28 de fev. de 2011

TRIUMVIRAT - "Live Tour 74 and 75" - 1975

Primeiro vamos aos fatos antes da minha verborragia costumeira, pois este bootleg do Triumvirat, "Live Tour 74 and 75", foi postado primeiramente pelo blog, Prog Rock Vintage em dez de março de 2010, após esta data, ele foi re-postado pelo blog, A Máquina de Fazer Sonhos, que gentilmente deu os créditos para o Prog Rock Vintage

Agora da mesma forma, peço licença aos dois blogs que primeiro postaram, pois um álbum como este, tem que ser replicado diversas vezes por todos os blogs, tendo em vista que é dificílimo encontrar qualquer material alternativo do Triumvirat, ainda mais em gravações públicas, então, aos amigos dos blogs, Prog Rock Vintage e A Máquina de Fazer Sonhos, só nos resta agradecer a iniciativa de ter postado tão precioso material que agora posto também. 


Voltando a minha ladainha habitual, que grata surpresa é este bootleg, fantástico, é um presente poder escutar estas músicas de uma forma mais humana, fora dos estúdios de gravação, proporcionando a possibilidade do improviso, daquela nota que sai errada, mas quase ninguém percebe, pois a criatividade em corrigir o engano é imediata e é exatamente neste momento que o talento e a criatividade são colocados a prova, mas nesta disciplina, o Triumvirat é o primeiro da classe. 

Numa apresentação como esta, novos timbres e afinações diferentes são perceptíveis, assim como nos seus arranjos algumas diferenças são encontradas, justamente o que o torna neste bootleg, um atrativo a mais, além das próprias músicas que são ótimas e da oportunidade rara em escutar um Triumvirat no palco. 

Estas apresentações aconteceram entre 1974 e 1975 e tiveram como base os álbuns, Espartacus e Ilusions on a Double Dimple e foram realizados na ABC Television da Philadelphia, USA e na New York Academy of Music, New York, USA. 

Jamais poderia imaginar que o Triumvirat, havia cruzado o Atlântico para aportar nas terras do Tio Sam e encantar os americanos que lá tiveram o privilégio de estar e escutar as músicas dos dois álbuns mais significativos que a banda em sua curta trajetória produziu.

Comentários sobre as músicas ou a banda, são totalmente dispensáveis, contudo, alerto que a gravação não é das melhores, mas neste caso o que importa é o seu precioso conteúdo. 

Altamente recomendado, imperdível!!!!!! 

Musicians:
Jurgens Fritz - Keyboards,
Dick Fragenberg - Bass;
Barry Palmer - Vocals;
Hans Bathelt - Drums;

Tracks:

01- Schooldays
02- Triangle
03- The Capital of Power
04- The Deadly Dream Of Freedom
05- The March To Eternal City
06- The Burning Sword Of Capua
07- Illusions/Flashback/ Schooldays
08- Triangle
09- Dimplicity/ Last Dance
10- Tune-up
11- Mr. Ten Percent


LINK

"Triumvirat-"Triangle" exerpt- Illusions on a Double Dimple"

"The March To Eternal City"

26 de fev. de 2011

GROBSCHNITT - "Last Party" - 1989

O nome deste álbum, "Last Party" é extremamente apropriado, pois uma apresentação do Grobschnitt era uma verdadeira festa, pois transcendia os limites do palco e no final virava uma grande celebração da música com a participação de todos e neste caso, é o fim de uma turnê de despedida da banda que dez depois faria uma nova aparição. 

O que pode se esperar do Grobschnitt é muita energia e vibração, emanada por exímios músicos que parecem se divertir mais que seus fãs quando estão no palco e obviamente o público entra em uma catarse coletiva, pois a música é irresistivelmente contaminante, não há o que fazer, tem que entrar no clima e ai, é só festa. 

O Grobschnitt é uma banda única, não tem similar, pois é praticamente impossível copiá-los por uma razão bem simples e não estou falando de talento, mas da alegria em tocar e da comicidade que virou uma marca registrada da banda, é como se fosse um circo e isto, que eu tenha conhecimento ninguém conseguiu reproduzir. 

Este álbum tem tudo isto e muito mais, pois está carregado de um sentimento que nos outros álbuns não está presente, mas eu não sei bem como defini-lo, mas que há certa diferença, isto eu não tenho a menor dúvida, mas de qualquer forma, é um excelente álbum, a banda estava muito unida nesta despedida, mas infelizmente todo projeto, seja ele qual for, é finito, tem inicio meio e fim e com o Grobschnitt não foi diferente, mas deixaram um grande legado musical.


Musicians:
Stefan Danielak (Wildschwein) / vocals, guitar, sax
Gerd-Otto Kühn (Lupo) / guitars
Toni Moff Mollo / vocals, light mix
Harry Stulle Portier / bass
Admiral Top Sahne / drums
Sugar Zuckermann / keyboards



Tracks Listing:
01. Keine Angst (7:11)
02. Space rider (4:10)
03. Razzia/Illegal (8:19)
04. Silent movie (3:52)
05. Raintime (5:00)
06. Lupo's Märchenstunde (0:58)
07. Wie der Wind (4:58)
08. Mary Green (9:07)
09. Anywhere (5:23)
10. Simple dimple (3:55)
11. Unglaublich (1:58)
12. Silent movie(part two) (5:42)


LINK

"Razzia"

"Mary Green"

25 de fev. de 2011

PINK FLOYD - "Shine On Live" - 2009

Mais uma mega apresentação do Pink Floyd e esta, a mais recente que disponho, dá até para fazer um contraponto com antigas apresentações, que não contavam com músicos e backing vocals adicionais, muito menos com shows de pirotecnia que começaram à época do álbum, "Pulse"

Neste caso, "Shine On Live", gravado em 2009, não foge a regra e está com todos os requisitos acima citados, mas temos que levar em conta alguns fatores e não comparar simplesmente este álbum com alguns outros da década de setenta, onde a jovialidade da banda contava muito. 

Hoje estamos frente de jovens senhores, com mais de sessenta e cinco anos, que com o passar do tempo ficaram cada vez mais experientes, porém o peso da idade começa a dificultar as coisas e hoje há uma busca frenética por tecnologia, que no fundo, associada à música do Pink Floyd, não há como negar que as coisas ficam mais atraentes, há uma sinergia muito grande entre as luzes, filmes, raios lazer e o som produzido pela banda. 

Pode ser até que se perca um pouco daquela coisa de um Guitar Hero, que sozinho com seu instrumento era o centro das atenções e que levavam ao delírio multidões, mas acredito que talvez este novo formato seja um pouco mais democrático e abra espaço para todos se destacarem. 

Este álbum é muito bom, mas não traz grandes novidades, pois o elenco de músicas é o tradicional dos últimos shows que o Pink Floyd tem produzido, mas sempre é um prazer renovador escutar uma nova audição de músicas que há décadas escutamos e nunca cansado delas ficamos e com o tempo passando novos adeptos vão chegando e não importa a idade, basta escutar uma única vez e o encanto vai sempre aumentando. 

Um bom final de semana a todos!!!!!!!   

Musicians:
David Gilmour – guitars, vocals
Nick Mason – drums
Richard Wright – keyboards, vocals
Jon Carin – Teclados
Tim Renwick – Guitarra
Guy Pratt – Bajo
Scott Page – Saxo
Gary Wallis – Percusion
Margaret Taylor – Coros
Durga McBroom – Coros
Rachel Fury – Coros

Tracks:
CD 1
1. Shine On You Crazy Diamond
2. Sings Of Life
3. Learning To Fly
4. Sorrow
5. The Dogs Of War
6. On The Turning Away
7. One Of These Days
8. Time

CD 2
1. On The Run
2. The Great Gig In The Sky
3. Wish You Were Here
4. Us And Them
5. Money
6. Comfortably Numb
7. One Slip
8. Run Like Hell
9. Shine On You Crazy Diamond (Reprise)


"Shine On You Crazy Diamond"

"Run Like Hell"

24 de fev. de 2011

MAGELLAN - "Symphony for a Misanthrope" - 2005

O Magellan, neste álbum, "Symphony for a Misanthrope", lançado em 2005, ou seja, bem recente, é o espelho do rock progressivo da atualidade, ou o Neoprog, como queiram e neste trabalho o irmãos Gardner, Trent e Wayne, dão uma demonstração da vertente sinfônica que possuem e associando-as a alguns conceitos do metal, conseguem obter um resultado bem interessante. 

Logicamente com a ajuda de algumas figuras muito conhecidas do mundo progressivo, como Steve Walsh e Robert Barry, tomaram possível esta fusão de estilos tão distinta, mas que ao final das contas consegue convencer e agradar, mas alerto que, não há grandes novidades musicais.  

A sonoridade em alguns momentos lembra o trabalho do Dream Theater, ao qual tenho algumas restrições, mas isto é coisa pessoal e não há intenção alguma e desmerecer o trabalho da banda com este comentário, é apenas um exemplo, portanto, o trabalho apresentado pelo Magellan não é inédito, porém é um bom trabalho que merece ser explorado. 

A música de abertura, "Symphonette" um instrumental, chega a ter três tecladistas ao mesmo tempo, parecendo mesmo uma orquestra sinfônica que em dados momentos é acompanhada da guitarra nervosa de Wayne Gardner, com pesados rifs dando a vibração necessária para compor o cenário desta curta composição. 

Na sequência, "Why Water Weeds?" é uma bela e harmoniosa canção apoiada na voz de Trent Gardner que também manda muito bem nos teclados como sempre, dando a tônica desta difícil composição que está repleta de boas harmonizações. 

A música, "Wisdom", que antecede a "Cranium Reef Suite", é a preparação necessária para a longa suíte, de quase uns vinte minutos, praticamente toda instrumental, sob o comando de Trent Gardner e seus sintetizadores que facilmente deslizam nos variados arranjos, sempre muito bem acompanhado da guitarra de Wayne Gardner que vez por outra arrisca um backing vocals. 

Inteligentemente a próxima música, "Pianissimo Intermission", tem a função de colocar as coisas em seus devidos lugares, pois como a suíte anterior é extremamente vibrante, um piano clássico é acionado para baixar a adrenalina provocada pela música anterior, tendo como missão, dar sentido a próxima música, "Doctor Concoctor" que começa de forma bem irada, na pesada guitarra de Wayne Gardner que agora é acompanhada de perto pelos teclados de Trent Gardner

O fechamento do álbum é feito pela música, "Every Bullet Needs Blood", que de forma muito equilibrada, equaliza o espírito deste álbum, que se não chega a ser uma grande surpresa, é pelo menos uma boa opção para quem quer estar próximo a uma sonoridade mais contemporânea, mas que por conta de conceitos musicais do passado, nos remete a alguns momentos muito vividos no passado. 

Musicians:
Trent Gardner / lead vocals, keyboards, trombone
Wayne Gardner / guitars, bass, backing vocals

Guest musicians:
Joe Franco / drums and orchestral percussion
Robert Berry / drums & bass on "Why Water Weeds?"
Steve Walsh / keyboards on "Symphonette"
Dave Mannion / keyboards on "Symphonette"

Tracks:
1. Symphonette (instrumental)
2. Why Water Weeds?
3. Wisdom
4. Cranium Reef Suite
Part one: "Youthful Enthusiasm"
Part two: "Psych 101"
Part three: "Primal Defense"
5. Pianissimo Intermission (instrumental)
6. Doctor Concoctor
7. Every Bullet Needs Blood

NEW LINK

"Why Water Weeds?"

"Every Bullet Needs Blood"

23 de fev. de 2011

THE NICE - "Five Bridges" - 1970


Este álbum, "Five Bridges", gravado em 1970, é baseado em uma peça musical escrita na década de sessenta, que faz a fusão do jazz com a música clássica, tendo seu tema girando em torno da cidade Inglesa de Newcastle e suas cinco pontes e este trabalho acabou levando o The Nice ao quarto lugar das paradas de sucesso daquele ano.

O conjunto desta peça é notável, muito boa mesmo, com certeza sendo um grande desafio para Keith Emerson em interpretá-la, tendo em vista que foi sua primeira incursão no mundo jazz, que mesmo que associado a música clássica que é o seu habitat natural, obrigou-o a desenvolver um trabalho musical inédito, que afinal de contas viria servir de base para seus futuros trabalhos no ELP.

Para os amantes do órgão Hammond, este álbum é uma fonte de inspiração, com belíssimas passagens e harmonizações, dando ao conjunto da obra uma integração perfeita do clássico com jazz, muito bem dosado, capacitando este trabalho com uma incrível propriedade atrativa, pois sua sonoridade é única, faz jus aos seus executores, prende muito a atenção de seus ouvintes.

O The Nice sem dúvida alguma é uma escola de música e com certeza serviu de exemplo e inspiração para diversas outras bandas, influenciando-as em seus trabalhos, seu modo de tocar, provavelmente até como alterar o arranjo de difíceis peças clássicas e transformá-las em um legítimo rock progressivo.

E tudo isto na base do talento, pois não havia a sofisticação eletrônica como há hoje, portanto este Power trio, contou apenas com a união do grupo e a genialidade de Keith Emerson que é incontestável e também para finalizar, foram abençoados por uma época muito produtiva musicalmente falando, que nunca mais se repetiu,  portanto estamos sempre voltando ao passado em busca de uma sonoridade, que é rara ou praticamente extinta nos dias de hoje.

Band:
Brian Davison - drums, percussion
Keith Emerson - keyboards
Lee Jackson - vocals, bass guitar

With:
Joe Harriott - Saxophone
Peter King - Saxophone
Chris Pyne - Trombone
Alan Skidmore - Saxophone
John Warren - Trumpet
Kenny Wheeler - Trumpet, Flugelhorn

Tracks:
01. Fantasia 1st Bridge / 2nd Bridge (2:42)
02. Chorale 3rd Bridge (3:27)
03. High Level Fugue 4th Bridge (4:01)
04. Finale 5th Bridge (7:59)
05. Intermezzo, 'Karelia Suite' (9:01)
06. Pathetique Symphony No.6. 3rd Movement (9:20)
07. Country Pie/Brandenburg Concerto No.6 (5:40)
08. One Of Those People (3:09)

Bonus tracks on CD-release
09. The Thoughts Of Emerlist Davjack (4:12)
10. Flower King Of Flies (3:36)
11. Bonnie K (3:19)
12. Diary Of An Empty Day (3:58)
13. America (6:06)

LINK

"Five Bridges - PT1"

"Five Bridges - PT2"

22 de fev. de 2011

Churras em Piracicaba - 19-02-2011

Denise e Wagner, escoltados pelo seu cão de guarda
Um raro momento de prazer e descontração neste último final de semana foi proporcionado pelos nossos amigos Denise e Wagner que nos recepcionou de forma nababesca em sua bela chácara, em uma ensolarada tarde de verão em Piracicaba, SP, onde foram servidas deliciosas iguarias e carnes, regadas a muita cerveja, caipirinhas, vinhos e refrigerantes e o melhor de tudo, reunindo nosso animado grupo de amigos.

Yves e seu inseparável violão
Aliado a tudo isto, nosso amigo Yves, um exímio violonista, doou todo o seu talento e promoveu uma longa  Jan Session com seu modernoso violão elétrico, apresentando para nós um variado e rico repertório da MPB, encantando a todos que lá estiveram por várias horas.

Aos amigos Denise e Wagner que carinhosamente nos acolheram e em nome de todos que lá estiveram, deixo um muito obrigado pela tarde maravilhosa que tivemos na companhia de vocês.

Para os amigos que não estiveram presentes, deixo uma pequena frase de consolo: MORRAM DE INVEJA!!!!!!

O registro do nosso encontro ao som do violão de Yves Lucien......

FOCUS - "Live at BBC" - 1976

"Live at BBC", gravado em vinte e um de março de 1976, alguns dias após a saída de Jan Akkerman da banda, é a primeira apresentação pública do Focus, sem o seu Guitar Hero, o que poderia ser catastrófico para o restante do grupo, mas Thijs Van Leer, sabiamente escolheu um substituto a altura, Philip Catherine que com muita elegância resolveu o problema. 

Esta apresentação teve como suporte, músicas retiradas dos álbuns, Focus III; Moving Waves e "Focus con Proby", com as músicas, Maximum e Sneezing Bull que seria lançado somente em 1978, além de algumas músicas exclusivas deste álbum. 

Philip Catherine
Fugindo bastante das características iniciais da banda que era o rock progressivo e notadamente com um direcionamento voltado para o Jazz-rock e/ou Fusion, mais parecendo um Jam session ou "canja" como preferirem, com músicas claramente recheadas de improvisos, o que é ótimo, mesmo porque o curto espaço de tempo entre a saída de um guitarrista e a entrada de outro não possibilitaria uma quantidade de ensaios suficientes para esta fase de transição, provando que o que vale em um momento como este é o talento. 

Thijs Van Leer
A música "House of the King”, uma velha conhecida, está executada de forma impecável pela banda que não se ressentiu da falta que um guitarrista virtuoso como Jan Akkerman poderia fazer e ao contrário disto, conseguiu produzir um belo álbum que sem dúvida alguma teve uma importante participação que foi a presença ativa de Philip Catherine em praticamente todas as músicas. 

Este é o tipo de álbum que tem músicas suficientes em quantidade e qualidade musical para preencher qualquer ambiente e é lógico que a música, "Hocus Pocus" está presente como não poderia deixar estar e Thijs Van Leer, afinadíssimo como sempre, não perdeu a oportunidade e deu um show com sua flauta transversa. 

Todos os trabalhos do Focus em geral são altamente recomendáveis e este em especial, não foge a regra, principalmente por ter sido produzido em um momento tão difícil como o que estavam sendo submetidos quando da sua gravação. 

Musicians:
Thijs Van Leer / vocals, organ & flute
Bert Ruiter / bass, vocals
Philip Catherine / guitar
David Kemper / drums

Tracks:
1. Virtuous Woman (10:58)
2. Blues in D (3:46)
3. Maximum (14:01)
4. Sneezing Bull (7:46)
5. Sonata for Flute (2:48)
6. House of the King (3:15)
7. Angel Wings (5:39)
8. Little Sister/What You See (8:18)
9. Hocus Pocus (5:49)

LINK

"Virtuous Woman"

"House of the King"

"Hocus Pocus"

21 de fev. de 2011

JETHRO TULL - "We Used to Know" - 1970

Desde já, vou me desculpando pela qualidade sonora deste bootleg, "We Used to Know", mas não postá-lo seria um crime inafiançável, pois se trata de um documento histórico dos primórdios do rock progressivo e de uma das bandas mais cultuadas do rock, o Jethro Tull e não seria nada justo não dividi-lo com todos que apreciam esta banda.

Especificamente em meu caso, só pela música, "We Used To Know", já vale o álbum todo e a bem da verdade, as demais são tão boas tanto quanto a citada, tento até em vista que são frutos dos álbuns anteriores, "Benefit", "Stand Up" e "This Was" que são mais que pedras preciosas, portanto este álbum mostra como eram as coisas para os músicos a mais de quarenta anos atrás.

Eles tinham que tocar muito, não havia a tecnologia que temos hoje em dia, o movimento progressivo começava a ganhar força e era exigente demais e as outras bandas da época que emergiam, estavam em ascensão meteórica, com o lançamento de vários álbuns ao mesmo tempo e apresentações simultâneas por toda a Europa, então, ao Jethro Tull não restava outra opção, tocar muito e assim foi feito, além é claro das performances alucinadas de Ian Anderson no palco que como um bruxo comandava a banda e a platéia.

Mas com o talento e a genialidade de Ian Anderson que contava com  a presença de seus dois maiores amigos, Martin Barre e John Evan, a banda pode levar o Jethro Tull a diante e logo no ano seguinte, lançaram "Aqualung", que a própria história fez o favor de imortalizá-lo e acredito eu que talvez seja o álbum  de entrada para novos fãs da banda precedido de  "Thick as a Brick" outro Imortal da "Academia Mundial da Música" (essa eu inventei agora), pois o Jethro Tull encanta até hoje, principalmente com suas mais antigas canções, jovens corações em busca de uma boa música, tão escassa atualmente.     

Musicians:
Ian Anderson: flauta, vocais
Martin Barre: guitarra
Glenn Cornick: baixo
Clive Bunker: bateria
John Evan: piano e órgão

Tracks:
1. Nothing Is Easy
2. My God
3. To Cry You A Song
4. With You There To Help Me
5. Sossity, You're A Woman/Reasons For Waiting
6. Dharma For One
7. We Used To Know
8. Guitar Solo/ For A Thousand Mothers

LINK

"We Used To Know"

"Nothing Is Easy"

18 de fev. de 2011

YES - "Full Circle Tour" - 2002

Este é o décimo primeiro bootleg do Yes que eu estou postando aqui no blog e provavelmente devem existir algumas centenas deles, pois eu tenho mais de oitenta e ai, surgiu uma dúvida interna, pois qual seria a validade em postar tantos bootlegs que no final das contas giram em torno das mesmas músicas e que com algumas mudanças de músicos o resultado acaba sempre sendo muito positivo com raríssimas exceções? 

Honestamente eu não consegui chegar a uma conclusão que me convencesse, a única coisa que sei é que é muito difícil ter um material de altíssima qualidade como este álbum, "Full Circle Tour", gravado em 2002 e não dividir com todos, pois é simplesmente irresistível.

A banda tem o poder da renovação, a cada audição é possível perceber uma nova nuance nas antigas e maravilhosas músicas que positivamente nos assombram a vários anos, pois o tempo vai passando e o encanto por elas não se desfaz, o que é ótimo, pois elas vão se imortalizando em nossas mentes. 

Para este fenômeno é muito fácil encontrar explicação, a começar pelo talento individual de cada um dos músicos que pela banda passaram, pela união do grupo que em determinados momentos da sua história, teve momentos de baixa estima e alta vaidade interna rondando a banda, que culminaram com separações, brigas judiciais, xingamentos e tudo mais que é possível quando a razão e o bom senso são colocados de lado.

No entanto, quando eles estão sintonizados em uma mesma frequência, com níveis de testosterona regulados e a "Paz?" reinando entre eles, são praticamente imbatíveis no palco e nos estúdios, tendo em vista a doação total que fazem do seu talento e de sua inspiração, sem firulas ou pirotecnias exageradas, apenas fazendo o que mais sabem fazer, compor e tocar. 

Tudo isto para dizer que esta edição da "Full Circle Tour", gravada no Ruth Eckerd Hall, Clearwater, Florida USA em vinte e quatro de outubro de 2002, pois existem várias outras, como sempre, traz até nós, parte do melhor que o Yes pode oferecer e quando digo "parte", é "parte" mesmo, pois não caberia em um álbum duplo, tudo o que o Yes tem a nos brindar e não há a menor justificativa ou necessidade de comentar qualquer música deste álbum, tendo em vista que são de total conhecimento público ou mesmo dos músicos, portanto como sempre digo, mãos-a-obra, download feito, diversão garantida. 

Um bom final de semana a todos!!!!

Musicians:
Alan White,
Chris Squire
Jon Anderson
Rick Wakeman
Steve Howe

Tracks:
CD1
01. Announcements
02. Firebird Suite
03. Siberian Khatru
04. Starship Trooper
05. In The Presence Of
06. We Have Heaven
07. South Side Of The Sky
08. Close To The Edge
09. Winter
10. In The Course Of The Day

CD2
01. Happy Birthday improv
02. Show Me
03. Rick Wakeman solo
04. Wonderous Stories
05. And You And I
06. Heart Of The Sunrise
07. Magnification
08. Don't Kill The Whale
09. Long Distance Runaround
10. Whitefish
11. Awaken
12. Roundabout


"Siberian Khatru"

"Roundabout"

17 de fev. de 2011

GENESIS - "The Complete BBC Sessions" - 1970 - 1972

Este bootleg, "The Complete BBC Sessions" é um conjunto de apresentações feitas pelo Genesis entre os anos de 1970 e 1972, para programas da BBC e que se faça justiça, é uma das poucas rádios que incentivou a produção musical independente de qualquer tipo de interesse comercial, promovendo apresentações que contavam com a participação de um seleto e privilegiado grupo de fãs.

Quando me deparo com um álbum como este que é antes de tudo, um documento histórico que conta os primórdios de uma das bandas de rock progressivo das mais cultuadas do planeta, fico me perguntando qual destino teria seguido o rock progressivo sem a presença do Genesis, para servir de inspiração e incentivo a criação de tantas bandas que o precederam e que de alguma forma colaboraram para que esta complicada modalidade musical ainda consiga atrair tantos adeptos. 

Em algum ponto da história do rock, que honestamente não sei precisar, talvez início dos anos oitenta, com o movimento Punk explodindo na Europa e principalmente na Inglaterra, principal berço do movimento progressivo, mas não o único, chegou-se a pensar em extinção do rock progressivo como se dinossauros o fossem, seus praticantes e ouvintes, que por muito tempo foram apelidados de Jurássicos, que assim seja, mas a "Natureza Musical", uma força criada pelo homem, que movimenta milhões de pessoas ao redor dos cinco continentes, fez o movimento manter-se vivo e hoje é uma realidade que invade outros movimentos musicais que se renderam a sua criatividade. 

Como disse inicialmente, o álbum é um documento histórico recheado das pérolas habituais que o Genesis proporciona a algumas décadas, com alguns improvisos que sempre são um atrativo em sua rica música, portanto, o destaque vai para o álbum e para a alma iluminada que se deu o trabalho de criá-lo a partir de antigas gravações, não restando alternativa, senão agradecer muito pela iniciativa cultural em preservar a memória de uma parte da história do rock. 

Tracks:
CD1
01 - Shepherd (Nightride, 22 February 1970)
02 - Pacidy (Nightride, 22 February 1970)
03 - Let Us Now Make Love (Nightride, 22 February 1970)
04 - Stagnation (Nightride, 22 February 1970)
05 - Looking For Someone (Nightride, 22 February 1970)
06 - The Musical Box (Sounds Of The Seventies, 10 May 1971)
07 - Stagnation (Sounds Of The Seventies, 10 May 1971)
08 - The Return Of The Giant Hogweed (Sounds Of The Seventies, 09 January 1972)
09 - Harold The Barrel (Sounds Of The Seventies, 09 January 1972)
10 - The Fountain Of Salmacis (Sounds Of The Seventies, 09 January 1972)
11 - Harlequin (Sounds Of The Seventies, 09 January 1972)
12 - Harold The Barrel (Mix #2) (Sounds Of The Seventies, 09 January 1972)

CD2
01 - The Fountain Of Salmacis (In Concert, 02 March 1972)
02 - The Musical Box (In Concert, 02 March 1972)
03 - The Return Of The Giant Hogweed (In Concert, 02 March 1972)
04 - Twilight Alehouse (Top Gear, 25 September 1972)
05 - Watcher Of The Skies (Top Gear, 25 September 1972)
06 - Get’em Out By Friday (Top Gear, 25 September 1972)


"Genesis - BBC Session Early 70s {Part 1 of 4}"

"Genesis - BBC Session Early 70s {Part 2 of 4}"

"Genesis - BBC Session Early 70s {Part 3 of 4}"

"Genesis - BBC Session Early 70s {Part 4 of 4}"

16 de fev. de 2011

V. A. - "ProgFest 94"

O ProgFest é o sinônimo da celebração do Rock Progressivo, é a união de bandas e publico que compartilham o mesmo estilo de música e esta edição do festival aconteceu em 1994, em Los Angeles, USA, reunindo bandas emergentes do neoprog como, Halloween, Kalaban, Anglagard, Episode, Echolyn, Anekdoten, Giraffe, Minimum Vital e Sebastian Hardie que tiveram a oportunidade de divulgar seus trabalho e proporcionar momentos incríveis para os presentes.

Este festival é a confirmação de um estilo de musical que veio para ficar e mesmo sofrendo pequenas modificações conceituais para acompanhar as tendências do momento, sua estrutura básica e sua essência permanecem sólidas a mais de quarenta anos quando este movimento foi criado.

Musicians:

HALLOWEEN
Geraldine Le Cocq / lead vocals
Jean-Philippe Brun / violin, vocals
Philippe Di Faostino / drums
Jean-Pierre Mallet / guitar
Thierry Louarn / bass
Gilles Coppin / keyboards

KALABAN
Randy Graves / guitars, keyboards, vocals
David Thomas / lead vocals
Michael Stout / keyboards
Dave Wilbur / bass, siren
Gary Stout / drums, percussions

ÄNGLAGÅRD
Jonas Engdegård / guitars
Torn Lindman / guitars, mellotron
Thomas Johnson / keyboards
Anna Holmgren / flute, mellotron
Johan Högberg / bass
Matias Olsson / drums

EPISODE
Nick Peck / keyboards, lead vocals
Gary Scheuenstuhl / drums
Don Tyler / bass, vocals
Roe Tyler / lead vocals
Stevie Blacke / guitar
Danielle S. Degruttola / cello
Ben "jacobs" / hammond organ

ECHOLYNChristopher Buzby / keyboards, vocals
Thomas Hyatt / bass, midi pedals
Brett Kull / guitars, vocals
Paul Ramsey / drums, percussion
Ray Weston / lead vocals

ANEKDOTEN
Nicklas Berg / guitar, keyboards
Anna Sofi Dahlberg / cello, vocals
Jan Erik Liljeström / bass, vocals
Peter Nordin / drums
John Daversa / trumpet
Mattias Olsson / bass-drum, gong

GIRAFFE
Kevin Gilbert / lead vocals, 12-string guitar
David Kerzner / keyboards
Stan Cotey / bass, 12-string guitar
Dan Hancock / guitar
Nick D´Virgilio / drums, backing vocals

MINIMUM VITAL
Charly Berna / drums
Sonia Nedelec / lead vocals
Eric Rebeyrol / bass
Jean-Luc Payssan / guitars, bass pedals, backing vocals
Thierry Payssan / keyboards, backing vocals

SEBASTIAN HARDIE
Mario Millo / guitar, vocals
Toivo Pilt / keyboards
Peter Plavsic / bass
Alex Plavsic / drums, percussion

Tracks:

Disc one:
HALLOWEEN
01. Outsider (6:21)
02. Suburb (5:17)
03. What's In (4:39)
KALABAN
04. Mutants Over Miami (11:25)
05. Eyes Of A Seer (2:44)
06. Hot Ash Day (2:58)
ÄNGLAGÅRD
07. Hostsejd "Rite of fall" (15:47)
EPISODE
08. Echoes (14:47)
ECHOLYN
09. The Cheese Stands Alone (4:58)
10. A Little Nonsense (3:22)

Disc two:
ECHOLYN
01. Here I Am (4:32)
ANEKDOTEN
02. Muscle Beach Benediction (2:08)
03. Wheel (7:17)
04. Mars (5:03)
GIRAFFE
05. Fly On A Windshield / Broadway Melody of 1994 (4:37)
06. The Colony of Slippermen / A Visit To The Doktor (6:32)
07. The Musical Box (6:25)
MINIMUM VITAL
08. Les Mondes De Mirande (7:41)
09. La Source (3:32)
10. L'Invitation (6:54)
SEBASTIAN HARDE
11. Glories Shall Be Released (7:59)
12. Journey Through Our Dreams (8:09)
13. Everything Is Real (2:26)
Total Time 146:43

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"Giraffe - Liliwhite Lilyth (ProgFest '94)"

14 de fev. de 2011

TANGERINE DREAM - "Tyger" - 1987

Temos aqui hoje, mais um excepcional trabalho do Tangerine Dream de Edgar Froese, o álbum, "Tyger", lançado em 1987 e posteriormente remasterizado em 1992, quando ganhou uma faixa bônus, "Vigour", por sinal muito boa.  

Na sua quase maioria os trabalhos de Edgar Froese são muito ricos e este não escapou da estatística e faz parte da terceira fase discográfica, a citada como "comercial", mas creio há controvérsia nesta afirmação feita por "especialistas???" da obra do Tangerine Dream, pois não há nada de comercial nas musicas.  

O que ocorre é que ele impôs uma música menos experimental e que tranquilamente poderia ser inserida como trilha de um filme, comerciais, musica ambiente e etc..., mas a qualidade musical do álbum é incontestável e são músicas que podem agradar a qualquer um, pois estão fortemente solidificadas em arranjos muito bem estruturados e que em alguns casos ganhou a doce voz de Jocelyn B. Smith, dando uma atmosfera New Age às músicas em que teve participação, aliás, as letras podem ser encontradas nas obras do célebre escritor e poeta Inglês, William Blake.  

A rigor este álbum tem tudo para agradar, levando-se em conta que é muito harmonioso e a presença da voz humana quebrou um pouco a impressão fria que instrumentos absolutamente eletrônicos provocam em nossos sentimentos quando a música é criada a partir destes elementos, deixando-a muito impessoal em determinados casos, portanto, fica o convite a experimentar esta fase mais humana na música do Tangerine Dream e ao mesmo tempo confirmar a genialidade de Edgar Froese que há quatro décadas nos oferece uma música de altíssima qualidade.

Musicians:
Edgar Froese / synthesizer, guitar
Christoph Franke / synthesizer, electronic percussion
Paul Haslinger / synthesizer, Grand piano, guitar
Jocelyn B. Smith / vocals
Christian Gstettner / sound sampling

Tracks:
1. Tyger 
2. London 
3. Alchemy Of The Heart 
4. Smile 5. 21st Century Common Man Part I
6. 21st Century Common Man Part II
7. Vigour

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"Tyger"


"London"

12 de fev. de 2011

MARTIN ORFORD - "The Old Road" - 2008

Sozinho Martin Orford já faz um estrago considerado, mas acompanhado de um time de exímios músicos como ele montou para este álbum, é covardia, pois alguns nomes ofuscaram a mente logo de cara e é muito fácil de explicar, vejam só: Nick D’virgilio, Steve Thorne, John Mitchell, John Wetton e Mike Holmes que são nomes que lembrei imediatamente, os demais que não conheço, são excelentes também, portanto o resultado final deste segundo álbum solo de Martin Orford não poderia ser melhor. 

"The Old Road" é uma super pérola do neoprog, a bem da verdade, rock progressivo, apenas faço esta referencia por ser um trabalho muito novo, de 2008, mas que carrega todos os elementos fundamentais que norteiam o rock progressivo na sua mais profunda essência.

A primeira música já começa com afinadas e afiadas guitarras muito bem acompanhadas pelos sintetizadores de MO, que cada vez mais se revela como um exímio tecladista, pois tem o dom de conseguir deslizar as mão pelos teclados e dar uma continuidade sonora incrível em seus solos.

Para falar a verdade, todas as músicas sem exceção estão muito bem criadas, com arranjos invejavelmente riquíssimos, com uma primorosa execução por parte de todos os músicos, com vocais com personalidade e o melhor de tudo sem exibicionismos e exageros que vez por outra nos deparamos, o que não é caso deste álbum, pois ele está na medida certa, é um convite irresistível à boa música, não há como escapar.

O mais gratificante em escutar um trabalho como este, é poder escutar uma sonoridade criada a mais de quatro décadas e ter a certeza que ela continua atual, moderna e por ter sido idealizada na base de uma fusão de outros estilos musicais, resultou nesta química envolvente, altamente inspiradora e que quando colocada a disposição de músicos como estes sobre a batuta de um grande compositor e músico como MO, os grandes ganhadores somos nós, os eternos, exigentes e incansáveis fãs que somos brindados com um tesouro musical como este.   

LINK.


Muscians:
Martin Orford - lead vocals, backing vocals, keyboards, electric guitars, treble recorder, Moog Taurus pedals, acoustic guitar, flute, Rickenbacker 12-string guitar,
Andy Edwards: - drums (1)
Nick D'Virgilio - drums (2-9)
Dave Meros - bass guitar (1, 2, 3, 7, 8, 9)
John Mitchell - lead guitar (1, 3, 4, 9)
Dave Oberlé - tambourine (1); backing vocals (6)
Steve Thorne - acoustic guitar (1, 2, 6); lead vocal, guitars, bass harmonica (7)
Gary Chandler - rhythm guitar (2, 4, 6, 7, 8, 9)
David Longdon - lead vocals ( 3, 9)
John Wetton - lead vocals, bass guitar (4, 8); bass guitar (6)
Colm Murphy - fiddle (6)
Mike Holmes - harmony guitars (8)

Tracks:
1. Grand Designs (9:58)
2. Power And Speed (5:58)
3. Ray Of Hope (3:53)
4. Take It To The Sun (5:26)
5. Prelude (1:36)
6. The Old Road (8:37)
7. Out In The Darkness (6:27)
8. The Time And The Season (10:46)
9. Endgame (5:20)


"Martin Orford - Grand Designs"

"Martin Orford - Out In The Darkness"

VÍDEO DA NOITE - "Os Bastidores da Arte"

O produtor musical Flávio Medeiros em um momento de criação digno dos grandes compositores.
É de arrepiar

11 de fev. de 2011

JEAN MICHEL JARRE - Les Chants Magnétiques (Magnetic Fields)" - 1981

Ultimamente tenho escutado muita música eletrônica e em especial, os trabalhos de Jean Michel Jarre, um mestre da música, dos teclados e porque não dizer também, dos shows pirotécnicos, mas curiosamente tenho observado certo esquecimento em relação a sua extensa obra.

Antes de iniciar esta resenha fiz uma rápida pesquisa na Internet e encontrei poucos blogs do Brasil dedicando alguma atenção a Jean Michel Jarre ou mesmo simplesmente disponibilizando algum material para ser apreciado, portanto aproveito a oportunidade para fazer uma breve resenha sobre um álbum muito conceituado, produzido por Jean Michel Jarre em 1981, intitulado "Les Chants Magnétiques", bem conhecido aqui em terra tupiniquins como "Magnetic Fields".

A música que abre o álbum, "Magnetic Fields Part 1", uma suíte de quase dezoito minutos, já vale o álbum todo, pois é fantástica, coisa de gênio, é uma sinfonia eletrônica, arrepia em alguns momentos, pois não é simplesmente um conjunto de equipamentos eletrônicos trabalhando mecanicamente, tem calor humano por trás dos arranjos, até quem não é habituado a este tipo de música tem sua atenção conquistada. 

As demais músicas do álbum são de menor duração, mas receberam o mesmo esmero em suas composições e a uma delas ate uma bela voz feminina foi adicionada, dando uma oportunidade à reorganização dos neurônios, criando um momento de calmaria para então voltar a seus experimentos eletrônicos que culminam com uma espécie de bolero eletrônico que é até legal de escutar, parace até que foi feito em tecladinho da Casio e que corajosamente só poderia partir de alguem despojado de preconceitos musicais.

Jean Michel Jarre  neste álbum é o único músico envolvido no projeto, produzindo todos os sons necessários para dar vida a mais um esplêndido trabalho, fruto de sua criatividade como compositor e de seu talento para os teclados.

Musicians:
Jean Michel Jarre / synthesizer, keyboards

Tracks:
1. Les Chants Magnétiques / Magnetic Fields Part 1 (17:49)
2. Les Chants Magnétiques / Magnetic Fields Part 2 (3:59)
3. Les Chants Magnétiques / Magnetic Fields Part 3 (4:15)
4. Les Chants Magnétiques / Magnetic Fields Part 4 (6:18)
5. Les Chants Magnétiques / Magnetic Fields Part 5 (3:30)

LINK

"Magnetic Fields Part 1"


"Magnetic Fields Part 5"

10 de fev. de 2011

ELOY - "Time to Turn" - 1982

Mais espacial e cósmico do que de costume, o Eloy para nosso deleite no ano de 1982, nos brinda com o álbum "Time to Turn", obra prima do rock progressivo, uma das pérolas de uma banda, que mesmo que seja de um só, no caso o figuraça do Frank Bornemann, com muita categoria vem atravessando décadas, incansável na busca da sua perfeição musical e é claro está sempre muito bem acompanhado de exímios músicos que o auxiliam a manter a qualidade em cada álbum que produz. 

O cérebro, logicamente é de Frank Bornemann, porém sem membros para comandar e executar suas tarefas, de nada vale, portanto, um corpo atlético foi formado praticamente em cada álbum que produziu para dar vida a sua música  e neste não foi diferente. 

Apesar de ser um álbum mais que manjado na Internet, fiz questão de postá-lo, pois sempre vão faltar palavras para descrever este estupendo trabalho e muitos outros depois de mim, encontrarão mais argumentos a serem dirigidos a ele e seu mentor intelectual. 

Como disse logo de inicio, o álbum é cósmico, viajante, que provoca no bom sentido, alucinações que o levam a momentaneamente a fugir da realidade e entrar em uma nova dimensão flutuante que se situa na região dos sonhos e mesmo estando acordado, imagens desconexas se formam na mente em sintonia, proporcionando um bem estar incrível e tudo isto fruto do encantamento de uma manifestação artística que alguns poucos souberam aproveitar em sua totalidade. 

Na época de seu lançamento, o formato de mídia mais habitual eram os LP's, portanto temos um álbum, curto (o que é uma lástima), que para atender interesses comerciais de gravadoras não foi lançado como um álbum duplo, pois música suficiente para completar a mídia, Frank Bornemann teria em quantidade e qualidade suficiente, porém temos que nos contentar e aproveitar muito, mais esta demonstração de inspiração e talento de um músico sem igual.  

Musicians:
Hannes Arkona / guitars, keyboards, percussion 
Frank Bornemann / vocals, guitars
Hannes Folberth / keyboards
Klaus-Peter Matziol / bass, pedals
Fritz Randow / drums
Amy, Anna & Sabine / vocals

Tracks:
1. Through A Somber Galaxy 
2. Behind The Walls Of Imgination
3. Time To Turn
4. Magic Mirrors
5. End Of An Odyssey
6. The Flash
7. Say, Is It Really True
8. Wings Of Vision
9. Carried By Cosmic Winds


LINK


"Time to Turn"

"End Of An Odyssey"

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