Existem algumas bandas que são “mosca branca” quando se quer achar algum material fora de catálogo e o Eloy é uma delas, portanto quando surge alguma coisa a respeito, o melhor que se pode fazer é compartilhar, então, o bootleg, "Jubille Gardens", gravado em 27 de Maio de 1984 vem em um momento de total escassez.
Apesar de o ano coincidir com lançamento do álbum “Metromania”, não acredito que este show faça parte de uma possível “Metromania Tour”, pois só há uma única música deste álbum chamada “Nightriders”, o que não teria muito sentido, mas além deste álbum, tem músicas extraídas do “Time to Turn”; “Planets; “Performance” e “Colors”, que são os álbuns imediatamente anteriores, todos da década de oitenta.
Mas na verdade o que mais importa é que todas as músicas fazem parte da obra do Eloy e principalmente por ter a presença de uma das figuras mais revolucionarias e geniais que a música contemporânea já teve, no caso, Frank Bornemann.
E dele, eu sou um confesso, fã de carteirinha, pois mesmo seus trabalhos mais recentes como, “Oceans 2” de 1998 e “Visionary” de 2009, ainda guardam toda a magia contida nos álbuns do início da sua carreira, na década de setenta.
Apesar de ser de conhecimento geral, que a banda passou por diversas formações, com um entra e sai de músicos, não custa lembrar que Frank Bornemann, além de mentor intelectual de praticamente todas as músicas produzidas, ainda administrou este problema com sua enorme capacidade visionária e com sua inteligência que parece não ter fim, para manter a banda com uma uniformidade musical praticamente impossível de ser mantida, perante tantas mudanças que aconteceram ao longo de quatro décadas.
Por exemplo, este álbum, está com a sétima formação e ainda estavam no ano de 1984, com treze anos de estrada apenas e doze álbuns de estúdio, o que me leva a crer que conforme sua música foi evoluindo e de certa forma acompanhando as tendências de cada momento, senão ele teria sucumbido nos anos oitenta, ele promoveu esta série mudanças na estrutura da banda para manter-se vivo, alias, diga-se de passagem, vivo até hoje e encantando multidões.
Por estes motivos e logicamente pelo legado deixado ao longo de mais de quarenta anos de música, totalmente voltada para o perfeccionismo absoluto, pois cada álbum registra o exato momento de uma época sem se preocupar em conseguir um espaço em alguma rádio FM, levando apenas em consideração a sua criatividade e a sua vontade de externar suas viajantes ideias, é o que me leva a estar sempre à caça de algum material inédito.
Este bootleg foi postado primeiramente no blog, “Blog Stoned”, no dia 9 de abril de 2012, ou seja, há um dia, portanto, que a justiça seja feita em dar os créditos para quem conseguiu desenterrar esta preciosidade musical e principalmente por estar dividindo com todos nós que estamos sempre em busca de algo novo, mas que foi produzido no passado.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Frank Bornemann - guitar, vocals
Klaus-Peter Matziol - bass
Hannes Arkona - guitar
Fritz Randow - drums
Hannes Folberth - keyboards
Tracks:
01. Tunning - Intro - 0:46
02. Through A Somber Galaxy - 5:19
03. On The Verge Of Darkening Lights - 4:10
04. Point Of No Return - 5:44
05. Heartbeat - 6:05
06. Silhouette - 5:15
07. Nightriders - 5:10
08. End Of An Odyssey - 10:06
09. Illuminations - 5:34
10. Drum solo - 3:54
11. Fools - 5:05
"On The Verge Of Darkening Lights"
"Heartbeat"
"End Of An Odyssey"
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