Finalmente!!!! Demorou, mas finalmente saiu o álbum tão esperado da Anderson Ponty Band, intitulado, “Better Late Than Never” (nunca vi um título ser tão preciso quanto este) que eu já havia mencionado aqui no blog em agosto do ano passado em uma longa resenha que se comentava a reunião destes dois astros do rock.
Para quem está pegando o bonde andando e não está entendendo nada, eu estou me referindo a Jon Anderson e a Jean Luc Ponty, duas gemas preciosíssimas do universo rock que a praticamente cinquenta anos continuam a encantar com o seu talento.
Ainda não deu tempo de escutá-lo com calma, mas o que se observa em um primeiro momento, é que há poucas músicas inéditas e na sua grande maioria foram usados antigos sucessos de ambos os músicos com uma nova roupagem e no caso das músicas de Jean Luc Ponty que tiveram seus nomes alterados, se já eram muito boas na versão original, agora com o vocal de Jon Anderson, ganharam mais cem anos de vida.
Esse álbum, assim como aconteceu com último álbum do Pink Floyd, “The Endless River” foi criado a partir de temas já conhecidos e consagrados dos dois artistas, o que de forma alguma é um problema, muito ao contrário, pois as músicas que não tinham voz criadas por Jean Luc Ponty, ganharam a alma de Jon Anderson.
Por outro lado, as músicas de Jon Anderson, ganharam um elemento que nunca tiveram, o mágico violino de Jean Luc Ponty, um mago insubstituível em seu instrumento, portanto ganham todos, principalmente nós, o destino final desta loucura toda, que por conta destes dois gênios, poderemos nos deliciar com este novo trabalho.
Vale ressaltar a força de vontade que tanto Jon como Jean tiveram em produzir um álbum depois dos setenta anos, pois realmente não é fácil, levando se em conta que depende de muita dedicação, criatividade e até uma certa dose de coragem, pois como as músicas são em sua maioria releituras e acréscimos sobre temas conhecidos, o balanço das críticas positivas e negativas, possa ser um incomodo.
Entretanto eu não acredito que isto possa acontecer, pois como são duas figurinhas extremamente queridas no meio artístico e principalmente por seus fãs que não são poucos acrescidos do talento nato que tem, mensurados em nível estratosférico, acho muito pouco provável que possam ter este trabalho crucificado por conta da falta de um álbum conceitual inédito.
Particularmente eu prefiro escutar este tipo de álbum do que escutar uma nova criação que geralmente soa inconsistente, fora de seu tempo, com vícios que se no passado eram a tônica, o máximo, hoje causam certo desconforto, pois a comparação é inevitável e muitas vezes nesta hora, somos cruéis e implacáveis com nossos ídolos, o que não é muito legal de nossa parte, mas infelizmente acontece.
Por fim, a única coisa que posso afirmar a respeito deste álbum neste momento, é que ele é extremamente agradável de se escutar, da primeira à última faixa, talvez até pelo vínculo muito íntimo que temos com seus criadores e suas músicas que são de conhecimento popular, portanto fica o convite feito a escutarem este belo álbum que tem tudo para agradar a todas as tribos espalhadas pelo globo terrestre.
Anderson Ponty Band:
Jon Anderson - vocals, guitar
Jean-Luc Ponty - violin
Rayford Griffin - drums,
Jamie Glaser - guitar,
Wally Minko - keyboards
Baron Browne - bass
Tracks:
01. Intro
02. One In The Rhythm Of Hope03. A For Aria
04. Owner Of A Lonely Heart
05. Listening With Me
06. Time And A Word
07. Infinite Mirage
08. Soul Eternal
09. Wonderous Stories
10. And You And I
11. Renaissance Of The Sun
12. Roundabout
13. I See You Messenger
14. New New World