15 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

 CAPÍTULO V - "Novos Olhos" 


Nesse quinto capítulo, adentramos um pouco mais na trajetória da Banda VELUDO, com a música “Novos Olhos”, de autoria de Nelsinho Laranjeiras e Miguel Pedra que de certo modo ficou  meio que em suspensão por quarenta anos, sendo resgatada e salva por uma preciosa fita cassete guardada por algum anjo, o que possibilitou esta gravação e de outras músicas ser inseridas no álbum, “Penetrando Por Todo o Caminho sem Fraquejar” de 2016.

Essa música foi muito tocada entre 1976 até 1978 com o final da banda e nunca tinha sido gravada, até que em 2013 iniciou-se um grande trabalho de pesquisa em ouvir as gravações feitas entre os ensaios e os shows, para que se pudesse extrair o melhor dessa e de outras músicas do momento Progressivo que a música aqui e no mundo passava.  

Apesar da minha idade, as músicas do VELUDO, são uma novidade em minha vida, pois mesmo tendo vivido plenamente a efervescência do rock progressivo dos anos setenta, um desvio do destino me colocou fora dessa linda e rica história e dessas músicas maravilhosas que já são parte da minha discoteca de cabeceira.

A música “Novos Olhos”, carrega todo o drama e teatralidade em sua letra, como em música, inserindo-a diretamente nos trilhos do rock progressivo clássico e mesmo sendo gravada tanto tempo depois, conseguiram fazer essa gravação sem macular sua sonoridade original, ou seja, mais uma pérola que a Banda VELUDO nos brinda.




Histórico da composição:

“Quando Nelsinho Laranjeiras assumiu a liderança do Veludo no final de 1975, sabia do enorme trabalho que teria para reestruturar a banda. Afinal, metade dela tinha se debandado para novos voos.

Paul de Castro (guitarra) foi para Os Mutantes. Elias (tecladista) casou-se, tornou-se comerciante de joias, e optou por uma carreira solo. Porém, antes mesmo do surgimento do Veludo, em 1974, Nelsinho já fazia parte de outro grupo. E foi com eles, seus velhos companheiros, que Nelsinho remontou o Veludo.

A primeira providência foi trazer Flavia Cavaca do “Paulo Bagunça e a Tropa Maldita” Seria uma força nos vocais, além dela ser multi instrumentista. O objetivo posterior era encontrar o mítico Miguel Pedra, super cantor, componente da outra banda de Nelsinho desde 72, que desaparecera sem deixar vestígio.

Encarnando uma espécie de Sherlock Holmes, Nelsinho Laranjeiras foi seguindo pistas até encontrar alguém que lhe desse o endereço do antigo parceiro e vocalista que voltara ao Rio Grande do Sul. Carta escrita e enviada. Convocação feita e aceita.

Pouco tempo depois desembarcava no Rio o novo vocalista do Veludo. Banda refeita, ora de recolocá-la nos trilhos. “Novos Olhos” foi a primeira música a ser trabalhada. Visava exprimir a mudança que todos estavam passando. “A vida que tínhamos antes, fechou-se atrás das cortinas” escreveu Miguel de forma simples, direta e, por que não dizer, poética.

Quando decidiram fazer o CD “penetrando por todo caminho sem fraquejar” lançado em 2016, essa era uma das músicas escolhidas. Por sorte, a canção fora gravada numa velha fita cassete durante um ensaio em 1976, o que possibilitou regravá-la fielmente mantendo, portanto, a sua estrutura original intacta.

Miguel Pedra aparece após 40 anos. Era um dia como outro qualquer. Liguei o computador para checar os e-mails e um deles me chamou a atenção. Dizia: Você conhece Miguel Pedra? Levei um susto. Claro que conhecia.

Miguel me contou em longos e-mails muitas histórias e então, surgiu o assunto que nos aproximou novamente. A música. Lembramo-nos das nossas composições e nos deu certa tristeza por não ter conseguido gravá-las na época.

Mas neste momento, algo aconteceu. A velha determinação de cumprir o seu papel nesta vida estava de volta. O compromisso com o destino, e o sentimento de algo inacabado que precisava chegar ao fim, nos levou a ação.

Nelsinho lhe fez uma nova proposta: reviver o Veludo, já que havia um projeto para gravação de um CD com base no material inédito da banda. Miguel aceitou o desafio. Veio do Amazonas para o Rio de Janeiro com o objetivo de fazer esse sonho se tornar realidade.

Miguel Pedra morreu 8 meses após terminar as gravações. Não viu o trabalho pronto. Não nesta vida. Quanto a Nelsinho, continuou com a produção do disco de forma obstinada para cumprir o último desejo do seu velho amigo e parceiro.

Se hoje concluímos esse projeto foi porque muita gente colaborou, mas que me desculpem todos. Ninguém fez mais do que ele. Obrigado Miguel. Você conseguiu.

BANDA VELUDO



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