29 de abr. de 2011

NEKTAR - "The Dream Nebula - The Best of 1971-1975" - 1998

Na onda das coletâneas (cismei com isso), chegou à vez do Nektar, com seu álbum, "The Dream Nebula - The Best of 1971-1975", lançado em 1998, cobrindo parte de sua fase mais fértil e produtiva do ponto de vista progressivo, pois após este período, produziram apenas mais cinco álbuns de estúdio em trinta e dois anos, sendo que 2009 lançaram um álbum ao vivo. 

Neste curto período, entre os anos de 1971 até 1975, a banda produziu nada menos do que seis álbuns, a começar por , "Journey To The Centre Of The Eye" em 1971, depois vieram, "A Tab In The Ocean" de 1972, "Remember The Future" de 1973, que para mim formam a "Santíssima Trindade" da banda, pois considero os três como "Cult-discs", verdadeiros super clássicos. 

Na seqüência foram lançados os álbuns, "Sounds Like This", também de 1973, “Down To Earth" e "Sunday Night At London Roundhouse", ambos de 1974 e "Recycled" de 1975 com sua maravilhosa capa psicodélica. 

O Nektar é uma banda muito cultuada, apesar de no meu entender nunca ter tido o destaque que sempre mereceu, seja por sua obra, por suas apresentações sempre muito bem feitas e logicamente por sua grande contribuição para o rock progressivo. 

O banda faz seu trabalho de modo muito simplificado sem, no entanto descaracterizar sua música ou desqualificá-la, muito ao contrário disto, passa a ser um estilo, que praticamente a torna única no gênero e isto talvez aconteça, pela constância de seus membros nesta fase inicial da banda. 

Algumas das músicas que sempre me atraíram muito a atenção são: "Remember the Future", "King of Twilight" que inclusive tem uma versão feita pelo Iron Maidem, simplesmente sensacional e que está disponível em um vídeo no final desta postagem e finalizando, "A Tab in the Ocean" que considero ser uma outra perola do rock. 

Enfim, "The Dream Nebula - The Best of 1971-1975" e uma compilação que podemos chamar de perfeita, pois do modo como foi concebida, ela propicia uma imersão em uma importante peça da história do rock progressivo, o Nektar, tornando-se assim, em uma excelente oportunidade para quem ainda não conhece a banda, ter o acesso as suas melhores e mais significativas músicas de uma forma inteligente e organizada.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

MUSICIANS:
Roye Albrighton / lead vocals, guitars
Mick Brockett / lights
Allan "Taff" Freeman / keyboards, backing vocals
Ron Howden / drums, percussion, backing vocals
Derek "Mo" Moore / bass, backing vocals
Guest Musician:
Larry Fast (Synergy) / orchestral Moog sounds

TRACKS:

Disc One
01. Prelude
02. Astronaut's Nightmare
03. Warp Oversight
04. The Dream Nebula (Part One)
05. It's All in the Mind
06. A Tab in the Ocean
07. Do You Believe in Magic (single version)
08. New Day Dawning
09. Wings (single version)

Disc Two
01. Cast Your Fate
02. King of Twilight
03. Remember the Future (Part One)
04. Oop's (Unidentified Flying Abstract)
05. Fidgety Queen * Recycle
06. Cybernetic Consumption
07. Recycle Countdown
08. Automaton Horrorscope
09. Recycling
10. Flight to Reality
11. Unendless Imaginations

LINK

"Remember the Future"

"King of Twilight"

"Iron Maiden - King of Twilight"

28 de abr. de 2011

FOCUS - "Sylvia" - 1975

Já tem um bom tempo que eu não postava algum trabalho do Focus, portanto ai está o bootleg, "Sylvia", gravado em uma apresentação na cidade de Tókio no Japão em junho de 1975, porém existe uma referência a este bootleg que indica que na verdade esta apresentação teria acontecido em julho de 1974, mas esta diferença cronológica pouco importa. 

As músicas não poderiam ser melhores, aliás, para ser bem honesto, o álbum, não poderia ser melhor, pois têm o peso da banda com sua formação clássica, totalmente sintonizada, performática ao extremo, fazendo complicadas improvisações, sobre complicados arranjos, transformando o que por natureza já era muito bom em algo muito melhor, um presente de valor inestimável. 

Voltando às musicas, só pelo título do álbum é possível saber o que se pode esperar, logicamente músicas que invadem nossa privacidade com um convite irresistível para mais uma mágica e lisérgica viagem, durante mais de uma hora, conduzido por uma sonoridade única, uma entidade musical chamada Focus

A coisa é tão séria que logo de cara somos seqüestrados da realidade para a ficção com a música "Focus II" que abre o show e está executada de forma impecável, para logo em seguida dar entrada à "Sylvia" com uma introdução no mínimo muito peculiar. 

Em seguida, a música "Harem Scarem" mantém a tônica do espetáculo e serve para abrir o caminho para uma música, inédita para mim, que nem nome têm, talvez um improviso feito sob o calor dos holofotes, mas de qualquer forma uma bela música. 

Na seqüência temos, Tommy, Birth, Hamburger Concerto e Hocus Pocus que dispensam maiores apresentações ou comentários, pois são clássicos do rock progressivo, mas posso dizer que execução delas está fantástica, um primor, músicas que merecedoras de todos os elogios possíveis. 

Apesar do Focus com formação clássica ser uma unanimidade como um grupo musical, tanto Jan Akkerman como This Van Leer se destacam dos demais por razões obvias, o primeiro por ser uma das guitarras mais bem tocadas do planeta e o segundo por sua inconfundível voz, sua flauta mágica e seu maravilhoso órgão Hammond que tão bem domina, portanto, este destaque é uma coisa natural dentro da banda, sem exageros ou exibicionismos baratos. 

Finalizando, não há nada mais a dizer sobre esta apresentação e a banda, senão que estamos à frente daqueles álbuns, inesquecíveis e que se perpetuam em nossas mentes.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!


MUSICIANS:
Jan Akkerman - guitars;
Bert Ruiter - bass, backing;
Pierre van der Linden - drums;
Thijs van Leer : keyboards, flute, vocals

TRACKS:
01. Focus II
02. Sylvia
03. Harem Scarem
04. Untitled
05. Tommy
06. Birth
07. Hamburger Concerto
08. Hocus Pocus

LINK

"Hamburger Concerto - parte 1"

"Hamburger Concerto - parte 2"

27 de abr. de 2011

SUPERTRAMP - "Live in Toronto" - 1983

Em agosto de 1983, o Supertramp se apresentava na cidade de Toronto no Canadá, local da produção este álbum, "Live In Toronto", repleto das deliciosas canções que produziram nos anos setenta e início dos anos oitenta e que embalavam nossos sonhos de adolescentes. 

Este show que fazia parte da turnê de divulgação do álbum, ”… Famous Last Words…", lançado em 1982, marca a saída de Roger Hodgson da banda, pois ele não estava satisfeito com os rumos que o grupo estava tomando e mesmo porque, depois de tantos anos de sucesso, viu desmoronar sobre a banda o prestígio que havia conquistado, tendo em vista que o álbum não teve a aceitação que todos esperavam e às críticas feitas pela imprensa especializada(????) foram muito severas. 

Um outro motivo alegado na época para justificar sua saída é que Roger Hodgson esta se sentido pressionado a fazer um tipo de música que não o agradava mais, limitando-o musicalmente, porém, em seus álbuns que produziu, fez músicas muito similares aos que havia produzido junto ao Supertramp, bem como em seus shows particulares, continua a cantar suas antigas canções, portanto, esta justificativa torna-se nula e injustificável, porém era o que se comentou a época de sua saída. 

Mas isto são apenas suposições que estou lançando sobre alguns acontecimentos históricos do meio musical, mas o que realmente importa, é que o Supertramp, contribuiu profundamente para o crescimento do rock com sua música que em alguns momentos já foi qualificada como sendo, rock progressivo, art-rock e até piano-rock (essa é boa), mas não importa, pois seu valor não está na denominação, está em seu precioso conteúdo. 

Como disse logo de início, este álbum está recheado com as melhores músicas que produziram ao longo da brilhante carreira, onde podemos citar: Dreamer, School, Hide In Your Shell, Give A Little Bit e tantas outras músicas que até hoje encantam os antigos e novos fãs que tomam contato com elas. 

Em qualquer situação, o Supertramp por tudo que fez pela música,  sempre será uma BANDA ALTAMENTE RECOMENDADA!!!

MUSICIANS:
Rick Davies - Keyboards, vocals
John Helliwell - Saxophones, clarinet, keyboards, vocals
Roger Hodgson - Guitars, Keyboards, vocals
Bob Siebenberg - Drums
Dougie Thomson - Bass

TRACKS:
01 - Crazy
02 - Ain’t Nobody But Me
03 - Breakfast In America
04 - Bloody Well Right
05 - Give A Little Bit
06 - Rudy
07 - Hide In Your Shell
08 - Put On Your Old Brown Shoes
09 - The Logical Song
10 - Goodbye Stranger
11 - Dreamer
12 - From Now On - Fool’s Overture
13 - School
14 - Crime Of The Century


"Crazy"

25 de abr. de 2011

GENESIS - "In the beginning (Demos, outtakes and unique stuff)" - 19??

Não há coisa mais interessante e intrigante do que poder conhecer o processo criativo musical de uma banda como o Genesis e para tanto algum iluminado disponibilizou estas fantásticas gravações de estúdio oriundas de ensaios  da banda, que espelham a realidade dos bastidores da arte de um dos grupos mais queridos e cultuados do rock progressivo. 

Esta compilação, "In the beginning (Demos, outtakes and unique stuff)" de data desconhecida, mas acredito que tenham sido feitas entre os anos de 1968 e 1974, mas isso não importa muito.

O interessante é que é uma rara oportunidade para conhecer as entranhas da banda, seu processo criativo, fora o fato que estão inclusas algumas músicas que confesso que nunca tinha escutado. 

Pesquisando sobre estes arquivos, acabei descobrindo que existe muito mais material disponível com este formato do que eu poderia supor, portanto esta compilação que estou apresentando é apenas uma pequena ponta de um gigantesco iceberg carrega em suas entranhas uma rica história de vida, ficando esta compilação como um aperitivo musical para abrir o apetite por mais música e informação que está espalhada por milhares de blogs e sites. 

Curiosamente algumas músicas com contam com a presença de Anthony Phillip, grande compositor e guitarrista que prematuramente abandonou a banda, cedendo seu posto a Steve Hackett que o substituiu a altura, tendo também Phil Collins ensaiando seus primeiros passos nos vocais que no futuro o levariam ao estrelato quando da saída de Peter Gabriel

Sem dúvida alguma, é uma oportunidade também para escutar as velhas canções que tanto conhecemos, com arranjos diferentes, com outros ritmos associados  e algumas vezes até com algumas pequenas alterações nas letras, sendo este um conjunto de fatos que acabam contando um pouco da história da banda e de seu processo evolutivo através destas poucas canções que compõem esta compilação. 

As gravações estão excelentes e seu conteúdo melhor ainda, portanto nada de preguiça e seguindo o meu lema, "download feito, diversão garantida" para fanáticos ou não pela banda, simpatizantes ou qualquer um  que simplesmente goste de um bom rock.

ALTAMENTE RECOMENDADO !!!!  

MUSICIANS:
Mike Rutherford;
Tony Banks;
Phil Collins;
Peter Gabriel;
Steve Hackett;
Anthony Phillips;

TRACKS:
01 - In the rapids (mix 1)
02 - Dancing with the moonlit knight part 2 (mix 1)
03 - More fool me (studio demo - phil on vocals)
04 - Unreleased instrum.(studio take)
05 - Silver song (studio take - vox phil) [3.51]
06 - Only your love (unreleased - phil on vocals)
07 - Master of time (unreleased - ant phillips)1[7.48]
08 - Child song (unreleased - ant phillips) [3.34]
09 - Reaper (ant phillips) [7.42]
10 - Happy the man (demo version)
11 - I know what i like - intro [2.46]
12 - The cinema show (studio take 1)
13 - The waiting room - sound effects [5.05]
14 - the supernatural anaesthetist (vox phil) [2.44]
15 - Silver song - demo w phil vox [4.10]
16 - Studio improvisation - instrumental take 2 [0.21]
17 - The cinema show (fast instrumental take)
18 - The cinema show (instrumental studio session)
19 - You really got me (kinks cover)
20 - Studio improvisation - take 3 [0.31]
21 - The last time (jagger & richards) [1.01]
22 - You really got me (davies) [0.47]

LINK

NEW LINK

"Dancing with the moonlit knight"

"The cinema show"

22 de abr. de 2011

YES - "Heart Of The Rising Sun" - 1973

Às vezes sou obrigado a concordar com o amor da minha vida, Alice, minha esposa, quando diz que sou biruta, pois se analisarmos friamente, ela tem razão, pois, por exemplo, eu já devo ter postado mais de vinte álbuns do Yes e, boa parte deles, bootlegs que praticamente têm as mesmas músicas.

O efeito audiovisual que estes álbuns causam em mim, pois cada álbum têm sua capa com uma personalidade própria,  é como se fosse algo novo, inédito e realmente não consigo enxergar de forma diferente e talvez ela tenha razão e eu seja um puta de um pirado, mas fazer o quê, o rock é a minha cachaça. 

Eu me embriago diversas vezes ao dia de música da melhor qualidade e se a música fosse uma bebida, seria comparado a um vinho, um Romanée Conti, aliás, muito apreciado por Presidentes da República, mas isto não vem ao caso, o fato é que quando estou diante de um álbum do Yes, como este, "Heart Of The Rising Sun", em momento algum me passa pela cabeça que eu já devo ter escutado inúmeras vezes todas as músicas que lá estão, pois para mim cada álbum é um fato isolado, tem sua própria história, está delineado pelo tempo e espaço em que foi produzido. 

Este álbum na verdade trata-se de um Box-set, com seis CDs, que cobre a turnê que o Yes promovia no Japão em 1973, para a promoção de Close To The Edge, uma obra prima da música, que encantou o povo da terra do sol nascente em cada apresentação feita. 

Estas apresentações aconteceram entre os dias oito e dez e no dia 12 de março de 1973 nas Cidades de Tókio e Osaka, nos seguintes locais, Koseinenkin Kaikan, Shibuya Koukaidou, Kanda Kyoritsu Koudou e no Tokyo & Koseinenkin Hall, onde se extraiu este Box-set de seis CDs que obviamente têm músicas repetidas, mas é certo que cada apresentação provocou seu impacto específico e tudo está registrado nesta compilação. 

É certo que realmente este Box-set não tem um áudio perfeito, mas com certeza é um documento histórico de valor inestimável de um dos ícones mais expressivos do rock progressivo que naquele momento de sua trajetória, encontrava-se em ascensão meteórica, já em fase de pré-produção de seu álbum conceitual, "Tales From Topographic Oceans" que seria lançado em dezembro deste mesmo ano. 

A quem se deu ao trabalho de produzir este magnífico bootleg, pode ter certeza que terá um lugar garantido no céu, ao lado dos Deuses da Música, mas enquanto isto não acontece, ficam nossos sinceros agradecimentos por esta iniciativa cultural.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

MUSICIANS:
Alan White,
Chris Squire
Jon Anderson
Steve howe
Rick Wakeman


TRACKS:
Disc 1
01. The Firebird - Pierre Boulez, Chicago SO
02. Siberian Khatru (part 1)
03. Siberian Khatru (part 2)
04. I've Seen All Good People
05. Heart of the Sunrise
06. Mood for a Day
07. Clap
08. And You And I
09. Close to the Edge

Disc 2
01. Rick Wakeman Solo
02. Roundabout
03. Yours Is No Disgrace
04. Starship Trooper
05. Firebird Suite
06. Siberian Khatru
07. I've Seen All Good People
08. Heart of the Sunrise
09. Mood for a Day
10. Clap

Disc 3
01. Colours of the Rainbow
02. And You And I
03. Close to the Edge
04. Rick Wakeman Solo
05. Roundabout
06. Yours Is No Disgrace
07. Starship Trooper

Disc 4
01. Ambience
02. Siberian Khatru (Part 1)
03. I've Seen All Good People
04. Sakura Sakura
05. Mood for a Day
06. Clap
07. Heart of the Sunrise
08. And You And I
09. Close to the Edge

Disc 5
01. Rick Wakeman Solo
02. Roundabout
03. Yours Is No Disgrace
04. Starship Trooper
05. Firebird Suite
06. Siberian Khatru
07. Heart of the Sunrise
08. Sakura Sakura
09. Mood for a Day
10. Clap

Disc 6
01. And You And I
02. Close to the Edge
03. Rick Wakeman Solo
04. Roundabout
05. Your Is No Disgrace
06. Starship Trooper


"Starship Trooper"

"Rick Wakeman Solo"

21 de abr. de 2011

AYREON - "Into The Electric Castle - A Space Opera" - 1998

Arjen Lucassen, criador do projeto Ayreon, consegue neste álbum, "Into The Electric Castle - A Space Opera", lançado em 1998,  reunir músicos renomados de diversas vertentes musicais em um impressionante e audacioso trabalho, que começa a encantar pela arte gráfica da capa e de um livreto completo, muito bem desenhado com todas as letras das músicas, sendo parte integrante deste álbum com um design belíssimo, que é assinado por Jef Bertels

Neste projeto, é contada a história de oito pessoas originárias de diferentes eras da humanidade, onde são trancadas juntas em um estranho lugar que não possui tempo ou espaço, em uma estranha dimensão, porém uma voz misteriosa fala com eles, orientando-os sobre sua perigosa missão para encontrar o caminho de volta para casa, e para tanto teriam que encontrar o "Electric Castle", mas para isso, teriam que vencer seus medos mais íntimos para sobreviver a esta louca aventura.

Para dar vida a este complicado enredo, Arjen Lucassen, reuniu nomes de peso como, Fish (Ex Marillion), Damian Wilson (Rick Wakeman); Clive Nolan (Pendragon) e o grande mestre This Van Leer (Focus), bem como vários outros músicos que confesso que não os conheço, porém, garantidamente são de primeira linha também. 

O nível de detalhes e cuidados que foram dispensados a este trabalho é tão grande, que Arjen Lucassen fez questão de ter uma voz específica para cada personagem como se num teatro fossem se apresentar e também preocupou-se em reunir mais de dez exímios músicos em torno de seu projeto mais audacioso, pois este é o terceiro de sete álbuns produzidos ao longo de mais de quinze anos de carreira. 

Fica até um tanto difícil classificar a que tribo pertence este trabalho, pois ele funde várias linhas musicais no desenvolvimento da história, com batidas muito típicas do metal, mas ao mesmo tempo com um clima progressivo, por conta de sintetizadores muito bem explorados e guitarras afiadas como se fossem katanas, pois o som é cortante como o fio de uma espada.

Além disto, os vocais foram escolhidos acertadamente, portanto identificar se é uma coisa ou outra, é totalmente secundário tendo em vista a grandiosidade deste projeto, pois seja o estilo musical que for uma coisa é certa, é um excelente trabalho que merece muito ser escutado.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

Musicians:
Arjen Lucassen / guitars, mandolin, bass, Minimoog, Mellotron & keyboards
Roland Bakker / Hammonds
Jack Pisters / sitar
Robby Valentine / pianos, synth solos on IIa, IIIa (disc 1) and IV (disc 2), mellotron on VIa (disc 2)
Ernö Olah / violins
Clive Nolan / synth solos on Vc (disc one)
Rene Merkelbach / synth solos on V (disc one) and VII (disc 2), harpsichord on II (disc 2)
Tom Scherpenzeel / synth solos on Vc (disc 2)
Ed Warby / drums
Taco Kooistra / celli
Thijs van Leer / flute on IIIc, IV (disc 1) and II & III (disc 2)
Fish, Damien Wilson, Sharon Den Adel, Anneke van Giersbergen, Edwin Balogh, Arjen Lucassen, Jay van Feggelen, and Edward Reeker / vocals

Tracks:

CD 1: 

01. Welcome to the new dimension (3:05)
02. Isis and Osiris (11:11)
a) Let the journey begin
b) The hall of Isis and Osiris
c) Strange constellations
03. Amazing flight (10:15)
a) Amazing flight in space
b) Stardance
c) Flying colours
04. Time beyond time (6:05)
05. The decision tree (we're alive) (6:24)
06. Tunnel of light (4:05)
07. Across the rainbow bridge (6:20)

CD 2:
01. The garden of emotions (9:40)
a) In the garden of emotions
b) Voices in the sky
c) The aggression factor
02. Valley of the queens (2:25)
03. The castle hall (5:49)
04. Tower of hope (4:54)
05. Cosmic fusion (7:27)
a) I soar on the breeze
b) Death's grunt
c) The passing of an eagle
06. The mirror maze (6:34)
a) Inside the mirror maze
b) Through the mirror
07. Evil devolution (6:31)
08. The two gates (6:28)
09. "Forever" of the stars (2:02)
10. Another time, another space (5:20)

LINK

"Welcome To The New Dimension"

"Isis and Osiris (Featuring Fish)"

"Amazing flight"

BABI MENDES - Lançamento do Álbum - "Short Stories"





Matéria feita pela TV Santa Cecília (noticiário local em Santos/SP) sobre o lançamento do CD Short Stories de Babi Mendes - Imagens feitas nos Estúdios Flávio Medeiros. 05/04/2011





"A entrevista"


"Teaser 1"

"Teaser 2"

20 de abr. de 2011

EMERSON, LAKE & PALMER - "The Return Of The Manticore" - 1993

Uma boa oportunidade para uma imersão no mundo ELP, é o cdbox, com quatro CDs, intitulado, "The Return Of The Manticore", que cobre toda a trajetória da banda de forma bem dinâmica, isto se dando, pois as músicas não estão em ordem cronológica, talvez um pouco confuso para quem não seja familiarizado com a banda, mas um bom início para quem ainda não a conhece. 

A rigor todas as músicas são muito conhecidas, a maioria é dos álbuns de estúdios e umas poucas são de gravações dos shows, como por exemplo, "Peter Gunn" que me lembro agora, mas no mais não há grandes novidades, mas vale destacar a gravação de "21st Century Schizoid Man" que está ótima. 

A motivação para a audição deste álbum fica por conta do somatório de músicas concentradas em um único lugar, possibilitando matar as saudades do tempo em que não bastava ter equipamento, tinha que ter talento, inspiração, criatividade, pelo menos uns duzentos acordes diferentes em uma única música, ou seja, não tinha espaço para aventureiros de plantão. 

Só para recordar, a banda ia chamar-se, HELP, porém com o falecimento prematuro de Jimi Hendrix, o "H", ele mesmo, o futuro quarteto virou um trio.
Eu fico às vezes imaginando o que esta química ia produzir, que loucura poderia acontecer, mas o destino não permitiu este mágico encontro onde Jimi Hendrix, já desgastado com sua banda, "The Jimi Hendrix Experience", estava muito disposto a encarar novas sonoridades. 

Este fato aconteceu alguns meses antes do "Isle of Wight Festival", ocorrido em 1970, onde na verdade, o primeiro a ser contatado foi Mitch Mitchell, também da banda de Jimi Hendrix, mas ele não se sentiu atraído pelo convite e com isto, Carl Palmer foi confirmado como baterista, mas o convite foi estendido a Jimi Hendrix, que o aceitou, mas como ainda havia compromissos contratuais a serem cumpridos, houve o impedimento para tocarem juntos no citado festival como planejado e logo em seguida, ele, um dos monstros sagrados do rock,  deixaria  uma imensa  legião de fãs orfãos ao redor do planeta. 

Mas tragédias à parte, fica ai o convite, aproveitando o início do feriadão prolongado que começa hoje ao final da tarde, estendendo-se até o próximo domingo, pois muita gente põe o carro na estrada para fugir dos grandes centros e aproveitar para curtir as praias, porém, existe um grande obstáculo a ser vencido, principalmente se estiver em Sampa, os nefastos engarrafamentos. 

O que poderia durar uns cinqüenta minutos pode levar mais de seis horas, então o melhor é estar preparado, com o espírito esportivo em alta, então, som na caixa com o ELP e pé na tábua, mas dentro dos limites de velocidade e sem álcool. 

Um bom feriado a todos!!!!! 

Musicians:

Keith Emerson / keyboards
Greg Lake / vocals, acoustic & electric guitars, bass
Carl Palmer / drums, percussion

Tracks:

Disc: 1
1. Touch and Go – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
2. Hang on to a Dream – Emerson, Lake & Palmer, Hardin, Tim
3. 21st Century Schizoid Man – Emerson, Lake & Palmer, Fripp, Robert
4. Fire – Emerson, Lake & Palmer, Brown, Arthur [1]
5. Pictures at an Exhibition: Promenade/The Gnome/Promenade/The … – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
6. I Believe in Father Christmas – Emerson, Lake & Palmer, Lake, Greg
7. Introductory Fanfare – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
8. Peter Gunn Theme – Emerson, Lake & Palmer, Mancini, Henry
9. Tiger in a Spotlight – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
10. Toccata – Emerson, Lake & Palmer, Ginastera, Alberto
11. Trilogy – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
12. Tank – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith


Disc: 2
1. Tarkus Medley: Eruption/Stones of Years/Iconoclast/Mass/Manticore/Bat – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
2. From the Beginning – Emerson, Lake & Palmer, Lake, Greg
3. Take a Pebble/Lucky Man/Piano Improvisation/Take a Pebble (Conclusion) – Emerson, Lake & Palmer, Lake, Greg
4. Knife Edge – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
5. Paper Blood – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
6. Hoedown – Emerson, Lake & Palmer, Copland, Aaron
7. Rondo – Emerson, Lake & Palmer, Brubeck, Dave

Disc: 3
1. The Barbarian – Emerson, Lake & Palmer, Bartok, Bela
2. Still…You Turn Me On – Emerson, Lake & Palmer, Lake, Greg
3. The Endless Enigma: The Endless Enigma, Pt. 1/Fugue/The Endless Enigma, Pa – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
4. C’Est la Vie – Emerson, Lake & Palmer, Lake, Greg
5. The Enemy God – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
6. Bo Diddley – Emerson, Lake & Palmer, McDaniel, Elias
7. Bitches Crystal – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
8. A Time and a Place – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
9. Living Sin – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
10. Karn Evil 9: 1st Impression/2nd Impression/3rd Impression – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
11. Honky Tonk Train Blues – Emerson, Lake & Palmer, Lewis, Meade Lux


Disc: 4
1. Jerusalem – Emerson, Lake & Palmer, Blake, William
2. Fanfare for the Common Man – Emerson, Lake & Palmer, Copland, Aaron
3. Black Moon – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
4. Watching Over You – Emerson, Lake & Palmer, Lake, Greg
5. Piano Concerto No. 1: Third Movement, Toccata con Fuoco – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
6. For You – Emerson, Lake & Palmer, Lake, Greg
7. Prelude and Fugue – Emerson, Lake & Palmer, Gulda, Friedrich
8. Memoirs of an Officer and a Gentleman: Prologue/The Education of a … – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
9. Pirates – Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Keith
10. Affairs of the Heart – Emerson, Lake & Palmer, Downes, Geoffrey


LINK


"Hoedown"

"Still You Turn Me On"

18 de abr. de 2011

IQ - "Subterranea - The Concert" - 1999





Este é o segundo álbum do IQ que posto e coincidentemente é a gravação de uma das apresentações da turnê de divulgação do álbum, “Subterranea”, este então, chamado de "Subterranea - The Concert ", justamente o álbum mais conceitual da banda. 

Só para recordar, eu havia dito o seguinte na primeira postagem que fiz sobre a banda em julho de 2010: "O IQ nasce em 1982 na Inglaterra carregando uma herança fantástica chamada Martin Orford, que com Mike Holmes formavam o "The Lens" extinto em 1981 e juntamente com Peter Nicholls com uma presença de palco e timbre de voz muito similar a de Peter Gabriel, produziram uma atmosfera bem próxima a do Genesis no início da carreira, sem estar fazendo imitação ou coisa parecida. 

Dois outros álbuns, "Tales from the Lush Attic" de 1983 e "The Wake" de 1985 chamam muito a atenção pela forma como foram feitas as músicas e pelo modo que foram executas, realmente lembrando as grandes bandas de rock progressivo do início dos anos setenta.

Em relação ao primeiro álbum, lembro que em uma ocasião em que estava na Galeria do Rock (SP), ao entrar em uma loja, a música que tocava chamava-se "The Last Human Gateway" contida no primeiro álbum que citei, bem, não deu outra, foi amor a primeira vista e eu na minha santa ignorância nem imaginava de quem poderia ser aquela maravilha. 

Para encurtar o imbróglio, o lojista não estava autorizado  a  vender o CD,  pois ele era único, bem como o do álbum "The Wake" e a solução foi gravá-los em fita cassete, coisa que levou uns quinze dias para acontecer, pois eu era o último de uma longa fila de esperta e é claro, quando foi possível eu adquiri os dois álbuns, pois não poderiam faltar a minha coleção, bem como o álbum "Subterranea" que é imperdível". 


Especificamente falando do álbum, "Subterranea - The Concert", se em estúdio o que se escuta é muito bom, ao vivo, o bicho pega, pois Peter Nicholls tem como fonte de inspiração seu xará Peter Gabriel e o que é mais interessante é que ele não esconde esta admiração pelo ídolo, mas nem por isso deixa de ter sua própria identidade e um exemplo melhor de como se portar no palco ele não poderia ter escolhido. 

Fora isto, a banda funciona muito bem, existindo uma sinergia entre todos e banda tem um trunfo muito importante, chamado Martin Orford, que em meu entendimento é um gênio como compositor e tem um domínio sobre os teclados que o colocam junto aos grandes nomes do rock. 


Os demais membros são fundamentais para a banda, pois Paul Cook, Mike Holmes e John Jowitt, são músicos de primeiro time, que com muita segurança e tranqüilidade executam difíceis partituras que não levam em consideração a época em que foram criadas, parecendo um retorno aos mágicos anos setenta, onde o que contava era a complexidade estrutural das músicas e o IQ que podemos considerar uma banda jovem, da geração Neoprog, faz um rock progressivo como poucos, daquele tipo que arrepia, dá prazer em escutar.

Eu posso estar até cometendo um sacrilégio e levar até algumas porradas, mas afinal de contas, nós estamos aqui para isso mesmo, senão, em vez de escrever, eu ficaria apenas lendo e criticando, portanto, sem medo de apanhar muito, traço um paralelo entre de "The Lamb Lies Down On Broadway" e o "Subterranea", pois são dois trabalhos conceituais de alto nível musical. 


O primeiro foi criado em uma época apropriada para seu nascimento, onde o que se esperava era exatamente o que foi feito pelo Genesis, com todos os requintes de crueldade e teatralidade que só o rock progressivo consegue realizar e o segundo, totalmente fora de seu tempo, nascido mais de vinte anos depois, mas com a consistência e criatividade musical tão proeminente quanto a do primeiro.

A isto tudo, soma-se  uma dose de coragem muito grande da banda, pois ao final dos anos noventa, até o punk rock já estava extinto e eu nem lembro exatamente o que ditava a moda a esta época, com certeza não era o Neoprog, porém, tiveram a coragem de se expor e lançar um álbum duplo em momento em que uns três acordes seria mais que suficientes para se fazer sucesso. 

Obviamente este paralelo guarda as devidas proporções, tanto de época, quanto de pessoas, que em meu entendimento são muito diferentes, mas que no fundo tem um objetivo em comum, que é o de encantar pessoas, de entreter, de tirar o ouvinte da realidade, mesmo que por poucos segundos e esse sentimento permeia o IQ neste e em outros trabalhos, basta apenas abrir os ouvidos e deixar o som entrar sem medos ou preconceitos.


ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

Musicians:
Paul Cook / drums, percussion
Michael Holmes / guitars, keyboards
John Jowitt / bass, bass pedals
Peter Nicholls / vocals
Martin Orford / keyboards, backing vocals
Guest musician:
Tony Wright / saxophone


Tracks:

CD 1

1. Overture
2. Provider
3. Subterranea
4. Sleepless Incidental
5. Failsafe
6. Speak My Name
7. Tunnel Vision
8. Infernal Chorus
9. King of Fools
10. Sense in Sanity
11. State of Mine

CD 2
1. Laid Low
2. Breathtaker
3. Capricorn
4. The Other Side
5. Unsolid Ground
6. Somewhere in Time
7. High Waters
8. The Narrow Margin


"Overture"

"Sleepless Incidental"

17 de abr. de 2011

VÍDEO DA NOITE - "Rick Wakeman no Festival de Lugano" - 2009

É extremamente gratificante ver quando o rock, vira música clássica, com direito a maestro, platéia sentada e tudo mais, sinalizando que a origem da música tem berço. E que berço!!!

ELOY - "Silent Cries And Mighty Echoes" - 1978

Vindo na cauda do cometa formado pelos álbuns anteriores, principalmente de "Down" e "Oceans", duas obras primas do rock progressivo, uma vez mais o Eloy, surpreende, desta vez com o álbum "Silent Cries And Mighty Echoes", lançado em 1978. 

E quando me refiro ao cometa acima, eu não estou fazendo uma referência ao sucesso, que é uma situação relativa, que sofre mutação com a variação do tempo e espaço, mas sim sobre a qualidade do álbum que dá para ser mensurada, comparada e este álbum e um bom exemplo, exemplo não, é uma pós-graduação de como criar uma peça musical e imortalizá-la nos anais da história da música. 

Até para não cometer uma injustiça, acrescento à lista acima, "Power and the Passion" o primeiro de uma fantástica trilogia de álbuns de rock progressivos, lançados com muito pouco espaço de tempo entre um e outro, já de cara mostrando um poder de criação dificílimo de encontrar em outras bandas e agora coroado definitivamente por "Silent Cries And Mighty Echoes", que para ser honesto forma uma das seqüências de álbuns mais perfeita da história do rock, pois poucas bandas conseguiram uma uniformidade e homogeneidade  tão grande como o Eloy, conseguiu. 

No caso do Eloy, que uma banda mutante, que praticamente não conseguiu fazer mais que dois álbuns em seqüência com uma mesma formação, porém, tem em seu espírito uma unidade, que atende pelo nome de Frank Bornemann, uma figura inigualável, não só por seu talento e criatividade, mas principalmente pelo seu carisma agregador, fator fundamental para unir as pessoas em torno de um objetivo comum, no caso, a música. 

O cuidado e o esmero das composições e arranjos música do Eloy, impressiona pelo nível de detalhes encontrados em cada musica, em cada instrumento, sendo esta, uma das características mais marcantes da banda e um indicador da presença imprescindível de Frank Bornemann em comandar as ações do grupo. 

"Silent Cries And Mighty Echoes" é um retrato fiel da essência da banda, pois é carregado emocionalmente de um lirismo e poesia, um tanto raros em bandas de rock, ministrados em doses homeopáticas, mas sem deixar de ser um rock de afiados solos de guitarras e sintetizadores, vulcanizados pela voz especialíssima de Frank Bornemann, que a rigor nem é tão bonita, porém o sotaque alemão sobre a língua inglesa produz um efeito bem interessante. 

Este é um dos álbuns do Eloy mais divulgados na Internet, portanto comentar diretamente sobre este álbum é tomar o tempo de todos, porém, sempre vale uma reflexão sobre um dos trabalhos mais elaborados que o grupo produziu e uma oportunidade extra  para o acesso a esta obra prima do rock.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

Musicians:
Frank Bornemann / guitars, vocals
Klaus-Peter Matziol / bass, pedals, chorus
Jürgen Rosenthal / drums, percussion
Detlev Schmidtchen / keyboards, chorus
Brigitte Witt / vocals (2b)

Tracks:
1. Astral Entrance & Master Of Sensation (9:03)
2. The Apocalypse (14:54)
a) Silent Cries Divide The Night
b) The Vision Burning
c) Force Majeure
3. Pilot To Paradise (7:01)
4. De Labore Solis (5:12)
5. Mighty Echoes (7:16)

LINK


"Astral Entrance"

"The Apocalypse - Parte 1"

"The Apocalypse - Parte 2"

15 de abr. de 2011

JON ANDERSON - "Olias of Sunhilow" - 1976

No dia cinco deste mês eu postei um álbum, "Living Tree" da dupla Anderson & Wakeman (soa um pouco sertanejo, não?) e esta postagem gerou um comentário muito bem colocado que o amigo Jose Carlos deixou: "Realmente parece que os dois se encontraram e resolveram descansar, dá um tempo na doideira, duas lendas vivas da música, contidos, intimistas e realmente soa meio melancólico, mas como vc diz, quem sabe não é essa a mensagem que querem passar?". 

Na verdade este comentário já gerou uma postagem para Rick Wakeman, com o álbum, "Live on the Test" gravado em 1976 e agora faço o mesmo para Jon Anderson com seu primeiro álbum solo, "Olias of Sunhilow", lançado em 1976 onde além dos vocais, ele toca praticamente todos os instrumentos. 


O álbum todo é uma doideira só, a começar pela sua arte gráfica, desenvolvida a partir da idéia da capa do álbum, "Fragile" do Yes, idealizada pelo mago do design contemporâneo, Roger Dean, possibilitou o surgimento de outro grande mestre do design, David Fairbrother-Roe que juntamente com o estúdio gráfico Hipgnosis a criar umas das mais fantásticas e elaboradas artes gráficas feitas especialmente para compor um álbum  de rock.


Quem ainda têm como eu, a edição original em vinil, sabe a que estou me referindo, pois o álbum está repleto de fantásticas ilustrações e textos sobre a história de "Olias of Sunhilow", portanto a "viagem" deste álbum, já começa no plano visual logo de início. 

A história que é muito louca, eu não vou entrar em detalhes, pois não é o objetivo desta postagem, agora, a atuação de Jon Anderson como multi-instrumentista é até surpreendente, pois o principal instrumento dele é a voz e nesse quesito ele é único, mas levando-se em conta o nível de detalhes que ele impôs a esse trabalho, criando atmosferas etéreas com cenários medievais e ao mesmo tempo futuristas mostram o nível da doideira reinante neste período que ainda estava muito efervescente com sua banda principal, o Yes

É certo que não há um grande solo de guitarra ou de teclado, mas o conjunto desta obra, revela uma importante e reveladora faceta, de Jon Anderson, que como um maestro e multi-instrumentista ao mesmo tempo, conseguiu produzir um álbum riquíssimo, de valor musical inestimável, coroado com o toque de Midas de David Fairbrother-Roe para fazer a conexão audiovisual mais perfeita do rock. 

Só para lembrar, "Tales From Topographic Oceans", lançado em 1973, (para mim o melhor de todos) deu um páu danado dentro banda, culminando com a primeira saída de Rick Wakeman do Yes e em seguida, o fantástico "Relayer" lançado em 1974, ou seja, uma pauleira danada e ele ainda teve fôlego para escrever letra e música, produzir e executar estas loucas melodias e complexas canções. 

Resumindo, tenho que concordar com o comentário de nosso amigo e realmente crer que tanto Jon Anderson quanto Rick Wakeman, resolveram dar um tempo na doideira e produzir algo mais simples e intimista, mas eu espero que isso não seja o sinal de uma precoce aposentadoria, pois ambos têm talento e criatividade suficientes para continuar produzindo por muitos anos.

ALTAMENTE RECOMENDÁVEL!!!

Musicians:
Jon Anderson: Lead & Backing Vocals, Guitars, Harp, Synthesizer, Percussion
Brian "It's Going Now" Gaylor - Electronics, Synthesisers
Strings by Ken Freeman

Tracks:
1. Ocean Song (3:04)
2. Meeting (Garden of Geda) (3:34)
a. Sound Out the Galleon
3. Dance of Ranyart (4:19)
a. Olias (To Build the Moorglade)
4. Qoquac Ën Transic (7:08)
a. Naon
b. Transic Tö
5. Flight of the Moorglade (3:24)
6. Solid Space (5:20)
7. Moon Ra (12:48)
a. Chords
b. Song of Search
8. To the Runner (4:29)

"Meeting (Garden of Geda)"

"Flight of the Moorglade"

13 de abr. de 2011

STARCASTLE - "Songs Of Time" - 2007

Praticamente saído do forno, pois afinal foi produzido em 2007, o álbum, "Songs Of Time", mal completou quatro anos de existência, portanto é um bebê que ainda usa fraldas, mas seus integrantes não são velhos conhecidos do cenário progressivo americano (??). 

Muitas vezes foram acusados de plagio em cima do Yes, por conta da voz de Terry Lutrell, mas que seja verdade, pelo menos eles tem bom gosto, escolheram uma das melhores bandas do planeta e só em pensar que podia ser uma dupla caipira americana qualquer, ai sim, seria um desastre. 

Mas não é o caso e o StarCastle, vinte e nove anos depois voltou aos estúdios e com uma colha de retalhos de músicos, produziu um álbum atemporal, mas consistente, tem até a sonoridade de seu primeiro álbum lançado em 1976 de nome homônimo a banda e ai faça-se justiça, tem realmente alguma similaridade com Yes, mas não quer dizer que seja uma simples imitação, prefiro acreditar em inspiração, pois de qualquer forma, a banda lançou cinco álbuns de estúdio, indicando que alguma qualidade eles têm. .

Este agora não carrega este peso, mesmo porque são tantos músicos, que parece mais uma sinfônica do que uma banda, pois só de tecladistas são quatro e curiosamente Terry Lutrell faz o backing vocals na sétima faixa e o lead vocal na oitava faixa. 

Em resumo é um trabalho bem dinâmico, rico musicalmente, dá uma leve remetida ao passado do rock progressivo, principalmente o bretão e a estranha salada mista de tecladistas foi positiva, pois nota-se bons solos de sintetizadores e arranjos bem consistentes e estruturados e com o novo vocalista, Al Lewis, acaba-se de vez com o estigma da banda, pois sua voz em nada parece com a voz de Jon Anderson, ou seja, quem tiver coragem de encarar este álbum, não vai se arrepender, mas ao contrário disto, vai se surpreender e se divertir.

Musicians:
Gary Strater / electric & acoustic bass and bass pedals (all except 3), background vocals (1, 2, 5, 6, 7 & 8), keyboards (3)
Matt Stewart / Sustainiac/electric sitar/acoustic and electric guitars (all songs), background vocals (1, 6, 7 & 8)
Bruce Botts / guitar (1, 2, 4, 5, 7 & 9), background vocals (5)
Steve Tassler / drums (6 & 8) percussion (1, 4 & 5), synthesizers (4), vocals (1, 2, 6 & 8)
Al Lewis / lead vocals (all except 8), background vocals (all except 8), drums (9) and percussion (all songs except 8), MemoryMoog (9)
Herb Schildt / keyboards (1, 2, 6, 7 & 8)
John O'Hara / keyboards (3, 4 & 9)
Neal Robinson / keyboards (5, 6 & 8)
Steve Hagler / guitar (6), background vocals (1, 4 & 7)
Terry Luttrell / lead vocals (8), background vocals (7)
Mark McGee / guitar (1, 4 & 7)
Jeff Koehnke / drums (2 & 5)
Scott McKenzie / drums (1, 4 & 7)

Tracks:
1. Red Season (5:28)
2. Babylon (9:24)
3. Song of Times (6:04)
4. Islands (4:59)
5. Faces of Change (4:56)
6. Love Is The Only Place (4:27)
7. Master Machine (4:24)
8. All For The Thunder (6:06)
9. Children Believe (6:21)

NEW LINK 
"Songs of Time"

"Red Season"

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