31 de mai. de 2011

MARILLION - "Misplaced Rende-Vous" - 1985

O Marillion, sabidamente, é uma banda que tem duas fases ou eras distintas, ou seja, antes e depois de Fish nos vocais e confesso que não sou nem um pouco fã da segunda, tanto é que nunca postei nada e realmente não pretendo fazê-lo. 

A razão é bem simples, pois quando resolvi criar este blog, um dos artigos do meu estatuto interno de funcionamento, seria não perder tempo em ficar criticando o trabalho de algum artista de forma negativa, simplesmente pelo fato de não ser do meu agrado, sem contar que no mínimo seria ridículo de minha parte achar que minha opinião valeria para alguma coisa. 

Outro argumento importante que levo em consideração, é que o fato de não gostar de alguma coisa, não significa que outros não possam gostar, portanto em respeito aqueles gostam e aos próprios artistas, evito criticas que venham a desmerecer o trabalho alheio, que via de regra têm seu valor, mesmo porque o objetivo principal do blog é estimular a audição das músicas e não afastá-lo delas. 

Verborragia feita, então vamos ao que interessa, no caso o bootleg, "Misplaced Rende-Vous", gravado em quinze de junho de 1985 na cidade de Nice na França, com praticamente duas horas de audição do show, pois as músicas, “The Web”; “Market Square Heroes” e “Grendel”, são versões demo, sendo que esta última, é uma epopéia musical, sendo para mim a obra máxima da banda que estranhamente nunca figurou como música principal nos álbuns de estúdio ou mesmo nos gravados oficialmente nos show que a banda promoveu. 

Mas afinal dá até para imaginar, o que passa na cabeça dos “Managers” da indústria fonográfica, com um álbum com uma música com duração, perto de uns vinte minutos, “Qual FM iria disponibilizar tanto tempo em uma única música?” e por conta disto, nós ficamos um bom tempo sem acesso a esta obra prima. 

Voltando ao show, ele está com uma programação bem eclética, pois os três primeiros álbuns de estúdio estão muito bem explorados, com uma ênfase maior para o álbum,"Misplaced Childhood” por ser o último lançamento da banda naquela época. 

A banda como hábito, proporcionava exibições de alto nível, pois um fato é inegável, todos seus músicos são peritos em seus ofícios, realmente com um talento fora do comum que associados a forma de Fish cantar e se apresentar no palco, muito semelhante a seu ídolo e fonte de inspiração, Peter Gabriel, produziam a química perfeita para levar ao delírio suas imensas platéias. 

Finalizando, este é mais um bootleg para ser muito bem guardado na coleção de qualquer um que goste da banda, mas principalmente que goste de uma música consistente, que venceu grandes adversidades no momento em que foi criada, onde a tônica do grupo era ditada pela vontade de se produzir o melhor e em meu conceito isto foi feito com muita categoria e sabedoria, portanto só posso recomendar muito este trabalho. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

MUSICIANS:
Steve Rothery - guitarra e violão
Pete Trewavas - baixo e vocal de apoio
Mark Kelly - teclados
Ian Mosley - bateria
Fish - vocal

TRACKS:
01. Intro- Assasing (7:12)
02. Cinderella Search (5:49)
03. Script For A Jesters Tear Part 1 (3:59)
04. Script For A Jesters Tear Part 2 (5:32)
05. Punch And Judy (3:52)
06. Jigsaw (6:52)
07. Emerald Lies (5:24)
08. Pseudo Silk Kimono (2:40)
09. Kayleigh (3:33)
10. Lavender (2:17)
11. Bitter Suite (6:50)
12. Heart Of Lothian (5:13)
13. Incubus (8:27)
14. Fugazi (9:33)
15. Forgotten Sons (11:59)
16. Garden Party (6:18)
17. Market Square Heroes (12:08)
18. The Web (Demo)(8:22)
19. Grendel (Demo)(18:20)
20. Market Square Heroes (Demo)(3:37)

LINK

"Script For A Jesters Tear"

"Market Square Heroes"

29 de mai. de 2011

BABI MENDES "Entrevista na Rádio CBN - SP" - 27/05/2011

Na última sexta-feira, 27/05/2011, Babi Mendes deu uma entrevista para a Rádio CBN no programa Cesta de Música apresentado pela jornalista Cristina Coghi, divulgando o seu recente trabalho, o álbum "Short Stories".

Logicamente dando uma canja, em companhia dos músicos Maurício Fernandes no sax e Pedro Ramos na guitarra, os três transformaram a noite de sexta-feira em um agradável momento de descontração com  a química produzida por sua voz aveludada, um sax adocicado e uma afinada guitarra.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!


YES - "Going For The One Tour" - 1977

Enquanto o novo álbum, "Fly From Here" do Yes está prestes a sair do forno com data marcada para o mês de julho de 2011 e tudo mais, sendo para mim uma total incógnita o que podemos esperar pela frente, portanto, vamos voltar uns trinta anos no túnel do tempo é ir até este bootleg, "Going For The One Tour", gravado em 1977, com a banda completa, marcando o retorno de Rick Wakeman ao Yes

Após as confusões proporcionadas pelo lançamento do álbum, "Tales From Topographics Oceans", coisa que não consigo entender até hoje, pois para mim é a obra máxima da banda, uma obra de arte inigualavel, acontece o pior, a banda perde seu tecladista.

Rick Wakeman, dá o fora da banda, volta a se dedicar a sua carreira solo e para cobrir sua falta, entra em cena uma figurinha muito pitoresca, Patrick Moraz, por sinal, talentosíssimo, teve o privilégio de ver seu nome estampado em um dos álbuns mais cultuados da banda, o invejável "Relayer", porém acredito que não tenha havido uma sustentação política para a sua permanência na banda, apesar de ter ocupado o lugar do mestre com muita honra e dignidade, enfim, é a vida. 

Veio então em 1977, o álbum, "Going For The One" e com ele, o velho mestre dos teclados de volta, e aí, é que passo a entender menos a implicância dele com o "Tales From...", pois a música "Awaken" parece como uma continuação do  mal fadado álbum, sendo que ele adora esta música (e eu também), que é tão complicada e sofisticada quanto o seu desafeto,porém, tentar entender a cabeça destes gênios é muito difícil e na verdade o que mais importa é que ele estava de volta à banda para nosso deleite. 

Particularmente, gosto muito do álbum "Going for the One", pois no auge do movimento punk, o álbum teve um inesperado sucesso nas Paradas de Música da Inglaterra e dos EUA, atingindo colocações inimagináveis no "Top Ten", britânico e americano, o que me leva a crer que ainda tinha muita gente com tutano na cabeça suficiente para se sensibilizar com um trabalho de qualidade, graças aos bons Deuses da Música e do Rock Progressivo. 


E este bootleg está recheado de bons exemplos do que é uma música de verdade, com expressão, alma e principalmente vida, parecendo que não foi feita a partir do homem, mas de alguma entidade divina, pois fica difícil entender e comentar uma música como, "Close To The Edge", pois décadas após sua criação, o arrepio é sempre o mesmo e nesta versão o mestre esteve impossível com seus teclados e para ser justo, todos da banda estiveram. 

Todas as músicas de "Going for the one", estão presentes neste show, acontecido em Glasgow, Escócia no dia onze de agosto de 1977, bem como uma música inédita para mim, "Colours Of The Rainbow", cantada boa parte "A Capela" por Jon Anderson, tendo também, "You and I", "I've Seen All Good People" e aquela alucinante abertura com a "Firebird suite" que alopra qualquer um, pois a adrenalina sobe, levando a níveis de excitação muito grandes logo no início do show e posso garantir que, quem já passou por isso sabe do que estou falando. 

Faço apenas uma ressalva quanto à qualidade da gravação, pois independente do áudio estar muito bom, existem pequenos problemas de rotação em algumas músicas, o que de forma alguma inviabiliza sua audição.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!


MUSICIANS:
Alan White
Jon Anderson
Chris Squire
Rick Wakeman
Steve Howe

TRACKS:
01 - Firebird Suite
02 - Parallels
03 - I've Seen All Good People
04 - Close To The Edge
05 - Wonderous Stories
06 - Colours Of The Rainbow
07 - Turn Of The Century
08 - Tour Song
09 - And You And I
10 - Rick's Trick
11 - Going For The One
12 - Flight Jam
13 - Awaken

"Going For The One"

"You and I"

VÍDEO DO DIA - Rick Wakemam - "Arthur"

Melhor eu não falar nada, só ver as imagens e escutar a música......

26 de mai. de 2011

PINK FLOYD - "The Sixth German Show" - 1981

Às vezes eu fico me perguntado, porque ouvir tantas vezes uma determinada música e nunca se encher dela e o pior de tudo é que eu não consigo chegar a uma conclusão que satisfaça a essa difícil equação. 

A única coisa que consigo determinar é que o tipo de música que eu gosto de escutar, não é do tipo descartável, pois não está presa a modismos, aliás, ela ignora completamente e segue em frente com pequenas alterações, mas sem perder a essência de sua alma. 

Logicamente eu só poderia estar me referindo ao rock progressivo, pois mais de quatro décadas após a sua criação, continua mais vivo do que nunca, na ativa, com velhas e novas bandas que encantam por onde passam, mesmo que suas formações não sejam as mais clássicas, tendo em vista que a hipnose doida continua a mesma. 

Eu não lembro se foi em 2000 ou 2001, quando o Yes apresentou-se em São Paulo, grande parte do público que lá esteve simplesmente lotando o “Olympia” da Rua Clélia, e que se via, eram jovens que estavam acompanhando seus pais e literalmente entraram e uma catarse coletiva alucinante e inesquecível, diante das antigas músicas.

Yes que se apresentava com uma importante ausência, a de Rick Wakeman, substituído pelo alcoólatra, Igor Korochev, que até não se saiu tão mal e, mesmo assim foi muito gratificante ver que a música, jurássica para muitos, levando ao delírio, o jovens que em muitos casos estavam tomando conhecimento do que era a música do Yes pela primeira vez. 

Isto tudo apenas para chegar a uma apresentação tão sonhada que nunca tivemos em solo tupiniquim, ou seja, um show do Pink Floyd, apesar de que Roger Waters já esteve mais de uma vez no Brasil, sendo que da primeira vez eu estava presente e foi simplesmente inesquecível, imaginem o que seria ver um Pink Floyd completo, com Roger Waters é claro. 

Entendo que é um desejo um tanto utópico para os dia de hoje, mas sonhar não custa nada e enquanto este sonho não se realiza, vamos nos contentando com este bootleg, "The Sixth German Show" que registra a passagem do Pink Floyd pela Alemanha em fevereiro de 1981, trazendo em sua bagagem o álbum “The wall” na íntegra. 

O legado deixado pelo Pink Floyd ao longo de todos este anos, sempre foi e sempre será, um irresistível convite ao convívio com uma música de vanguarda, que independente do tempo em que foi criada, jamais trará aquele sentimento de naftalina, provocado quando uma música não é dotada de um DNA tão forte e sadío, quanto o que aqueles cinco rapazes, sim, cinco mesmo, pois não podemos deixar Sid Barrett de fora do elenco, pois seria uma grande injustiça, doaram todo o seu talento às suas músicas. 

Finalizando, a qualidade da gravação está perfeita, as músicas estão melhores ainda e os músicos então, nem se fala, equipe completa, portanto mãos à obra e som na caixa, porque o show já vai começar, basta dar um click no “play” e pronto, a viagem já começou. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

MUSICIANS:
David Gilmour
Nick Mason
Roger Waters
Richard Wright.

TRACKS:
Disc 1
01. Master Of Ceremonies
02. In The Flesh?
03. The Thin Ice
04. Another Brick In The Wall (pt. 1)
05. The Happiest Days Of Our Lives
06. Another Brick In The Wall (pt. 2)
07. Mother
08. Goodbye Blue Sky
09. Empty Spaces
10. What Shall We Do Now?
11. Young Lust
12. One Of My Turns
13. Don't Leave Me Now
14. Another Brick In The Wall (pt. 3)
15. The Last Few Bricks
16. Goodbye Cruel World

Disc 2
01. Hey You
02. Is There Anybody Out There?
03. Nobody Home
04. Vera
05. Bring The Boys Back Home
06. Comfortably Numb
07. The Show Must Go On
08. Master Of Ceremonies Intro
09. In The Flesh
10. Run Like Hell
11. Waiting For The Worms
12. Stop
13. The Trial
14. Outside The Wall

LINK

"Run Like Hell"

"Another Brick In The Wall (pt. 2)"

25 de mai. de 2011

TANGERINE DREAM - "Book Of Dreams" - 1995

Esta compilação chamada de "Book Of Dreams" cobre de forma resumida, parte da obra do Tangerine Dream em um período entre 1970 a 1973 e outro período que vai de 1983 a 1988, chamados respectivamente de anos Pink e anos Blue.

A primeira fase é considerada como a fase psicodélica, pois elementos pinkfloydianos da era Barrett são encontrados nas músicas produzidas nesta fase, onde podemos destacar um álbum duplo de vinil, extremamente conceitual, chamado "Zeit", considerado como uma sinfonia espacial e uma outra boa referência desta nesna época, o álbum, "Alpha Centauri", que estiveram muito próximos do rock progressivo. 

Eu só não entendi porque a fase mais importante da banda que vai de 1974 a 1982, não foi considerada nesta compilação, pois ela é considerada como a mais criativa, onde álbuns consagrados como Stratosfear, Phaedra, Tangram, Force Majeure e Rubycon que são os que me lembro agora, pois tem mais, são altamente cultuados até hoje por terem uma beleza musical fora do comum.

A fase Blue, considerada por muitos como o inicio do fim, por ser o momento em que a banda, no caso leia-se, Edgar Froese, dá uma guinada no seu modo de compor, deixando de lado suas adoráveis e longas suítes, por musicas mais curtas e com uma sonoridade mais amigável, tornando-as mais aceitáveis e, portanto com uma aparência mais comercial, foi muito criticada pelos entendidos(????existe isso????).

Eu não concordo com essa teoria, tendo em vista, a genialidade de Edgar Froese, que simplesmente acompanhou a evolução dos tempos, pois ele é, sem dúvidas alguma, um musico de vanguarda e um visionário, que apenas adequou suas composições ao momento em que estava vivendo e justamente por isso que ele ainda está na ativa e tem um público cativo que sempre o acompanha.

Alguns álbuns desta fase como, "Le Parc", "Tyger" e "Green Desert" são boas referências deste momento e revelaram músicas belíssimas e muito agradáveis de escutar, que só aumentaram a sua imensa legião de fãs, pois neste momento ele se colocou muito mais próximo de seus antigos e novos seguidores.

Considero que "Book Of Dreams" independente de algumas falhas na escolha das músicas, deixando seu período mais fértil de fora e desfigurando algumas das escolhidas, pois foram encurtadas (aberrações do mundo fonográfico), é ainda uma ótima opção como porta de entrada para novos apreciadores a conhecer o mundo do Tangerine Dream.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!! 

Musicians
Edgar Froese,
Conrad Schnitzler, 
Klaus Schulze, 
Chris Franke, 
Steve Schroyder, 
Peter Baumann, 
Johannes Schmoelling, 
Paul Haslinger, 
Udo Dennebourg, 
Roland Paulyck, 
Florian Fricke, 
Christian Vallbracht, 
Jochen von Grumbcow, 
Hans Joachim Brüne, 
Johannes Lücke, 
Robert Kastler, 
Clare Torry, 
Jocelyn 
Bernadette Smith

Tracks:
Disc One
01. Journey Through A Burning Brain (Remixed excerpt) (3:04)
02. Alpha Centauri (Remixed excerpt) (3:22)
03. Birth Of Liquid Plejades (Remixed excerpt) (4:48)
04. Zeit (Remixed excerpt) (3:35)
05. Fauni-Gena (Remixed excerpt) (4:02)
06. Wahn (Remixed excerpt) (3:24)
07. Green Desert (Remixed excerpt) (5:31)
08. Poland (Remixed excerpt) (9:22)
09. Barbakane (Remixed excerpt-The Smuggler) (6:00)
10. Barbakane (Remixed excerpt-Downtown Yam) (4:18)
11. Song Of The Whale, Part One: From Dawn... (Excerpt) (5:02)
12. Song Of The Whale, Part Two: ...To Dusk (Remixed excerpt) (5:58)
Disc Two
01. Alchemy Of The Heart (Excerpt) (8:45)
02. London (Remixed excerpt-The Dungeon Cry) (7:12)
03. London (Remixed excerpt-Rotten Row Patriot) (4:54)
04. Tyger (5:37)
05. Livemiles, Part One (The Albuquerque Concert) (Excerpt) (9:02)
06. Gaudi Park (Guell Garden Barcelona) (5:20)
07. Bois de Boulogne (Paris) (5:17)
08. Le Parc (L.A. - Streethawk) (3:21)
09. Yellowstone Park (Rocky Mountains) (6:10)

LINK
"Alpha Centauri"

"Le Parc (L.A. - Streethawk)"

"Green Desert"

23 de mai. de 2011

PETER GABRIEL - “A New Perspective” - 1978

Peter Gabriel,  é uma das últimas lendas vivas do rock progressivo, pois já fez e passou por tudo nesta vida, então nada mais justo que abrir mais um pequeno espaço para ele e sua música.

Uma característica marcante de seu talento é a teatralidade que ele imprime em suas músicas, como se fosse um ator interpretando um personagem cantor, pois de costume em sua época no Genesis e depois inicialmente em sua carreira solo, era comum vê-lo com roupas estranhas, fantasias, todo maquiado, para dar vida às histórias que contava através das músicas que cantava.

Foi, sem dúvidas, um período áureo do rock progressivo, onde o que mais contava não era a tecnologia, e sim o talento e o virtuosismo, características que já não são mais vistas há muito tempo, sendo que um dos “Últimos Moicanos” a se aventurar nesta seara foi o Fish, vocalista do Marillion na década de oitenta, aliás, um fã confesso de Peter Gabriel, mas não um mero copiador, mas um grande admirador do estilo e da forma de se apresentar e cantar de seu ídolo, talvez o único que tenha conseguido chegar perto do que representa a figura carismática de Peter Gabriel dentro e fora dos palcos, por ter também ter uma forte personalidade.

Muito recentemente eu acabei chegando a uma triste história que cercou a saída de Peter Gabriel do Genesis, por ter sofrido pressões feitas por Phil Collins, Mike Rutherford e Tony Banks, excetuando-se Steve Hackett que não participou de tal conluio, contra seu grande amigo e isto tudo, por conta principalmente de Peter Gabriel ser uma unanimidade dentro da banda e naturalmente por estar sempre em evidência, ou  seja, inveja e ciúmes foram os ingredientes para pôr fim a uma história de sucesso que a banda certamente poderia ter mantido até hoje.

Esta nefasta história está muito bem descrita no blog Som Mutante, do amigo Dead, um lobo que mantém sua alcatéia com muita competência e propriedade e exatamente por suas   colocações, estimularam os poucos neurônios que ainda me restam, a fazer esta resenha.

Este bootleg,  que por sinal tem um nome muito sugestivo, “A New Perspective”, gravado no “University Great Hall”, Lancaster, Inglaterra, no dia vinte e cinco de agosto de 1978, é uma pequena amostra de seu trabalho solo, pois até então, ele só tinha produzido apenas dois álbuns de estúdio.

Curiosamente, ele canta, “The Lamb Lies Down on Broadway” e uma versão muito louca de “A winter shade of pale” do Procol Harum e as demais músicas que se destacam são, On The Air; Moribund the Burgermeister; Humdrum; D.I.Y.; I Don't Remember e Solsbury Hill que mostram um Peter Gabriel mais pop, porém de forma mais sofisticada, que ainda carregava toda a teatralidade que tão bem o caracteriza.

Um músico como Peter Gabriel, sempre está muito bem  acompanhado e a prova disto é que parte do King Crimson está presente para a formação da banda, nas  figuras de Tony Levin Robert Fripp, que dão um peso extra a este magnífico trabalho. 

Eu não conheço toda a obra de Peter Gabriel fora do Genesis, porém seu passado o qualifica e o certifica com muita facilidade, portanto não restando alternativa, só posso recomendá-lo muito, por tudo o que fez e ainda poderá fazer pela música.

ALTAMENTE RECOMENDADO, SEMPRE!!!!

Musicians:
Peter Gabriel -  lead vocals, background vocals, piano, synthesizer
Bayete - Keyboards
Roy Bittan - keyboards
Jerry Marotta - drums, background vocals
Tony Levin - basses, stick, background vocals
Sid McGinnis - guitar, mandolin, slide guitar, background vocals
Robert Fripp - guitars, Frippertronics
Larry Fast - synthesizers
Timmy Capello - saxophone
George Marge - recorder

Tracks:
CD1

01 Introduction
02 On The Air
03 Moribund the Burgermeister
04 Modern Love
05 Flotsam and Jetsam
06 White Shadow
07 A Wonderful Day in a One Way World
08 Humdrum
09 Waiting for the Big One
10 Band Introductions
11 D.I.Y.
12 Home Sweet Home
CD2
01 A Whiter Shade of Pale
02 Here Comes the Flood
03 Slowburn
04 Mother of Violence
05 I Don't Remember
06 Solsbury Hill
07 Perspective
08 The Lamb Lies Down on Broadway

NEW LINK
"Solsbury Hill"

"On The Air"

20 de mai. de 2011

ANTHONY PHILIPS - "The Geese & The Ghost" - 1977

Depois de eu ter tomado umas porradas por culpa de Phil Collins (quem as deu sabe muito bem....), acabei chegando a este adorável álbum, produzido por Anthony Philips, ex-guitarrista do Genesis e apesar de ser um álbum muito antigo, confesso que nunca tinha tido a curiosidade de escutá-lo, mesmo me deparando com ele algumas vezes ainda na época dos discos de vinil. 

A bem da verdade eu nunca consegui entender por que Anthony Philips saiu do Genesis, mas o fato é que o guitarrista tem muito talento, tanto para compor como também para tocar, o que evidencia que sua saída não foi por uma questão de incompetência ou coisa parecida. 

Uns dizem que foi por conta de divergências sobre os caminhos a banda estava tomando a partir do álbum, "Trespass", por sinal um dos melhores que Genesis fez e outros comentam até que ele tinha algum tipo de problema psicológico e que não agüentava a pressão de subir num palco e encarar uma platéia, mas acredito que tudo isso seja apenas especulações.

Mas na verdade eu recebi esta indicação de um amigo Lobo, o Dead, mentor intelectual do Blog Som Mutante, aliás, parada obrigatória para os amantes da boa música, pois lá, há um grande acervo de álbuns de toda espécie, gênero e com excelentes resenhas acompanhando cada álbum. 

Como havia prometido para ele (o Lobo), escutei o álbum e faço agora algumas considerações a respeito de um trabalho que desconhecia por pura ignorância e talvez até por preconceito, mas vamos ao que interessa, pois fiquei diante de um álbum admirável, lírico, feito em momento bem propício a sua confecção e segundo apurei ele levou alguns anos até conseguir lançá-lo em 1977. 

O álbum, "The Geese & The Ghost" é uma obra de arte musical, feita por um exímio músico e compositor que se juntou a outros músicos de igual calibre, tendo até a participação de "Michael Rutherford" e "Phil Collins", seus ex-companheiros do Genesis que vieram para abrilhantar mais ainda esta jóia rara. 

Sua estrutura musical exige uma atenção auditiva especial, pois se trata de um trabalho baseado em suaves nuances acustico-sinfônicas muito bem exploradas e principalmente muito bem executadas pela banda, ou seja, é um trabalho que merece todo o tipo de reconhecimento por nós fãs do gênero. 

Como esta indicação veio de um amigo, o Dead, e foi postado no início desta semana, não teria o menor sentido eu postá-lo diretamente aqui, portanto, sugiro que, quem queira conhecer melhor esta peça rara, acesse o blog, Som Mutante, pois terá acesso a uma bela e elucidativa resenha sobre este álbum.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

Link: "The Geese & The Gost"

Musicians:
Anthony Phillips / acoustic, classic & electric guitars, basses, dulcimer guitar, bouzouki, piano, organ, synthesizers, Mellotron, harmonium, celeste, pin piano, drums, glockenspiel, bells & chimes, timbales, gong, vocals (7)
Phil Collins / vocals (2-4)
Ronnie Gunn / harmonium (9)
John Hackett / flutes
Nick Hayley & Friend / violins
Jack Lancaster / flutes, Lyricon
Charlie Martin / cello
Viv McAuliffe / vocals (4)
Lazo Momchilovich / oboes, Cor Anglais
Tom Newman / hecklephone, bulk eraser
Rob Phillips / oboes
Michael Rutheford / acoustic, classic & electric guitars, basses, organ, drums, timbales, bells, glockenspiel, cymbals
Wil Sleath / flutes, recorders, piccolo
David Thomsa / classical guitar (9)
Kirk Trevor / cello
Martin Westlake / tympani
Send Barns Orchestra conducted by Jeremy Gilbert.
Ralph Bernascone / soloist

Tracks:
CD 01
01 Wind-Tales - 1:02
02 Which Way The Wind Blows - 5:51
03 Henry: Portraits From Tudor Times - 14:02
a. Fanfare - 0:26
b.Lute’s Chorus - 2:00
c. Misty Battlements - 1:15 / Lute's Chorus Reprise - 0:52
d. Henry Goes To War - 3:35
e. Death of A Knight - 2:33
f. Triumphant Return - 1:46
04 God If I Saw Her Now - 4:09
05 Chinese Mushroom Cloud* - 0:46
06 The Geese And The Ghost* - 15:40
a. Part I - 8:01
b. Part II - 7:39
07 Collections - 3:07
08 Sleepfall: The Geese Fly West - 4:33

CD 02
01 Master of Time (demo) - 7:37
02 Title Inspiration - 0:31
03 The Geese & The Ghost - Part One* (basic track) (7:46)
04 Collections link (0:39)
05 Which Way The Wind Blows (basic track) (6:25)
06 Silver Song (Geese sessions) (4:22)
07 Henry: Portraits From Tudor Times* (basic track) (5:37)
a. Fanfare
b. Lute's Chorus
c. Lute's Chorus Reprise
d. Misty Battlements
08 Collections (demo) (4:14)
09 The Geese & The Ghost - Part Two* (basic track) (7:30)
10 God If I Saw Her Now (basic track) (4:15)
11 Sleepfall (basic track) (4:22)
12 Silver Song (unreleased single version, 1973) (4:14)

"The Geese & The Gost" - Part 1/2

"The Geese & The Gost" - Part 2/2

18 de mai. de 2011

ELOY – “Destination” – 1992

Sendo uma das bandas que mais me identifico, o Eloy como de costume e no caso leia-se, Frank Bornemann, sempre apresenta alguma novidade em seus álbuns e desta vez com o álbum, “Destination”, lançado em 1992 e neste caso ele manteve seus habitos, pois este trabalho apresentou uma nova sonoridade, diferente dos seus álbuns anteriores. 

Com uma batida bem mais pesada e cadenciada por orientação de Frank Bornemann e Michael Gerlach que desta vez dividiu a responsabilidade em compor e produzir as músicas para este álbum conseguiu imprimir o ritmo dos anos noventa com as influências do rock progressivo, mas sem perder a identidade e a vocação que têm para este tipo música. 

Eu entendo que na época em que foi produzido, já não era um momento muito apropriado para este tipo de música, porém, principalmente Frank Bornemann, não abre mão de produzir a música que sente vontade, apesar de notadamente ter se preocupado em fazer uma música que se identificasse com a realidade daquele momento, que para mim foi uma década um tanto pobre musicalmente, pois ainda sofria as influências da década da mediocridade musical dos anos oitenta. 

Neste álbum, não é possível encontrar a magia de álbuns como, “Down”; “Oceans” ou mesmo o “Power And The Passion”, pois realmente seria pedir demais, pois a época não comportaria esta tendência, mas, todavia, este álbum é bem interessante musicalmente e traz consigo a marca da genialidade de Frank Bornemann.

E mesmo em um momento de não tão grande inspiração, não por tê-la perdida, mas por uma questão de sobrevivência, teve que deixar de lado alguns dogmas do rock progressivo, mas mesmo assim, conseguiu transmitir as emoções e sensações que sua música no passado nos fez sentir em maior intensidade. 

Para não perder o mal hábito, a formação da banda, salvo alguns poucos elementos, mudou novamente, mas pelo menos tivemos um gratissimo retorno, que foi promovido, com a presença do baixista, Klaus-Peter Matziol que estava afastado do grupo desde 1984 e pode contribuir em duas faixas. 

Em especial, esta música, “Jeanne d'Arc”, a ultima do álbum, chamou muito a minha atenção, pelo belo coro formado, muito bem colocado dentro do arranjo sinfônico desta música que realmente teve um tratamento diferenciado das demais, nos levando a uma viagem até o passado mais recente da história da música, bem como ao longínquo passado do tema desta peça. 

As demais músicas do álbum  seguem um mesmo padrão musical, ou seja, aquilo que foi possível produzir, levando-se em consideração as condições do momento em que estavam vivendo, mas mesmo assim são boas músicas que merecem a nossa atenção.

Este é o décimo quinto álbum de estúdio de um total de dezenove álbuns que o Eloy nos presenteou ao longo destes quase quarenta anos de dedicação a música, portanto, pelo conjunto da obra produzida até hoje, eu só posso recomendar mais este trabalho desta genial banda. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!! 

MUSICIANS: 
Frank Bornemann / vocals, guitars 
Michael Gerlach / keyboards 
Nico Baretta / drums 
Peter Chrastina / choir arrangements 
Hege Engelke / bass (3-4), rhythm guitar (4), acoustic / solo guitar (6) 
Detlev Goy / bass (1-6-8) 
Lenny MacDowell / flutes (1-3) 
Klaus-Peter Matziol / bass (2-5) 
Kai Steffen / solo guitar (5) 

TRACKS: 
01. Call Of The Wild (6:49) 
02. Racing Shadows (7:11) 
03. Destination (7:41) 
04. Prisoner in Mind (4:26) 
05. Silent Revolution (7:55) 
06. Fire And Ice (5:10) 
07. Eclipse Of Mankind (6:29) 
08. Jeanne d'Arc (7:36)

LINK

"Jeanne d'Arc"

"Call Of The Wild"

17 de mai. de 2011

YES - "Chicago Of Heaven" - 1979

A fase já não era das melhores, pois todos estavam putos, uns com os outros, porém a trupe estava completa, então a coisa muda um pouco de figura, portanto, vamos até o ano de 1979, quando o Yes estava excursionando pelos EUA, mais precisamente em Chicago, onde foi gerado este bootleg, "Chicago Of Heaven"

Tanto é verdade que as coisas não estavam indo muito bem, que Jon Anderson e Rick Wakeman alguns meses depois deixavam o Yes, pois as relações haviam se extinguido e não era mais possível o trabalho em conjunto da forma como estava acontecendo.

Tanto é que o álbum seguinte, "Drama", teve o título que merecia, pois foi realmente um drama, tanto de público como de críticas, pois a concepção musical era muito fraca e sem enredo, bem como sua a execução, ficaram aquém do que uma instituição muiscal como o Yes, normalmente apresentaria, pois é fato que uma substituição dentro da banda não é uma tarefa muito fácil de ser cumprida, tendo em vista os antecessores, portanto, a conclusão que chego é que as substiuições promovidas pela banda foram totalmente ineficientes e incapazes de dar prosseguimento ao legado deixado por Jon Anderson e Rick Wakeman

Mas deixando de lado os bastidores, não há como negar que o Yes com sua formação clássica II, mesmo com problemas internos, sempre será uma das bandas mais respeitadas do cenário progressivo, pois há uma química indecifrável, que une aqueles cinco elementos. 

Este bootleg, "Chicago Of Heaven", traz como sempre, as músicas eternizadas e imortalizadas em nossos conscientes, porém cada apresentação é uma história diferente, tem seus detalhes específicos, um solo diferenciado aqui ou ali e este álbum não é diferente dos demais e tem seus encantos. 

Obviamente os destaques que agora faço são mais pessoais do que qualquer outra coisa, pois não há mais sentido depois de tantos anos de palco ainda querer fazer alguma crítica de cunho técnico ou coisa que o valha, portanto as músicas que mais gosto deste álbum pelo modo como estão executadas são: Siberian Khatru; Long Distance Runaround; "The Fish, Survival and Ritual Medley"; "Starship Trooper"; "Awaken"; "Roundabout" e "Rick Wakeman solo". 

De toda forma, com problemas ou sem problemas, um bootleg do Yes é sempre um convite a uma intrigante viagem musical, é também uma ótima oportunidade para ir de encontro a uma música inigualável, extremamente bem feita e principalmente habitada por músicos excepcionais que há décadas estão a nosso dispor.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

MUSICIANS:
Alan White
Chris Squire
Jon Anderson
Rick Wakeman
Steve Howe


TRACKS:

CD 01
Opening
Siberian Khatru
Heart Of The Sunrise
Future Times_Rejoice
Circus Of Heaven
Time And A Word
Long Distance Runaround
The Fish , Survival and Ritual Medley
Perpetual Change
Soon
CD 02
Clap
And You and I
Starship Trooper
Rick Wakeman solo
Awaken
Tour Song
I've Seen All Good People
Roundabout

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"Starship Trooper"

"Roundabout"

16 de mai. de 2011

JON & VANGELIS - "Chronicles" - 1994

Voltando as duplas, uma bem interessante é a formada por Jon Anderson e Vangelis, onde cada um doa o que tem de melhor, o talento nato para a música, e isto está muito bem caracterizado nesta compilação intitulada de "Chronicles", editada em 1994 que reúne suas melhores músicas ao longo de mais de dez anos de uma parceria que é esporádica, pois acontece sempre nos intervalos dos compromissos de suas bandas principais, mas em meu entendimento, deu certo. 

Muitos não gostam desta parceria, o que é absolutamente normal, pois não é possível agradar a todos o tempo todo, porém não custa nada abrir um pouco a mente e os ouvidos e dar uma chance a estes dois extraordinários músicos, pois "Chronicles", sugestivamente nos remete a músicas que nos revelam em forma de crônicas, algumas histórias da época em que foram feitas. 

A varredura que esta compilação faz na obra da dupla, dá para se ter uma idéia da evolução que suas composições foram tendo ao longo de mais de uma década de trabalho conjunto, que se iniciou em 1979, com o lançamento do álbum "Short Stories" que trazia a bela canção "I Hear You Now".

Dai por diante, foram mais três álbuns exclusivos, algumas compilações como esta e algumas participações especiais em discos solos de ambos os músicos. 

Escutar as músicas de "Chronicles", para mim, antes de tudo, é um prazer e uma oportunidade em mexer com boas lembranças do meu passado que são reativadas quando eu às escuto, ou simplesmente um convite para a aproximação com uma boa música, feita antes de tudo, por dois excelentes compositores com um passado individual incontestável, o que credencia estas músicas. 

As músicas que mais chamam a minha atenção por sua poesia e lirismo são: "He Is Sailing"; "State Of Independence"; "Deborah"; "I Hear You Now" e "The Friends Of Mr. Cairo", pois são músicas fáceis de encantar por sua simplicidade estrutural e pelo clima que Vangelis consegue imprimir com seus teclados e Jon Anderson com sua voz única e etérea, dá o sopro de vida às composições, elevando estas melodias a uma nova dimensão musical.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!


Musicians:
Jon Anderson
Vangelis


Tracks:
01. I Hear You Now
02. He Is Sailing
03. Thunder
04. Beside
05. Birdsong
06. A Play Within A Play
07. And When The Night Comes
08. Deborah
09. Curious Electric
10. The Friends Of Mr. Cairo
11. Back To School
12. Italian Song
13. Polonaise
14. Love Is
Bonus Track
15. State Of Independence

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"I Hear You Now"

"He Is Sailing"

"The Friends Of Mr. Cairo"

15 de mai. de 2011

SHADOW GALLERY - "Digital Ghosts" - 2009

Vamos agora fazer justiça ao Blogger, que após o apagão desta semana, talvez por conta de alguma manutenção em seus gratuitos servidores, havia desconsiderado os rascunhos das futuras postagens, porém, todas foram devolvidas intactas, sem perda de qualquer parte do material produzido, fato este que agradeço muito, portanto, justiça feita, vamos ao que interessa........... 

Ultimamente eu tenho procurado referências do rock progressivo em bandas mais jovens que não viveram o movimento anos setenta, mas que de alguma forma se identificaram com modelo musical e com algumas interferências conseguiram ajustar este modelo para uma sonoridade mais atual. 

Uma das bandas que eu identifiquei, foi o Shadow Gallery, formada em 1988, na Pensilvânia, USA, sendo contemporânea de bandas como Symphony X, Dream Theater e Queensrÿche, lançou seu primeiro álbum em 1992 pela gravadora Magna Carta e desde então, têm produzido trabalhos admiráveis e sofreu poucas baixas ao longo deste período, sendo que a última em 2008 foi a do vocalista, Mike Baker, que prematuramente sofreu um enfarto do miocárdio e faleceu aos 45 anos de idade. 

Este álbum que aqui apresento, "Digital Ghosts", lançado em 2009, por outra gravadora, é o último que lançaram e fiz questão de começar pelo último, justamente para distanciá-lo mais das influências progressivas dos anos setenta para poder testar esta hipótese e confesso que de forma positiva fiquei muito surpreso com este trabalho. 

Com muita personalidade e uma boa dose de virtuosismo de todos os músicos, este álbum torna-se uma boa referência para o movimento neoprog, pois este álbum está literalmente composto por músicas muito bem estruturadas com intrincados arranjos, solos de guitarra e teclados muito bem executados, notadamente feitos por músicos que sabem muito bem o que estão fazendo. 

Obviamente nota-se uma marcação da bateria bem mais acentuada e guitarras nervosas, sendo estas, umas das características dos tempos atuais, mas em geral, são músicas de média duração, com vocalizações coletivas muito bem feitas, com solos muito bem colocados e proporcionais aos temas de cada música que por sua vez, são construídas sob uma atmosfera bem propícia para seu enquadramento no cenário progressivo. 

Com um perfil como este, ficamos diante de uma excelente opção musical, feita por jovens músicos, isto, se levando em consideração que a maioria dos músicos da década de setenta está beirando os sessenta anos ou mais, podemos considerar que os integrantes do Shadow Gallery são jovens talentosos músicos.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

Musicians:
Brendt Allman / guitars, vocals
Carl Cadden-James / bass, vocals, flute
Gary Wehrkamp / guitars, keyboards, vocals
Brian Ashland / lead vocals
Joe Nevolo / drums
Guest musicians:
Ralf Scheepers / vocals
Clay Barton / vocals

Tracks: 
1. With Honor (9:59)
2. Venom (6:21)
3. Pain (6:22)
4. Gold Dust (6:45)
5. Strong (6:50)
6. Digital Ghost (9:37)
7. Haunted (9:36)

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"Gold Dust"

"Pain"

13 de mai. de 2011

PINK FLOYD - "The Bell Gets Louder" - 1984

Eu ainda estou tentando me recuperar do apagão do Blogger, pois perdi algumas resenhas que não tinha ainda publicado (uma lástima), porém, consegui recuperar em meus alfarrábios eletrônicos esta aqui, feita para o Pink Floyd, que na verdade eu só ia publicá-la mais para frente, mas para o blog não ficar estagnado com velhas postagens, vamos até a década de noventa, mais precisamente no ano de 1994 e explorar o bootleg, "The Bell Gets Louder", gravado no  Yankee Stadium, New York City, USA.

Nome bem sugestivo para quem acabara de lançar um ano antes o álbum de estúdio, "The Divisions Bell", o segundo sem a presença de Roger Waters e muito esperado por seus fãs, portanto, nada melhor do que uma turnê para acabar de uma vez com o frisson que um álbum como este provoca na nação Pinkfoydiana

O interessante desta turnê é que o elenco de músicas escolhidas faz um interessante varredura na obra da banda, pois músicas como, "Astronomy Domine", "One of these days", boa parte do "The Dark Side Of The Moon"; "Wish you were here" e umas quatro músicas do "The Wall", estão presentes e deixam a apresentação bem eclética. 

Falar da atuação da banda é um puro desperdício de tempo e da paciência de quem se dá ao trabalho de ler a resenha, portanto, vamos ao que interessa, neste caso, as músicas, pois sempre estarão eternizadas em nossas mentes, mesmo com um álbum que não tem mais o glamour dos anos setenta, mas obviamente têm o seu valor, até mesmo pelo passado de quem o criou. 

E a rigor, o álbum, "The Divisions Bell" tem músicas muito interessantes como, "What Do You Want From Me"; "High Hopes" e "Take It Back" que se destacam das demais por sua consistência musical, mas de qualquer forma, o álbum como um todo é muito bom e, por conseguinte enriqueceu esta apresentação e serviu talvez de "esquenta", para algo bem maior que viria um ano depois com a turnê do álbum "Pulse", mas seja o que for e principalmente por vir do Pink Floyd, uma coisa é certa, podemos esperar o melhor, pois isso é o mínimo que eles conseguem fazer.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!        

MUSICIANS:
Richard Wrigth
David Gilmour
Nick Mason

TRACKS:
CD1
01 Astronomy Domine
02Learning To Fly
03 What Do You Want From Me?
04 On The Turning Away
05 Take It Back
06 Coming Back to Life
07 Sorrow
08 Keep Talking
09 One Of These Days
10 Shine On You Crazy Diamond
11 Breathe
CD2
01 Time
02 High Hopes
03 The Great Gig In The Sky
04 Wish You Were Here
05 Us And Them
06 Money
07 Another Brick In The Wall (part 2)
08 Comfortably Numb
09 Hey You
10 Run Like Hell

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"Take It Back"

"Shine On You Crazy Diamond"

10 de mai. de 2011

PASSPORT - "Looking Thru" - 1973

Sempre que quero dar um tempo no rock progressivo, para colocar os neurônios em ordem, eu fujo para o jazz, no caso o do Passport que faz uma musica que transcende o próprio jazz, consegue ir além e para isso, ninguém melhor do que Klaus Doldinger, o gênio alemão que não saiu de uma lâmpada, mas que sempre sai de seu saxofone todas as vezes que uma música sua é executada. 

E como fuga, eu usei o álbum, "Looking Thru", gravado em 1973, o quarto álbum da banda, uma jóia rara, um dos que mais gosto de escutar, pois faz parte do momento em que a música do Passport soava de certo modo progressivo, isso, um jazz progressivo e que me lembre, só ele fez esse tipo de música, tendo isto acontecido entre 1973 com lançamento do álbum "Hand Made" e indo até o álbum "Infinity Machine", gravado em 1976. 

Neste período, álbuns como, "Doldinger Jubilee Concert" de 1974; "Doldinger Jubilee" de 1975 (ambos "ao vivo") e o tão afamado, "Cross Colateral" de 1975, têm em comum, uma sonoridade muito especial, indo a dimensões musicais que vão realmente muito além de um jazz tradicional, pois são incorporados outros elementos e conceitos musicais que dão uma nova leitura para o jazz, muitas vezes o distanciando desta clássica corrente musical. 

Klaus Doldinger faz uma música de vanguarda, sempre adiante de seu tempo, difícil de não agradar e logicamente como é um sábio, sabe escolher seus parceiros e para este álbum estiveram presentes, Curt Cress, Kristian Schulze e Wolfgang Schmid, exímios músicos que souberam dar o tempero certo em todas as músicas deste álbum e o próprio Klaus Doldinger vai além de seus instrumentos de sopro, e cai sobre os teclados e dá muito bem conta do serviço. 

Infelizmente é um álbum muito curto, com pouco mais de trinta minutos, porém temos que lembrar que a mídia da época eram os discos de vinil, portanto temos que nos conformar com as limitações existentes, mas mesmo assim, é um belíssimo álbum, gostoso de ouvir, então, só resta recomendá-lo a todos.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!


Musicians:
Curt Cress / drums, electronic percussion
Klaus Doldinger / Soprano & tenor saxes, Moog, electric piano, Mellotron
Wolfgang Schmid / bass
Kristian Schulze / electric piano, organ


Tracks:
1. Eternal spiral (3:59)
2. Looking thru (7:58)
3. Zwischenspiel (1:31)
4. Rockport (3:31)
5. Tarantula (3:48)
6. Ready for take off (4:47)
7. Eloquence (5:12)
8. Things to come (2:45)


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"Eternal spiral"

"Rockport"

"Tarantula"

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