29 de jul. de 2011

GEORGE HARRINSON - 40 anos de "The Concert for Bangla Desh" - 1971

Dia primeiro de agosto de 2011 será o aniversário de quarenta anos da apresentação do show, “The Concert For Bagla Desh”, idealizado pelo ex-Beatle, Geroge Harrinson, que munido apenas dos ideiais da fraternidade humana, produziu o primeiro espetáculo com fins puramente humanitários de ajuda a um povo que naquele momento estava condenado à morte pela mais cruel maneira.

Para tanto, ele juntou um time de feras do rock para angariar fundos para o combate à fome e a miséria que assolava aquela região que estava anexada ao Paquistão Oriental e após uma luta armada neste mesmo ano, conquistou sua soberania e independência, tornando-se um País pobre e falido em todas as instituições sociais. 

Esta iniciativa tomada por George Harrinson contou com o apoio de Ravi Shankar e foi a pioneira neste sentido, conseguindo em duas apresentações feitas no mesmo dia no Madison Square Garden, em Nova York, arrecadar o montante de US$ 243.418,51 que foram repassados e administrados pela UNICEF

Só pela presença emblemática e carismática do ex-Beatle, o show já valeria o ingresso, porém, ele não veio só e ao seu lado, estiveram presentes, Ravi Shankar, Billy Preston, Bob Dylan, Leon Russel, Klaus Voorman, Jesse Ed Davis, a lenda viva da guitarra, Eric Clapton e o outro ex-Beatle, Ringo Starr, para formar o time de frente que iria emocionar uma ensandecida platéia e que a rigor me emociona até hoje quando assisto ou simplesmente escuto alguma música deste show. 

Logicamente um show feito a quarenta anos, não dispunha de recursos tecnológicos e pirotécnicos como os de hoje, portanto para quem nunca viu esta essa apresentação, não espere projeções de imagens, raio lazer ou qualquer outra parnafenália que o valha, pois não haverá nada disso, apenas muita emoção.

Posso assegurar que não há pirotecnia melhor do que a obtida apenas com a mágica presença desses artistas que literalmente doaram tudo de si e promoveram um dos maiores espetáculos da cena rock’n roll de todos os tempos. 

O show é aberto por Geroge Harrinson que inteligentemente anuncia o projeto e a presença etérea de Ravi Shankar e sua troupe, que executa com sua sítara, a música, “Bangla Dhum” de quase vinte minutos, transportando a todos a um mundo espiritual mais elevado, mostrando um pouco da música e da cultura indiana, com se houvesse a intenção de preparar o público para o que ainda estava por vir. 

Canções simples como, "It Don't Come Easy" de Ringo Starr, levaram o público ao êxtase e quando George Harrinson apresenta a banda e começam a tocar "While My Guitar Gently Weeps", é outro ponto muito forte do show e até hoje essas duas músicas provocam em mim uma sensação muito legal, pois apesar de ter apenas dez anos quando o show foi realizado, eu tinha irmãos mais velhos que viveram aquele momento, então eu escutava as músicas, obviamente sem estar entendendo seu significado, propósito ou mesmo quem estava executando, mas mesmo assim, eu gostava do estava ouvindo.

Curiosamente a passagem que mais gosto de ver ou escutar, ficou nas mãos e na voz de Leon Russel, quando executa um medley com “Jumpin' Jack Flash” e “Young Blood", que para mim representam  o auge da loucura que impulsionou todos aqueles músicos no mais fantástico projeto musical que pode não ter sido o mais lucrativo, porém sem duvidas alguma, está eternizado na história da música contemporânea.


Eric Clapton que dispensa maiores apresentações, participa de todas as músicas e simplesmente destroi em "While My Guitar Gently Weeps" dando uma pequena aula de como se toca uma guitarra com perfeição, é só dar uma conferida no vídeo.


Bob Dylan também teve um destaque muito importante neste projeto, contribuindo com cinco das suas mais famosas canções, entre elas, "Blowin' in the Wind" e  "Mr. Tambourine Man", sendo ele um dos mais ovacionados.


George Harrinson em um repente de genialidade, dois dias antes da apresentação criou uma linda música, chamada “Bangla-Desh”, que fecha o show, sendo depois considerada como um de seus maiores sucessos em toda a sua carreira, bem como também, cantou outras bem conhecidas como, "Wah-Wah", "My Sweet Lord", "Awaiting on You All", "Beware of Darkness" (...nesta, ele e Leon Russel levam o público à loucura....), "While My Guitar Gently Weeps", "Here Comes the Sun" (em uma versão acústica) e "Something".

A conclusão que chego em relação a esse espetáculo é que apesar de todos os problemas enfrentados para se colocar de pé um show como este, tudo deu muito certo, foi perfeito quanto a escolha das músicas, bem como dos músicos, que tiveram uma atuação brilhante, um primor.


ATENÇÃO:
As vendas relativas aos CD’s, DVD’s e BlueRay’s beneficiam o fundo de George Harrinson junto a UNICEF, portanto, se ainda não tem algum dos itens acima, por favor não deixem de comprá-los, pois as dificuldades daquele País e de outros da região, continuam as mesmas até hoje.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

The Artists 
Eric Clapton – guitars 
Bob Dylan – vocals, guitar, harmonica 
George Harrison – vocals, guitars 
Billy Preston – vocals, keyboards 
Leon Russell – bass guitar, keyboards, vocals 
Ringo Starr – drums, vocals, tambourine 
Ravi Shankar – sitar 
Ustad Ali Akbar Khan – sarod 
Ustad Alla Rakha – tabla 
Kamala Chakravarty – tambura 

The Band
Jesse Ed Davis – rhythm guitar 
Tom Evans – acoustic guitar 
Pete Ham – acoustic guitar 
Mike Gibbins – tambourine 
Jim Keltner – drums 
Joey Molland – acoustic guitar 
Don Preston – guitars, backing vocals 
Carl Radle – bass guitar 
Klaus Voormann – bass guitar 

The Hollywood Horns 
Jim Horn, 
Allan Beutler,
Chuck Findley,
Jackie Kelso, 
Lou McCreary, 
Ollie Mitchell 

The Backing Vocalists 
Don Nix,
Jo Green,
Jeanie Greene,
Marlin Greene,
Dolores Hall,
Claudia Linnear 

Tracks, LP Version:
Side one
01 "George Harrison/Ravi Shankar Introduction" – 5:19
02 "Bangla Dhun" (Ravi Shankar) – 16:40


Side two
01 "Wah-Wah" – 3:30
02 "My Sweet Lord" – 4:36
03 "Awaiting on You All" – 3:00
04 "That's the Way God Planned It" (Billy Preston) – 4:20


Side three
01 "It Don't Come Easy" (Ringo Starr) – 3:01
02 "Beware of Darkness" – 3:36
03 "Band Introduction" – 2:39
04 "While My Guitar Gently Weeps" – 4:53

Side four
01 "Medley: Jumpin' Jack Flash/Young Blood" (Mick Jagger/Keith Richards)/(Jerry Leiber/Mike Stoller/Doc Pomus) – 9:27
02 "Here Comes the Sun" (Acoustic) – 2:59

Side five
01 "A Hard Rain's A-Gonna Fall" (Bob Dylan) – 5:44
02 "It Takes a Lot to Laugh, It Takes a Train to Cry" (Dylan) – 3:07
03 "Blowin' in the Wind" (Dylan) – 4:07
04 "Mr. Tambourine Man" (Dylan) – 4:45
05 "Just Like a Woman" (Dylan) – 4:49

Side six
01 "Something" – 3:42
02 "Bangla-Desh" – 4:55


LINK

"Band Introduction"

"While My Guitar Gently Weeps"

"Beware of Darkness"

"It Don't Come Easy"

"Medley: Jumpin' Jack Flash/Young Blood"

28 de jul. de 2011

JAMES LAST - "The Berlin Concert" - 1987

Esta semana deu vontade de ver um vídeo do ELP tocando a música, “Fanfarre for The Common Man” de Aaron Copland no Youtube e para minha surpresa, dei de cara com outro vídeo de um show feito em Berlin em 1987, sob a regência de James Last e sua orquestra. 

Pois bem, resolvi investigar rapidamente o cidadão e dei conta de que, ele é nascido na Alemanha em abril de 1929 e na verdade chama-se, Hans Last e que a partir 1963 até hoje, lançou mais de cento e noventa títulos, isto mesmo, mais de cento e noventa títulos, entre álbuns de estúdio, shows e diversas compilações. 

Ele é um exímio compositor, arranjador e regente, goza de um prestígio invejável em toda a Europa e pasmem, seu último show foi em abril de 2011, ou seja, ele não é mais um fenômeno musical, mas sim da medicina, pois continua lotando as casas de espetáculo por onde passa. 

Brincadeiras a parte, James Last é um fenômeno que eu simplesmente com meio século de vida, desconhecia totalmente e fiquei muito perplexo com a sua história de vida que é dedicada totalmente à música. 

E eu acabei tomando a decisão de postar um trabalho de James Last, mesmo não sendo do “metiê” do blog este tipo de música, mas levando-se em consideração que ele é o detentor de uma fantástica discografia que realmente não a conheço, mas tendo em vista que, ninguém consegue um número tão expressivo de títulos lançados se não tiver um mínimo de qualidade e talento e no caso dele, essas qualidades sobram à vontade, portanto senti como uma obrigação divulga-lo aqui no blog. 

Na verdade o único trabalho que conheço é este, "The Berlin Concert", gravado 1987, que traz algumas músicas bem conhecidas como, “Fanfarre for the Common Man”, que está no vídeo logo baixo e acabou por provocar esta breve resenha, tem também, “Broken Wings”, “MacArthur Park”, que no passado na doce voz de Diana Ross foi um tremendo sucesso e “Star Wars”

O que deu para notar na execução de “Fanfare....” é que o arranjo está muito similar ao feito pelo ELP quando do lançamento de “Works Vol. I” em 1977 (veja o vídeo abaixo), assim como “Star Wars” está com o arranjo bem parecido com o feito pelo Meco em seu álbum, "Star Wars and Other Galactic Funk", também de 1977 e que adorava pegar as trilhas sonoras dos grandes filmes e criar versões “discoteque” que fazia a alegria da moçada no final na decáda de setenta e oitenta, mas isso de forma alguma tira o mérito e o brilho desta a presentação que é bem animada e muito bem executada, com músicas muito bem selicionadas que podem agradar facilmente os jovens com mais idade, assim como eu.

Musicians:
James Last - Regente
Orchestra


Tracks:
01 Fanfare For The Common Man
02 Alfie
03 Vienna Is Vienna
04 Eine Kleine Nachmusik
05 Roses From The South
06 Broken Wings
07 Life At The Vienna Prater
08 On The Banks Of Sacremento
09 Macarthur Park
10 That's What Friends Are For
11 Missing
12 Star Wars

LINK

"James Last - Fanfare the common Man"


"James Last - Star Wars"


"ELP - Fanfare for the Common Man"

25 de jul. de 2011

YES - "Northern Flight" - 1977

Bem, este álbum, "Northern Flight", gravado em uma apresentação no “Scandinavium Göthemburg”, em Göthemburg, Suécia, em novembro de 1977, guarda algumas lembranças interessantes da linha cronológica do Yes, que trazia de volta a banda, Rick Wakeman, mesmo com o sucesso conquistado com “Relayer” sem sua presença, porém existia uma forte ligação do mestre com banda e isto é inegável, portanto sua mágica presença poderia ser a possibilidade de retornar aos áureos tempos de “Fragile”, “Close To The Edge” e porque não, “Tales from Topographics Oceans” que é uma obra prima, porém foi o pomo da discórdia e fez com que o mestre saísse prematuramente do grupo. 

Além da volta de Rick Wakeman, a outra novidade da época era o início dos ensaios e gravações de “Going For the One”, feita na Suíça, para fugir do Leão Inglês (leia-se imposto de renda) que estava faminto e lá havia alguns incentivos fiscais que aliviavam a carga tributária sobre a banda e isto, por convite de Patrick Moraz que a esta altura já estava em carreira solo. 

O Yes apresentou uma novidade tecnológica, pois parte das músicas “Awaken” e “Parallels” foram gravadas em tempo real a uma distância de uns dez quilômetros do estúdio, via linha telefônica, pois para dar a grandiosidade que estas músicas exigiam, um grande órgão de fole existente na “St. Martin's Church”, Vevey, Suíça, foi utilizado e realmente deixaram estas músicas com um resultado muito positivo. 

"Northern Flight" é exatamente a celebração disto tudo, pois está carregado com um astral muito forte, com uma sinergia entre Steve HoweRick Wakeman perfeita, com um complementando o trabalho do outro, trazendo novas e excelentes músicas, bem como executando as antigas canções de forma impecável. 

Lógico, a “Firebird Suite” está presente logo no início para dar aquele frio na espinha e avisar que o show já começou e que tudo pode acontecer, podendo esperar o melhor que o Yes sempre pode oferecer, pois a música, “Parallels” incendeia o show logo de inicio e vai assim até o final do show. 


Dá para sentir claramente que a banda estava “feliz”, pois tudo estava dando certo, com “Going For The One”, obtendo boas colocações nas paradas sucesso da Inglaterra em meio ao avanço frenético do movimento Punk que teve como berço o Reino Unido.

Aparentemente a volta de Rick Wakeman ao grupo renovou os ares da banda, bem como de sua credibilidade que não chegou a estar em baixa por conta da gratíssima surpresa que foi presença de Patrick Moraz a frente dos teclados e que deixou sua marca em um dos álbuns mais aclamados da banda, mas como não era um emérito cidadão Bretão e lá com certeza isto conta muito, a volta do mestre teve um significado muito grande para os ingleses. 

Para finalizar, não resta alternativa, senão mais uma vez, indicar este álbum do Yes, à categoria dos trabalhos altamente recomendados, por seu conteúdo, por sua história e principalmente por ser o registro de um momento de reencontro para todos dentro e fora da banda, ou seja, era o Yes indo de encontro ao seu passado brilhante, mas focado no presente e já voltado para o futuro. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

YES
Jon Anderson – Lead Vocals, Guitars, Harp & Percussion
Chris Squire – Bass Guitars, Backing Vocals
Steve Howe – Lead Guitars, Backing Vocals
Alan White – Drums & Percussion
Rick Wakeman – Keyboard

Disc One
01. Firebird Suite 01:54
02. Parallels 05:53
03. I've Seen All Good People 07:10
04. Close to The Edge 19:13
05. Wondrous Stories 04:15
06. The Colours Of The Rainbow 01:17
07. Turn Of The Century 07:58
08. And You and I 10:10

Disc Two
01. Rachmaninov's Piano Concerto 01:32
02. Going For The One 05:32
03. Flight Jam 04:28
04. Awaken 15:34
05. Roundabout 08:45
06. Yours Is No Disgrace 14:00

LINK

"Awaken - pt1"

"Awaken - pt2"

"Awaken - pt3"

"Parallels"

22 de jul. de 2011

PASSPORT - "Talk Back" - 1988

Entra década, sai década, mas Jazz continua incólume em sua trajetória, nada o abala, não há concorrência com outro estilo musical, muito menos concorre entre seus sub-estílos, além de não possuir nenhum predador natural e habitualmente funcionar sem a necessidade interferir com outras doutrinas musicais para sobreviver e sempre está agregando novos adeptos desde o início do século passado. 

O tanto o Jazz como Blues, têm suas origens definidas com a chegada dos povos africanos (escravos) que desembarcaram nas terras de “Tio Sam”, por volta do ano de 1810 e em maior escala nos Estados da Georgia e do Mississipi, porém sua aceitação pela sociedade escravagista dentro e fora dos EUA, só acontece realmente no início do século vinte. 

O curioso neste “embroglio” todo, é que se levar-mos em conta que são mais de cem anos de história e a rigor não houve grandes mudanças no estilo do Jazz ao longo deste período, havendo sim, alguns ajustes para adaptá-lo a algum momento que estava impondo novas sonoridades, funcionando como uma modernização espontânea para imortalizá-lo e consequentemente permitir a existencia de adoradores do Jazz desde seu período inicial até hoje, ou seja, é um movimento musical imortalizado. 

Toda esta ladainha, apenas para chegar ao álbum, “Talk Back” de Klaus Doldinger e seu Passport, que mais uma vez aparece com uma nova formação, mas isso de forma alguma é um problema, aliás, eu começo a acreditar que o povo Alemão tem alguma característica especial que resolva este tipo de problema, pois outro gênio da música chamado, Frank Bornemann, que é o mentor intelectual de sua banda, o Eloy, padece do mesmo mal, porém a qualidade musical, tanto das composições, bem como de sua execução são sempre da melhor qualidade. 

E não é problema mesmo, pois relativo às composições, Klaus Doldinger é envolto em uma aura de inspiração que é muito rara, pois eu apenas aprecio o Jazz de forma bem comedida e confesso que conheço muito pouco ou mesmo nada sobre o assunto, porém a música feita por ele, eu gosto muito, como se fosse o rock progressivo do Eloy, Yes, Genesis, Camel, Pink Floyd e tantos outros que eu tanto amo. 

Quando nos dirigimos à execução de qualquer álbum do Passport, não importando se é do início da carreira ou mais recente, o sentimento é sempre o mesmo,....“que puta banda”...., e honestamente a perplexidade aumenta mais ainda, quando se chega à ficha técnica do álbum, são nomes absolutamente desconhecidos que produzem um resultado altamente positivo, com performances admiráveis, pois Klaus Doldinger prima por fazer uma música que dá oportinidades a todos os músicos aparecerem, portanto, ele sempre está muito bem acompanhado. 

Bem, o álbum, “Talk Back” em nada  foge a regra, tendo em vista que suas músicas são muito agradáveis, algumas até adoráveis e no caso específico deste álbum, o único nome comum para mim, é o de Klaus Doldinger e o resultado final desta peça é muito bom e merece ser apreciado por todos.

  
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!  

Musicians
Alphonse Mouzon / drums
Klaus Doldinger / keyboards, all saxophones
Brian Auger / keyboards
Guillermo Marchena / percussion
Victoria Miles / vocals
Jochen Schmidt / bass
Hermann Weindorf / keyboards
Todd Caneby / vocals
Julio Matta / percussion
Christin Sargeant / vocals
Roykey Whydh / guitar


Tracks:
01. Intro (1:05)
02. Dancing In The Wind (5:34)
03. Fire Walking (3:17)
04. City Blue (5:14)
05. Sahara (5:30)
06. Up Front (5:19)
07. Nico's Dream (6:05)
08. Todo Legal (4:44)
09. Talk Back (5:49)

LINK


"Todo Legal"

20 de jul. de 2011

KEITH EMERSON & THE NICE - "Live in Albert Hall" - 2002

O mundo do rock sempre reserva algumas agradáveis surpresas e uma delas aconteceu em 2002, depois de praticamente três décadas de ausência de um dos precursores do rock progressivo, o “The Nice” que se reagrupou novamente para uma série de apresentações, no mínimo, bombásticas. 

Este reencontro está registrado no álbum, “Live In Royal Albert Hall”, onde a volta ao passado brilhante, tanto o “The Nice”, bem como o “ELP” estão assegurados, pois as músicas escolhidas não poderiam ser melhores e associadas a uma apresentação impecável, digna dos tempos onde o talento era imprescindível e não havia espaço para aventureiros de plantão, a credibilidade deste show vai além de qualquer limite. 

Só pela versão instrumental de “Tarkus” com a voz que originariamente seria de Greg Lake sendo substituida por uma guitarra (aliás, muito bem tocada), praticamente em toda a música, pois somente o trecho de “Epitaph” foi cantado, já vale o álbum todo. 

Fora isto, outras músicas como, “America”; “Rondo”; “Karelia Suite”; “Creole Dance”; “Hoedown”; “Fanfare” e tantas outras, garantem um delicioso espetáculo e realmente todas as músicas são um grande prêmio para quem escutar este álbum que reuniu as origens do rock progressivo. 

Não é todo dia que um acontecimento como este surge em nossa frente e ainda por cima com um Keith Emerson altamente inspirado e motivado, dando um verdadeiro show no palco, que a rigor sempre foi o ponto forte do The Nice e principalmente de Keith Emerson que se inspirava em Jimi Hendrix para fazer suas loucas perfornances. 

Finalizando, com certeza estamos diante de uma exibição emblemática do “The Nice”, com clássicos do rock progressivo sendo executados por músicos consagrados no cenário mundial da música contemporânea e posso garantir que esse é daquele tipo de álbum que com o "download feito a diversão está garantida"

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

UM FELIZ DIA DO AMIGO A TODOS !!!!!

Musicians:
Keith Emerson - órgão, piano e vocal
Keith "Lee" Jackson - baixo, guitarra e vocal
Dave Kilminster - guitarra
Brian "Blinky" Davison - bateria e percussão

Tracks:
CD 01 
01 - Announcement
02 - Intro Fanfare Remix
03 - America
04 - Rondo
05 - John Peel Story
06 - Little Arabella
07 - She Belongs To Me
08 - Cry Of Eugene
09 - Hang On To A Dream
10 - Bob Dylan Story
11 - Country Pie
12 - Karelia Suite

CD 02
01 - Cajun Alley
02 - A Blade Of Grass
03 - Creole Dance
04 - Introduction
05 - Tarkus
06 - Hoedown
07 - Fanfare
08 - Applause
09 - Honky Tonk Train Blues
10 - Outro

NEW LINK

"America"

18 de jul. de 2011

GENESIS - “Brush Back Your Hair” - 1974

Depois uma overdose de “Yes” com várias postagens seguidas, vamos voltar no tempo em uma fantástica apresentação do Genesis, que aconteceu nos EUA, na cidade de Detroit, Michigan em abril de 1974, gerando o bootleg, “Brush Back Your Hair”

Esse show foi marcado por vários problemas técnicos que aconteceram durante a apresentação, então, para minimizar os problemas, Peter Gabriel que é um verdadeiro mestre do improviso, inteligentemente entre uma música e outra, ele contava histórias que estão registradas neste álbum, como forma para ganhar tempo, pois um dos grandes problemas que estavam enfrentando, era o superaquecimento dos equipamentos que em praticamente toda a sua totalidade eram valvulados. 

Existiram algumas outras falhas, menores como, baixa repentina de volume e zumbidos (removidos do áudio) e como se não bastasse, um cidadão que provavelmente não gostava da banda, fez um ataque muito grosseiro e direto a Peter Garbiel,  que nem vale a pena ser repetido, mas com muita elegância por parte do nosso menestrel, seus xingamentos foram abafados pela vergonha que estava passando perante a platéia, mas isso são apenas histórias, então, vamos logo ao que interessa, ou seja, às músicas. 

Bem, isso de forma alguma foi um problema nesta apresentação, aliás, sempre foi a solução e tendo em vista que o público que lá estava, vinha de uma fenomenal apresentação seis semanas antes feita pelo Yes, era muito importante para o Genesis fazer uma apresentação no mínimo no mesmo nível, portanto deram tudo de si, para fazerem o melhor show possível, pois "Missão dada, é missão cumprida!!!!". 

E mesmo com todos os problemas que foram acontecendo durante o show, isso foi feito, gerando uma apresentação memorável, pois no elenco de músicas extraídas de álbuns como “Nursery Cryme”, “Foxtrot” e “Selling England by the Pound”, o público veio ao delírio, pois não há quem resista a qualquer música que tenha saído desta, “Santíssima Trindade” musical (Deus que me perdoe, mas isso saiu sem querer ...., juro!!!), onde a síntese do melhor do espírito progressivo repousa. 

Como de costume eu sempre digo que ficar falando de músicas que fazem parte do imaginário coletivo dos fãs da banda é totalmente desnecessário e improdutivo, no entanto, eu não escrever uma única palavra sobre a música, “Supper’s Ready”, seria pedir demais, pois eu intimamente a considero, a obra máxima da banda, é uma música que ganhou vida própria, está acima do bem e do mal, portanto, mais uma vez o Genesis se superou na sempre surpreendente atuação de Peter Gabriel, que é a imagem do rock progressivo. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Musicians:
Tony Banks - Keyboards, Guitars & Backing Vocals
Steve Hackett - Lead Guitars & Effects
Peter Gabriel - Lead Vocals, Flute & Percussion
Mike Rutherford - Bass Guitars, Guitars & Backing Vocals
Phil Collins - Drums, Percussion & Backing Vocals

Tracks:
CD01
01. Watcher Of The Skies 08:50
02. Story Of Britannia 02:05
03. The Nick & Michael Sketch 02:36
04. Dancing With The Moonlit Knight 08:55
05. Story Of Romeo & Juliet 02:28
06. The Cinema Show 11:41
07. I Know What I Like 06:13
08. Story Of Five Dead Bodies 02:12
09. Firth Of Fifth 10:19
CD02
01.Story Of Henry & Cynthia 02:11
02.The Musical Box 11:35
03.Horizons 02:26
04.The Story Of Old Michael 04:09
05.Supper's Ready 24:35

"Watcher Of The Skies"

"Dancing With The Moonlit Knight"

"The Cinema Show"

17 de jul. de 2011

PORCUPINE TREE - "Warzawa" - 2004

Já que dias atrás, levantei o nome do Porcupine Tree na postagem comemorativa do Dia Internacional do Rock, por que não dedicar uma resenha específica para a banda, portanto, vamos até uma apresentação emblemática feita pela banda em 2001 na Polônia, sendo apenas lançada em 2004, chamada, “Warzawa”, que para mim tem um significado todo especial. 

Este álbum carrega em seu ventre, músicas extraídas dos melhores trabalhos de estúdio anteriores a “In Absentia” (para mim,  a obra máxima da banda) , que seria lançado apenas em 2002, sendo eles, “Signify”; “Stupid Dream” e “Lightbulb Sun”, verdadeiros clássicos do rock, com forte penetração na Europa e EUA, sendo pouco conhecidos aqui no Brasil, mas posso garantir que para quem eu apresentei a banda (a amigos e parentes), a taxa de aceitação foi de cem por cento, uma unanimidade. 

Dentro deste universo, o mais interessante é que a faixa etária variou de 15 a 50 anos e a receptividade à banda foi sempre a mesma, sendo recebida em um primeiro momento com grande espanto pela sonoridade imposta, para a seguir começar um grande sentimento de admiração que em alguns casos virou adoração. 

O grande causador destes sentimentos é Steven Wilson, um jovem gênio Inglês, que tem um talento fora do comum como compositor e músico instrumentista, que surpreende a cada novo trabalho, revelando uma nova faceta musical. 

Steven Wilson começou esta brilhante trajetória em 1989, lançando seu primeiro título, “Love Death and Mussolini”, que por alguma razão que desconheço, não faz parte da discografia oficial da banda que está disponível na Home Page Oficial e de lá para os dias atuais, são uns doze álbuns de estúdio, pelo menos umas dez compilações oficiais, dois DVD’s com registro de shows e uns três álbuns ao vivo, inclusive este e fora isso, mantém também outra banda, chamada “Blackfield” que também é excelente e já tem uns quatro álbuns lançados. 

Esta apresentação feita há dez anos, sintetiza de forma brilhante o que é o Porcupine Tree e o que ele representa no cenário rock mundial, com uma performance de tirar o fôlego e com uma seleção de músicas idem. 

A abertura do espetáculo começa em grande estilo com a música, "Even Less" que é uma obra de arte e um show de guitarra, passando em seguida para "Slave Called Shiver" que é outra demonstração de como se faz e como se toca uma música. 

A música "Shesmovedon" é outra criação genial de Steven Wilson que parece que não tem limites para sua inspiração e talento, que transbordam nesta música. 

O destaque para mim fica por conta da música, "Last Chance to Evacuate Planet Earth Before It Is Recycled", pois é uma música que começa de forma tão despretensiosa e ganha uma força ao longo de sua execução chegando a um clímax muito interessante e em especial, faz parte da trilha sonora de um momento muito importante e especial da minha vida quando conheci minha atual esposa, “Li”

As músicas que vem em seqüência são "Lightbulb Sun"; "Russia on Ice"; "Where We Would Be"; "Stop Swimming"; "Voyage 34" que é uma viagem eletrônica e a especialíssima "Signify" que fecha o show, são músicas de altíssimo conteúdo musical que notadamente elevam esta banda a um patamar de destaque no cenário mundial do rock. 

ALTAMENTE RECOMENDADO E CONTAGIANTE!!!!

Musicians:
Steven Wilson - lead vocals, guitars
Richard Barbieri - keyboards
Colin Edwin - bass
Chris Maitland - drums, percussion, backing vocals

Tracks:
01 "Even Less" (Wilson) – 7:36
02 "Slave Called Shiver" (Wilson) – 5:08
03 "Shesmovedon" (Wilson) – 5:21
04 "Last Chance to Evacuate Planet Earth Before It Is Recycled" (Wilson) – 5:01
05 "Lightbulb Sun" (Wilson) – 5:59
06 "Russia on Ice" (Barbieri/Edwin/Maitland/Wilson) – 12:26
07 "Where We Would Be" (Wilson) – 3:40
08 "Hatesong" (Edwin/Wilson) – 8:36
09 "Stop Swimming" (Wilson) – 7:08
10 "Voyage 34" (Wilson/Banton/Jackson/Gerrard/Perry) – 12:37
11 "Signify" (Wilson) – 5:40

"Last Chance to Evacuate Planet Earth Before It Is Recycled"


"Lightbulb Sun"

13 de jul. de 2011

DIA INTERNACIONAL DO ROCK: YES AND PORCUPINE TREE - “Sunrise in a Layby” - 2002

Para comemorar o Dia Internacional do Rock que acontece hoje, nada melhor do que escutar o show que celebrou um encontro mágico entre (imaginem só!!!!) o Yes e o Porcupine Tree de Steve Wilson em novembro de 2002 e está registrado no bootleg, “Sunrise in a Layby”

Só para situar os acontecimentos que envolveram este show, tinhamos de um lado, o Yes que estava excursionando em uma turnê mundial que ainda divulgava o álbum, “Magnification” e neste momento com a banda completíssima, pois Rick Wakeman havia retornado ao grupo em abril deste mesmo ano.

O que se pode esperar desta primeira parte do show com as músicas do Yes, é apenas o melhor, pois foi um “revival” com as músicas dos anos setenta, como, “Siberian Khatru”; “We have heaven”, “South Side of the Sky”; “Close to the Edge”; “Heart of the sunrise”; “Long distance runaround”; “Roundabout” e “Starship trooper” com Rick Wakeman e Steve Howe detonando no final. 

De outro lado, o Porcupine Tree, que considero a melhor banda integrante da terceira geração do rock progressIvo e que acabava de lançar em setembro de 2002, seu mais novo trabalho, “In Absentia”, álbum de estúdio fantástico que em meu conceito, é o melhor de todos. 

Pelo visto começou com o pé direito, uma vez que foi apadrinhado em uma apresentação em conjunto com o Yes, onde tocaram as músicas, “Blackest Eyes” (esta é um fenômeno); “Gravity Eyelids”; “Hatesong”; “Heart attack in a Layby” e “Tinto Brass”, mas é uma pena que tenha ficado de fora a música, “Trains”, uma das melhores musicas do Porcupine Tree em todos os tempos. 


Esta postagem só está sendo possível graças a um amigo, Ricardo Triunvirat, ter passado este inédito bootleg (pelo menos para mim), “Sunrise in a Layby”, para que fosse postado aqui no blog e não poderia haver uma data mais propícia do que esta, portanto, todos nós temos uma dívida de gratidão com ele, pois foi um presentão que recebi e que agora faço questão de dividir com todos. 

UM VIVA AO ROCK!!!!!

Musicians

YES
Jon Anderson: vocal, guitarra midi e violão
Chris Squire: guitarras, baixo vocal
Steve Howe: guitarras elétricas e acústicas, guitarra com pedais, bandolim e vocal
Alan White: bateria, percussão, piano, vocal
Rick Waeman: keyboards

PORCUPINE TREE
Steven Wilson: voz, guitarra, piano, teclado e baixo
Richard Barbieri: sintetizador e teclado
Colin Edwin: baixo
Gavin Harrison: bateria e percussão
John Wesley: voz e guitarra

Tracks:
CD1:
01 - Firebird Suite
02 - Siberian Khatru
03 - Magnification
04 - Don't Kill The Whale
05 - In The Presence Of
06 - We Have Heaven
07 - South Side Of The Sky
08 - Close To The Edge
09 - Heart Of The Sunrise
CD2:
01 - Long Distance Runaround
02 - Whitefish
03 - Starship Trooper
04 - Roundabout
05 - Blackest Eyes
06 - Gravity Eyelids
07 - Hatesong
08 - Heart Attack In A Layby
09 - Tinto Brass
"Yes - We Have Heaven/South Side Of The Sky"

"Porcupine Tree - Blackest Eyes"

Uma pena esta música ter ficado de fora:
"Trains"

12 de jul. de 2011

ANDERSON, BRUFORD, WAKEMAN & HOWE - “Summer Themes” - 1989

Há poucos dias atrás, varios blogs, inclusive este, postaram o último trabalho do Yes, “Fly from here” e pude observar lendo atentamente as resenhas, diversas opiniões, algumas favoráveis, outras nem tanto e eu mesmo a princípio resolvi não comentar nada, pois ainda não tinha escutado o suficiente para ter uma opinião isenta de preconceitos ou coisa que o valha para não cometer uma injustiça.

É importante separar muito bem as coisas para que não haja interpretações equivocadas a respeito desta resenha, portanto, é preciso destacar o álbum da banda e isola-lo para tentar entender seu conteúdo.

A respeito do trabalho como peça conceitual,  se nota que têm estilo próprio, pois está calcado em uma sonoridade muito próxima ao álbum “Drama” do início da década de oitenta, onde Benoit David saiu-se muito bem, principalmente por não ter tentado uma similaridade vocal para criar algum vínculo com Jon Anderson, o que por sí só é um fato altamente positivo e denota a personalidade do vocalista. 

Os arranjos em geral estão bem estruturados para o objetivo deste álbum, que acredito que a intenção tenha sido mostrar algo novo, mesmo tendo se baseado em um conceito do passado e a respeito disto, Geoff Downes cumpriu seu papel de forma sóbria, mas o suficiente para dar vida ao enredo proposto por Trevor Horn que sabidamente é o mentor intelectual desta peça musical.


Isolando a criatura de seu criador, o álbum “Fly from here” é um trabalho que merece todo nosso respeito e apreciação, pois têm qualidades especificas e não se pode negar que têm um berço com uma origem nobre, isto é um fato e eu não nego, mesmo achando que faltou coragem para realmente experimentarem algo verdadeiramente novo e neste caso atribuo a isto, a falta que Jon Anderson e Rick Wakeman fazem ao corpo do Yes.

Agora, quando isolamos o criador da sua criação em um estantâneo, simplesmente para mim não é o Yes que está no comando deste bólido, chamado de “Fly from here”, pois não tem um unico momento de algo que lembre o que um dia foi o Yes  e o que já foi capaz de fazer.


Não basta ter uma fantástica ilustração feita por Roger Dean para da vida a capa do álbum, aliás, uma das mais bonitas e bem elaboradas que a instituição Yes já teve a sua disposição, pois não é o suficiente para fazer com que os Deuses da Música dêem aquele impurrãozinho mágico que colocava a banda no Olimpo do rock progressivo.

Não há a uma luz brilhante e com energia suficiente saindo deste novo Yes para emanar em nossas (pelo menos na minha) almas um sentimento que nos faça enxergar o verdadeiro Yes, daquele legendário “logotipo” estiloso e sinuoso, que provocava emoções em nossas mentes e que iam muito além do simples fato que estarmos escutando uma música de nosso agrado, pois dava para viajar sem sair do lugar.

A princípio, eu estava relutante em fazer esta análise, que na verdade parece mais uma autopsia, mas foi a forma mais objetiva e honesta de chegar a conclusão a respeito de “Fly from here”, que mais uma vez, faço questão de frisar que é um bom trabalho, merecedor de todo nosso respeito e admiração, pois afinal de contas, é fruto do trabalho de vários músicos, técnicos e engenheiros que com certeza empenharam centenas de horas de dedicação para que o melhor fosse produzido.

Isto tudo para chegar até, Anderson, Bruford, Wakeman and Howe, ou simplesmente, ABWH, que em 1988, lançaram um novo álbum de nome homonimo a banda, permanecendo juntos até 1990 em uma turnê que encantava por onde passava.

Apesar do novo nome criado, era o Yes que estava lá, sem sombra de dúvidas, estava presente nas novas músicas, bem como nas antigas músicas que eram tocadas nos shows, pois a energia emanada pela banda sinalizava a presença quase que mediúnica do espírito que sempre permeou o Yes e quem já teve a oportunidade de assistir a um show da banda, sabe muito bem o que estou falando, pois é um sentimento contagiante.

Isto é tão sério que lendo o livro “Eu sou Ozzy”, existe uma passagem contada pelo próprio Ozzy Osbourne, quando da gravação de um novo álbum do Black Sabbath no mesmo casarão estúdio onde o Yes ensaiava e gravava, “Tales From Topographic Oceans”, que o clima que se formava em torno deles era diferente.

Este foi o período quando Ozzy conheceu Rick Wakeman que  naquele momento estava extremamente entediado com a gravação do novo trabalho, passou a admirá-lo muito por ser uma figura carismática e muito bem humorada, passando a ficar grandes amigos..

Para tentar ilustrar toda esta verborragia provocada pelo álbum “Fly from here” acredito que, o bootleg, “Summer Themes”, gravado em agosto de 1989 no “The Summit Theater”, Huston, Texas, USA, seja um bom exemplo para tentar explicar este sentimento provocado pela atual banda e seu novo trabalho. 

Musicians:
Jon Anderson - Lead Vocals, Guitars & Keyboards
Bill Bruford - Drums & Percussion
Rick Wakeman - Keyboards
Steve Howe - Lead Guitars & Vocals
Special Guests:
Tony Levin - Bass Guitars, Stick & Vocals
Milton McDonald - Guitars
Julian Colbeck - Keyboards


Tracks:
CD1
01. Time And A Word (fades in) 02:30
02. Owner Of A Lonely Heart 01:57
03. Teakbois 02:40
04. Clap 04:35
05. Mood For A Day 04:54
06. Rick Wakeman Solo 05:39
07. Long Distance Runaround (including Drum Solo) 07:21
08. Birthright 07:29
09. And You And I 10:53
10. I've Seen All Good People 09:27
11. Close To The Edge 20:44
CD2
01.Themes 06:29
02.Brother Of Mine 11:50
03.The Meeting 05:47
04.Heart Of The Sunrise 11:53
05.Order Of The Universe 08:52
06.Roundabout 08:37
07.Starship Trooper 15:06

LINK CD1
LINK CD2


"Rick Wakeman Solo"

"Brother Of Mine"

"Order Of The Universe"

"Starship Trooper"

11 de jul. de 2011

ELOY - "Colours" - 1980

“Colours”, é um nome sugestivo e muito bem colocado para uma capa extremamente psicodélica, que serviu de título para o décimo álbum de estúdio do Eloy, o laboratório de criação musical de Frank Bornemann, o gênio alemão do rock progressivo. 

Como de costume, a formação da banda mais uma vez sofreu algumas modificações em relação ao álbum anterior, “Silent Cries and Mighty Echoes”, mas isso para a banda nunca foi um problema, porque a rigor todos que passaram pela banda, sempre foram músicos de primeira linha e a espinha dorsal e alma do grupo, é o próprio Frank Bornemann


Este álbum para mim, marcou o início de outra etapa na vida musical do Eloy, pois os tempos já eram outros, começava a década de oitenta, período musical bem complicado, com novos conceitos musicais surgindo e tudo mais, mas mesmo assim, é um bom álbum, bom não, um excelente álbum, pois a música do Eloy, curiosamente evolui com o tempo, mas não perde suas características básicas, talvez por conta da insistência de Frank Bornemann e criar suas peças musicais, muito mais em função da arte propriamente dita do que por interesses comerciais. 


Mesmo quando Frank Bornemann faz apenas um “Feijão com Arroz” o que não é caso deste álbum, o resultado sempre é muito positivo, pois ele tem o dom da música correndo em suas veias, produzindo trabalhos elogiáveis ao longo de toda a sua carreira. 


As músicas de “Colors” ganharam uma nova sonoridade, bem apropriada aos novos tempos, mas permeada por orgãos e sintetizadores que garantem a atmosfera espacial que é acompanhada de perto pela guitarra de Frank Bornemann

A bem da verdade, “Colours” é o abre alas de dois excelentes álbuns, “Planets” de 1981 e “Time to Turn” de 1982, já postados anteriormente aqui ni blog e que são duas obras primas do rock feitas em sequência e que acabaram formando uma trilogia muito interessante e reveladora, pois fecham um ciclo muito produtivo e inovador do grupo, pois em meu entendimento a banda só se reencontraria com a música progressiva nativa em 1988 com lançamento de “Ra”, outra jóia feita pelo ourives musical Frank Bornemann

Resumo da ópera, para gostar do álbum, “Colours”, basta escutá-lo, pois nada mais é preciso para que este fenômeno aconteça, ou seja, o recomendo de olhos fechados e ouvidos muito abertos, sem medo de estar errando em meu conceito. 

ALTAMENTE RECOMENDADO !!!

Musicians:
Hannes Arkona / guitars
Frank Bornemann / vocals, guitars
Hannes Folberth / keyboards
Klaus-Peter Matziol / bass, vocals
Jim McGillivray / drums, percussion
Edna & Sabine / voices (1)

Tracks:
01. Horizons (3:20)
02. Illuminations (6:19)
03. Giant (6:05)
04. Impressions (3:06)
05. Child Migration (7:23)
06. Gallery (3:08)
07. Silhouette (6:57)
08. Sunset (3:15)
Bonus tracks on remaster (2005):
09. Wings Of Vision (4:14)
10. Silhouette (single edit) (3:30)

LINK
"Illuminations"


"Silhouette"


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