29 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

 CAPÍTULO VII - "O Luar, a Pessoa e o Lugar" 




Chegando ao sétimo e derradeiro capítulo da saga da Banda VELUDO com a música “O Luar, a Pessoa e o Lugar”, de autoria de Nelsinho Laranjeiras e Miguel Pedra (In-Memorian), parte integrante do álbum “Penetrando Por Todo o Caminho sem Fraquejar” de 2016, fechamos um ciclo muito interessante de uma banda que ainda tem muito a para ser explorada. 

Essa suíte, assim como outras desse mesmo álbum, flerta com vários temas do cotidiano de nossas vidas e, mesmo com sua longevidade, pois afinal de contas começou a ser composta em 1972, nem isso foi capaz torná-la “out of date”, ou seja, é mais uma gema que o VELUDO nos presenteia. 

Os arranjos sinfônicos se mesclam em um determinado momento com um quase um baião eletrônico muito divertido, que mostra a versatilidade do grupo ao dar a vida a uma música sofisticada, mas muito agradável de escutar pelo seu lirismo e poesia, que estão muito bem dosados em relação a cada momento da letra da música. 


Aproveitando este último capítulo, acredito que tudo o que foi contado pelo próprio VELUDO e  em boa parte das vezes pelo próprio Nelsinho Laranjeiras, é apenas um fragmento de tudo o que passaram e fizeram e, isso me deixou com um gostinho de “quero mais”, tem muita história boa há ser revelada. 

Portanto com uma riqueza tão grande de histórias e fatos ainda não revelados, um livro ia cair como uma pluma no colo de seus fãs, obviamente acompanhado de um CD com músicas inéditas que certamente existem e estão guardadas em alguma abençoada fita cassete ou algo que o valha, bem como novas músicas para nosso deleite. Fica a dica para a banda!!! 

No mais, temos que torcer para esta maldita Pandemia ir embora, levando-se em conta que tem concerto do VELUDO no dia 24 de novembro de 2020 no Teatro RIVAL-Refit, no Rio de Janeiro, pois eu já garanti o meu lugar, portanto corra e garanta o seu também! 

Compre seu ingresso agora clicando aqui https://bileto.sympla.com.br/event/65120



Ficha técnica da música: 

Direção musical, arranjo, baixo, guitarra e vocal: Nelsinho Laranjeiras; 
Voz solo: Miguel Pedra; 
Vocal e arranjos vocais: Flavia Cavaca; 
Teclados, órgão e arranjos de cordas: Antonio Giffoni; 
Guitarra e violão: Diogo de Castro; 
Bateria: Serginho Conforti 

Histórico da Composição: 

Nelsinho Laranjeiras e Miguel Pedra se tornaram parceiros no mesmo dia em que se conheceram. Miguel tinha acabado de chegar do Rio Grande do Sul. Viera pela estrada pegando carona na boleia de caminhões (1972). 

Trazia um velho violão, uma mochila e um caderno surrado com várias letras. O encontro casual com Nelsinho foi num parque. Começaram a conversar e as Ideias, gosto musical e objetivo foram se encaixando. 

Ali mesmo, Miguel cantou algumas das suas músicas. Nelsinho ficou surpreendido com o timbre e a facilidade que ele tinha para criar melodias bonitas com poucos acordes, e o convidou para ir até a sua casa. 

Lá chegando, abriram o velho caderno e se concentraram em uma letra gigantesca. Seria um desafio começar por ali. Mas Nelsinho estava disposto a encará-lo. Iria mostrar ao seu novo amigo, sua competência e talento como compositor. Miguel contou que fizera aquela letra durante a viagem. 

Nelsinho com um violão (que faltavam duas cordas) começou a elaborar a melodia e a harmonia do que seria a suíte: “O Luar, a Pessoa e o Lugar” Quatro anos depois, ao assumir a liderança do Veludo, Nelsinho traria esse grande cantor e parceiro para ser o vocalista principal da banda. 

Porém, ao entrar para o grupo, Miguel teve que aprender o repertório que já estava pronto, e essa música, acabou ficando para mais tarde. Quando finalmente conseguiram começar os ensaios para introduzi-la no novo repertório, o Veludo acabou (78). A dupla jamais se esqueceu desta obra. 

Trinta anos se passaram e nunca mais se falaram. Miguel tinha desaparecido, até que um dia a internet os aproximou novamente. Rememorando velhas composições, lembraram da suíte “O Luar, a Pessoa e o Lugar”, uma obra que julgavam relevante em suas vidas. Nelsinho lhe fez uma nova proposta: reviver o Veludo, já que havia um projeto para gravação de um CD com base no material inédito da banda. 

Miguel aceitou o desafio. Veio do Amazonas para o Rio de Janeiro com o objetivo de fazer esse sonho se tornar realidade. Ele chegou e trazia algumas novidades. Viveu entre os índios, subiu o Alto Xingu em uma viagem de 3 dias de barco e embrenhou-se pelos igarapés do rio Negro em uma aventura mística e selvagem. 

Miguel Pedra morreu 8 meses após terminar as gravações. Não viu o trabalho pronto. Não nesta vida. Quanto a Nelsinho, continuou com a produção do disco de forma obstinada para cumprir o último desejo do seu velho amigo e parceiro. 

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22 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

CAPÍTULO VI - "Buraco Profundo" 


Buraco Profundo é a música tema do sexto capítulo da saga da Banda VELUDO e nos faz mergulhar nas profundezas do rock progressivo da melhor forma possível, com um instrumental de botar inveja a qualquer outra banda do gênero, dada a sua principal característica que é a variância temática, mesmo em uma peça de tempo tão curto como esta.

Essa belíssima música tem como autor, o Nelsinho Laranjeiras que no início dos anos 70 a desenvolveu e a pôs em prática um bom tempo depois quando já fazia parte da Banda VELUDO e, com essa música, dá para entender um pouco do processo de criação das músicas da banda, que em boa parte foram sendo construídas com o passar do tempo e de certa forma atualizadas sem perder a sua essência. 

A música é como o vinho, pois depende do tempo e da experimentação para se aperfeiçoar e chegar ao ponto certo da degustação/audição, portanto, aparentemente em minha visão, esse processo de criação e finalização das músicas teve como resultado, arranjos muito bem estruturados e consistentes pelo longo tempo de maturação que tiveram. 

A execução desta música teve a participação de Nelsinho Laranjeiras, Antonio Giffoni, Diogo de Castro, Daniel de Castro e Foguete Barreto no ano de 2016, quando do lançamento do álbum “Penetrando Por Todo Caminho sem Fraquejar”



 

Histórico da Composição:

Início dos anos 70, bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro. Dois adolescentes perambulam pelas ruas, cada um com seu violão. Cada banco de praça, portaria de prédio ou casa de amigos, é palco para uma apresentação.

Nelsinho Laranjeiras e Ari Mendes impressionavam pelo entrosamento musical, versatilidade e originalidade. E foi neste contexto que muitas músicas foram criadas, algumas cantadas, outras instrumentais. 

“Buraco Profundo” foi à primeira música idealizada por Nelsinho para ser executada por uma banda de rock. Para isso, precisava de um baterista, de um lugar decente para ensaiar, além de instrumentos e amplificadores. 

Se tinha a música, faltava-lhe todo o resto. “Buraco Profundo” só ganhou os palcos seis anos depois de composta, como parte do repertório do Veludo. 

Com o fim do grupo em 1978, nunca mais foi executada ao vivo. Com a volta da banda aos palcos em 2017, voltou a ser parte do repertório e incluída no CD “Penetrando por todo caminho sem fraquejar” lançado em 2016.

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15 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

 CAPÍTULO V - "Novos Olhos" 


Nesse quinto capítulo, adentramos um pouco mais na trajetória da Banda VELUDO, com a música “Novos Olhos”, de autoria de Nelsinho Laranjeiras e Miguel Pedra que de certo modo ficou  meio que em suspensão por quarenta anos, sendo resgatada e salva por uma preciosa fita cassete guardada por algum anjo, o que possibilitou esta gravação e de outras músicas ser inseridas no álbum, “Penetrando Por Todo o Caminho sem Fraquejar” de 2016.

Essa música foi muito tocada entre 1976 até 1978 com o final da banda e nunca tinha sido gravada, até que em 2013 iniciou-se um grande trabalho de pesquisa em ouvir as gravações feitas entre os ensaios e os shows, para que se pudesse extrair o melhor dessa e de outras músicas do momento Progressivo que a música aqui e no mundo passava.  

Apesar da minha idade, as músicas do VELUDO, são uma novidade em minha vida, pois mesmo tendo vivido plenamente a efervescência do rock progressivo dos anos setenta, um desvio do destino me colocou fora dessa linda e rica história e dessas músicas maravilhosas que já são parte da minha discoteca de cabeceira.

A música “Novos Olhos”, carrega todo o drama e teatralidade em sua letra, como em música, inserindo-a diretamente nos trilhos do rock progressivo clássico e mesmo sendo gravada tanto tempo depois, conseguiram fazer essa gravação sem macular sua sonoridade original, ou seja, mais uma pérola que a Banda VELUDO nos brinda.




Histórico da composição:

“Quando Nelsinho Laranjeiras assumiu a liderança do Veludo no final de 1975, sabia do enorme trabalho que teria para reestruturar a banda. Afinal, metade dela tinha se debandado para novos voos.

Paul de Castro (guitarra) foi para Os Mutantes. Elias (tecladista) casou-se, tornou-se comerciante de joias, e optou por uma carreira solo. Porém, antes mesmo do surgimento do Veludo, em 1974, Nelsinho já fazia parte de outro grupo. E foi com eles, seus velhos companheiros, que Nelsinho remontou o Veludo.

A primeira providência foi trazer Flavia Cavaca do “Paulo Bagunça e a Tropa Maldita” Seria uma força nos vocais, além dela ser multi instrumentista. O objetivo posterior era encontrar o mítico Miguel Pedra, super cantor, componente da outra banda de Nelsinho desde 72, que desaparecera sem deixar vestígio.

Encarnando uma espécie de Sherlock Holmes, Nelsinho Laranjeiras foi seguindo pistas até encontrar alguém que lhe desse o endereço do antigo parceiro e vocalista que voltara ao Rio Grande do Sul. Carta escrita e enviada. Convocação feita e aceita.

Pouco tempo depois desembarcava no Rio o novo vocalista do Veludo. Banda refeita, ora de recolocá-la nos trilhos. “Novos Olhos” foi a primeira música a ser trabalhada. Visava exprimir a mudança que todos estavam passando. “A vida que tínhamos antes, fechou-se atrás das cortinas” escreveu Miguel de forma simples, direta e, por que não dizer, poética.

Quando decidiram fazer o CD “penetrando por todo caminho sem fraquejar” lançado em 2016, essa era uma das músicas escolhidas. Por sorte, a canção fora gravada numa velha fita cassete durante um ensaio em 1976, o que possibilitou regravá-la fielmente mantendo, portanto, a sua estrutura original intacta.

Miguel Pedra aparece após 40 anos. Era um dia como outro qualquer. Liguei o computador para checar os e-mails e um deles me chamou a atenção. Dizia: Você conhece Miguel Pedra? Levei um susto. Claro que conhecia.

Miguel me contou em longos e-mails muitas histórias e então, surgiu o assunto que nos aproximou novamente. A música. Lembramo-nos das nossas composições e nos deu certa tristeza por não ter conseguido gravá-las na época.

Mas neste momento, algo aconteceu. A velha determinação de cumprir o seu papel nesta vida estava de volta. O compromisso com o destino, e o sentimento de algo inacabado que precisava chegar ao fim, nos levou a ação.

Nelsinho lhe fez uma nova proposta: reviver o Veludo, já que havia um projeto para gravação de um CD com base no material inédito da banda. Miguel aceitou o desafio. Veio do Amazonas para o Rio de Janeiro com o objetivo de fazer esse sonho se tornar realidade.

Miguel Pedra morreu 8 meses após terminar as gravações. Não viu o trabalho pronto. Não nesta vida. Quanto a Nelsinho, continuou com a produção do disco de forma obstinada para cumprir o último desejo do seu velho amigo e parceiro.

Se hoje concluímos esse projeto foi porque muita gente colaborou, mas que me desculpem todos. Ninguém fez mais do que ele. Obrigado Miguel. Você conseguiu.

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8 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

 CAPÍTULO IV - "Tema das Aves" 



Chegando ao quarto capítulo de dessa incrível história, da não menos incrível Banda VELUDO, nós nos deparamos mais uma vez com uma música de matriz temática complexa, criada e maturada ao longo de uns 25 anos por Nelsinho Laranjeiras, Paul de Castro e Antonio Giffoni, intitulada, “Tema da das Aves”

Com arranjos sinfônicos muito bem alinhavados para suportar a variação de temas que foram incorporados até chegar ao que agora ouvimos, esta música nos remete a um sentimento de liberdade, um vôo livre no nosso imaginário e, como gosto de comentar, proporcionaram mais uma viagem sem sair do lugar, com direito a janelinha e tudo mais. 

Esta versão que é a trilha sonora deste vídeo, foi extraída da legendária apresentação da Banda VELUDO quando da comemoração dos 50 anos de existência do Teatro Ipanema em 28 de novembro de 2018. 


Nesta ocasião, estava composta pelos seguintes músicos, Nelsinho Laranjeiras (Direção Musical e baixo); Antonio Giffoni (guitarra); Sérgio Conforti (bateria); Ronaldo Scampa (flauta, gaita e voz) e Silvio Romero (guitarra e violão), e como convidados especiais, Silvio Mazzei (vocal solo) Fernando Vinhas (teclados)

História da composição 

“Anos 90. Nelsinho Laranjeiras tinha acabado de produzir o histórico CD “Veludo ao Vivo”. Esse trabalho contou com o apoio do pesquisador e colecionador Zaher Zein. Após sua conclusão, nova proposta foi feita. 

O Sr. Zaher sugeriu que Nelsinho gravasse tudo que a memória ainda guardava e, quem sabe, fazer um novo trabalho a partir disso. Nelsinho pôs-se a trabalhar no novo projeto. 

Como imaginou arranjos com profusa utilização de teclados, emulando orquestras, além de órgão e Mini Moog, encontrou em Antonio Giffoni o músico certo. 

“Tema das Aves” reúne várias passagens musicais criadas ao longo dos anos, ou seja, de antes, durante e após o fim do Veludo. Nelsinho compôs e organizou as várias partes, mas inseriu uma composição de Paul de Castro que faz parte da música “A Chama da Vida”, presente no CD “Veludo ao Vivo”. 

Porém, tudo isso era apenas uma “demo” dos anos 90, e o projeto ficou esquecido por 25 anos. Em 2015 ao rever antigos arquivos musicais no seu computador, Nelsinho se deparou com esse trabalho. 

Mostrou para Giffoni, que se impressionou com o que ouviu. Decidiram que essa música tinha que entrar no CD que estava sendo finalizado. E assim foi feito. 

E por que “Tema das Aves”? Nelsinho lembra que esse era o nome dado ao tema principal que norteia a música do começo ao fim, e que foi inspirado no livro que conta a história de Fernão Capelo Gaivota. Um voo para a liberdade explorando limites.” 

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1 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

CAPÍTULO III - "Veludeando" 


Chegando ao terceiro capítulo da saga VELUDO, eis que temos a música “Veludeando”, outra pérola, com seus treze minutos de duração, nos transportando em uma viagem lisérgica que parece que não tem fim, com poucos momentos de sossego e na maior parte, bem visceral pela complexidade de seu tema.

Eu sou suspeito para falar dessa música que foi inegavelmente, um amor à primeira vista e, mesmo que eu a tenha conhecido há pouco tempo (o que é imperdoável), a impressão que tenho, é que é uma velha conhecida, pois se incorporou em minhas memórias e lembranças musicais como se eu a escutasse desde a época de sua criação. 

Esse fenômeno é por que, essa é uma daquelas músicas que são criadas de forma tão genial e generosa, que por si só, de um lado provoca esse tipo de reação e, por outro, revela o melhor de seus músicos, uma vez que esse tipo de música não aceita desaforo algum, ou seja, ou a enfrenta com coragem e sabedoria ou sai fora que é fria, vai ser engolido por ela. 

Veludeando foi criada por Nelsinho Laranjeiras, Paul de Castro e Elias Mizrahi ainda nos anos setenta e entre 1974/1975, serviu para abrir os shows das época e ultimamente é usada para o “bis” ao final das apresentações (por mim poderia ser executada na abertura e no bis). 


O vídeo em questão feito em 2018, é totalmente revelador quanto a este aspecto que abordei, considerando a performance dos músicos, dos quais não posso deixar de assinalar a atuação do Nelsinho Laranjeiras com seu baixo, sendo lançado a níveis estratosféricos, onde normalmente é usado como um quadjuvante na música, mas em suas mãos, o transforma em protagonista, muitíssimo afiado, como uma Katana de um samurai, coisa que poucos no mundo do rock conseguiram fazer com esse instrumento.

Continuando essa pequena dissecção musical, o Antonio Giffone, que é considerado por muitos, um mago nos teclados e realmente o é, desta vez mostrou que é também, um mago das guitarras, pelo show que deu, mas o que me impressionou de fato, por ser um instrumento de certa raridade em comparação a outros em bandas de rock, foi a excepcional flauta transversa de Ronaldo Scampa.

E sem medo de ser feliz, o coloco lado a lado de músicos como, Thjs Van Leer, Ian Anderson e Attila Kollar, pela similaridade de timbres e pela forma como toca, com precisão cirúrgica, se comunicando sem o uso da palavra, conseguindo passar mensagens muito claras do enredo da peça e como se não bastasse, assovia como ninguém, basta conferir no vídeo. 

Via de regra, todos sem exceção, são exímios instrumentistas com capacidade técnica e sentimentos para interpretar e entender as necessidades que em especial esta música cobra, portanto, vamos elencar a trupe que deu vida mais uma vez a esta peça, começando por Sérgio Conforti (bateria); Silvio Romero (guitarra e violão); Nelsinho Laranjeiras (Direção Musical e baixo); Antonio Giffoni (guitarra) e Ronaldo Scampa (flauta, gaita e voz) e como convidados especiais, Silvio Mazzei (vocal solo) e Fernando Vinhas (teclados).

História da composição:

"O Veludo, ainda em formação, acabava de estrear e dois componentes já estavam de saída. O saxofonista Pestana e o baixista Pedro Jaguaribe. Fui convocado para entrar para a banda como sendo a solução para o novo som que iria surgir. 

Foi com essa responsabilidade que apareci no primeiro ensaio. Longe de uma timidez, cheguei para mudar arranjos, inverter levadas e, semanas depois, inserir pequenas melodias e composições em temas que eles acreditavam que já estivessem definidos. 

Para esse processo tive o apoio incondicional do tecladista Elias Mizrahi. Afinal, foi com ele que formei, dois anos antes da estreia do Veludo, um dos grupos mais incríveis que já tinha participado. A “Antena Coletiva”. 

Lá, eu e Elias, tivemos momentos de incrível entrosamento e cumplicidade musical. Escolhida para ser a música de abertura dos shows do Veludo no período 1974 / 1975. Veludeando me traz boas recordações. 

Quando entrei para o grupo, Veludeando ainda era um esboço do que viria a ser, isso me deu oportunidade de “meter o bedelho”. Abrasileirei as partes indefinidas e, no segundo ensaio, já tinha composto algumas melodias e alguns trechos para serem inseridos. 

Meus novos companheiros devem ter me achado muito atrevido. Mal entrava no ônibus e já queria sentar na janela. Essa característica sempre me acompanhou e muitas vezes me atrapalhou quando me tornei músico profissional. 

Minha sorte no Veludo foi ter convivido com músicos geniais como Paul de Castro, Gustavo Schroeter e Elias Mizrahi. Com a volta do Veludo em 2017, Veludeando voltou a ser apresentada 42 anos depois. A partir daí, entrou definitivamente para o nosso repertório sendo a música do bis." 
Nelsinho Laranjeiras.




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25 de ago. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

 CAPÍTULO II - "As 10 Fases do Homem Comum"


Neste capítulo, chamado “As dez Fases do Homem Comum”, composta originariamente em 1974, temos mais uma bela suíte com seus quase 10 minutos de duração e já mostrando nos seus primeiros acordes a que veio, me impressionando bastante, pois as associações com outras bandas de peso, que eu prefiro não citar, vieram a cabeça com muita clarividência, dando um verdadeiro passeio musical no que havia de melhor quando de sua criação.

O que me atrai nas músicas do VELUDO e em especial nesta música, é a possibilidade do imprevisto, pela mistura de estilos musicais sutilmente entrelaçados, criando uma atmosfera musical distinta a cada instante.

Nota-se que passado tanto tempo, há uma preocupação pela busca dos timbres dos instrumentos usados na década de setenta para manter a originalidade da composição e não comprometer sua história, levando-se em conta que basicamente é uma suíte instrumental que carece destes cuidados para não perder sua sonoridade e identidade. 

E o mais interessante disso tudo é o tempo que separa a sua criação de digamos assim, de sua última execução pública registrada, pois são 44 anos e a música continua atual, não deixa aquela impressão de uma música antiga, de uma outra época, fato este que por ser atemporal e de vanguarda não se recente de sua longevidade.



Essa suíte tem como autor, o Nelsinho Laranjeiras, produtor e baixista da banda, que com muito empenho tem mantido a chama do VELUDO acesa esses anos todos e, para tanto nesta gravação que originou o áudio deste vídeo, estava acompanhado de músicos de primeira linha e o resultado, não poderia ser outro: Show.

Só resta fazer justiça e dar nomes a quem de direito, portanto, além de Nelsinho laranjeiras, tivemos também, Silvio Mazzei, Ronaldo Scampa, Fernando Vinhas, Silvio Romero,  Sergio Conforti e Antonio Giffoni, em uma apresentação, que posso dizer, antológica, no Teatro Ipanema em novembro de 2018 na comemoração dos 50 daquela casa e, que vão aparecer em mais alguns capítulos desta saga, chamada VELUDO.

Tudo isso e muito mais, está disponível no CD duplo, “Veludo ao Vivo 1975 a 2018”, indo muito além de ser mais um álbum, pois é um documento histórico do rock progressivo no Brasil, dedicado aos amantes da música, aos historiadores e aos pesquisadores da nossa cultura.

Histórico da composição: 

“Foi em 74, após receber o convite do meu amigo e parceiro Elias para entrar para o Veludo que comecei a escrever está suíte. O grupo tinha estreado há apenas duas semanas e dois componentes já estavam de saída. Pestana no sax e Pedro Jaguaribe no baixo. Claro!!! Estamos juntos novamente. Desliguei o telefone e imediatamente corri para o violão. 

Teria que encontrar um velho ídolo. Gustavo Shoroeter do The Bubles (A Bolha) que era considerado um dos melhores bateristas do rock nacional e Paul de Castro, que eu não conhecia, mas já tinha recebido todos os elogios possíveis do Elias. 

Já que iria enfrentar essas feras, tratei de terminar a suíte “As 10 Fases do Homem Comum” que consistia em 10 movimentos com ritmos e harmonias diferentes para contar uma história imaginária.

A história de um homem comum, durante uma vida comum, que com certeza, todo ser humano passa na sua existência. Misturando compassos alternados de rock, baião, Jazz, frevo e música folclórica, fui terminando a composição. 

Seria um grande desafio tocar aquilo tudo ao vivo. Precisaria de muitos ensaios e disciplina. Mas no primeiro dia de ensaio, vi que isso ia demorar. Precisava primeiro aprender o repertório que eles já dominavam. 

Foi então que baixando as influências de Paul McCartney e Chris Squire comecei a mudar tudo que vinha pela frente. Paul e Gustavo sentiram que eu ia dar trabalho. Elias, orgulhoso, apoiava e intimamente pensava: “Tá vendo! Esse é o cara!” Não que o Pedro Jaguaribe fosse ruim, pelo contrário. 

Mas o som que seria a marca registrada do Veludo durante anos, teria que passar por um estilo de baixo diferente. Sendo assim, essa suíte ficou parada esperando o momento certo, que surgiria após a saída do Paul e Elias, quando eu assumi as rédeas do grupo e tive que montar um novo repertório. 

Finalmente pude executá-la ao vivo, nos shows do Veludo. Com o fim do grupo em 78, tive que esperar outro momento para retornar a este projeto que acabou surgindo quando passei a trabalhar com o genial Marcio Montarroyos. 

Ele me apresentou a David Sion, dono de um pequeno estúdio de 4 canais, que me liberou algumas horas de gravação, foi então que juntamente com os ex companheiros de Veludo: Paul de Castro (violino e guitarra) Paulinho Muylaert (flauta e guitarra) Flavia Cavaca (voz e percussão) convidei Constant (teclado ex O Peso), Marcio Montarroyos (trompete), Rui Motta dos Mutantes (bateria) e meu eterno ídolo Sérgio Dias para cantar a última parte da suíte."

Nelsinho Laranjeiras




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18 de ago. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

   CAPITULO I - O Monte

                                                            

O Capítulo I chama-se “O Monte”, uma bela suíte de pouco mais de dez minutos, que revela as influências musicais para a formação do DNA da banda em meio a efervescência e a loucura dos anos 70, talvez a década musicalmente mais inspiradora e definitiva para o mundo do rock.

Especificamente para a vertente progressiva do rock, certamente foi a mais privilegiada, onde predominavam estéticas musicais extremamente sofisticadas, com temáticas complexas, que possibilitavam verdadeiras viagens sonoras rumo ao imaginário e com esta música não é diferente, pois cumpre perfeitamente com o seu papel, ou seja, um passaporte para uma viagem sem sair do lugar. 

Só que para essa magia acontecer, seus compositores e músicos, obrigatoriamente tem que ter, criatividades, habilidades e inteligência muito acima da média e digo até, tem que ser fora da curva.

E é neste momento  que se separa os fortes dos fracos e, diversos nomes de peso surgem, a cena progressiva ganha espaço internacionalmente e nós no Brasil, ganhamos o VELUDO



"O Monte” tem como autores, Nelsinho Laranjeiras, Miguel Pedra e Paulinho Muylaert, que sem cerimônia alguma, abusaram desta estética musical, que neste vídeo de forma sinérgica e espontânea, se associa às imagens com muita leveza, levando a própria música a um plano superior.

A versão apresentada está contida no CD duplo "Ao Vivo - 1975" e "Penetrando por todo o caminho sem fraquejar - 2017/2018", que marca a trajetória da banda em dois momentos distintos e históricos para a música no Brasil.

Na verdade, quem ama a música e a tem como um alimento da alma, não pode ficar de fora dessa rica história que vai ser contada na forma de sete vídeos produzidos pela banda e, que serão disponibilizados para as redes sociais e blogs fazerem a divulgação de sua história, de seus músicos e de suas composições de forma livre, ou seja, este vídeo e sua música e os outros que virão, serão compreendidos de diversa formas, o que vai enriquecer definitivamente essa história. 

A rigor, é bem difícil rotular a banda, pois as influências são muitas e em dados momentos em que a sensação pode ser de parecer com a banda A ou B daquela época,  ela  se confunde com a própria identidade da banda  por conta da fusão das diversas influências, tornando-a única. 

Certamente os próximos vídeos irão esclarecer este sentimento que tive no primeiro contato com a música da banda e,que escrevo agora, principalmente para quem ainda não conhece o rico trabalho do VELUDO

Histórico desta composição: 

"Início dos anos 70. Nelsinho Laranjeiras, Miguel Pedra e Paulinho Muylaert estão formando um novo grupo. Nelsinho convida seu velho parceiro Ari Mendes (casado e com filho pequeno) para se unir ao grupo. 

“Nós precisávamos de um lugar para montar um estúdio, e o Ari, de um lugar para morar. Juntamos as propostas”. Lembra Nelsinho. 

Ari descobre uma casa no bairro do Rio Comprido. Situada em frente a torre da Embratel no alto de um morro. É o lugar ideal. Todos dividiriam o aluguel. 

Estúdio pronto, e logo os ensaios varam pela noite. Algum tempo depois surge o convite para a banda se apresentar em um Festival de Rock em Campo Grande, bairro da Zona Oeste do Rio. 

Lá chegando, estão todos ansiosos para a estréia. O apresentador vem e avisa: "O próximo a entrar são vocês! Qual é o nome da banda?" Nome??? 

"Tínhamos pensado apenas na música e nos arranjos, ninguém havia se ligado que uma banda tem que ter um nome. Que mico... Um olhando para a cara do outro, meio sem graça". Relembra Nelsinho 

Quando o apresentador pergunta novamente: Qual é o nome da banda? Miguel Pedra diz: “Penetrando por todo caminho sem fraquejar” Esse é o nome da banda!

 O cara fica perplexo. Miguel torna a repetir, convicto. O apresentador, resignado, sobe no palco e apresenta. Com vocês... O grupo... “Penetrando por todo caminho sem fraquejar” 

Abriram o show tocando a suíte “O Monte”, e quatro anos mais tarde continuariam a abrir os seus shows com esta mesma música, mas agora com o nome de outra banda: VELUDO"
Nelsinho Laranjeiras



EXTRA: O Blog 2112, fez uma entrevista exclusiva com o Nelsinho Laranjeiras que está simplesmente imperdível, com muitas histórias e fatos que marcaram a trajetória da banda, desde a década de 70 até os dias de hoje: 


 LINKS DA BANDA 

Tidal: https://tidal.com/browse/artist/5416022

Spotfy: https://open.spotify.com/artist/4OYkC0MLwDNh5JvUCCezvY

Instagran: @bandaveludo (Aqui é possível adquirir o CD!)

Facebook: Banda Veludo

Contato para Shows: nelsonlarajeiras@hotmail.com  

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Rua Conde de Bonfim, 615 - loja 109 - Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
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Whatsapp: 21- 99776-6973 - Claudio Fonzi

17 de mai. de 2020

VELUDO – “Ao vivo – 1975 – Festival da Banana Progressiva e Penetrando Todo Caminho Sem Fraquejar Ao Vivo 2017-2018” - 2020


Tenho escrito muito pouco aqui no blog por falta de estímulo musical, entretanto para minha surpresa, um grupo brasileiro e carioca, nunca poderia ter saído do meu radar, mas infelizmente escapou e, lá se vão mais de 45 anos de atraso em relação a banda VELUDO, portanto saio da toca mais uma vez.

Bem, tudo começou quando o perfil da banda apareceu em meu Instagram, e claro, tudo que se refere a música, sempre me chama muito atenção, e como era uma propaganda deste álbum, logicamente veio o susto, quando escutei o som, e quando dei por conta, tinha voltado para os anos 70. 

Não foi saudosismo, foi a nítida sensação de voltar no tempo e sentir o clima setentista ocupando o seu espaço, como se eu estivesse de volta ao meu doce bairro da Muda, no Rio de Janeiro, cercado de meus amigos e lógico, dos meus vinis. 

Entendo que acabei de passar recibo pela minha de minha ignorância em relação a uma BANDA, com letras maiúsculas mesmo, com uma incrível trajetória e uma gigantesca perseverança em se manter viva. 

Esse álbum duplo, antes de qualquer coisa, é um documento histórico musical, simplesmente imperdível e suas músicas para quem ainda não conhece o VELUDO, será uma gratíssima surpresa e para quem já conhece, vai se lembrar de um ícone do rock progressivo brasileiro, que já fez de tudo nessa vida, inclusive junto a outros ícones, como Mutantes, Terço e outras feras da música. 


Em algum momento em um dos vídeos postados, quem aparece tietando a banda é nada mais, nada menos que Sergio Dias Baptista, anotando o que via e ouvia em shows do VELUDO, para pegar inspiração, vejam só! 

Cabe lembrar que o VELUDO, iniciou seus trabalhos em 1974 e findou sua trajetória de forma prematura em 1978 sem lançar sequer um álbum naquele momento e, como muito bem dito no encarte do primeiro cd, é preciso entender o contexto cultural em que estavam inseridos, vivendo nos tempos do underground, das loucuras que aconteciam no Pier de Ipanema; da contra cultura e muito bem lembrado, da época da ditadura militar. 

Há uma sequência de vídeos contando a história da banda em forma de documentário que é simplesmente sensacional, mas esse ressurgimento da banda tanto tempo depois, tem nomes e sobrenomes, os quais faço questão de mencionar, pois é o mínimo que podemos fazer, além de comprar essa raridade de álbum, portanto,  cito o Nelsinho Laranjeiras, baixista e compositor, que liderou a banda e é o maior responsável por perpetuar a sua história, assim como, Claudio Fonzi, produtor Zaher Zein, pesquisador e patrocinador de projetos de rock progressivo, apelidado de Indiana Jones, pois realmente fez um resgate arqueológico para a criação deste belíssimo álbum.


O álbum está divido em dois cd’s, sendo o primeiro com 10 faixas, extraído gravação ao vivo em 1975, no Festival da Banana Progressiva, no teatro da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e, nesta época, salvo algum engano meu, a banda estava composta por Nelsinho Laranjeiras no baixo; Paul de Castro voz e guitarra; Elias Mizrahi nos teclados e voz e Gustavo Schoroeter na bateria. 

O segundo cd, não menos legendário e emblemático, nos brinda com gravações ao vivo, extraídas de shows em setembro de 2017 no Teatro Solar e em novembro de 2018 no Teatro Ipanema, com a integra do álbum “Penetrando Por Todo o Caminho Sem Fraquejar” de 2016, fora vários outros petardos incríveis, incluindo duas faixas bônus. 

Para este cd, a banda teve duas formações distintas, com Nelsinho Laranjeiras no baixo e direção musical; Antonio Giffoni nos teclados, Sergio Conforti na bateria; Silvio Romero na guitarra, Pamela Fer no vocal solo; Alexandre Valladão na guitarra e Foguete Barreto na percussão para o show do Teatro Solar em 2017. 

Por ocasião do Show do Teatro Ipanema em 2018, o VELUDO estava formado, com Nelsinho Laranjeiras no baixo e direção musical; Fernando Vinhas nos teclados; Sergio Conforti na bateria; Silvio Romero na guitarra e violão; Silvio Mazzei no vocal solo; Antonio Giffoni na guitarra. 

Essa obra, sintetiza de forma muito concisa a história da banda, em duas épocas bem distintas que se fundem em uma única, pois a ligação entre os dois momentos é inconfundível e, a qualidade musical permaneceu a mesma. 


Normalmente, a primeira impressão é a que fica, portanto o que posso dizer do primeiro contato com a música do VELUDO, é que fiquei perplexo com o que escutei, pois em se fechando os olhos, poderia estar ouvindo naquele momento Jethro Tull, Gentle Giant, PFM, Yes e Rick Wakeman tudo ao mesmo tempo e isso tudo só em um trecho de um dos vídeos que assisti. 

Obviamente, o VELUDO tem sua identidade própria, com o seu DNA muito bem definido, mas a sensação que senti, é fruto da destreza de seu integrantes em produzir a música característica de sua época, com uma fidelidade única e precisão cirúrgica na escolha dos timbres e arranjos musicais, portanto não havia como não se identificar em diversos trechos da música, toda a energia e poder viajante que até agora só os anos 70 conseguiu proporcionar. 

Cabe aqui abrir um rápido parêntesis, apenas para divagar sobre a importância da comunicação, pois levando-se em conta que eu tinha uns 14/15 anos na época, era morador da Tijuca, mais precisamente na Muda, no Rio de Janeiro, já curtia muito o rock progressivo, e não ter o menor registro de um fenômeno musical como o VELUDO, é no mínimo lamentável, ou seja, se já tivéssemos uma internet nos anos setenta, não seria de admirar, por exemplo, dar de cara com um vinil da banda intitulado hipoteticamente de “Veludo Live At Rainbow Theatre – 1976”, pois certamente teriam atravessado o atlântico e se juntado a nata do rock progressivo europeu. 



Voltando a realidade para finalizar esse imbróglio todo que criei, é muito importante dar os créditos para quem atua e colabora fora da frente dos palcos, para que chegue até as nossas mãos, um produto de qualidade, desde a embalagem plástica que envolve o cd até o seu precioso conteúdo. 

Coisa rara hoje em dia, é abrir um cd e encontrar um encarte, entretanto neste caso, são dois encartes muitos legais, com um pouco da história da banda, fotos de época e fotos atuais relatando os acontecimentos das duas épocas. 

É preciso lembrar também que o VELUDO é a fusão de vários músicos, oriundos de outras bandas e alguns outros que isoladamente também contribuíram pela sua essência e existência, portanto cito os seguintes nomes:

      CD1:
  • Faixa bônus, "As 10 Fases do Homem Comum", com Flavia Cavaca na Percussão, Rui Motta na bateria e Constant  Papineau nos teclados e a participação especial de Sergio Dias Baptista no vocais e Marcio Motaroyos no trompete;  
  • Faixa bônus, "Força, Luz e Calor", com Renato Piau na guitarra e Charles Chalegre na bateria;
     CD2:
  • Faixa bônus, "Beija Flor", com Miguel Pedra nos vocais; Ari Mendes no violão; Afonso Correa na bateria e Constant  Papineau nos teclados
Só resta agradecer muito a todos os envolvidos diretos e indiretos que participaram desta iniciativa em criar um projeto desta grandeza em um País que a cada dia que passa, se distancia cada vez mais da cultura, pois o rock, seja de que vertente for, é cultura sim!

 LINKS DA BANDA 

Tidal: https://tidal.com/browse/artist/5416022

Spotfy: https://open.spotify.com/artist/4OYkC0MLwDNh5JvUCCezvY

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Contato para Shows: nelsonlarajeiras@hotmail.com  

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VIDEOS DA BANDA

Vídeo promocional do CD

 

Veludo  -  A Lenda do Rock Progressivo


Veludo  -  A História Oficial

31 de jan. de 2020

SOLARIS - “NOSTRADAMUS 2.0 – RETURNIT” - 2019

Começando o ano um tanto atrasado, mas levando-se em conta que estamos no País que só começa a trabalhar depois do Carnaval, me sinto até com o sentimento de estar cumprindo com o meu dever, mas, vamos para o que realmente interessa. 

A razão de poucas postagens é reflexo de poucas ofertas musicais que realmente mereçam atenção, mas quando temos um álbum novo do Solaris, isso é um sinal positivo, que nem tudo está perdido e há uma luz no final do túnel. 

Luz esta, intitulada de “NOSTRADAMUS 2.0 – RETURNIT”, provavelmente uma sequência do álbum Nostradamus de 1999, assim como já foi feito para o não menos emblemático álbum “Marsbéli Krónikák (Martian Chronicles) de 1984, tendo sua com continuidade em 2014 com o álbum Martian Chronicles II

A boa notícia, é que este lançamento, retorna com alguns nomes legendários do rock progressivo Húngaro, como Kollár Attila; Seres Attila; Bogdán Csaba; Gömör László e Erdész Róbert que já fazem parte da história música contemporânea, pelos seus feitos ao longo da existência do Solaris

Um álbum com uma suíte de quase trinta e cinco minutos, já é possível imaginar o que nos aguarda, pois nisso eles são mestres e, independente do idioma, que não é nada amigável aos nossos ouvidos por razões óbvias, a peça é simplesmente uma delícia de se escutar, pois tem um lirismo único que acompanha o Solaris desde seu primeiro álbum. 

Parte deste precioso DNA está na contido nas figuras de Kollár Attila com sua lendária flauta mágica, acompanhado dos solos viajantes de Erdész Róbert com seus sintetizadores e a inteligência musical de Bogdán Csaba empunhando sua guitarra. 

As demais músicas têm o seu tempo na casa dos três minutos, deixando um gostinho de quero mais, pois todas tem potencial para uma duração maior, entretanto é o que temos para o momento, portanto, vamos aproveitar que está muito bom. 

O negócio é falar pouco e ouvir muito este álbum que está muito, portanto só resta a mim, desejara a todos uma excelente audição. 

SOLARIS 

- Attila Kollár / lead vocals, flutes, tambourine
- Csaba Bogdan / guitars
- Róbert Erdész / keyboards, vocals
- Attila Seres / bass
- László Gömör / drums, percussion, vocals
- Vilmos Tóth / drums (1)
- Ferenc Raus / drums (2,4)

With:
- Edina Szirtes 'Mokus' / violin
- Zsuzsa Ullmann / vocals
- Gyorgy Demeter / vocals
- Ferenz Gerdesits / vocals

Tracks: 

01. Returnity I-VI (34:00)
- I 1960 Augusztus 1.
- II 1942 December 2.
- III 1986 Április 26.
- IV 1905 Június 30.
- V 1969 Szeptember 2.
- VI 1969 Július 20.
02. Double Helix - 1953 Február 28. (3:04)
03. Deep Blue - 1997 Május 11. (3:33)
04. Radioscope - 1926 Március 20. (3:54) 





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