Primeiramente, um aviso, para que não haja enganos por conta da capa emblemática exposta ao lado, uma vez que, não há a menor ligação entre a imagem e o conteúdo, pois apesar desta imagem sugerir uma das viagens musicais mais intensas da história do rock progressivo, o álbum é uma referencia direta a “Big Generator”, álbum de estúdio lançado em setembro de 1987, na sequência tardia do álbum, “90125” que havia sido lançado em novembro de 1983 com muito sucesso por conta da música, "Owner of a Lonely Heart”, mantendo basicamente a mesma formação de músicos.
Depois de algumas décadas de vitrolas, fitas K7, VHS, CDs, DVDs e Blu-ray’s, eu chego à conclusão que está mais do que na hora de se quebrar alguns paradigmas e um deles é a maldita década de oitenta que com o perdão da má palavra, aparentemente “fodeu” com tudo de bom que havia em relação à música (não há verbo melhor).
Toda construção filosófica, lírica e poética que emergiu na década de sessenta, e foi aprimorada na década de setenta, acabou por ser totalmente desfigurada e aniquilada na década de oitenta, por músicas de dois ou três acordes no máximo, acompanhadas por letras imbecis e sem sentido, que o próprio tempo se encarregou de enterrar, fruto de um modismo temporário, porém, mortal.
Eu acredito que não seja possível tentar “exumar” um álbum como, “The Alternate Generator”, sem isolá-lo em seu próprio tempo, pois fazer comparações com trabalhos passados inviabiliza qualquer tentativa de um julgamento justo, pois não há o que comparar, apenas, a lamentar.
“The Alternate Generator” é uma coleção de “demos”, logicamente anterior ao lançamento do álbum de estúdio que ficou uns dois anos em fase de pré-produção por conta de divergências internas, que veio acompanhada com um bonus de quatro músicas de “Jon & Vangelis” para completar o espaço deste CD, que originariamente teve uma edição limitada a trezentas cópias.
Este álbum de certo modo me obrigou a refletir e enxergar que mesmo em uma época de baixa criatividade e conteúdo, garimpando com atenção, é possível encontrar algumas pepitas de ouro, que conseguiram escapar da atração mortal do “Buraco Negro” formado e extinto na década de oitenta.
Olhando para trás, as tendências musicais exigiam musicas mais descompromissadas, dançantes e menos pensantes, talvez até pela rigidez, quase marcial, que o rock progressivo em seu preciosismo e perfeccionismo exigiu de uma geração talentosíssima de músicos que por força do destino concentraram-se na década de setenta.
O choque cultural entre as décadas de setenta e oitenta foi muito grande e de certo modo sangrento, mas nem tudo foi perdido, pois no meio dos escombros, muitas bandas conseguiram manter-se de pé com dignidade e algumas outras surgiram e formaram a segunda geração do rock progressivo.
Não há motivos racionais suficientes para apontar este álbum como um trabalho menor e sem valor, pois afinal de contas, os mesmos músicos que criaram este álbum, em sua maioria, fizeram a música dos anos setenta e ainda estão na ativa, cativando a nós, dinossauros em extinção, bem como às gerações seguintes, com o talento nato que tem e que aprimoram a cada dia.
Esse álbum, “The Alternate Generator”, abriu meus olhos, ou melhor, meus ouvidos, para um entendimento mais racional e harmonioso de uma época muito conturbada, portanto o que quis colocar em prática nesta resenha foi o conceito musical de uma geração, ao invés de friamente dissecar um álbum, com suas músicas e seus criadores, portanto, recomendo este álbum, principalmente para os céticos, como eu, que por muito tempo, combati estes trabalhos, mas agora em um momento de calma e reflexão, pude me aproximar dos fantasmas que perseguiam minhas ideias.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Yes:
Jon Anderson - Lead Vocals
Tony Kaye - Keyboards
Trevor Rabin - Guitars, Keyboards, Backing Vocals
Chris Squire - Bass, Backing Vocals
Alan White - Drums & Percussion
Tracks:
01. Love Will Find A Way
02. Big Generator
03. Rhythm Of Love
04. Final Eyes
05. I'm Running
06. Shoot High Aim Low
07. Shoot High Aim Low (2nd Take)
08. Big Generator (2nd Take)
09. Holy Lamb (instrumental)
10. Lets Pretend
11. All Through The Night
12. Say What You Will
13. The Arms Of Love
Yes:
Jon Anderson - Lead Vocals
Tony Kaye - Keyboards
Trevor Rabin - Guitars, Keyboards, Backing Vocals
Chris Squire - Bass, Backing Vocals
Alan White - Drums & Percussion
Tracks:
01. Love Will Find A Way
02. Big Generator
03. Rhythm Of Love
04. Final Eyes
05. I'm Running
06. Shoot High Aim Low
07. Shoot High Aim Low (2nd Take)
08. Big Generator (2nd Take)
09. Holy Lamb (instrumental)
10. Lets Pretend
11. All Through The Night
12. Say What You Will
13. The Arms Of Love
DEPOIMENTOS:
Carlos "The Ancient" - 22 de dezembro de 2012 11:16
È Mano !!!!!!!!!!!!!!! Eu acho que essas linhas ficarão um pouco maior do que o de costume!!!!
A tônica de quase todas as nossas discussões neste ano girou em torno do Médico e do Monstro ou como preferir a década de 70 e 80...
Ninguém da década de 70 que se aventurou a fazer alguma coisa na década de 80 teve êxito...Se foi sucesso de Bilboard, foi fracasso para os fãs....A única exceção sem dúvida - e precisamos realmente não reconhece, mas reverencia - chama-se Ozzy Osbourne .
Quando vi pela primeira vez o álbum 90125, a primeira coisa que me veio à cabeça foi..Cadê o Roger Dean....A segunda foi line up...Tony Kaye ( por um segundo pensei ter lido Tony Banks – acredite ) e por fim ...Trevor Rabin...
De alguma forma alguma coisa me dizia que aquilo não estava me cheirando bem!!!!!!!!! Eu esperava a continuidade do ótimo Drama ( que bom dizer isto), e o que escutei foi algo ininteligível ( sensação semelhante tive com o Hot Space do Queen).
Mas o Yes tinha crédito...........Mas me incomodava muito ver Tony Kaye com aquela roupa de ginástica e Chris de cabelo espetado cheio de gel....
Para se ter uma ideia, o que mais me impressionou na verdade, foi o fato do Yes ter sobrevivido à década de 70,,,Mas o preço era muito alto...Uma banda como o Yes jamais poderia perder um Award para o Sting....Só fato de competir com o Sting já era algo extremamente incômodo!!!!...(cont)...Eu disse????.......
Carlos "The Ancient" - ;22 de dezembro de 2012 11:19
A coisa foi tão séria na minha vida de amante do Yes, que quando vi o álbum Big Generator nas lojas ( ainda em vinil ) com aquela capa verde horrorosa ....pela primeira vez na vida passei adiante como passava um disco do Simple Mind ou The Cure....
Só tive acesso ao material daquele disco quando comprei o Box Yesyears....E confesso que somente as músicas que ali estavam é que me impressionaram....
Quando eu vi uma declaração de Trevor Rabin dizendo que o disco demorou para ficar pronto porque era difícil segurar Jon Anderson, eu pensei comigo....”What fuck...” por muito menos ...mas muito menos eles botaram Peter Banks pra fora!!!!!!!! Quem é esse cara pra dizer com pose de intelectual que é difícil segurar Jon Anderson,,,,Jon Anderson não se segura, se respeita e bate palma.........
A coisa só piorou quando vi o clipe de Love Will Find Way.....de novo “ What fuck,,,,,” o que era aquilo??????? O que eram aquela maquiagens?????????? O que aquilo tinha a ver com o Yes???? O Yes que vi no vídeo QPR ou do Yessongs????????
Trevor Rabin - dada as proporções – foi para o Yes o que os Pistols foi para o Rock –
Álbuns como Drama, Tormato são injustiçados e criticados até hoje....Mas eu desafio qualquer um a me dizer se são piores do que Big Generator ou o esquecível Open Your Eyes....( cujo produção tem outra figura sinistra no cast chamada Billy Sherwood....
As ilustrações de Roger Dean são a alma da música do Yes e os discos do Yes com Trevor Rabin, não tem Roger Dean....Por isso eu os classifico como sem alma!!!!!!!!!
Podem ser bons, audíveis, tem coisas boas com a marca Yes, mas não tem alma!!!!!!!!!!
Eu tenho uma teoria do “se” já dita neste blog, que “se” o Yes após Drama, chamasse de novo Jon Anderson, e deixasse Downes nos teclados teríamos na década de 80 um Yes não um gigante como foi na década de 70, mas muito melhor, mais fiel, mais rico, mais belo, do que aquele que Trevor Rabin nos apresentou,,,,,,,,, Ouçam as faixas bônus de Tormato e Drama....Imaginem aquele material devidamente trabalhado nas mãos de Trevor Horn, como produtor!!!!!!!!!! Uma pequena amostra está na suíte Fly From Here!!!!!!!!!!!!!
Mano Véio.......Passei este ano momentos extremamente inesquecíveis no seu Boteco, em companhia das maiores figuras que conheci nos últimos anos......Se morássemos perto uns dos outros, com certeza teríamos um dia certo na semana só para nos encontrarmos, bebermos e filosofarmos!!!!!!!!!!!
Você sempre me agradeceu, pela dedicação ao seu Blog....saiba que muitas das linhas que dediquei neste espaço ( muitas mesmo) foram escritas no meio do fogo cruzado.....Mas isso não me impede de expor minhas ideias porque navegar é preciso.....
Pra você.....Pro Véio Dead....Pro Roderick – O Lorde -.....Pro Luciano....Pro Leosky.....Pra você !!!!!! Para todos os seus amados, para todos os Capitães e Navegantes ....Do fundo do Meu Coração
Um Feliz Natal .......repleto de alegria....Força e Sucesso!!!!!!!!!!!
The Ancient
È Mano !!!!!!!!!!!!!!! Eu acho que essas linhas ficarão um pouco maior do que o de costume!!!!
ResponderExcluirA tônica de quase todas as nossas discussões neste ano girou em torno do Médico e do Monstro ou como preferir a década de 70 e 80...
Ninguém da década de 70 que se aventurou a fazer alguma coisa na década de 80 teve êxito...Se foi sucesso de Bilboard, foi fracasso para os fãs....A única exceção sem dúvida - e precisamos realmente não reconhece, mas reverencia - chama-se Ozzy Osbourne .
Quando vi pela primeira vez o álbum 90125, a primeira coisa que me veio à cabeça foi..Cadê o Roger Dean....A segunda foi line up...Tony Kaye ( por um segundo pensei ter lido Tony Banks – acredite ) e por fim ...Trevor Rabin...
De alguma forma alguma coisa me dizia que aquilo não estava me cheirando bem!!!!!!!!! Eu esperava a continuidade do ótimo Drama ( que bom dizer isto), e o que escutei foi algo ininteligível ( sensação semelhante tive com o Hot Space do Queen).
Mas o Yes tinha crédito...........Mas me incomodava muito ver Tony Kaye com aquela roupa de ginástica e Chris de cabelo espetado cheio de gel....
Para se ter uma ideia, o que mais me impressionou na verdade, foi o fato do Yes ter sobrevivido à década de 70,,,Mas o preço era muito alto...Uma banda como o Yes jamais poderia perder um Award para o Sting....Só fato de competir com o Sting já era algo extremamente incômodo!!!!...(cont)...Eu disse????.......
A coisa foi tão séria na minha vida de amante do Yes, que quando vi o álbum Big Generator nas lojas ( ainda em vinil ) com aquela capa verde horrorosa ....pela primeira vez na vida passei adiante como passava um disco do Simple Mind ou The Cure....
ResponderExcluirSó tive acesso ao material daquele disco quando comprei o Box Yesyears....E confesso que somente as músicas que ali estavam é que me impressionaram....
Quando eu vi uma declaração de Trevor Rabin dizendo que o disco demorou para ficar pronto porque era difícil segurar Jon Anderson, eu pensei comigo....”What fuck...” por muito menos ...mas muito menos eles botaram Peter Banks pra fora!!!!!!!! Quem é esse cara pra dizer com pose de intelectual que é difícil segurar Jon Anderson,,,,Jon Anderson não se segura, se respeita e bate palma.........
A coisa só piorou quando vi o clipe de Love Will Find Way.....de novo “ What fuck,,,,,” o que era aquilo??????? O que eram aquela maquiagens?????????? O que aquilo tinha a ver com o Yes???? O Yes que vi no vídeo QPR ou do Yessongs????????
Trevor Rabin - dada as proporções – foi para o Yes o que os Pistols foi para o Rock –
Álbuns como Drama, Tormato são injustiçados e criticados até hoje....Mas eu desafio qualquer um a me dizer se são piores do que Big Generator ou o esquecível Open Your Eyes....( cujo produção tem outra figura sinistra no cast chamada Billy Sherwood....
As ilustrações de Roger Dean são a alma da música do Yes e os discos do Yes com Trevor Rabin, não tem Roger Dean....Por isso eu os classifico como sem alma!!!!!!!!!
Podem ser bons, audíveis, tem coisas boas com a marca Yes, mas não tem alma!!!!!!!!!!
Eu tenho uma teoria do “se” já dita neste blog, que “se” o Yes após Drama, chamasse de novo Jon Anderson, e deixasse Downes nos teclados teríamos na década de 80 um Yes não um gigante como foi na década de 70, mas muito melhor, mais fiel, mais rico, mais belo, do que aquele que Trevor Rabin nos apresentou,,,,,,,,, Ouçam as faixas bônus de Tormato e Drama....Imaginem aquele material devidamente trabalhado nas mãos de Trevor Horn, como produtor!!!!!!!!!! Uma pequena amostra está na suíte Fly From Here!!!!!!!!!!!!!
Mano Véio.......Passei este ano momentos extremamente inesquecíveis no seu Boteco, em companhia das maiores figuras que conheci nos últimos anos......Se morássemos perto uns dos outros, com certeza teríamos um dia certo na semana só para nos encontrarmos, bebermos e filosofarmos!!!!!!!!!!!
Você sempre me agradeceu, pela dedicação ao seu Blog....saiba que muitas das linhas que dediquei neste espaço ( muitas mesmo) foram escritas no meio do fogo cruzado.....Mas isso não me impede de expor minhas ideias porque navegar é preciso.....
Pra você.....Pro Véio Dead....Pro Roderick – O Lorde -.....Pro Luciano....Pro Leosky.....Pra você !!!!!! Para todos os seus amados, para todos os Capitães e Navegantes ....Do fundo do Meu Coração
Um Feliz Natal .......repleto de alegria....Força e Sucesso!!!!!!!!!!!
The Ancient
A versão japonesa inclui essas faixas bônus, este pirata já existe há algum tempo, a contribuição estimada muito bom
ResponderExcluirrelação
Caros butequeiros do onda, vim aqui deixar um video de um show do Yes de 2009 que saiu em DVD da turnê live from lyon. Babei com a qualidade do video... Pode ser que o post reacenda uma discussão do Yes da época do Drama... Veremos.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=pNmrgAV7RgI Enjoy
Abraços
Luciano