26 de set. de 2018

PINK FLOYD - Brussels Affair - Brussels, Belgium - 1972

Pink Floyd nunca é demais e vez por outra, aparece algum bom bootleg sabe-se lá de onde, mas o que importa é que está sempre aparecendo alguma coisa legal da banda em torno dos anos setenta. 

Bem no primeiro CD, temos uma gravação de dezembro de 1972, gravado no Forest National, Brussels, Belgium com um pré “The Dark Side Of The Moon” na integra ainda sendo delineado para sua futura gravação de estúdio, o que torna este álbum bem interessante do ponto de vista onde se é possível entender um pouco do processo criativo da banda.

Em alguns momentos soa bem diferente do que estamos habituados a ouvir de TDSOTM que conhecemos, mas muito interessante musicalmente, o que por si só, espelha o poder criativo em ebulição daqueles jovens músicos.

Eram tempos em que o que contava era a criatividade, mas principalmente a destreza em manusear seus instrumentos, sem muitas pirotecnias e efeitos especiais advindos de parnafenalhas eletrônicas de suporte ao músico, ou seja, o som era tirado no braço e neste momento só os fortes sobreviviam, como aliás, sobrevivem até hoje.

Em “The great gig in the sky”, Rick Right mostra por que veio ao mundo, pois nesta versão não há uma bela voz feminina preenchendo seu espaço, mas ao invés disso, temos um Hammond destruidor e um piano, tocados com as mão dos mestres do Rock, muito bem acompanhado pelo baixo de Roger Waters que dispensa maiores comentários. 

Ainda não tinham explodido musicalmente, mas isso era apenas uma questão de tempo para se tornarem um fenômeno musical inimaginável e provavelmente inatingível, dada a loucura que promoviam com suas músicas.

Além da integra de DSOTM, fomos brindados, com “One Of These Days”, “Careful With That Axe, Eugene”; “Echoes” e “Childhood's End”, ou seja, só clássicos, imortalizados nos anais da história da banda e do rock com um todo.

Dentro deste pacote de bootlegs, ainda temos também um terceiro CD com algumas entrevistas provavelmente da época desta apresentação e algumas reprises, portanto tem material suficiente para um bom divertimento.

Não cabe aqui ficar fazendo considerações sobre esta ou aquela música, pois o objetivo é divulgar e disseminar a cultura do rock da maneira mais positiva o possível para quem principalmente não viveu esta época rica de bandas, músicos, ideias e muita criatividade e para aqueles que de alguma maneira se afastaram deste tipo de música, se transformar em um bom motivo.


Pink Floyd
Nick Mason
Rick Wright
David Gilmour
Roger Waters

Tracks:

Disc 1
01 - Speak To Me
02 - Breathe
03 - On The Run
04 - Time
05 - Breathe (Reprise)
06 - The Great Gig In The Sky
07 - Money
08 - Us And Them
09 - Any Colour You Like
10 - Brain Damage
11 - Eclipse

Disc 2
01 - One Of These Days
02 - Careful With That Axe Eugene
03 - Echoes
04 - Childhood’s End

Disc 3 - Belgian Radio1 FM Rebroadcast 31st October 2005
01 - Radio dj/Time
02 - Breathe (Reprise)
03 - Interview/Careful With That Axe Eugene

LINK



1 de set. de 2018

GHOST - "Prequelle" - 2018

Dando um tempo no ProgRock e partindo para um “não sei o quê”, pensei mil vezes e escutei outras mil vezes antes de postar esse álbum do Ghost (???). Ele é muito bom, então porque não o postar!!! Difícil nos dias de hoje conseguir escutar um álbum e não ter vontade de pular uma ou outra faixa e neste caso, não deu. 

Detalhe, como disse anteriormente, não é ProgRock e é feito por um bando de esquisitões, mascarados, comandado por um satânico “Cardeal”, o “Copia”, mas já teve alguns "Papas”, de nome “Emeritus”, todos tendo como seu cavalo, Tobias Forge, aliás o fundador da banda. 

A bem da verdade, eu já curto o Ghost há algum tempo, mas daí ter vontade de escrever algo, tem uma distância muito grande, mas eles acertaram a mão em cheio com este novo álbum, “Prequelle”, que realmente me surpreendeu a cada faixa que ia avançando quando da primeira audição. 

Ele foi lançado há bem pouco tempo, mais precisamente em junho deste ano, apesar de ter sido gravado em 2017 e carrega em sua bagagem uma diversidade musical muito grande, apesar da pegada heavy metal praticamente em todas as músicas, tem melodias bem interessantes, que beiram um cenário symphonic rock, com um vocal bem suave, muitas vezes acompanhado de um backing vocal não menos suave.

Ghost
Supreendentemente, essa banda tem um tecladista, Zac Baird, que permeia todas as músicas registrando de forma conceituada a intenção do enredo proposto e quando é obrigado a mostrar que vai além de alguns míseros acordes, se sai muito bem. 

Destaco algumas canções, não como crítica positiva ao trabalho, mas sim como gosto pessoal de um escutador de disco despretensioso que ouviu e gostou no primeiro impulso, o que isenta o comentário de qualquer carga tendenciosa para induzir a pensamentos estético ou filosóficos sobre o trabalho da banda. 

Então, começo com “Rats” e “Faith” que espelha o DNA natural do Ghost com sua pegada pesada, para então chegar a “See the light”, uma baladinha quase romântica para metaleiros e afins, mas muito bonita, que se colocada em rádio FM convencional, gruda no cérebro. 

O Cardeal
As duas grandes surpresas, ficaram por conta de “Miasma” e “Helvetesfonser”, totalmente instrumentais, dando oportunidade aos músicos extraírem o seu melhor, mostrando que o Ghost é muito mais que um bando (ou uma banda?) de mascarados fazendo tipo e isso é muito importante para alguns "stakeholders" negativos do grupo entenderem o que realmente eles pretendem e podem fazer. 

“Pro memoria”, está com tudo que uma boa música poderia querer em termos de arranjo musical e letra, pois ela é altamente viciante já na primeira audição, o que é um fato raro, pelo menos comigo. 

Fecho o destaque das músicas, com “Life Eternal”, outra baladinha heavy metal, deliciosa de escutar e cantar junto, ou seja, os caras fizeram a lição de casa e evoluíram muito e eu não tenho receio em dizer que este álbum divide o Ghost em duas histórias, onde há “o antes” e o “depois” de “Prequelle”

Meu conceito de música boa, é aquela que te diverte de graça, sem fazer força, que de primeira o pezinho já está no ritmo da música e este álbum provoca isso de imediato, portanto porque não o divulgar isento de preconceitos por conta trajes ou estilos musicais e simplesmente destacar sua música que é o que realmente importa. Feito!!!!

VALE A PENA ESCUTAR!!!!!

Ghost
Chris Catalyst - guitarra base
Ben Christo - guitarra solo
Per Eriksson - baixo
Zac Baird - teclados
Hayden Scott - bateria
Tobias Forge - vocais

Tracks:
01. "Ashes" 1:21
02. "Rats" 4:21
03. "Faith" 4:29
04. "See the Light" 4:05
05. "Miasma" (instrumental) 5:17
06. "Dance Macabre" 3:39
07. "Pro Memoria" 5:39
08. "Witch Image" 3:30
09. "Helvetesfönster" (instrumental) 5:55
10. "Life Eternal" 3:27





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