26 de abr. de 2012

GENESIS - "Live on Centre Esportif de L'Université de Montréal" - 1974

A postagem anterior com um álbum do Pink Floyd levantou nos comentários uma questão a respeito da grandiosidade dos shows de rock com as bandas do passado, envolvendo, Genesis, Yes, Pink Floyd e algumas outras e sua importância como contexto de uma época. 

O Pink Floyd, até “The Wall” com Roger Waters na banda, praticamente se apresentava como um quarteto que usava como pirotecnia, apenas o que mais sabiam fazer, “Tocar”, com uma luz aqui, outra ali, sem muitas alegorias, mas quando se separaram, tanto o Pink Floyd, como Roger Waters isoladamente, transformaram a cena rock em mega-produções, quase “Holywoodyanas”, com diversos músicos adicionais, com pirotecnias além da imaginação, mas que para mim, só servem para encobrir o verdadeiro objetivo de um show de rock, que é ver e escutar de bem perto seus ídolos. 

Qualquer vídeo das antigas do “ELP” mostra apenas, três jovens músicos se expondo ao máximo, com muito pouca produção, mas com um resultado musical fantástico, pois o foco era a música e não “show business”

Ta certo que Keith Emerson, às vezes dava uma exagerada, como por exemplo, tocar seu piano de cauda a uns quatro metros de altura, girando feito um alucinado, em um dos shows da banda, ou mesmo quando começava a destruir seus teclados e continuava a tocar assim mesmo só para ver no que dava e a plateia em êxtase ia ao delírio. 

O Yes neste ponto sempre foi mais comedido e eu concordo com esta atitude, pois sua música, principalmente a produzida na década de setenta, é de um nível de detalhe tão grande, que ou se presta atenção na execução da banda ou então, fica vendo filminhos, luz piscando e outras baboseiras, que só tem uma função, tirar a atenção da música. 

Não estou querendo dizer com isto, que eu não goste de uma cenotécnica aplicada a um show, muito pelo contrário, gosto muito, mas compreendo a ausência dela em determinadas bandas, que preferem ser o centro das atenções, não se escondendo por trás de holofotes e outros acessórios cênicos. 

O Genesis, assim como o Yes, nunca foi muito chegado a grandes produções, além das loucuras que Peter Gabriel cometia nas apresentações, totalmente justificadas, pois ele realmente encarnava o personagem principal de cada música, portanto, as maquiagens, fantasias e adereços que suava, eram mais que necessário, tendo em vista, o clima teatral que as músicas tinham e o efeito criado com alguns poucos holofotes era muito bom. 

Quando o Genesis esteve no Brasil em 1977, por iniciativa do Projeto Aquárius, que era patrocinado pelas Organizações Globo, infelizmente, sem a presença de “Peter Gabriel”, eu lembro que, a apresentação da banda foi feita por um locutor, que dizia o seguinte no final do texto: “Genesis – UM CONCERTO”.

A música de fundo, era a Firebird Suite (muito usada também pelo Yes na abertura de seus shows), neste caso,  tanto a música como o título, foram muito apropriados, pois nesta época era realmente um “Concerto”, só que, de rock, pois as músicas do Genesis nunca foram feitas para pular, dançar ou coisa que o valha, tinha que ficar bem sentadinho e prestando muita atenção.

E por falar em Genesis, consegui desenterrar este bootleg, “Centre Esportif de L'Universite de Montréal”, gravado em abril de 1974, no Canadá, muito provavelmente sendo parte integrante da “Selling England Tour”, tendo em vista quase a totalidade das músicas do álbum de estúdio, “Selling England By the Pound” lançado em novembro de 1973, o que é ótimo, pois é um dos melhores álbuns produzidos pela banda. 

E para selar o espetáculo, logicamente a música, “Supper’s Ready”, a mega suite, na íntegra para o deleite de todos, pois sem dúvidas, se não for a melhor música da banda, com certeza está entre as melhores que produziram. 

Como de costume, um show com muita música, pouco aparato, mas com muita emoção por parte dos músicos e da plateia, pois os shows do Genesis desta época era um acontecimento que gerava muita expectativa, principalmente pelo grupo estar solidamente inserido na cena rock da época, portanto, este bootleg é recomendadíssimo para fãs e afins da banda. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!


Genesis:
Tony Banks – piano, keyboards, backing vocals, acoustic guitar 
Phil Collins – drums, percussion, backing vocals,
Peter Gabriel – lead vocals, flute, oboe, percussion
Steve Hackett – lead guitar
Mike Rutherford – bass guitar, bass pedals, rhythm guitar, electric sitar, cello



Tracks:
Disc 1
01 - Watcher Of The Skies
02 - Dancing Out With The Moonlight Night
03 - The Cinema Show
04 - I Know What I Like
05 - Firth Of Fifth
06 - The Musical Box
07 - Horizons

Disc 2
01 - The Battle Of Epping Forrest
02 - Suppers Ready
03 - Radio Broadcast Announcements

LINK

"I Know What I Like"

"Dancing Out With The Moonlight Night - part 1"

"Dancing Out With The Moonlight Night - part 2"

BY THE POUND - "Na TV" - 2012


By The Pound - Genesis Cover na TV!

Hoje, Ricardo Righi Filho, cantor do By The Pound, e ator de profissão, em rede nacional.

Dia 26/04 (quinta-feira), às 23h na Record, minisérie Rei Davi.

Não percam amigos!

22 de abr. de 2012

VÍDEO DA NOITE - "801 Live - Tomorrow Never Knows" - 1976

Esta é mais uma das várias dezenas de versões de "Tomorrow Never Knows", dos Beatles e desta vez, executada por Brian Eno, Phill Manzanera, Bill MacCormick, Francis Monkman, Simon Phillips e Loyd Watson, quando formavam a banda experimental "801", muito legal...


17 de abr. de 2012

PINK FLOYD - "Live In Montreux" - 1971

Algumas semanas atrás, Roger Waters passou pelo Brasil fazendo um estardalhaço danado, quando apresentou na íntegra, sua opera rock, The Wall, que encantou a todos, principalmente o público mais jovem, não só pelo seu ineditismo musical, mas também por toda a teatralidade empregada. 

Mas como poderia um “velhote” de quase setenta anos, empunhando seu baixo, lotar os estádios por onde passou e atrair tanta gente jovem, que talvez em sua maioria, nunca tenha se dado conta de sua existência? 

Acontece que o “velhote”, além de ser um gênio por natureza, tem uma origem chamada Pink Floyd, e só para refrescar a memórias dos mais desavisados, ele iniciou suas experiências musicais ao final da década de sessenta, ao lado de outro gênio, Sid Barrett, que de tanta genialidade associada às drogas, acabou por enlouquecer completamente, sendo substituído pelo não menos genial, David Gilmour

O Pink Floyd foi para todos os músicos que por lá passaram em seus primórdios, uma escola de música experimental, onde a liberdade de criação era a única regra a ser cumprida, obviamente associada ao talento de cada um. 

Se não fosse assim, álbuns legendários e emblemáticos como, “Atom Heart of Mother”; “Meddle”; “The Dark Side of The Moom”, “Wish You Were Here”; “Animals“ e lógico, o tão afamado “The Wall” de autoria exclusiva de Roger Waters, sequer teriam existido. 

Para entender o fenômeno Roger Waters no Brasil, basta olhar para trás, pelo menos uns quarenta anos e escutar o que faziam quando eram tão jovens como os de hoje, que ficaram encantados pelo show de música, teatro e pirotecnia proporcionado por Roger Waters, portanto, o bootleg, “Pink Floyd Live In Montreux", gravado entre os dias 18 e 19 de setembro de 1971, durante o “Montreux Jazz Festival” na Suíça, servirá como um bom exemplo. 


Este bootleg de apenas seis faixas duração mostra a transição da fase psicodélica para o rock progressivo com muita propriedade e isto pode ser facilmente percebido nas músicas, “Atom Heart of Mother” e “Echoes”, onde o nível de experimentação já não é tão presente e uma temática bem definida é inserida em seus contextos, mostrando o início do amadurecimento da banda que até aquele momento já havia produzido todo o tipo de loucura musical, sendo o que, o ápice da loucura viria em 1972 com o filme documentário, “Live at Pompeii”, postado recentemente, que sintetizaria toda a cena Pinkfloydiana produzida até aquele momento. 

Roger Waters, Nick Mason, David Gilmour e  Rick Wright   
Particularmente, minha preferência entre as dezenas de músicas produzidas pelo Pink Floyd, é justamente a música, “Atom Heart of Mother”, uma mega suíte de mais de vinte minutos de duração, que de tudo tem um pouco, mesclando o jazz com o psicodelismo, ritmando a música com pegadas bem hard rock, mas com o eruditismo do rock progressivo e da própria música clássica, criando uma nova dimensão musical diferente de tudo que eu já havia escutado e pela reação do público ao final desta música, acho que o sentimento foi o mesmo. 

Acredito que com esta breve resenha e principalmente com este bootleg, o entendimento de quem não viveu a cena progressiva dos anos setenta e não acompanhou de perto a carreira de Roger Waters, fique aclarado e entendido o porquê, de tanto espanto e admiração por “The Wall”, que foi lançado em novembro de 1979.


ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Pink Floyd:
Roger Waters
David Gilmour
Rick Wright
Nick Mason

Tracks:
CD1:
1. Echoes 24:52
2. Careful With That Axe, Eugene 13:14
3. Set The Controls For The Heart Of The Sun 14:52
CD2:
1. Cymbaline 13:05
2. Atom Heart Mother 31:49
3. A Saucerful Of Secrets 21:12

LINK

"Echoes"

"Atom Heart Mother Suite Part1 Live at Montreux Jazz Festival"

"Atom Heart Mother Suite Part2 Live at Montreux Jazz Festival"

"Atom Heart Mother Suite Part3 Live at Montreux Jazz Festival"

"Atom Heart Mother Suite Part4 Live at Montreux Jazz Festival"

10 de abr. de 2012

ELOY - "Jubille Gardens" - 1984

Existem algumas bandas que são “mosca branca” quando se quer achar algum material fora de catálogo e o Eloy é uma delas, portanto quando surge alguma coisa a respeito, o melhor que se pode fazer é compartilhar, então, o bootleg, "Jubille Gardens", gravado em 27 de Maio de 1984 vem em um momento de total escassez. 

Apesar de o ano coincidir com lançamento do álbum “Metromania”, não acredito que este show faça parte de uma  possível “Metromania Tour”, pois só há uma única música deste álbum chamada “Nightriders”, o que não teria muito sentido, mas além deste álbum, tem músicas extraídas do “Time to Turn”; “Planets; “Performance” e “Colors”, que são os álbuns imediatamente anteriores, todos da década de oitenta. 

Mas na verdade o que mais importa é que todas as músicas fazem parte da obra do Eloy e principalmente por ter a presença de uma das figuras mais revolucionarias e geniais que a música contemporânea já teve, no caso, Frank Bornemann

E dele, eu sou um confesso, fã de carteirinha, pois mesmo seus trabalhos mais recentes como, “Oceans 2” de 1998 e “Visionary” de 2009, ainda guardam toda a magia contida nos álbuns do início da sua carreira, na década de setenta. 

Apesar de ser de conhecimento geral, que a banda passou por diversas formações, com um entra e sai de músicos, não custa lembrar que Frank Bornemann, além de mentor intelectual de praticamente todas as músicas produzidas, ainda administrou este problema com sua enorme capacidade visionária e com sua inteligência que parece não ter fim, para manter a banda com uma uniformidade musical praticamente impossível de ser mantida, perante tantas mudanças que aconteceram ao longo de quatro décadas. 


Por exemplo, este álbum, está com a sétima formação e ainda estavam no ano de 1984, com treze anos de estrada apenas e doze álbuns de estúdio, o que me leva a crer que conforme sua música foi evoluindo e de certa forma acompanhando as tendências de cada momento, senão ele teria sucumbido nos anos oitenta, ele promoveu esta série mudanças na estrutura da banda para manter-se vivo, alias, diga-se de passagem, vivo até hoje e encantando multidões. 

Por estes motivos e logicamente pelo legado deixado ao longo de mais de quarenta anos de música, totalmente voltada para o perfeccionismo absoluto, pois cada álbum registra o exato momento de uma época sem se preocupar em conseguir um espaço em alguma rádio FM, levando apenas em consideração a sua criatividade e a sua vontade de externar suas viajantes ideias, é o que me leva a estar sempre à caça de algum material inédito. 

Este bootleg foi postado primeiramente no blog, “Blog Stoned”, no dia 9 de abril de 2012, ou seja, há um dia, portanto, que a justiça seja feita em dar os créditos para quem conseguiu desenterrar esta preciosidade musical e principalmente por estar dividindo com todos nós que estamos sempre em busca de algo novo, mas que foi produzido no passado. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Eloy:
Frank Bornemann - guitar, vocals
Klaus-Peter Matziol - bass
Hannes Arkona - guitar
Fritz Randow - drums
Hannes Folberth - keyboards

Tracks:
01. Tunning - Intro -  0:46
02. Through A Somber Galaxy - 5:19
03. On The Verge Of Darkening Lights - 4:10
04. Point Of No Return - 5:44
05. Heartbeat - 6:05
06. Silhouette - 5:15
07. Nightriders - 5:10
08. End Of An Odyssey - 10:06
09. Illuminations - 5:34
10. Drum solo - 3:54
11. Fools - 5:05


"On The Verge Of Darkening Lights"

"Heartbeat"

"End Of An Odyssey"

3 de abr. de 2012

YES - "Live in Auckland" - 2012

Apesar de algumas horas atrás ter feito uma postagem, normalmente não colocaria outra logo em seguida por razões obvias, mas um acontecimento como este não pode esperar um minuto sequer, principalmente quando a banda é a de minha preferência. 

O Yes está de vocalista novo. Mas calma, muita calma esta hora!!!! Não é a tão sonhada volta de Jon de Anderson ao Yes, é apenas mais uma tentativa dos membros remanescentes em manter a banda ativa. 

Desta vez a tentativa é feita “Jon Davison” , vocalista de uma banda “Tributo ao Yes” e para mim, um “Ilustre Desconhecido” e não estou sendo pejorativo, uma vez que, daqui a bem pouco tempo, ele será um "Ilustre Conhecido", só pelo fato de estar junto a algumas lendas vivas do rock, e principalmente  por estar representando mesmo que momentaneamente, um dos simbolo mais emblemáticos do rock, o "YES"
“Jon Davison”

O que se pode esperar???, pois enquanto estou escrevendo esta breve resenha, o download está em curso, portanto, não tenho a menor ideia do que vou escutar, o que é ótimo, pois me desobriga a comentar qualquer coisa desagradável que possa ter acontecido neste show, realizado em Auckland, Nova Zelândia em 1 de abril de 2012, o “dia da mentira”, ou seja, a dois dias atrás, uma vez que as últimas apresentações do Yes com Benoit David nos vocais foram catastróficas. 

O elenco das músicas de uma forma geral, segue o que estavam apresentando na “Fly from here Tour”, com Geoff Downes nos teclados e mais o restante da "Tropa de Elite" e o novato “Jon Davison” , que sinceramente espero que tenha se saído melhor que seu antecessor, que fora dos estúdios, apresentou alguns problemas vocais quando se apresentou em público. 

Esta postagem só está sendo possível, graças à rapidez do blog “The Clock That Went Backwards Again” em disponibilizar este precioso material acompanhado de uma longa resenha, que com certeza será objeto de desejo dos fãs da banda, portanto, a mim só resta agradecer a este blog, que é uma referencia e parada obrigatória, pois lá há um vasto acervo musical que é imperdível.

QUE DEUS NOS PROTEJA E ABENÇOE O "YES" !!!!


Addendun:


Por mais louco e idiota que eu possa parecer, eu ainda não consegui escutar o álbum e muito menos pesquisei quem é Jon Davison, mas como Deus é muito generoso com comigo, tem sempre uma alma iluminada para cobrir as minhas falhas e deficiências, portanto, um comentário feito para esta postagem pelo, Carlos, o “The Ancient” vai complementar esta deficiente resenha: 

“Prezado Mano Véio!!!!!!!!

Jon Davison tem um passado melhor que Benoit David...Alem de participar de uma Banda Tributo chamada Roundabout, Jon Davison tambem integrou outra banda de New Prog, chamada Glass Hammer.

O Glass Hammer está na estrada desde 1993, e ocupa o mesmo nível de outra grande banda chamada Mostly Autumn (que por acaso enviei-lhe um trabalho nos últimos dias do Megaupload). Esta banda seria mais ou menos uma evolução (ou variação) do Yes pós Going for One, com alguns pitacos de Emerson Lake and Palmer. Algo semelhanto ao Marillion de Fisch em relação ao Genesis de Peter Gabriel.

O Glass Hammer inclusive tem alguns trabalhos de capa feitos por Roger Dean, o que aproxima ainda mais a atmosfera da banda ao trabalho do Yes.

A voz de Jon Davison no estúdio chega em muitas vezes a lembrar os trabalhos solos de Jon Anderson...É até um absurdo imaginar que existia um cara na cena musical com o timbre de voz semelhande ao de Jon Anderson, e que passou despercebido por fãs incondicionais como nós...

A diferença entre Jon Davison e Benoit David pode ser vista neste seu clipe acima na interpretação de Wonderous Stories...Esta mesma música gerou uma grande polêmica alguns mêses atrás por causa da péssima performance de Benoit David.

Áliás, é bem provável (apenas estou supondo) que os problemas com a garganta de Benoit David sejam decorridos pelo fato dele estar se esforçando para cantar com timbre semelhante de Jon Anderson, e isso requer um trabalho de voz muito maior...Soma-se o fato da agenda de shows do Yes ser muito maior do que sua antiga banda cover...Vejam as primeiras performances de Benoit David e comparem com as últimas...é nítida a sensação de que o tempo cobrou rapidamente seu preço pelo esforço deste cantor tentar chegar aos níveis de Jon Anderson.

No caso de Jon Davison, creio que sua voz soa realmente igual à de Jon Anderson de forma simples e natural...

O Trabalho da banda Glass Hammer é altamente recomendado para aqueles (inclusive você maninho) que buscam a sonoridade perdida nos aos 70...Já incluí a discografia da banda em meu acervo que contam com 12 álbuns de estúdio e dois ao vivo !!!!

Espero ter contribuído com seu blog com estas informações novas e relevantes sobre a maior e mais amada banda de rock progressivo, que precisa urgentemente se reciclar porque tem tudo para se tornar atemporal não apenas no som, mas em termos de continuidade, o que seria algo incrivelmente notável, pois elevaria o Yes da condição de banda para instituição musical!!!!!

ABRAÇO..FORÇA...SUCESSO!!!!  

Carlos "The Ancient""

A mim, só resta agradecer ao meu amigo, Carlão, pelo  carinho e pelo tempo gasto em escrever este esclarecedor comentário que com certeza será muito apreciado por todos......  

Yes:
Alan White
Chris Squire
Geoff Downes
Jon Davison 
Steve Howe

Tracks:
CD1
01 Yours Is No Disgrace
02 Tempus Fugit
03 Your Move / I See All Good People
04 Life on a film set
05 Steve solo - Solitaire/Clap
06 And You And I


CD2
01 Fly From Here
02 Wonderous Stories
03 Into the storm
04 Heart Of The Sunrise
05 Owner of a Lonely Heart
06 Starship Trooper
07 Roundabout



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"Yes live in Auckland April 2012"

"Fly From Here"

THE BEATLES - "Germany Tapes" - 1962

Em geral quando vou escrever uma resenha sobre algum álbum, eu prefiro escutar alguma coisa diferente, para não ficar influenciado pela banda e pelas músicas do álbum e não cometer alguma injustiça, mesmo que elogiosa. 

Curiosamente, quando escrevia a última resenha, sobre os shows de Roger Waters no Brasil, imagine, eu escutava os Beatles, mais precisamente o álbum, “Germany Tapes”, um bootleg com quatro músicas cantadas em alemão, gravadas em 1962. 

A rigor, nada demais, mas como meus neurônios de certo modo têm vida própria, pelo menos uma meia dúzia, resolveu se rebelar dos demais e há alguns dias têm um questionamento para mim um tanto perturbador que está me perseguindo. 

“De que forma teria sido a “contribuição” da obra dos Beatles para o desenvolvimento do rock progressivo e de outros movimentos musicais da época, se é que realmente houve esta "contribuição" ?”, pois para mim, uma coisa é certa, eles mudaram o mundo com sua rebeldia e a música nunca mais foi a mesma quando se separaram em 1970. 

A década de setenta, não foi regada somente de Rock Progressivo, pois em paralelo acontecia um movimento de peso, o Hard Rock, um derivado ácido do Blues, que foi a porta de entrada para o surgimento do Heavy Metal e ai por diante  e bandas clássicas como Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath e tantas outras que viviam em um cenário underground, à margem da sociedade, apresentando-se em pequenos bares e Pubs na Inglaterra puderam mostrar o seu trabalho. 

Todos estes movimentos musicais e alguns outros que vieram em sequência, eclodiram praticamente ao mesmo tempo, no inicio dos anos setenta, uma vez que, o mundo tinha ficado literalmente órfão dos Beatles

A perda da banda foi e ainda é sem dúvidas alguma, irreparável, mas por outro lado, será que seria legal, ficar privado da genialidade individual de cada músico, onde cada qual com um pensamento e um direcionamento musical diferente, estavam livres para criar o que bem entendessem, dando satisfações apenas para suas consciências e então músicas como, “Imagine”, “It don’t come easy”; “Jealous Guy”; “My Love”; “9 Dream”; ”Bangladesh”; “Band on the run” e algumas dezenas de outras músicas que por alguma razão do destino nem chegassem a existir, fora o fato que para isto tudo, mais bandas foram formadas para suprir esta avalanche de álbuns que vieram após a separação. 

Por conta disto, acredito que tudo tem um sentido na vida e nada acontece ao mero acaso, pois talvez se os Beatles não tivessem se separado naquele momento, bandas como o Genesis, Yes, Pink Floyd, ELP e inúmeras outras, jamais teriam existido, ou então, teriam produzido outro tipo de música, influenciados pela música dos Beatles

É certo que ao final da década de sessenta, o movimento psicodélico, mesmo que sobriamente, dava mostras do seu poder encantador, fisgando inclusive os Beatles, que em alguns dos seus álbuns como, “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band”; “Magical Mystery Tour” e principalmente “Yellow Submarine”, já mostravam sua influência e por conseguinte, isto vindo de uma referência com credibilidade sem fronteiras, abriu as portas para experimentações musicais e o firmamento de bandas como o Pink Floyd de Sid Barrett, precursor do movimento psicodélico.

Para chegar até o rock progressivo não foi necessário gastar muita energia, pois todos os caminhos estavam abertos e de outro lado, tinha um mundo havido por uma música que pudesse suprir o vazio deixado pelo maior fenômeno musical de todos os tempos. 

Apesar de que o bootleg, “Germany Tapes”, não tenha relação direta com assunto comentado, a não ser pelos seus criadores, nada mais justo do que postá-lo, pois foi ele o motivo que me levou a pensar sobre o assunto e a escrever esta resenha.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!  BEATLES FOREVER!!!!

The Beatles:
George Harrinson
John Lennon
Paul MacCartney
Ringo Star

Tracks:
01 - Sie Liebt Dich
02 - Komm, Gib Mir Deine Hand
03 - Geh Raus
04 - Mein Herz Ist Bei Dir Nur


LINK

"Beatles - The German tapes"


PS: Procurando algum vídeo para postar nesta resenha, acabei achando o vídeo com a música, “On The Road to Marrakesh” dos Beatles e que no futuro iria ser conhecida como “Jealous Guy”, de John Lennon, portanto, não poderia me furtar ao direito de postar estes dois vídeos simplesmente imperdíveis.

"On The Road To Marrakesh - The Beatles"

"Jealous Guy - John Lennon"

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