonstração de talento e criatividade, mas principalmente de coragem, pois foi produzido em uma época totalmente avessa a essas extravagâncias musicais, contidas em um álbum duplo, com conteúdo complexo, baseado em temática avançada, com execuções sinfônicas e tudo mais, ou seja, com tudo conspirando contra este tipo música, mas quando a criatividade supera as expectativas, irresistivelmente somos levados a experimentar e ficar encantados com essas joias raras que por vezes somos brindados. 

Este trabalho, gerou uma turnê, "Subterranea Concert", sendo posteriormente gravado em DVD e CD, devido ao grande sucesso de criticas e vendas do álbum de estúdio, bem como pela performance da banda apresentando-se diante de um grande público que seguiu bem de perto esta turnê.

Músicos

Peter Nicholls / lead and back vocals
Martin Orford / keyboards, flute, back vocals
Mike Holmes / guitars
John Jowitt / bass, backing vocals
Paul Cook / drums


Track-list:

CD1
1. Overture
2. Provider
3. Subterranea
4. Sleepless incidental
5. Failsafe
6. Speak my name
7. Tunnel vision
8. Infernal chorus
9. King of fools
10. The sense in sanity
11. State of mine

CD2
1. Laid low
2. Breathtaker
3. Capricorn
4. The other side
5. Unsolid ground
6. Somewhere in time
7. High waters
8. The narrow margin

Link.

"Overture"
"Subterranea"

20 de jul. de 2010

NEKTAR - "Remember the future" - 1973

O Nektar, banda de rock progressivo, tem uma história interessante, pois seus membros que são ingleses conheceram-se na Alemanha e isto ocasionou certa confusão, pois sempre foram considerados como uma banda alemã, engajada no movimento Krautrock, o que foi muito benéfico para grupo, tendo em vista que logo tiveram reconhecimento por toda a Europa por conta desta feliz confusão.

Tudo começou na cidade de Hamburgo por volta de 1965, onde inicialmente um trio foi formado por Derek Moore, Ron Howden e Alan Freeman, nascendo assim o "Prophesy" excursionando por vários locais na Alemanha.

Em 1970 voltaram a Londres e contrataram Roye Albrighton e mudaram o nome da banda para Nektar, mas como as coisas não estava bem na Inglaterra, a banda retornou a Alemanha e coincidentemente reencontrou um velho amigo, Mick Brockett que foi imediatamente convocado a completar o grupo.

Com o prestígio que já tinham conquistado com o extinto "Prophesy", em 1971 lançam seu primeiro álbum intitulado "Journey to the Centre of the Eye" por um selo alemão, obtendo boa aceitação na Alemanha e em seguida em toda a Europa.

Permaneceram na Alemanha até o lançamento de "Remember the future" ocorrido ao final de 1973 e no segundo semestre do ano seguinte atravessaram o Atlântico e foram parar nos EUA para uma série de concertos, coincidindo com o lançamento de seu último álbum nas terras de Tio Sam, com uma aceitação mais que surpreendente, pois o sucesso de "Remember the future" propiciou não só o relançamento de todos os álbuns anteriores como também os que ainda estavam por vir.

O Nektar em meu entendimento faz um progressivo bem clean, suave, sem muitos resbuscados e arabescos, mas com muita consistência e principalmente competência em compor e executar e dirigindo-se especificamente a "Remember the future", caracteristicamente conceitual, com uma música única, dividida em duas partes, não foge a essa percepção que tive da banda e do álbum, ou seja, um álbum muito fácil de escutar, que agrada de primeira, não assustando ouvidos menos acostumados ao rock progressivo.

Finalizando, o Nektar passou por um longo período sem gravar entre 1978 e 2001, voltando a gravar em 2004 e mais recentemente o que consegui apurar da banda é que aparentemente continuam na ativa, é lógico, com algumas alterações na sua formação, tendo lançado um último álbum de estúdio em 2008, intitulado "Book of Days".

Músicos:
Roye Albrighton / lead vocals, guitars
Mick Brockett / lights
Allan "Taff" Freeman / keyboards, backing vocals
Ron Howden / drums, percussion, backing vocals
Derek "Mo" Moore / bass, backing vocals

Track-list:
1. Remember the future (part I) 16:38
a) Images of the past
b) Wheel of time
c) Remember the future
d) Confusion/
2. Remember the future (part II) 18:55
e) Returning light
f) Questions and answers
g) Tomorrow never comes
h) Path of light
i) Recognition
j) Let it grow

Link

"Remember the future" - parte I
"Remember the future" - parte II
"Remember the future" - parte III
"Remember the future" - parte IV

19 de jul. de 2010

JETHRO TULL - "Thick As a Brick" - 1972

Outro dia um comentário muito bem colocado feito em cima de uma postagem que havia feito de outro álbum do Jethro Tull, chamou a minha atenção para um fato que nunca tinha parado para pensar, mas que é uma pura verdade e dizia mais ou menos o seguinte: "o Jethro Tull é um dos grupos mais amados do rock, sendo coisa rara um roqueiro não gostar da banda", isto, dito sabiamente  por "Roderick Verden" a quem aproveito para agradeçer pelo comentário deixado e principalmente por ter me dado inspiração para escrever este artigo.

Se pararmos para pensar a respeito, eu nunca vi em revistas especializadas, programas na TV ou em algum blog ou coisa que o valha, algum comentário ou critica negativa direcionada a banda, relativas a algum escândalo ou atitudes inconvenientes perante o público ou ao órgão de imprensa, mas muito pelo contrário, sempre foram e são até hoje muito bem recebidos por onde passam, talvez até pelo bom humor que Ian Anderson sempre demonstra, logicamente um ou outro álbum pode ter recebido uma crítica menos favorável, coisa normal para qualquer banda.

Pensando nisto, fiquei imaginando qual seria o disco mais amado do Jethro Tull, mas confesso que esse exercício me levou a fazer um brainstorm bem crítico dos diversos álbuns que mais me chamam a atenção e eu ao final das contas eu não cheguei a conclusão de qual seria realmente o melhor.

Estou postando "Thick As a Brick" apenas por ter usado como critérios de desempate o que fosse mais temático e com músicas mais longas e este álbum tem praticamente uma única música dividida em duas partes narrando uma história.
Sem dúvidas alguma, um clássico do rock, com o devido reconhecimento de seu valor musical espalhado pelos sete mares do planeta, mas mesmo assim me deixando em dúvida se seria o melhor álbum da banda ou não, mesmo porque o que pode parecer muito bom para mim, pode não ter o menor significado para qualquer outra pessoa, pois as manifestações artísticas e principalmente a música, nos toca de forma muito peculiar, nos trazendo diferentes sensações e percepções que variam de pessoa a pessoa e isto é algo devemos sempre respeitar.

Obviamente já que não consegui eleger o melhor álbum, isto significa para mim que trabalhos como, This Was; Stand Up (já postado); Aqualung; War Child; Minstrel in the Gallery; Too Old to Rock 'n' Roll: Too Young to Die!; Songs from the Wood; A; Broadsword and the Beast; Crest of a Knave e Living in the Past, estão em pé de igualdade com "Thick As a Brick" , cada um com suas características especificas, impedindo-me de chegar a uma conclusão definitiva.
     
Musicos:
Ian Anderson - Lead Vocals, Acoustic Guitar, Flute, Violin, Trumpet
Martin Barre - Electric Guitar, Lute.
Barriemore Barlow - Percussion, Timpani
John Evan - piano, Hammond Organ, Harpsichord
Jeffrey Hammond - Bass, Vocals
David Palmer - Brass, String Arrangements

Link.

"Parte 1"
"Parte 2"
"Parte 3"
"Parte 4"
"Parte 5"

17 de jul. de 2010

ROGER WATERS - "The Wall Live in Berlin" - 1990

Foi o maior espetáculo do Planeta? Talvez, depende do ponto de vista de cada um. Foi o melhor espetáculo do Planeta? Também depende de cada um que o assistiu e suas experiências anteriores em outros shows já vistos para poder compará-los.

Esses foram os questionamentos que tive quando o assisti pela primeira vez, pois nunca tinha visto algo parecido e com tamanha magnitude, pois o palco era de tamanho monumental, a quantidade de músicos, artistas, técnicos e a quantidade de pessoas que lá foram assistir ao show, esse número ninguém sabe ao certo, pois os organizadores perderam a conta depois de dois milhões de pessoas que haviam chegado por lá.

O show "The Wall Live in Berlin" idealizado por Roger Waters é parte integrante da história da música mundial e ele já está com seu lugar garantido no Olimpo da música, pois realizar uma façanha como esta, não é para qualquer um mortal, tem que ter um algo a mais difícil de explicar, mas que Roger Waters teve e continua tendo, ele conseguiu materializar o show e tendo em vista que não se trata apenas de dinheiro para equacionar uma apresentação como a que foi feita


Acredito que tanto Roger como seus colaboradores não tinham a menor idéia do que poderia acontecer num evento como aquele, em que as pessoas foram chegando em progressão geométrica incalculável e de certo ponto incontrolável se algo desse errado.

Como de fato não aconteceu nada de errado, muito ao contrário, deu tudo mais do que certo, aqueles poucos milhões (essa foi ótima) de privilegiados que ali estavam, foram brindados merecidamente com um show inigualável e em meu conceito insuperável, pois a megaprodução disponibilizada, com efeitos visuais e pirotécnicos incríveis, músicos de primeiríssima qualidade e com uma teatralidade associada ás músicas que um super time de estrelas musicais convidadas proporcionaram e é claro com a presença carismática de Roger Waters no comando das ações, nada poderia dar errado.

O time de estrelas convidadas a que me referi, foi composto pelos Scorpions; Sined O'connor: The Band, Cyndi Lauper; Joni Mitchel; Brian Adams; The Rundfunk Orchestra & Choir; Van Morrison, Thomas Dolby e um sem número de músicos de apoio de primeira a linha que complementaram o espetáculo.

Falar de Roger Waters como pessoa ou de seu talento ou como músico é torna-se totalmente desnecessário tendo em vista os magníficos trabalhos que constam de sua biogarfia  pessoal e musical dentro e fora do Pink Floyd.
 
Track-list:

CD1
01 - In The Flesh - Scorpions
02 - The Thin Ice - Ute Lemper & Roger Waters
03 - Another Brick In The Wall, Pt.1 - Roger Waters (Sax Solo - Garth Hudson)
04 - The Happiest Days Of Our Lives - Joe Chemay, John Joyce, Stan Farber, Jim Haas & Roger Waters
05 - Another Brick In The Wall, Pt.2 - Cyndi Lauper (Solo 1 - Rick Difonzo, Solo 2 - Snowy White, Solo 3 - Peter Wood & Thomas Dolby)
06 - Mother - Sinead O-Connor & The Band (Accordian - Garth Hudson, Backing Vocals - Rick Danko, Levon Helm)
07 - Goodbye Blue Sky - Joni Mitchell (Flute solo - James Galway)
08 - Empty Spaces - Bryan Adams & Roger Waters
09 - Young Lust - Bryan Adams
10 - One Of My Turns - Roger Waters
11 - Don't Leave Me Now - Roger Waters
12 - Another Brick In The Wall, Pt.3 - Roger Waters
13 - Goodbye Cruel World - Roger Waters

CD2 
01 - Hey You - Paul Carrack
02 - Is There Anybody Out There? - The Rundfunk Orchestra & Choir (Classical Guitars - Rick Difonzo & Snowy White)
03 - Nobody Home - Roger Waters (Guitar Solo - Snowy White)
04 - Vera - Roger Waters & The Rundfunk Orchestra & Choir
05 - Bring The Boys Home - The Rundfunk Orchestra & Choir & The Military Orchestra Of The Soviet Army
06 - Comfortably Numb - Van Morrison, Roger Waters & The Band (Guitar Solos - Rick Difonzo & Snowy White)
07 - In The Flesh *
08 - Run Like Hell *
09 - Waiting For The Worms *
10 - Stop * (* - Roger Waters, The Bleeding Heart Band, The Rundfunk Orchestra & Choir & The Military Orchestra Of The Soviet Army)
11 - The Trial - The Rundfunk Orchestra Tim Curry - The Prosecutor Thomas Dolby - The Teacher Ute Lemper - The Wife Marianne Faithful - Mother Albert Finney - The Judge
12 - The Tide Is Turning - Everyone 

Link.
In The Flesh
Run Like Hell

16 de jul. de 2010

PINK FLOYD - "Live in Venice" - 1989

O Pink Floyd para mim deixou a muito tempo de ser uma banda de rock para virar uma espécie de instituição e seu músicos que são a sua essência,  transformaram-se em entidades musicais. 

Eles são amados e idolatrados em todo o planeta, seja qual for a tribo musical  que se faça parte, independente de qualquer tipo de credo que se acredite, pois são irresistíveis e quanto mais o tempo passa, esse sentimento tende a aumentar.

Estão acima de tudo e de todos ( no bom sentido, é claro), não pela extravagância que normalmente observamos em outras bandas de rock de menor quilate, mas justamente pela sobriedade e seriedade que tratam a música e principalmente o seu público.

Acredito que tudo isto é fruto de um trabalho iniciado no final dos anos sessenta, com o psicodelismo em alta, contando a presença de Sid Barrett (falecido) e que em um futuro muito próximo seria substituído por David Gilmour, aliás, Sir David Gilmour que foi condecorado pela Rainha da Inglaterra pelos serviços prestados à musica e ao País.

Outra crença que tenho é que até a saída de Roger Waters da banda, outro gênio da música, colaborou para o que Pink Floyd pudesse evoluir e atingir a um patamar tão alto como o que se encontra, descolado das demais bandas e mesmo estando fora de cena atualmente, muito por conta do falecimento de Richard Wright, perda irreparável que a banda e todos nós tivemos que suportar, esta instituição chamada Pink Floyd continua mais viva do que nunca e  o conjunto de acontecimentos e fatos marcantes ocorridos ao longo dos mais de quarenta anos de atividade conspiraram a favor da banda e de seus membros para deixá-los na condição de serem encarados como a melhor banda de rock de todos os tempos.    

Fico imaginando a emoção das pessoas que tiveram o privilégio de assistir ao LIVE 8, com a presença do Pink Floyd completo, sem mágoas ou rancores do passado, quando da saída de Roger Waters, executando suas melhores músicas.

Falando um pouquinho de Pink Floyd Live in Venice, em geral as apresentações da banda são sempre antológicas, com muita pirotecnia associada às músicas e sempre com execução impecável e este álbum como não poderia deixar de ser, segue o mesmo padrão, ou seja, é fantástico, não só pelas músicas escolhidas e performadas brilhantemente, mas também pelo local escolhido que não poderia ser melhor.

Portanto, não há outra escolha, a única atitude que nós, simples mortais podemos tomar, é de nos levantarmos e aplaudirmos de pé a mais uma pérola Pinkfloydiana.


Track-list:

CD1
01 - Shine On You Crazy Diamond (intro)
02 - Learning To Fly
03 - Yet Another Movie
04 - Round and Round
05 - Sorrow
06 - The Dogs Of War
07 - On the Turning Way
CD2
01 - Time
02 - The Great Gig In The Sky
03 - Wish You Were Here
04 - Money
05 - Another Brick In The Wall part 2
06 - Comfortably Numb
07 - Run Like Hell Band:

Link.
"Comfortably Numb"
"Time"

Quem quiser assistir ao show na integra é so seguir este link.

15 de jul. de 2010

BASIL POLEDOURIS - "Conan o Bárbaro" - 1982

A poucos dias de vontade de assistir pela enésima vez o filme "Conan o Bárbaro", estrelado pelo monte de músculos Arnold Schwarzenegger e que tem uma trilha sonora muito especial que confesso que já tinha esquecido.

Ela foi construída magistramente por Basil Poledouris, um Greco-americano, nascido em 21 de agosto de 1945 no estado americano do Missouri e falecido em 8 de novembro de 2006 em Los Angeles deixando o mundo do cinema e da música órfãos de um grande mestre e compositor.

A brilhante carreira de Basil Poledouris tem início em 1973 com o filme Extreme Close-Up e até 2003, ele compôs nada menos que cinquenta e uma trilhas sonoras de grandes filmes como, Tintorera em 1977; The Blue Lagoon em 1980; Conan the Barbarian em 1982; Conan the Destroyer em 1984; Flesh & Blood em 1985; RoboCop em 1987; The Hunt for Red October em 1990; RoboCop 3 em 1993; Free Willy em 1993; Starship Troopers em 1997; Les Miserables em 1998; Crocodile Dundee in Los Angeles em 2001 e finalmente The Legend of Butch and Sundance em 2003 que são alguns dos filmes que eu conheço.

Ao longo destes trinta anos este compositor em média criou quase dois filmes ao ano, sendo que em 1983 e 1989 e 1997 foram 3 filmes em cada ano e em 1984 e 1996 foram 4 filmes em cada ano e se analisarmos friamente a situação, independente da trilha ser ou não escutável, pois algumas podem estar inseridas na segunda hipótese, temos que levar em conta que este gênio da música tem inspiração e talento transbordando dentro do cérebro para criar tamanha quantidade de música em um curto espaço de tempo, realmente não tarefa para qualquer um mortal.

Conan o Bárbaro, é um filme épico e sua trilha não poderia ser diferente, dada a grandiosidade das cenas do filme e que independentemente do talento de seu astro principal que tinha certa dificuldade em articular as palavras, conseguiu agregar valor às cenas em conjunto com esta fantástica trilha sonora.

Esta obra teve o apoio de uma orquestra de noventa músicos e vinte e quatro vozes que deram vida a este filme de poucos diálogos e cenas épicas recheadas com muita violência e terror.

Em geral eu tenho muita restrição às trilhas sonoras sem a sinergia das imagens, mas neste caso é possível escutar da primeira a última faixa tranquilamente, tendo em vista que estamos nos referindo a músicas de verdade e não a sons que complementaram alguma cena.

Track-list:
1. Anvil Of Crom
2. Riddle Of Steel / Riders Of Doom
3. Gift Of Fury
4. Wheel Of Pain
5. Atlantean Sword
6. Theology / Civilization
7. Wifeing (Love Theme)
8. The Leaving / The Search
9. Mountain Of Power Procession
10. The Tree Of Woe
11. Recovery
12. The Kitchen / The Orgy
13. Funeral Pyre
14. Battle Of The Mounds
15. Death Of Rexor
16. Orphans Of Doom / The Awakening

Link.

"Conan the Barbarian"

14 de jul. de 2010

GENTLE GIANT - "Playing The Fool Live" - 1976

Pelo tempo que o blog está aberto já deveria ter postado algo sobre o Gentle Giant e para corrigir esta imperdoável falha e limpar a minha barra, nada melhor do que começar com "Playing The Fool Live" que é um álbum gravado ao vivo em 1976, reunindo o que há de melhor da música do Gentle Giant.

O Gentle Giant foi formado em 1970 pelos loucos irmãos Shulman, Derek, Ray e Phil que associados a Martin Smith, Kerry Minnear e Gary Green formando sua base inicial com pequenas mudanças ao longo do tempo, produziram doze álbuns até 1980 quando houve a dissolução do grupo.

Eu nem atrevo a fazer comentários a respeito das músicas contidas neste álbum, pois me considero incapaz para esta tarefa, deixando este pesado fardo para quem por ventura leia este artigo e tenha o interesse em tirar suas próprias conclusões sobre o álbum e a banda, deixando um espaço aberto no blog para quem quiser externar sua opinião publicamente.

Mas vale um aviso para quem nunca teve um contato com as músicas do Gentle Giant (se é que é possível), prepare-se, pois a música deles não é para qualquer um ouvinte, pois inicialmente ela é de difícil digestão auditiva dada a sua extrema complexidade construtiva com sua estrutura musical baseada em tons desarmônicos (escutem Free Hands) o que leva algum tempo para treinar o ouvido, não sendo admitidas concessões de espécie alguma para ouvintes casuais.

Passada esta fase, posso garantir que estarão diante de um dos maiores expoentes da cena musical progressiva dos anos setenta, uma super banda que até hoje arrebata uma imensa legião de fãs pelo mundo a fora e o que é mais intrigante é que a cada dia que passa está legião só aumenta, significando que grande parte dos fãs nem era vivo quando a banda estava na ativa há trinta anos passados.

Dizer que este álbum ou a banda são altamente recomendáveis, etc etc e etc....é chover no molhado, mas como sou teimoso e prolixo, digo sem dó nem piedade: escutem muito este álbum!!!! É uma obra prima, realmente imperdível.

Estiveram presentes neste álbum os músicos:

Gary Green: electric and acoustic guitar, 12 string guitar, vocals, percussion;
Kerry Minnear : keyboards, cello, vibes, tenor recorder, vocals, percussion;
Derek Shulman: vocals, alto sax, descant recorder, bass, percussion;
Ray Shulman : bass, violin, acoustic guitar, descant recorder, trumpet, vocals, percussion;
John Weathers: drums, vibes, tambour, vocals, percussion;


Track List:
1. Introduction (0:37)
2. Just The Same (5:20)
3. Proclamation (3:41)
4. Valedictory (1:38)
5. On Reflection (Rearranged) (6:27)
6. The Boys In The Band (15:38)
7. Funny Ways (8:31)
8. The Runaway (3:54)
9. Experience (5:37)
10. So Sincere (5:15)
11. Drum And Percussion Bash (5:03)
12. Free Hand (7:39)
13. Sweet Georgia Brown (1:19)
14. Peel The Paint (1:33)
15. I Lost My Head (5:57)

Link.

"I lost my head"
"Just The Same"
"Free Hand"

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