Sendo uma das bandas que mais me identifico, o Eloy como de costume e no caso leia-se, Frank Bornemann, sempre apresenta alguma novidade em seus álbuns e desta vez com o álbum, “Destination”, lançado em 1992 e neste caso ele manteve seus habitos, pois este trabalho apresentou uma nova sonoridade, diferente dos seus álbuns anteriores.
Com uma batida bem mais pesada e cadenciada por orientação de Frank Bornemann e Michael Gerlach que desta vez dividiu a responsabilidade em compor e produzir as músicas para este álbum conseguiu imprimir o ritmo dos anos noventa com as influências do rock progressivo, mas sem perder a identidade e a vocação que têm para este tipo música.
Eu entendo que na época em que foi produzido, já não era um momento muito apropriado para este tipo de música, porém, principalmente Frank Bornemann, não abre mão de produzir a música que sente vontade, apesar de notadamente ter se preocupado em fazer uma música que se identificasse com a realidade daquele momento, que para mim foi uma década um tanto pobre musicalmente, pois ainda sofria as influências da década da mediocridade musical dos anos oitenta.
Neste álbum, não é possível encontrar a magia de álbuns como, “Down”; “Oceans” ou mesmo o “Power And The Passion”, pois realmente seria pedir demais, pois a época não comportaria esta tendência, mas, todavia, este álbum é bem interessante musicalmente e traz consigo a marca da genialidade de Frank Bornemann.
E mesmo em um momento de não tão grande inspiração, não por tê-la perdida, mas por uma questão de sobrevivência, teve que deixar de lado alguns dogmas do rock progressivo, mas mesmo assim, conseguiu transmitir as emoções e sensações que sua música no passado nos fez sentir em maior intensidade.
Para não perder o mal hábito, a formação da banda, salvo alguns poucos elementos, mudou novamente, mas pelo menos tivemos um gratissimo retorno, que foi promovido, com a presença do baixista, Klaus-Peter Matziol que estava afastado do grupo desde 1984 e pode contribuir em duas faixas.
Em especial, esta música, “Jeanne d'Arc”, a ultima do álbum, chamou muito a minha atenção, pelo belo coro formado, muito bem colocado dentro do arranjo sinfônico desta música que realmente teve um tratamento diferenciado das demais, nos levando a uma viagem até o passado mais recente da história da música, bem como ao longínquo passado do tema desta peça.
As demais músicas do álbum seguem um mesmo padrão musical, ou seja, aquilo que foi possível produzir, levando-se em consideração as condições do momento em que estavam vivendo, mas mesmo assim são boas músicas que merecem a nossa atenção.
Este é o décimo quinto álbum de estúdio de um total de dezenove álbuns que o Eloy nos presenteou ao longo destes quase quarenta anos de dedicação a música, portanto, pelo conjunto da obra produzida até hoje, eu só posso recomendar mais este trabalho desta genial banda.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!
MUSICIANS:
Frank Bornemann / vocals, guitars
Michael Gerlach / keyboards
Nico Baretta / drums
Peter Chrastina / choir arrangements
Hege Engelke / bass (3-4), rhythm guitar (4), acoustic / solo guitar (6)
Detlev Goy / bass (1-6-8)
Lenny MacDowell / flutes (1-3)
Klaus-Peter Matziol / bass (2-5)
Kai Steffen / solo guitar (5)
TRACKS:
01. Call Of The Wild (6:49)
02. Racing Shadows (7:11)
03. Destination (7:41)
04. Prisoner in Mind (4:26)
05. Silent Revolution (7:55)
06. Fire And Ice (5:10)
07. Eclipse Of Mankind (6:29)
"Jeanne d'Arc"
"Call Of The Wild"
Concordo com o q vc disse, Gustavo.
ResponderExcluirEsse eu tenho em mp3.
Abraços
Meu caro amigo,
ResponderExcluirPrazeiraço em tê-lo mais uma vez por aqui.....
Pois é, este álbum não representa o magnifico trabalho do Frank Bornemann, porém levando-se em consideração a época em que foi produzido, está até bom demais......
Volte sempre meu amigo!!!!!!
Forte abraço,
Gustavo
Grande Gustavo! Tá difícil de te acompanhar, mas vou tentando. Quanto ao Eloy, não tenho comentários, possuo quase todos os álbuns em mp3 e a medida que posso compro o cd´s. O Eloy para mim tem uma significação muito grande e realmente não me canso de escutá-los. Valeu, não só pelo post mas por todo seu incansável trabalho.
ResponderExcluirJosé Carlos
Meu irmão,
ResponderExcluirÉ um prazeiraço em tê-lo por aqui.......
O Eloy é uma das bandas que mais gosto e a coloco sem medo de errar ao lado de Yes, Genesis, Pink Floyd, Camel e cia......
Como toda banda, teve seus altos e baixos e este álbum realmente não representa o melhor que já fizeram, porém o considero um bom álbum.....
Do Eloy ao longo dos tempos eu fui adquirindo os álbuns e hoje com exceção dos bootlegs e do
último de estúdio que foi lançado no ano passado eu tenho todos os outros...
É muito bom saber que outros também gostem do Eloy....
Volte Sempre!!!
Forte abraço,
Gustavo