29 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

 CAPÍTULO VII - "O Luar, a Pessoa e o Lugar" 




Chegando ao sétimo e derradeiro capítulo da saga da Banda VELUDO com a música “O Luar, a Pessoa e o Lugar”, de autoria de Nelsinho Laranjeiras e Miguel Pedra (In-Memorian), parte integrante do álbum “Penetrando Por Todo o Caminho sem Fraquejar” de 2016, fechamos um ciclo muito interessante de uma banda que ainda tem muito a para ser explorada. 

Essa suíte, assim como outras desse mesmo álbum, flerta com vários temas do cotidiano de nossas vidas e, mesmo com sua longevidade, pois afinal de contas começou a ser composta em 1972, nem isso foi capaz torná-la “out of date”, ou seja, é mais uma gema que o VELUDO nos presenteia. 

Os arranjos sinfônicos se mesclam em um determinado momento com um quase um baião eletrônico muito divertido, que mostra a versatilidade do grupo ao dar a vida a uma música sofisticada, mas muito agradável de escutar pelo seu lirismo e poesia, que estão muito bem dosados em relação a cada momento da letra da música. 


Aproveitando este último capítulo, acredito que tudo o que foi contado pelo próprio VELUDO e  em boa parte das vezes pelo próprio Nelsinho Laranjeiras, é apenas um fragmento de tudo o que passaram e fizeram e, isso me deixou com um gostinho de “quero mais”, tem muita história boa há ser revelada. 

Portanto com uma riqueza tão grande de histórias e fatos ainda não revelados, um livro ia cair como uma pluma no colo de seus fãs, obviamente acompanhado de um CD com músicas inéditas que certamente existem e estão guardadas em alguma abençoada fita cassete ou algo que o valha, bem como novas músicas para nosso deleite. Fica a dica para a banda!!! 

No mais, temos que torcer para esta maldita Pandemia ir embora, levando-se em conta que tem concerto do VELUDO no dia 24 de novembro de 2020 no Teatro RIVAL-Refit, no Rio de Janeiro, pois eu já garanti o meu lugar, portanto corra e garanta o seu também! 

Compre seu ingresso agora clicando aqui https://bileto.sympla.com.br/event/65120



Ficha técnica da música: 

Direção musical, arranjo, baixo, guitarra e vocal: Nelsinho Laranjeiras; 
Voz solo: Miguel Pedra; 
Vocal e arranjos vocais: Flavia Cavaca; 
Teclados, órgão e arranjos de cordas: Antonio Giffoni; 
Guitarra e violão: Diogo de Castro; 
Bateria: Serginho Conforti 

Histórico da Composição: 

Nelsinho Laranjeiras e Miguel Pedra se tornaram parceiros no mesmo dia em que se conheceram. Miguel tinha acabado de chegar do Rio Grande do Sul. Viera pela estrada pegando carona na boleia de caminhões (1972). 

Trazia um velho violão, uma mochila e um caderno surrado com várias letras. O encontro casual com Nelsinho foi num parque. Começaram a conversar e as Ideias, gosto musical e objetivo foram se encaixando. 

Ali mesmo, Miguel cantou algumas das suas músicas. Nelsinho ficou surpreendido com o timbre e a facilidade que ele tinha para criar melodias bonitas com poucos acordes, e o convidou para ir até a sua casa. 

Lá chegando, abriram o velho caderno e se concentraram em uma letra gigantesca. Seria um desafio começar por ali. Mas Nelsinho estava disposto a encará-lo. Iria mostrar ao seu novo amigo, sua competência e talento como compositor. Miguel contou que fizera aquela letra durante a viagem. 

Nelsinho com um violão (que faltavam duas cordas) começou a elaborar a melodia e a harmonia do que seria a suíte: “O Luar, a Pessoa e o Lugar” Quatro anos depois, ao assumir a liderança do Veludo, Nelsinho traria esse grande cantor e parceiro para ser o vocalista principal da banda. 

Porém, ao entrar para o grupo, Miguel teve que aprender o repertório que já estava pronto, e essa música, acabou ficando para mais tarde. Quando finalmente conseguiram começar os ensaios para introduzi-la no novo repertório, o Veludo acabou (78). A dupla jamais se esqueceu desta obra. 

Trinta anos se passaram e nunca mais se falaram. Miguel tinha desaparecido, até que um dia a internet os aproximou novamente. Rememorando velhas composições, lembraram da suíte “O Luar, a Pessoa e o Lugar”, uma obra que julgavam relevante em suas vidas. Nelsinho lhe fez uma nova proposta: reviver o Veludo, já que havia um projeto para gravação de um CD com base no material inédito da banda. 

Miguel aceitou o desafio. Veio do Amazonas para o Rio de Janeiro com o objetivo de fazer esse sonho se tornar realidade. Ele chegou e trazia algumas novidades. Viveu entre os índios, subiu o Alto Xingu em uma viagem de 3 dias de barco e embrenhou-se pelos igarapés do rio Negro em uma aventura mística e selvagem. 

Miguel Pedra morreu 8 meses após terminar as gravações. Não viu o trabalho pronto. Não nesta vida. Quanto a Nelsinho, continuou com a produção do disco de forma obstinada para cumprir o último desejo do seu velho amigo e parceiro. 

BANDA VELUDO




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Tidal: https://tidal.com/browse/artist/5416022

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22 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

CAPÍTULO VI - "Buraco Profundo" 


Buraco Profundo é a música tema do sexto capítulo da saga da Banda VELUDO e nos faz mergulhar nas profundezas do rock progressivo da melhor forma possível, com um instrumental de botar inveja a qualquer outra banda do gênero, dada a sua principal característica que é a variância temática, mesmo em uma peça de tempo tão curto como esta.

Essa belíssima música tem como autor, o Nelsinho Laranjeiras que no início dos anos 70 a desenvolveu e a pôs em prática um bom tempo depois quando já fazia parte da Banda VELUDO e, com essa música, dá para entender um pouco do processo de criação das músicas da banda, que em boa parte foram sendo construídas com o passar do tempo e de certa forma atualizadas sem perder a sua essência. 

A música é como o vinho, pois depende do tempo e da experimentação para se aperfeiçoar e chegar ao ponto certo da degustação/audição, portanto, aparentemente em minha visão, esse processo de criação e finalização das músicas teve como resultado, arranjos muito bem estruturados e consistentes pelo longo tempo de maturação que tiveram. 

A execução desta música teve a participação de Nelsinho Laranjeiras, Antonio Giffoni, Diogo de Castro, Daniel de Castro e Foguete Barreto no ano de 2016, quando do lançamento do álbum “Penetrando Por Todo Caminho sem Fraquejar”



 

Histórico da Composição:

Início dos anos 70, bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro. Dois adolescentes perambulam pelas ruas, cada um com seu violão. Cada banco de praça, portaria de prédio ou casa de amigos, é palco para uma apresentação.

Nelsinho Laranjeiras e Ari Mendes impressionavam pelo entrosamento musical, versatilidade e originalidade. E foi neste contexto que muitas músicas foram criadas, algumas cantadas, outras instrumentais. 

“Buraco Profundo” foi à primeira música idealizada por Nelsinho para ser executada por uma banda de rock. Para isso, precisava de um baterista, de um lugar decente para ensaiar, além de instrumentos e amplificadores. 

Se tinha a música, faltava-lhe todo o resto. “Buraco Profundo” só ganhou os palcos seis anos depois de composta, como parte do repertório do Veludo. 

Com o fim do grupo em 1978, nunca mais foi executada ao vivo. Com a volta da banda aos palcos em 2017, voltou a ser parte do repertório e incluída no CD “Penetrando por todo caminho sem fraquejar” lançado em 2016.

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15 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

 CAPÍTULO V - "Novos Olhos" 


Nesse quinto capítulo, adentramos um pouco mais na trajetória da Banda VELUDO, com a música “Novos Olhos”, de autoria de Nelsinho Laranjeiras e Miguel Pedra que de certo modo ficou  meio que em suspensão por quarenta anos, sendo resgatada e salva por uma preciosa fita cassete guardada por algum anjo, o que possibilitou esta gravação e de outras músicas ser inseridas no álbum, “Penetrando Por Todo o Caminho sem Fraquejar” de 2016.

Essa música foi muito tocada entre 1976 até 1978 com o final da banda e nunca tinha sido gravada, até que em 2013 iniciou-se um grande trabalho de pesquisa em ouvir as gravações feitas entre os ensaios e os shows, para que se pudesse extrair o melhor dessa e de outras músicas do momento Progressivo que a música aqui e no mundo passava.  

Apesar da minha idade, as músicas do VELUDO, são uma novidade em minha vida, pois mesmo tendo vivido plenamente a efervescência do rock progressivo dos anos setenta, um desvio do destino me colocou fora dessa linda e rica história e dessas músicas maravilhosas que já são parte da minha discoteca de cabeceira.

A música “Novos Olhos”, carrega todo o drama e teatralidade em sua letra, como em música, inserindo-a diretamente nos trilhos do rock progressivo clássico e mesmo sendo gravada tanto tempo depois, conseguiram fazer essa gravação sem macular sua sonoridade original, ou seja, mais uma pérola que a Banda VELUDO nos brinda.




Histórico da composição:

“Quando Nelsinho Laranjeiras assumiu a liderança do Veludo no final de 1975, sabia do enorme trabalho que teria para reestruturar a banda. Afinal, metade dela tinha se debandado para novos voos.

Paul de Castro (guitarra) foi para Os Mutantes. Elias (tecladista) casou-se, tornou-se comerciante de joias, e optou por uma carreira solo. Porém, antes mesmo do surgimento do Veludo, em 1974, Nelsinho já fazia parte de outro grupo. E foi com eles, seus velhos companheiros, que Nelsinho remontou o Veludo.

A primeira providência foi trazer Flavia Cavaca do “Paulo Bagunça e a Tropa Maldita” Seria uma força nos vocais, além dela ser multi instrumentista. O objetivo posterior era encontrar o mítico Miguel Pedra, super cantor, componente da outra banda de Nelsinho desde 72, que desaparecera sem deixar vestígio.

Encarnando uma espécie de Sherlock Holmes, Nelsinho Laranjeiras foi seguindo pistas até encontrar alguém que lhe desse o endereço do antigo parceiro e vocalista que voltara ao Rio Grande do Sul. Carta escrita e enviada. Convocação feita e aceita.

Pouco tempo depois desembarcava no Rio o novo vocalista do Veludo. Banda refeita, ora de recolocá-la nos trilhos. “Novos Olhos” foi a primeira música a ser trabalhada. Visava exprimir a mudança que todos estavam passando. “A vida que tínhamos antes, fechou-se atrás das cortinas” escreveu Miguel de forma simples, direta e, por que não dizer, poética.

Quando decidiram fazer o CD “penetrando por todo caminho sem fraquejar” lançado em 2016, essa era uma das músicas escolhidas. Por sorte, a canção fora gravada numa velha fita cassete durante um ensaio em 1976, o que possibilitou regravá-la fielmente mantendo, portanto, a sua estrutura original intacta.

Miguel Pedra aparece após 40 anos. Era um dia como outro qualquer. Liguei o computador para checar os e-mails e um deles me chamou a atenção. Dizia: Você conhece Miguel Pedra? Levei um susto. Claro que conhecia.

Miguel me contou em longos e-mails muitas histórias e então, surgiu o assunto que nos aproximou novamente. A música. Lembramo-nos das nossas composições e nos deu certa tristeza por não ter conseguido gravá-las na época.

Mas neste momento, algo aconteceu. A velha determinação de cumprir o seu papel nesta vida estava de volta. O compromisso com o destino, e o sentimento de algo inacabado que precisava chegar ao fim, nos levou a ação.

Nelsinho lhe fez uma nova proposta: reviver o Veludo, já que havia um projeto para gravação de um CD com base no material inédito da banda. Miguel aceitou o desafio. Veio do Amazonas para o Rio de Janeiro com o objetivo de fazer esse sonho se tornar realidade.

Miguel Pedra morreu 8 meses após terminar as gravações. Não viu o trabalho pronto. Não nesta vida. Quanto a Nelsinho, continuou com a produção do disco de forma obstinada para cumprir o último desejo do seu velho amigo e parceiro.

Se hoje concluímos esse projeto foi porque muita gente colaborou, mas que me desculpem todos. Ninguém fez mais do que ele. Obrigado Miguel. Você conseguiu.

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8 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

 CAPÍTULO IV - "Tema das Aves" 



Chegando ao quarto capítulo de dessa incrível história, da não menos incrível Banda VELUDO, nós nos deparamos mais uma vez com uma música de matriz temática complexa, criada e maturada ao longo de uns 25 anos por Nelsinho Laranjeiras, Paul de Castro e Antonio Giffoni, intitulada, “Tema da das Aves”

Com arranjos sinfônicos muito bem alinhavados para suportar a variação de temas que foram incorporados até chegar ao que agora ouvimos, esta música nos remete a um sentimento de liberdade, um vôo livre no nosso imaginário e, como gosto de comentar, proporcionaram mais uma viagem sem sair do lugar, com direito a janelinha e tudo mais. 

Esta versão que é a trilha sonora deste vídeo, foi extraída da legendária apresentação da Banda VELUDO quando da comemoração dos 50 anos de existência do Teatro Ipanema em 28 de novembro de 2018. 


Nesta ocasião, estava composta pelos seguintes músicos, Nelsinho Laranjeiras (Direção Musical e baixo); Antonio Giffoni (guitarra); Sérgio Conforti (bateria); Ronaldo Scampa (flauta, gaita e voz) e Silvio Romero (guitarra e violão), e como convidados especiais, Silvio Mazzei (vocal solo) Fernando Vinhas (teclados)

História da composição 

“Anos 90. Nelsinho Laranjeiras tinha acabado de produzir o histórico CD “Veludo ao Vivo”. Esse trabalho contou com o apoio do pesquisador e colecionador Zaher Zein. Após sua conclusão, nova proposta foi feita. 

O Sr. Zaher sugeriu que Nelsinho gravasse tudo que a memória ainda guardava e, quem sabe, fazer um novo trabalho a partir disso. Nelsinho pôs-se a trabalhar no novo projeto. 

Como imaginou arranjos com profusa utilização de teclados, emulando orquestras, além de órgão e Mini Moog, encontrou em Antonio Giffoni o músico certo. 

“Tema das Aves” reúne várias passagens musicais criadas ao longo dos anos, ou seja, de antes, durante e após o fim do Veludo. Nelsinho compôs e organizou as várias partes, mas inseriu uma composição de Paul de Castro que faz parte da música “A Chama da Vida”, presente no CD “Veludo ao Vivo”. 

Porém, tudo isso era apenas uma “demo” dos anos 90, e o projeto ficou esquecido por 25 anos. Em 2015 ao rever antigos arquivos musicais no seu computador, Nelsinho se deparou com esse trabalho. 

Mostrou para Giffoni, que se impressionou com o que ouviu. Decidiram que essa música tinha que entrar no CD que estava sendo finalizado. E assim foi feito. 

E por que “Tema das Aves”? Nelsinho lembra que esse era o nome dado ao tema principal que norteia a música do começo ao fim, e que foi inspirado no livro que conta a história de Fernão Capelo Gaivota. Um voo para a liberdade explorando limites.” 

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1 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

CAPÍTULO III - "Veludeando" 


Chegando ao terceiro capítulo da saga VELUDO, eis que temos a música “Veludeando”, outra pérola, com seus treze minutos de duração, nos transportando em uma viagem lisérgica que parece que não tem fim, com poucos momentos de sossego e na maior parte, bem visceral pela complexidade de seu tema.

Eu sou suspeito para falar dessa música que foi inegavelmente, um amor à primeira vista e, mesmo que eu a tenha conhecido há pouco tempo (o que é imperdoável), a impressão que tenho, é que é uma velha conhecida, pois se incorporou em minhas memórias e lembranças musicais como se eu a escutasse desde a época de sua criação. 

Esse fenômeno é por que, essa é uma daquelas músicas que são criadas de forma tão genial e generosa, que por si só, de um lado provoca esse tipo de reação e, por outro, revela o melhor de seus músicos, uma vez que esse tipo de música não aceita desaforo algum, ou seja, ou a enfrenta com coragem e sabedoria ou sai fora que é fria, vai ser engolido por ela. 

Veludeando foi criada por Nelsinho Laranjeiras, Paul de Castro e Elias Mizrahi ainda nos anos setenta e entre 1974/1975, serviu para abrir os shows das época e ultimamente é usada para o “bis” ao final das apresentações (por mim poderia ser executada na abertura e no bis). 


O vídeo em questão feito em 2018, é totalmente revelador quanto a este aspecto que abordei, considerando a performance dos músicos, dos quais não posso deixar de assinalar a atuação do Nelsinho Laranjeiras com seu baixo, sendo lançado a níveis estratosféricos, onde normalmente é usado como um quadjuvante na música, mas em suas mãos, o transforma em protagonista, muitíssimo afiado, como uma Katana de um samurai, coisa que poucos no mundo do rock conseguiram fazer com esse instrumento.

Continuando essa pequena dissecção musical, o Antonio Giffone, que é considerado por muitos, um mago nos teclados e realmente o é, desta vez mostrou que é também, um mago das guitarras, pelo show que deu, mas o que me impressionou de fato, por ser um instrumento de certa raridade em comparação a outros em bandas de rock, foi a excepcional flauta transversa de Ronaldo Scampa.

E sem medo de ser feliz, o coloco lado a lado de músicos como, Thjs Van Leer, Ian Anderson e Attila Kollar, pela similaridade de timbres e pela forma como toca, com precisão cirúrgica, se comunicando sem o uso da palavra, conseguindo passar mensagens muito claras do enredo da peça e como se não bastasse, assovia como ninguém, basta conferir no vídeo. 

Via de regra, todos sem exceção, são exímios instrumentistas com capacidade técnica e sentimentos para interpretar e entender as necessidades que em especial esta música cobra, portanto, vamos elencar a trupe que deu vida mais uma vez a esta peça, começando por Sérgio Conforti (bateria); Silvio Romero (guitarra e violão); Nelsinho Laranjeiras (Direção Musical e baixo); Antonio Giffoni (guitarra) e Ronaldo Scampa (flauta, gaita e voz) e como convidados especiais, Silvio Mazzei (vocal solo) e Fernando Vinhas (teclados).

História da composição:

"O Veludo, ainda em formação, acabava de estrear e dois componentes já estavam de saída. O saxofonista Pestana e o baixista Pedro Jaguaribe. Fui convocado para entrar para a banda como sendo a solução para o novo som que iria surgir. 

Foi com essa responsabilidade que apareci no primeiro ensaio. Longe de uma timidez, cheguei para mudar arranjos, inverter levadas e, semanas depois, inserir pequenas melodias e composições em temas que eles acreditavam que já estivessem definidos. 

Para esse processo tive o apoio incondicional do tecladista Elias Mizrahi. Afinal, foi com ele que formei, dois anos antes da estreia do Veludo, um dos grupos mais incríveis que já tinha participado. A “Antena Coletiva”. 

Lá, eu e Elias, tivemos momentos de incrível entrosamento e cumplicidade musical. Escolhida para ser a música de abertura dos shows do Veludo no período 1974 / 1975. Veludeando me traz boas recordações. 

Quando entrei para o grupo, Veludeando ainda era um esboço do que viria a ser, isso me deu oportunidade de “meter o bedelho”. Abrasileirei as partes indefinidas e, no segundo ensaio, já tinha composto algumas melodias e alguns trechos para serem inseridos. 

Meus novos companheiros devem ter me achado muito atrevido. Mal entrava no ônibus e já queria sentar na janela. Essa característica sempre me acompanhou e muitas vezes me atrapalhou quando me tornei músico profissional. 

Minha sorte no Veludo foi ter convivido com músicos geniais como Paul de Castro, Gustavo Schroeter e Elias Mizrahi. Com a volta do Veludo em 2017, Veludeando voltou a ser apresentada 42 anos depois. A partir daí, entrou definitivamente para o nosso repertório sendo a música do bis." 
Nelsinho Laranjeiras.




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