A segunda geração do rock progressivo (leia-se anos oitenta), sem dúvidas no brindou com algumas surpresas e dentre elas, está o IQ, que é oriundo do The Lens (1976-1981), outra banda excelente banda e neste rastro, vieram a voz a guitarra e os teclados que formam o IQ.
Em geral produzem muito bons álbuns e para mim só a presença de Martin Orfford com seus teclados mágicos já valem o show, mas na verdade o IQ é muito mais que isso, pois possui forte personalidade e um DNA de dar inveja a muito marmanjo.
O conjunto da obra é sempre muito rico em qualquer situação e particularmente se saem muito bem quando estão no palco, pois os trabalhos de estúdio sempre levam mais em conta a técnica de cada um do que o uso exagerado da tecnologia que muitas vezes nos leva a algumas impossibilidades no ambiente de um palco sem agregar mais músicos.
Nesta gravação, “Live In Aschaffenburg”, feita em 2002, é flagrante a sinergia da banda, com Peter Nicholls afinadíssimo, Martin Orfford surfando pelos teclados uma onda gigante sem fim e Michael Holmes empunhando sua guitarra como um “guitar hero” duelando o tempo todo com a banda.
Como sempre na cozinha da banda, baixo e bateria dão o suporte necessário para sustentar os complexos e sofisticados arranjos e enredos musicais, uma característica marcante da banda, pois todas as suas músicas são carregadas por uma alta demanda cultural e psicológica muito fortes, ou seja, o IQ é sempre uma boa opção.
IQ
Paul Cook - Drums
Michael Holmes - Guitar and Keyboards
John Jowitt - Bass and backing vocals
Peter Nicholls - Lead vocal
Martin Orfford - Keyboards and backing vocals
Tracks:
CD 1
01. Intro [3:56]
02. Awake and Nervous [8:32]
03. The Thousand Days / The Magic Roundabout [9:18]
04. The -Wrong Side Of Wierd [13:02]
05. State Of Mine / Leap Of Faith / Came Down [10:46]
06. Erosion [7:18]
07. The Seventh House [14:56]
CD 2
01. The Narrow Margin (middle section) [6:05]
02. Just Changing Hands [6:45]
03. Guiding Light [10:28]
04. The Last Human Gateway [22:08]
05. Subterranea [7:43]