Mais um simples álbum tributo??? Não, não é!!! É algo bem superior!!!! Para este álbum, temos um simples ditado que cai muito bem e que define o caráter deste trabalho: "Juntar a fome com a vontade de comer!!!!" É isso aí. “Ars nova” e “Gerard” botando pra quebrar, sem dó e nem piedade em clássicos imortais dos anos setenta com muita competência.
Antes de chegar até o álbum, “Keyboards Triangle” que é um verdadeiro tsunami de sintetizadores, tendo sido lançado em 1999, precisamos conhecer seus protagonistas, no caso, o “Ars nova” e o “Gerard” e desvendar um pouco mais de suas origens progressivas.
O Ars Nova é originário do Japão e inicialmente foi formado por três mulheres, Keiko Kumagai (teclados), Kyoko Kanazawa (baixo) e Akiko Takahashi (bateria), entrando em atividade em 1983, porém lançando seu primeiro álbum em 1992, intitulado, "Fear & Anxiety", um álbum feito especialmente para homenagear sua maior fonte de inspiração, o “ELP” e tem em sua obra algo em torno de dez álbuns lançados.
Esta banda passou por diversas formações, com um entra e sai de sete músicos ao longo de sua história que é regada com muitos Moogs, Hammonds, Melotrons e tudo mais, que desde então, ficaram sob a responsabilidade da competente tecladista, Keiko Kumagai, fundadora e único membro da formação original a permanecer no grupo.
O “Gerard”, também é originário do Japão e tem uma história bem complexa até sua fundação, pois alguns de seus membros são oriundos de outra conhecida banda japonesa, o “Novela”, lançando seu primeiro álbum em 1984, intitulado, “Gerard” com a seguinte formação: Toshio Egawa - teclados; Yukihiro Fujimura - vocals, guitarra; Yõhei Kawada – baixo; Masaharu Sato – Bateria; Masaki Tanimoto – percussão e Yasumasa Uotani - baixo, passando por algumas formações e tendo como legado o lançamento de uns quinze álbuns.
As duas bandas usam e abusam do uso de sintetizadores e tudo mais em termos tecnológicos em suas músicas com muita sabedoria, competência e com personalidade para botar inveja em muita gente, portanto, não é de se estranhar que tenha escolhido um complexo reportório musical, originários de bandas de primeiríssima linha do rock progressivo dos anos setenta.
As bandas homenageadas são o ELP; Trace; Banco Del Mutuo Soccorso; Il Baletto di Bronzo; Rick Wakeman e o PFM, numa mostra total de coragem e ousadia, mas principalmente de competência ao interpretar e agregar sua marca própria em musicas como “Toccata” e “Tarkus” do ELP, ou mesmo “Catharine Parr” de Rick Wakeman de forma tão convincente e arrasadora.
A diversão está mais do que garantida da primeira à última faixa, pois além das músicas já citadas, temos também, “Birds Medley” do Trace, “La Conquista Della Posizione Eretta” do BMS, “Epilogo” do Ill Bolletto de Bronzo e a fantástica “Four Holes In The Ground” do PFM, ou seja, é a união da boa música com duas bandas muito boas que surpreendem a cada música.
Contra fatos, não há argumentos, portanto, fica o convite a todos que ainda não tiveram acesso a esta obra de arte musical que aproveitem momentos de intensa viagem.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Músicos:
Keiko Kumagai / keyboard
Mika Nakajima / keyboards, violin, voice
Akiko Takahashi / drums
Kyoko Kanazawa / bass
Toshio Egawa / keyboards
Atsushi Hasegawa / bass
Masuhiro Goto / drums
Tracks:
01. Toccata (7:37)02. Birds Medley (7:50)
03. La Conquista Della Posizione Eretta (8:23)
04. Epilogo (6:18)
05. Catharine Parr (6:23)
06. Tarkus (12:17)
07. Four Holes in the Ground (6:06)
Caríssimo Gustavo, saudações ao ilustre colega... Desde que postou esta maravilha, não paro de escutar. Muuuuito bom. Em La Conquista..., fico até meio tonto e meu cachorro começa a uivar.
ResponderExcluirUm grande abraço e obrigado
Breu, meu velho....
ResponderExcluirFico imaginando como um álbum destes, antigo, de 1999, pode ficar tanto tempo longe de nós.....
Fiquei tão surpreso quanto você, pela qualidade das músicas escolhidas, bem como por sua execução.......
Já andei fuçando e baixando alguns trabalhos autorais das duas bandas e confesso que fiquei muito bem impressionado.........
Muito legal em tê-lo por aqui novamente......
Um forte abraço,
Gustavo
Antes de tudo, para que não haja dúvidas, este álbum postado é realmente totalmente excelente; como dizem, "altamente recomendado" e, sim, a escolha das músicas que "coverizaram" é impecável e, até mesmo, surpreendente.
ResponderExcluirCostumo dizer que os japoneses, em relação à música internacional, são os maiores recicladores de todos, sendo quase impossível achar algo de realmente original ou autêntico - e esse disco é praticamente uma prova irrefutável para esta minha opinião.
É claro que os músicos são mega-hiper-ultra-giga-blaster competentes, mas tem alguns pecados - às vezes soam frios, devido à pura técnica em detrimento do tão valorizado "feeling".
No caso do Ars Nova, Keiko Kumagi é verdadeiramente animal, manda ver mesmo em qualquer instrumento com teclas, mas acho que falta à ela alguma sutileza, talvez um pouco menos de "peso" na mão, sei lá; mas sei que isso tudo é só a minha opinião, coisas do meu gosto - e sabemos que gosto e opinião cada um de nós tema os próprios e isso não quer dizer quase que absolutamente nada aos outros, mas eu não resisti em compartilhar essa minha visão... rsrsrsrsrs
No mais, ótima indicação, não há como não curtir esse disco.
Grande abraço!
Grande Maddy Lee, sempre preciso nos comentários e muitas saudades de suas resenhas.
ExcluirUm grande abraço
Maddy, meu velho...
ResponderExcluirNo primeiro paragrafo da resenha eu queria exatamente espelhar este sentimento que você teve em relação a execução das músicas, que foram executadas com a fúria de um "Iron Maiden" (que por sinal eu adoro...), deixando de lado o lirismo que estas músicas têm e partindo pra porrada sem medo de ser feliz......
A técnica é apuradíssima e afiada como uma espada samurai, entretanto, realmente falta "alma" nestas execuções, pois soa eletrônico demais.......
Já escutei alguns trabalhos autorais das duas bandas e tem muita coisa legal que vale a pena ser escutada e encarada como um estilo próprio de compor e executar.....
A parte boa deste álbum é que ele realmente diverte muito, pois como foram escolhidos clássicos do progressivo, fica muito interessante escutar uma nova leitura para essas músicas.......
Meu velho, a casa é sua......
Volte sempre....
Abraços,
Gustavo
Não só os japoneses são recicladores. Mesmo os ingleses reciclam bastante. Gosto de algumas bandas oriundas do Japão, Far West Band . E tem uma outra, parecida igualmente com o Pink Floyd que esqueci seu nome. Mas, o Ars Nova peca pela falta de originalidade. Tive um cd da banda, que rapidamente rejeitei. E olha que adoro grupos que reciclam o som do glorioso ELP.
ResponderExcluirPorém a postagem foi válida. Ars Nova é bem superior regravando obras primas do progressivo, que criando material original. rssrss
Médico do Xerxes
Caríssimo, Médico do Xerxes...
ExcluirEspero que ele esteja bem de saúde, já que mandou seu médico em seu lugar........ rssrss
Em geral essas bandas japonesas pecam pela falta de "feeling" como bem apontado por "Maddy Lee", entretanto como há uma falta generalizada de novos talentos, como realmente gostaríamos que tivesse, portanto até que eles divertem bastante aproveitando e/ou reciclando os clássicos do rock progressivo em geral...
Forte abraço,
Gustavo
Uma boa pedida japonesa= Wuthering= rateyourmusic.com/.../wuthering/the_gate_of_fate/. Neo prog, cujo destaque é a vocalista= obesa, idade avançada, mas que canta pra caralho!
ResponderExcluirAbraço
Saddam, aquele que confronta
Saddan,
ExcluirValeu pela dica..... vou dar uma pesquisada na banda.....
Abraços,
Gustavo
Grato! Vida longa ao Rock 'n' Roll e ao seu Blog!
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