26 de ago. de 2015

BY THE POUND - “The Early Genesis Show” - 2015


Dia 29 de agosto quem está de volta aos palcos (finalmente) é o “By The Pound”, agora com seu novo show intitulado, “The Early Genesis Show” que terá apresentação única e imperdível na Matriz Casa Cultural, localizada na Rua Guajajaras, 1.353 – Terminal JK - Centro, Belo Horizonte, MG ás 20:30hs.

O que consegui descobrir desse show é que ele terá músicas extraídas dos álbuns, "From Genesis To Revelation" de 1969 e do "Trespass" de 1970 e mais algumas surpresas “Genesianas” que eles sempre apresentam em seus shows e como palpite meu, bem que poderia ter, “Fountain of Salmacis”, “Seven Stones”, “Musical Box” e quem sabe para fechar a noite em grade estilo, “Supper’s Ready” (essa é obrigatória!!!!).

A banda atualmente tem a seguinte formação, Andre Boechat (Teclados); Davi Aroeira (Baixo, Guitarra e Violão de 12); Bruno Zattar (Bateria); Hique Guerra (Flauta e Violão de 12); Ricardo Righi (Voz e Interpretação); Yuri Lopes (Guitarra e Violão de 12); Alessandra Carneiro (Atriz e Maquiagem); Silvia Góes (Atriz) e Gabriella Araujo (Figurinos).

O histórico musical desta banda é no mínimo sensacional, pois eles levam muito a sério o desafio de interpretar as músicas do Genesis que para quem é do ramo, sabe muito bem que não é para qualquer músico esta tarefa, tendo em vista a preocupação que eles têm em trazer para o público a atmosfera intimista e a teatralidade musical com que estas músicas foram criadas.

O cuidado com a afinação e o timbre dos instrumentos musicais é impressionante e para garantir isso, não fazem por menos ao se utilizarem de equipamentos vintage que como num túnel do tempo nos transporta para o início dos anos setenta, dada a absoluta fidelidade com que executam as músicas. 

Já tive a oportunidade de assistir a dois shows da banda, já comentados aqui no blog em março de 2012 quando da apresentação no “Rio Prog Festival” e posteriormente em julho de 2013 no show (antológico) do Teatro Don Silvério em BH, portanto além de suspeito por ser fã incondicional da banda, eu também me considero um agente informativo que sem medo de ser feliz, reforço o convite a todos os amantes da boa música que compareçam a este show.

Apenas para dar um pouco de água na boca nos fãs da banda, acredito que o álbum “And The Word Was.... Genesis” com parte das gravações coincidentes com a proposta deste novo espetáculo do “By The Pound” possa dar uma ideia do que eventualmente venha a acontecer neste show que com certeza promete muito.


IMPERDÍVEL!!!!


By The Pound:
Andre Boechat (Teclados); 
Davi Aroeira (Baixo, Guitarra e Violão de 12); 
Bruno Zattar (Bateria); 
Hique Guerra (Flauta e Violão de 12); 
Ricardo Righi (Voz e Interpretação); 
Yuri Lopes (Guitarra e Violão de 12); 
Alessandra Carneiro (Atriz e Maquiagem); 
Silvia Góes (Atriz) 
Gabriella Araujo (Figurinos).

Genesis - And The Word Was.... Genesis :
Peter Gabriel - vocal e percussão
Anthony Phillips - guitarra e vocal
Tony Banks - órgão, guitarra, piano, teclado e vocal
Mike Rutherford - baixo, guitarra e vocal
John Silver - bateria e vocal
Chris Stewart - bateria

John Mayhew - bateria
Tracks:
01. The Silent Sun
02. That's Me
03. Where the Sour Turns to Sweet
04. In the Beginning
05. Fireside Song
06. The Serpent
07. Am I very Wrong?
08. In the Wilderness
09. The Conqueror
10. In Hiding
11. One Day
12. Window
13. In Limbo
14. Silent Sun
15. A Place to Call My Own
16. A Winter's Tale
17. One-Eyed Hound 


16 de ago. de 2015

YES - "At The Mesa Arts Center" - 2015

Recentemente perdemos Chris Squire, baixista do Yes, que passou para um plano mais elevado deixando órfãos uma legião de fãs espalhados pelo planeta e que até o momento, aparentemente ainda não se conformaram com tamanha perda, pois passado uns quarenta e cinco dias da data fatídica, as manifestações de carinho e apreço pelo músico não param nas redes sociais. 

Esta resenha não se trata de uma homenagem póstuma de forma alguma, tendo em vista que sou radicalmente contra este tipo de manifestação, pois não há coisa pior do que a criação, evocação e adoração de um “mártir”, portanto minha homenagem é direcionada a ele, apenas como reconhecimento por toda uma vida dedicada ao rock.

Acredito que ele tenha sido um dos maiores, senão o maior baixista da história do rock em todos os tempos, pois ele teve a capacidade de elevar a categoria de seu instrumento que normalmente é considerada como um coadjuvante para o centro dos holofotes, tendo em vista o modo único de manipulá-lo com sua técnica inigualável.


Fora isto, tinha uma capacidade de criação muito grande, muito além da média, sendo um dos mentores intelectuais de tudo de bom que rolou dentro do Yes, mesmo nos momentos mais solitários e difíceis que banda passou ao longo destas mais de quatro décadas de dedicação ao rock.

Ele é o autor de um álbum solo absolutamente perfeito e fantástico, intitulado “Fish out of Water” lançado em 1975, onde seus dotes de vocalista foram revelados em suas músicas de consistência complexa e sofisticada que o levaram merecidamente ao 69º lugar do “Billboard Pop Albuns” e 25º lugar no “UK Albuns Chart” em 1976, apesar de ser um álbum progressivo até a alma.

Sua presença no palco era simplesmente carismática do alto de seus quase dois metros de altura que tive a oportunidade de assistir em duas ocasiões, sendo uma em 1985 no primeiro “Rock in Rio” e anos depois, em 1999 no “Olympia” em São Paulo e nas duas ocasiões seu vigor ao empunhar seu baixo foi percebido claramente.

Provavelmente o álbum, “At The Mesa Arts Center”, lançado no princípio de agosto deste ano, seja um dos últimos ou mesmo o último registro da presença de Chris Squire à frente da banda, composto originariamente por dois CDs e um DVD com a integra do show.

Este show é feito literalmente em cima de dois álbuns altamente emblemáticos e legendários, “Close To Edge” e “Frigile” que dispensam maiores apresentações dada a sua longevidade, lirismo e poesia que contagiam até hoje os velhos dinossauros do rock e suas proles mais recentes.

As músicas foram executadas com alto padrão de qualidade que é exigido dada a complexidade e sofisticação de seus arranjos, portanto cabe ressaltar o esforço hercúleo de Geoff Downes e Jon Davison, pois não é uma tarefa nada fácil estarem substituindo duas lendas vivas do rock (só para lembrar: Rick Wakeman e Jon Anderson respectivamente) com tamanha dignidade.

Há tempos atrás já havia feito algum comentário a respeito da velocidade de execução de alguns trechos de música que aparentemente estão um pouco mais lentos e neste álbum, continuo a ter esta mesma sensação, mas isso é apenas uma demonstração de minha personalidade rabugenta, dada a minha elevada longevidade, portanto, não deem crédito ao que disse e aproveitem muito este álbum, pois ele é muito bom, bom não, é ótimo!!!

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

YES:
Chris Squire / bass
Steve Howe / guitars
Alan White / drums
Geoff Downes / keyboards
Jon Davison / vocals

Tracks:
Disc: 1
01. Close To The Edge
02. And You And I
03. Siberian Khatru
Disc: 2
01. Roundabout
02. Cans and Brahms
03. We Have Heaven
04. South Side Of The Sky
05. Five Per Cent For Nothing
06. Long Distance Runaround
07. The Fish (Schindleria Praematurus)
08. Mood For A Day
09. Heart Of The Sunrise


1 de ago. de 2015

ROCKIN' 1000 - "Learn To Fly" - 2015


Um fenômeno!!!! Quando algumas pessoas (mais de mil) são colocadas lado a lado para tocar uma música, com dezenas de baterias, guitarras, baixos e um povão que canta muito bem, apenas para pedir que uma banda de rock faça um show em seu país, algo de muito louco está acontecendo e essa banda deve ser no mínimo muito boa e carismática.

Em vinte e quatro horas, pasmem, o vídeo já havia recebido mais de quatro milhões de acessos e não foi por acaso, pois apesar da simplicidade da produção, o vídeo é sensacional, a música melhor ainda e acredito que este evento seja inédito e tomara que sirva de inspiração para outras iniciativas como esta.


A banda, “The Foo Fighters” é o centro das atenções e música não menos sensacional é a “Learn to Fly” que executada da forma que foi, se já era muito boa em seu formato original, que me desculpem seus criadores, ficou ainda muito melhor neste tributo, pois foi carregada de muita emoção e criatividade coletiva jamais vista, pois não eram quatro ou cinco pessoas em cena, eram mais de mil, se levarmos em conta os demais envolvidos.

A música por si só, é suficientemente competente para levantar defunto no caixão e faze-lo dançar e pular feito um louco, pois é muito contagiante e até um velho dinossauro do rock como eu, me rendi ao seu encanto hipnótico.


Quando me deparo com uma situação como esta, meu instinto musical me força a compreender algo sobre a banda, seus músicos e porque não sobre a sua música, uma vez que o formato das músicas desta banda não é o que normalmente eu escuto e quando isso acontece, é uma coisa muito boa, pois é mais uma oportunidade de aprender, conhecer novos horizontes musicais e estar acompanhando os movimentos musicais atuais bem de perto.

Meu medo inicial é que só esta música fosse muito legal, mas para minha gratíssima surpresa, há muito mais a ser escutado, e vejam vocês que eu só dei uma rápida escutada em uns dois álbuns para eu tirar este temor que pairava sabre meus pensamentos em relação à banda.


Um dos álbuns que escutei, foi lançado em 2011 e se chama, “Medium Rare”, só de covers, é bem eclético, pois passa por nomes como Paul MacCartney, Gerry Rafferty, Gary Numan e até o Pink Floyd, mostrando muita personalidade e ousadia com versões onde claramente se nota que estão assinadas com o DNA do “The Foo Fighters” que não esconde suas batidas grunge e que poderão ser conferidas acessando o link abaixo.

E não é para menos, afinal de contas Dave Grohl, carrega em sua bagagem, uma temporada de quatro anos com o Nirvana, um dos ícones do movimento Grunge, portanto não é de se admirar tal fato, entretanto sabiamente soube dosar seu aprendizado dando uma caraterística própria às suas composições. 


Voltando a “Learn To Fly” eu definitivamente assino meu atestado de incompetente, pois trata-se de uma música gravada em 1999, constante do álbum, “There Is Nothing Left to Lose”, ou seja, bem velhinha e o velhinho aqui nem conhecia, mas o curioso é que a música soa tão atual, e com aquele bando de músicos (todos loucos, no bom sentido), tocando com um vigor invejável, esbanjando juventude e tudo mais, prova que música não tem idade, é totalmente atemporal e quando tem qualidade, vence qualquer barreira, qualquer preconceito.

A motivação principal para esta resenha vai muito além da música ser muito legal, o "The Foo Fighters” ser uma puta banda da atualidade ou mesmo do vídeo ter ficado incrivelmente sensacional, mas o que mais me motivou a escrever foi o meu preconceito com este tipo de banda, que tem muito a contribuir para a música e para a cultura em geral, servindo para mim e outros como um alerta, que é necessário estarmos mais atentos, com a mente aberta para novas experiências e tendências musicais.


Não é a primeira vez que isso acontece e acredito que esta resistência natural a novos rumos seja uma característica dos nascidos dos anos sessenta e que viveram intensamente os anos setenta, assistindo de camarote o surgimento de bandas, como o Yes, Iron Maiden, ELP, Deep Purple, Led Zeppelin, Genesis, Jethro Tull, PFM, Rush e dezenas de outras mega bandas, que até hoje são influência para novos grupos, portanto quando há comparação, que em geral é equivocada, do passado contra o presente, as injustiças vem há tona, pois são momentos completamente diferentes. 

Finalizando, para quem já é familiarizado com o “The Foo Fighters” fica mais uma oportunidade de reencontro com a banda e para quem nunca tinha se dado conta dela como eu, fica uma grande oportunidade de aprendizado, conhecimento e reconhecimento do talento destes músicos.

Fabio Zaffagnini
NOTA: Nada acontece por acaso e sempre há uma cabeça pensante para que um evento como este aconteça, portanto não mencionar o nome do gênio que teve esta ideia e a materializou de forma brilhante, seria no mínimo um erro muito grave, portanto, Fabio Zaffagnini é o responsável por toda esta loucura que segundo a mídia internacional, deu certo o evento e o "The Foo Fighter" vai se apresentar na Itália, mais precisamente na cidade de Cesena em data a ser confirmada.  

SENSACIONAL!!!!




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