28 de mar. de 2011

ELOY - "Planets" - 1981

Este é um dos álbuns mais manjados da internet, "Planets", do Eloy, mas não seria por isso que eu o deixaria de fora aqui no blog  ou por qualquer outra alegação, pois é uma jóia rara de uma das bandas mais criativas do rock progressivo, mesmo provavelmente não sendo a mais famosa ou badalada, mas para mim ocupando o topo com os grandes nomes do rock que tão bem conhecemos. 

O que torna para mim tão atraente o trabalho do Eloy é o fato de praticamente haver uma mudança em seu elenco de músicos, o que normalmente é um grande problema para qualquer banda, para o Eloy funciona como um combustível, pois mesmo com o troca-troca de músicos, a qualidade do produto não é abalada, sua essência permanece a mesma, sempre, talvez pelo alto nível criativo de Frank Bornemann e também porque não dizer da escolha sempre acertada dos músicos que compõem a banda. 

Capa da edição Inglesa
Existem comentários a respeito desta fase do Eloy que seria um tanto comercial, mas considero que há controvérsia a respeito deste tema, uma vez que não tenho notícias deste ou outro álbum qualquer ter sido tocado maciçamente em rádios FM's ou mesmo ter conseguido estar no topo das paradas de sucesso na Europa ou nos EUA, o que para mim é um forte indício de que sua música continuou a mesma nesta época, ou seja, a banda produzia exatamente o que queria sem se preocupar em atender as exigências de gravadoras ou a pressões que as rádios FM's exercem sobre os artistas. 

Este álbum não traz sequer uma única música que seja dançante ou mesmo que só tenha uns três acordes acompanhados de uma letra medíocre que faça apologia ao nada, o que começava a ser uma das tendências para se fazer sucesso no início dos anos oitenta, a década da imbecilização musical, onde a tônica era o retrocesso e o dinossauros do rock eram aqueles que não embarcaram nesta onda furada. 

Ao contrário disto, "Planets" está recheado de letras e arranjos musicais de altíssimo nível, o que não chega a surpreender quando estamos falando de Frank Bornemann, uma figura legendária e ao mesmo tempo muito querida no meio musical, pois carrega consigo um carisma muito grande e por onda vai passando, uma legião de amigos vai formando. 

E como não poderia deixar de ser, este álbum é um convite permanente a sua audição, pois foi feito para a banda e não para um único músico, portanto é o tipo de álbum que dá oportunidade a todos de mostrar suas habilidades e neste caso, nomes bem conhecidos se fazem presentes neste projeto, basta dar uma conferida nos músicos que deles participaram. 

O destaque fica por conta do conjunto da obra, ou seja, de suas músicas, músicos e criadores. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

Musicians:Hannes Arkona / guitars, keyboards
Frank Bornemann / vocals, guitars
Hannes Folberth / keyboards
Klaus-Peter Matziol / basses, vocals
Jim McGillivray / drums, percussion

Tracks:
1. Introduction (1:58)
2. On The Verge Of Darkening Lights (5:37)
3. Point Of No Return (5:45)
4. Mysterious Monolith (7:40)
5. Queen Of The Night (5:22)
6. At The Gates Of Dawn (4:17)
7. Sphinx (6:50)
8. Carried By Cosmic Winds (4:32)

LINK

"Mysterious Monolith"

"At The Gates Of Dawn"

3 comentários:

  1. Prezado Gustavo,

    A música "Time to Turn", do disco homonimo, andou tocando muito numa fm de BH. Fez um relativo sucesso. Ainda assim, concordo plenamente contigo. Discos como "Planets" e "Time to Turn" são bem progressivos, viajantes mesmo! Era raro , nos anos 80, bandas oriundas da década de 70, continuarem criativas e progressivas como o Eloy.

    Um detalhe no "Planets", é o disco da banda q tem menos guitarras. Neste os teclados dominam mesmo!
    "Planets" é um dos meus preferidos do Eloy. Obra prima!

    Abraços

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  2. Meu amigo,

    Salvo raríssimos trabalhos, o Eloy tem um comportamento muito linear, em praticamente toda a sua carreira, mesmo com as entradas e saídas de músicos que sob a batuta de Frank Bornemann, conseguiu manter o equilíbrio do grupo que permanecia, realizou verdadeiras obras de arte, como esta que você também considera.........

    Fico imaginando como seriam os trabalhos se o Eloy tivesse uma formação mais duradoura, como foi o caso do Genesis que até a saída de Peter Gabriel, teve bem poucas mudanças, conseguindo sedimentar as bases musicais do grupo......

    O Eloy para mim, ocupa o mesmo patamar das bandas mais afamadas do rock progressivo, ou seja, sou fã incondicional de todos os trabalhos, inclusive dos mais recentes.......


    Um forte abraço,

    Gustavo

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    Respostas
    1. Cara parabens, eu tambem sou fansaço do Eloy,
      pra mim é a banda mais progressiva q existe junto com pink floyd e Yes, abraços.
      paulo cesar - cuiaba

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