A magia que envolve tudo o que diz respeito ao trabalho e a pessoa de Jon Anderson está intimamente ligada a sua despretensão em ser mais importante que a própria música, mas, sobretudo principalmente pela simplicidade com que faz o seu trabalho.
Em 1976, ele lançou “Olias of Sunhillow”, uma mega obra prima que carregava a grandiosidade de “Tales From Topographic Oceans”, mas no fundo, era de uma simplicidade Franciscana, com cânticos xamânicos e percussão com tendências orientais, formando um dos mais belos cenários musicais do rock progressivo.
Seu segundo álbum, “Songs of Seven”, gravado em 1980, é um conjunto de belas canções que acompanham uma linda suite que lava o nome do álbum, que é uma viagem literal a outra dimensão musical e como de costume, leva sua marca registrada, a simplicidade.
Não há quem resista a “Songs of Seven”, pois há um acolhimento natural de sua melodia e de sua letra, que lembro que na época de seu lançamento eu não sabia praticamente nada de inglês, mas o que se escutava era muito bom de escutar, dava prazer, gerava um sentimento muito positivo mesmo sem saber o seu significado.
Toda a obra de Jon Anderson, ou melhor, tudo o que faz, provoca em mim este mesmo sentimento de bem estar, pois mesmo em sua diminuta figura em um palco, parece um gigante, pois o seu semblante transmite uma serenidade muito grande, sua inimitável voz, é simplesmente hipnótica, um comando para o cérebro desestressar de qualquer incômodo e por alguns momentos embarcar em uma viagem com direito à volta, a uma realidade um pouco menos cruel e agressiva.
Neste álbum, Jon Anderson veio acompanhado de alguns nomes bem conhecidos no meio musical como, “Ian Barinson” e “Chirs Rainbow”, que fizeram diversos trabalhos com Alan Parsons, e “John Giblin”, um baixista de primeiríssimo time, que entre outros, trabalhou com Peter Gabriel, John Lennon, Paul MacCartney, Alan Parsons e Fish.
Como é uma figura muito “família”, Jon Anderson, convocou para este trabalho, “Deborah Leigh Anderson” sua filha e “Damian James Anderson”, seu filho para engrossar o time dos teclados.
Para mim os destaques do álbum, fora a música título, são, “Some Are Born”, “For You For Me”, “Everybody Loves You” e “Don't Forget (Nostalgia)” que como disse logo no início da resenha, são belas canções que emocionam e cativam o coração.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Musicians:
Jon Anderson /vocals, keyboards, acoustic guitar, harp Ronnie Leahy / keyboards
Ian Barinson / guitar, bass, vocal
John Giblin / bass
Morris Pert / drums, percussion
Christopher Rainbow / vocals
Damian James Anderson -- Korg keyboards (5), countdown and countup (9)
Deborah Leigh Anderson -- harmony (5)
Petite Jade Anderson -- countdown and countup (9)
Jack Bruce -- bass (4)
Clem Clemson -- guitar (4,9)
Johnny Dankworth -- alto sax (3)
Delme String Quartet -- strings (9)
Mel -- bass (5)
Dick Morrisay (sic) -- sax (2,4)
Dave Ogden -- string arrangement (9)
Simon Phillips -- drums (4)
Mike Dunne -- engineer
Brian Gaylor -- electronics
John Martin -- coordination and instruments
Tracks:
01. For You For Me – 4:24
02. Some Are Born – 4:04
03. Don't Forget (Nostalgia) – 2:59
04. Heart Of The Matter (Anderson, Ronnie Leahy) – 4:19
05. Hear It – 1:48
06. Everybody Loves You – 4:01
07. Take Your Time – 3:11
08. Days – 3:29
09. Song Of Seven – 11:16
LINK
Deborah Leigh Anderson -- harmony (5)
Petite Jade Anderson -- countdown and countup (9)
Jack Bruce -- bass (4)
Clem Clemson -- guitar (4,9)
Johnny Dankworth -- alto sax (3)
Delme String Quartet -- strings (9)
Mel -- bass (5)
Dick Morrisay (sic) -- sax (2,4)
Dave Ogden -- string arrangement (9)
Simon Phillips -- drums (4)
Mike Dunne -- engineer
Brian Gaylor -- electronics
John Martin -- coordination and instruments
Tracks:
01. For You For Me – 4:24
02. Some Are Born – 4:04
03. Don't Forget (Nostalgia) – 2:59
04. Heart Of The Matter (Anderson, Ronnie Leahy) – 4:19
05. Hear It – 1:48
06. Everybody Loves You – 4:01
07. Take Your Time – 3:11
08. Days – 3:29
09. Song Of Seven – 11:16
LINK
"Song Of Seven"
"Everybody Loves You"
Fala Mano Véio........
ResponderExcluirQue bom que você postou Song of Seven - que curiosamente estava ouvindo estes dias - ...Eu me lembro quando comprei este disco, e junto com esta lembrança vieram tantas outras, que somente quem viveu aqueles conturbados inícios de anos 80 pode efetivamente entender...
Jon Anderson lançou um conjunto de mantras em uma época onde o punk estava no auge e começava a explodir em São Paulo....Um sinal de amor na contra mão de toda fúria que aquele movimento representava.
Some are Born assim como the Hymn do álbum 1984 de Rick Wakeman são verdadeiras obras primas, músicas que são mais do que músicas...Soam como cantigos celestiais que só pelo simples fato de ouvirmos, nos colocam muito mais próximos de Deus.
Jon tem esse talento e dom...Você está absolutamente certo quando disse sobre a figura de Jon no palco....É uma pessoa que parece ter vindo de outro planeta, dá pra ver a energia e amor que ele carrega consigo.
Vivemos dias difíceis, cantores sem carisma, sem talento, sem alma...Bandas como Slipknot que espalham agressividade e violência...
Artistas com a aurea de Jon eu até acredito que existam,...Estão expalhados no planeta, na cena underground esperando um espaço na mídia para divulgarem seu trabalho...Mas artistas com a áurea, o talento e a voz de Jon....Nunca mais!!!!
ABRAÇO....FORÇA....SUCESSO!!!!!
Carlos "The Ancient"
Carlão,
ResponderExcluirApenas para complementar tudo o que você disse, para mim, Jon Anderson não é mais uma simples pessoa, pois com seu talento e seu carisma, transformou-se em uma "entidade" musical.......
Ele é uma personalidade ímpar na história da música.......
ABração,
Gustavo