A segunda geração do rock progressivo (leia-se anos oitenta), sem dúvidas no brindou com algumas surpresas e dentre elas, está o IQ, que é oriundo do The Lens (1976-1981), outra banda excelente banda e neste rastro, vieram a voz a guitarra e os teclados que formam o IQ.
Em geral produzem muito bons álbuns e para mim só a presença de Martin Orfford com seus teclados mágicos já valem o show, mas na verdade o IQ é muito mais que isso, pois possui forte personalidade e um DNA de dar inveja a muito marmanjo.
O conjunto da obra é sempre muito rico em qualquer situação e particularmente se saem muito bem quando estão no palco, pois os trabalhos de estúdio sempre levam mais em conta a técnica de cada um do que o uso exagerado da tecnologia que muitas vezes nos leva a algumas impossibilidades no ambiente de um palco sem agregar mais músicos.
Nesta gravação, “Live In Aschaffenburg”, feita em 2002, é flagrante a sinergia da banda, com Peter Nicholls afinadíssimo, Martin Orfford surfando pelos teclados uma onda gigante sem fim e Michael Holmes empunhando sua guitarra como um “guitar hero” duelando o tempo todo com a banda.
Como sempre na cozinha da banda, baixo e bateria dão o suporte necessário para sustentar os complexos e sofisticados arranjos e enredos musicais, uma característica marcante da banda, pois todas as suas músicas são carregadas por uma alta demanda cultural e psicológica muito fortes, ou seja, o IQ é sempre uma boa opção.
IQ Paul Cook - Drums Michael Holmes - Guitar and Keyboards John Jowitt - Bass and backing vocals Peter Nicholls - Lead vocal Martin Orfford - Keyboards and backing vocals
Tracks:
CD 1 01. Intro [3:56] 02. Awake and Nervous [8:32] 03. The Thousand Days / The Magic Roundabout [9:18] 04. The -Wrong Side Of Wierd [13:02] 05. State Of Mine / Leap Of Faith / Came Down [10:46] 06. Erosion [7:18] 07. The Seventh House [14:56] CD 2 01. The Narrow Margin (middle section) [6:05] 02. Just Changing Hands [6:45] 03. Guiding Light [10:28] 04. The Last Human Gateway [22:08] 05. Subterranea [7:43]
Este Box set é destinado a aficionados do Pink Floyd, pois contempla gravações feitas entre os anos de 1970 e 1972, pré era de The Dark Side Of The Moon, com gravações bem interessantes do que viria a ser um dos álbuns mais aclamados da história do rock.
Mas não fica por aí, pois está repleto de outras pérolas da banda, levando se em conta que são 52 faixas distribuídas em sete cds, gravados em diversas ocasiões e locais, como o “RLT - Radio Broadcast Live At Palais Des Sports De L'Ile Des Vannes Saint-Ouen, France, December 1 1972”; “Winterland Auditorium, San Francisco, CA, September 24, 1972”; “Pepperland Auditorium, San Rafael, CA, October 16, 1970”; “Festival De Musique Classique Pavilion De Montreux, Montreux, Switzerland, September 18, 1971”, bem como um , “Previously Unreleased Dark Side Of The Moon Studio Outakes”.
No meio disso tudo, eu não poderia deixar de destacar, a faixa 48 - Atom Heart Mother (With Brass And Choir), com uma apresentação impecável e indelével, digna de elogios e adoração, pois é música que divide o Pink Floyd nas eras psicodélicas e progressiva, é o marco que levaria a banda a criar DSOTM, Wish You Were Here, Animals e tudo o mais que veio na sequência.
PINK FLOYD
David Gilmour
Roger Waters
Richard Wright
Nick Mason
Tracks:
RLT - Radio Broadcast Live At Palais Des Sports De L'Ile Des Vannes Saint-Ouen, France, December 1 1972
Disc 1
01 Speak To Me
02 Breathe
03 On The Run
04 Time
05 Breathe (Reprise)
06 The Great Gig In The Sky
07 Money
08 Us And Them
09 Any Colour You Like
10 Brain Damage
11 Eclipse
12 One Of These Days
13 Careful With That Axe, Eugene
14 Blues
Disc 2
15 Echoes
16 Childhood End
Winterland Auditorium, San Francisco, CA, September 24, 1972
17 Speak To Me
18 Breathe
19 On The Run
20 Time
21 Breathe (Reprise)
22 The Great Gig In The Sky
23 Money
24 Us And Them
25 Any Colour You Like
26 Brain Damage
27 Eclipse
Disc 3
28 One Of These Days
29 Careful With That Axe, Eugene
30 Echoes
31 Set The Controls For The Heart Of The Sun
Pepperland Auditorium, San Rafael, CA, October 16, 1970
39 Tune Up
40 The Embryo
41 Green Is The Colour
42 Careful With That Axe, Eugene
43 A Saucerful Of Secrets
Festival De Musique Classique Pavilion De Montreux, Montreux, Switzerland, September 18, 1971
Disc 6
44 Echoes
45 Careful With That Axe, Eugene
46 Set The Controls For The Heart Of The Sun
Disc 7
47 Cymbaline
48 Atom Heart Mother (With Brass And Choir)
49 A Saucerful Of Secrets
Previously Unreleased Dark Side Of The Moon Studio Outakes
50 Time
51 Brain Damage
52 Us And Them
Como primeira postagem do ano, a vontade é de se começar com o pé direito e para tanto, começo com a banda TRITONUS, que me foi apresentada por um antigo participante do blog, Roderick Verden.
Muito boa dica, pois se trata de um grupo alemão de rock progressivo, influenciado pelo ELP, que soube absorver o espirito e a técnica com muita personalidade e criatividade para gerar seu próprio DNA.
A partir destas influências produziram peças muito ricas e interessantes, que talvez por falta de maior divulgação à sua época, não tiveram o seu devido reconhecimento.
A banda esteve ativa entre 1972 a 1979, lançou apenas dois álbuns nesse curto período, "Tritonus" e "Between The Universes" e mais um álbum gravado a partir de uma apresentação, "In The Sky- Live At Stagge's Hotel", mas sem duvidas, deixou um grande legado musical que vale muito a pena ser explorado, pois tem conteúdo muito sólido e marcante.
TRITONUS - 1975 01. Escape And No Way Out 02. Sunday Waltz 03. Lady Madonna 04. Far In The Sky 05. Gliding
06. Lady Turk 07. The Trojan Horse Race (Single 1978)
Group:
Peter K. Seiler: Hammond organ, Moog synthetizer, Steamway-piano, e-piano, Mellotron, Celesta, Church organ
Ronald Brand: bass, vocals, acoustic & electric guitar, percussion
Charlie Jost: drums, percussion
BETWEEN THE UNIVERSE - 1976
01. Between The Universes
02. Mars Detection 03. Suburban Day Suite 1. The Day Awakes 2. The Day Works 3. The Day Rests
Group: Peter K. Seiler / organ, piano, synthesizers Rolf Dieter / bass, vocals, guitar Bernhard Schuh / drums
Far In The Sky - Live At Stagge's Hotel - 1977
01. Between The Universes 02. Gliding 03. Escape And No Way Out 04. The Trojan Horse Race 05. The Day Awakes 06. The Day Works7Far In The Sky
Group: Peter K. Seiler: organ, piano, synthesizers Rolf Dieter Schnapka: bass, vocals, guitar Arthur Weiss: drums
Como é uma discografia de apenas três álbuns, considerei que valeria a pena postá-los todos de uma vez, portanto, aí está o link para os álbuns:
Hoje tive uma gratíssima surpresa que certamente será uma grata surpresa para outros também, pois mais uma vez, o mago do rock progressivo, Frank Bornemann, nos presenteia com seu mais novo álbum, “The Vision, The Sword and The Pyre – Part I”, recem saído dos fornos de sua gravadora, logicamente com sua marca registrada, o ELOY.
Os anos vão passando, mas o vigor, a intensidade e principalmente sua criatividade só aumentam, pois logo na primeira faixa ele nos remete a outra dimensão musical e quem é bem velhinho como eu e acompanha a banda a mais de quatro décadas vai entender o que estou dizendo.
Mesmo bandas setentistas que ainda estão na ativa e lançaram trabalhos mais recentemente não conseguiram trazer a verdadeira atmosfera que caracteristicamente marca o rock progressivo, com temas muito bem elaborados e que são materializados com arranjos complexos e sofisticados, o que demanda perícia e virtuosismo de seus músicos e como todos dessa época devem estar com idades variando pela casa dos setenta anos é totalmente compreensível muitas vezes, a falta de saco para ir adiante e ousar.
E por falar em músicos virtuosos, não custa lembrar que Frank Bornemann (vocals, guitar) não faz tudo sozinho, portanto ele não está só nesta empreitada, muito pelo contrário, está muito bem acompanhado de amigos de longa data como Klaus-Peter Matziol (bass), Hannes Folberth (keyboards), Michael Gerlach (keyboards), Bodo Schopf (drums) e para reforçar o elenco, Anke Renner (vocals) e Volker Kuinke (recorder).
Com um elenco desses, a unidade musical do Eloy fica extremamente preservada, levando-se em conta a existência de músicos que praticamente passaram por todas as fases da banda desde os idos dos anos setenta e claro, a presença mandatória e marcante de Frank Bornemann, o mentor musical de toda esta loucura.
Só deu tempo de escutar o álbum uma vez, para que pudesse disponibiliza-lo logo, mas do pouco que o que ouvi, mas posso afirmar que ele é muito mais bem elaborado e rico em sua temática em relação ao seu antecessor de estúdio, Visionary, lançado em 2009, que considero um álbum muito bom também.
Esta única escutada, foi suficiente para (....daqui para frente é um spoiler, portanto vá por sua conta e risco....) sentir a presença marcante de álbuns como, “Planets” e o “Time to Turn”, com uma pitadinha do “Silent cries and mighty echoes” se entrelaçando, criando um novo cenário musical, mas preservando o DNA da banda, que para quem já está familiarizado sabe que vai escutar belíssimos arranjos e solos de teclado e guitarra, acompanhados de um coro vocal para selar o enredo.
Trata-se de, se me permitem, de uma opera rock, focada na história da heroína francesa, Joana D’arc, onde Frank Bornemann explora de forma bem sofisticada e precisa, a vida, seus feitos e seu trágico destino, que aparentemente será explorada em duas partes, mas só o tempo vai dizer se haverá sequência para este ambicioso projeto que está sendo maturado já a alguns anos e que tem como objetivo final, uma grande produção para os palcos, portanto só nos resta ficar na torcida para que realmente ele seja concluído.
Enquanto isso não acontece, aproveitemos a primeira parte desta intrigante história, ao som de uma das melhores e longevas bandas de rock progressivo de todos os tempos, sob o comando de uma das mais brilhantes mentes da música, Frank Bornemann.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
ELOY: Fank Bornemann - vocals, guitar Hannes Folberth - keyboards Michael Gerlach - keyboards Klaus-Peter Matziol - bass Bodo Schopf - drums Guests: Anke Renner - vocals Volker Kuinke - recorder
Tracks: 01. The Age Of The Hundred Years' War 02. Domremy On The 6th Of January 1412 03. Early Signs ... From A Longed For Miracle 04. Autumn 1428 At Home 05. The Call 06. Vaucouleurs 07. The Ride By Night... Towards The Predestined Fate 08. Chinon 09. The Prophecy 10. The Sword 11. Orleans 12. Les Tourelles 13. Why?
Como já havia comentado antes, para me fazer sair da toca, tal qual uma moreia, tem que ter um motivo muito forte, e para tanto, só uma banda como o Triumvirat para me estimular a tal feito.
É de conhecimento geral que a banda é mosca branca na net, pois há muito pouco material disponível, portanto antes de tudo é uma obrigação em divulga-lo logo para que mais interessados na música da banda tenha acesso a este documento histórico.
Este álbum trata-se de um show realizado no Palace Providence, RI, em 1974, trazendo na íntegra, as músicas do álbum "Illusions on a Double Dimple", que é um marco na história da banda.
A gravação não está boa, está muito metalizada, mas é o que temos para o momento, e se houver algum “Cristo” com aptidões especificas em remasterizar estes arquivos que foram criados a partir de gravações em fita "Dan Lanpinski" (confesso que nunca tinha ouvido falar), a comunidade progressiva desde já, agradece muito.
Fato interessante é poder ouvir a voz do saudoso "Helmut Köllen" ao vivo, fora do ambiente de estúdio, mostrando o que realmente sabia fazer, pois sua passagem deixou uma lacuna nas vozes progressivas dos anos setenta.
"Jurgen Fritz" dispensa qualquer tipo de comentário a respeito de sua genialidade e virtuosismo diante de seus teclados, pois fica evidente quando escutamos qualquer musica sua.
"Hans Bathelt", como sempre dá um espetáculo em sua bateria, e talvez muito entusiasmado pelo andamento do show, praticamente acaba com seu instrumento durante a execução da suite, "Mister Ten Percent", dando uma aula de como é que realmente se faz.
A bem da verdade, não há muito o que comentar, pois as músicas do álbum, "Illusions on a Double Dimple" são muito conhecidas e exaustivamente discutidas em milhares de blogs, inclusive aqui, portanto, vou ficando por aqui, e não percam a oportunidade de se encontrarem com mais esta pérola do "Triumvirat".
RECOMENDADÍSSIMO!!!!
Triumvirat:
- Hans Bathelt — percussão - Jürgen Fritz — teclados, vocais - Helmut Köllen — baixo, violão, guitarra, vocal principal
Tracks:
01) Illusions On A Double Dimple Flashback Schooldays Triangle Illusions Dimplicity Last Dance 02) Mister Ten Percent Maze Dawning Bad Deal Roundabout Lucky Girl Million Dollars
Hoje atingimos a marca de mais de
1.000.000 de acessos, após sete anos de trabalho, o que hoje em dia não é nada
tendo em vista a velocidade dos acontecimentos, mas se observarmos a
especificidade da temática do blog, eu particularmente fico muito feliz.
Olhando para trás, lembro que
aconteceu muita coisa boa e ruim, momentos muito engraçados, mas também muito
tensos e com muito destempero de minha parte e de alguns visitantes, mas o que
importa é que estamos todos vivos e bem.
Pela terceira vez, vou repetir um
mesmo álbum, não só por gostar muito dele, mas principalmente por ele ser um campeão
de acessos, o que reflete a importância musical que este álbum representa.
Para quem ainda não o conhece,
não perca a chance de estar diante de uns dos álbuns mais carismáticos e
fantásticos que eu em minha longa jornada de vida eu me deparei, mas vamos ao
que realmente interessa ou seja, ao álbum, Subterranea The Concert, do IQ,
banda da segunda geração do rock progressivo.
Aproveito o momento para
agradecer a todos por termos atingido esta marca, pois ela não é minha, mas sim
o resultado da audiência de todos vocês ao longo destes sete anos de convivência,
portanto mais uma vez, muitíssimo obrigado!!!!
Na última postagem eu havia dito o
seguinte:
"Ultimamente o volume de informações que tem chegado até o blog, via os “Comentários”,
é tão grande que eu confesso que estou ficando completamente perdido e
um tanto pirado, pois como as opiniões são diversas e em alguns casos
bem divergentes, mas ao mesmo tempo com muita consistência, isto tem me
causado certa confusão mental, ou seja, há muita coisa ainda a ser
refletida.
Tenho
observado certo saudosismo em relação ao cenário musical atual (de
minha parte também), onde todos de alguma forma têm expressado suas
opiniões neste sentido, o que me causa certa preocupação, pois talvez eu
e os demais amigos que têm frequentado o “boteco dos comentários”,
estejamos sendo exigentes demais e um tanto preconceituosos em relação a
tudo o que foi produzido após os anos setenta, que em meu conceito, é
um ponto fora de uma curva de normalidade e que provavelmente jamais
será igualado ou mesmo superado.
Nós não podemos nos tornar um bando de “velhinhos”
chatos, decrépitos e reacionários, que só conseguem olhar para trás com
medo do que possa estar pela frente, por temer que algo novo seja
melhor ou tão bom quanto o que vivemos no passado, apesar de que eu ache
isso bem difícil de acontecer, mas em fim, cada cabeça é uma sentença e
tudo pode acontecer, portanto, há algum tempo eu tenho experimentado
ouvir algumas bandas mais atuais para dar uma reeducada no gosto, mas
isso é uma conversa para outro fórum.
Eu
mesmo sou um defensor que os anos oitenta para a música, foram os anos
das trevas, da mediocridade musical e tudo mais, e analisando o que
aconteceu nos anos 80 e 90 em relação a grandes nomes que surgiram como
representantes da música daquelas décadas, realmente não há com o que
ficar entusiasmado, porém, uma pequena chama do rock progressivo,
permaneceu acesa em um universo Underground em paralelo a tudo que
estava acontecendo no mundo da música.
Lembro
que, nomes muito interessantes e hoje em dia bem conhecidos, surgiram
no meio do caos formado pelo Punk Rock, New Wave, o movimento Grunge e
outras subvertentes musicais de menor destaque, e no caso poderia citar
algumas bandas como o Marilion, Pendragon, IQ, Citezen Cain, Glass Hammer, Dream Theater, será??? , Mostly Autunm
mais tardiamente e alguns outros nomes que se analisarmos friamente,
sem o manto sagrado setentista, isolando-os de uma época inimaginável
como foi a década de setenta, é possível ficar diante de trabalhos muito
bons e alguns até excepcionais.
Um trabalho que eu considero excepcional é o “Subterranea - The Concert”, do IQ,
que eu já havia postado há uns dois anos atrás e agora mais uma vez o
trago a tona, por ser um belíssimo trabalho, que corajosamente sem medo
de levar porradas, comparei-o com The Lamb Lies Down On Broadway, tamanha a sua grandiosidade e sofisticação para um tempo em que não se exigia mais que uns três acordes e tudo bem.
Caracteristicamente, seu vocalista, Peter Nichols tem como ídolo, motivação e inspiração, Peter Gabriel, o que não é de se estranhar, pois os vocalistas do Marillion e do Citizen Cain também o tinham como referencia, mas porque será???
OIQ tem também conta com um cidadão chamado Martin Orford que simplesmente é um gênio compositor e um invejável e exímio tecladista, criando atmosferas espaciais muito bem elaboradas.
Na
resenha anterior, eu coloquei mais detalhes que podem orientar melhor o
que é esta banda e principalmente o que significou o álbum, “Subterranea - The Concert”, para a segunda geração do rock progressivo, o “Neoprog”
e por incrível que possa parecer, tem tudo a ver com o que estamos
sentindo neste momento, principalmente o que está dito no último
parágrafo."
RECOMENDADÍSSIMO!!!!
IQ: Paul Cook / drums, percussion Michael Holmes / guitars, keyboards John Jowitt / bass, bass pedals Peter Nicholls / vocals Martin Orford / keyboards, backing vocals Guest musician: Tony Wright / saxophone
Tracks: CD 1 01. Overture 02. Provider 03. Subterranea 04. Sleepless Incidental 05. Failsafe 06. Speak My Name 07. Tunnel Vision 08. Infernal Chorus 09. King of Fools 10. Sense in Sanity 11. State of Mine
CD 2 01. Laid Low 02. Breathtaker 03. Capricorn 04. The Other Side 05. Unsolid Ground 06. Somewhere in Time 07. High Waters 08. The Narrow Margin
A alguns dias atrás, fui surpreendido via Facebook, com a capa de um álbum, que mostrava algumas referências ao trabalho do Pink Floyd, inclusive em seu título, e aparentemente tratava-se de uma banda de metal, que particularmente adoro, portanto resolvi investigar.
A banda, é o Maestrick e o nome do álbum, “The Trick Side Of Some Songs”, que reúne nada mais nada menos do que músicas do Pink Floyd, Queen, Rainbow, Beatles, Yes e do Jethro Tull em versões muito interessantes, revelando assim o DNA da banda que vai muito além do metal progressivo, mergulhando de cabeça no rock progressivo clássico e no hard eclético do Queen, mostrando o que há de mais importante quando se resolve flertar com os grandes ícones do rock, personalidade.
Aliás, sobrou personalidade e talento a esses músicos, pois souberam muito bem cutucar os vários leões com a vara curta e não se feriram, algo realmente impressionante, pois já vi e escutei muita gente boa e conhecida fazendo isso e tropeçando logo nos primeiros acordes.
O mais legal de tudo isso, são brasileiros, de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, portanto o gosto em escutar este álbum só aumenta ao ouvir jovens músicos mandando ver muito bem, sobre clássicos imortais do rock.
A banda atualmente é formada por Fabio Caldeira (vocal e piano); Renato “Montanha” Somera (baixo e vocal); Heitor Matos (Bateria e percussão) e para este álbum contaram com diversas participações especiais com a presença de Rubens Silva: Guitars/Acoustic Guitars /Vocals; Mauricio Lopes: Keyboards and Backing Vocals; Dani Castro: Vocals and Backing Vocals; Carol Penhavel: Vocals and Backing Vocals; Andrea Porzio Vernino: Orchestral arregements and conducer; Orchestra OBA! (Orquestra Belas Artes): Orchestra e Paulo Pacheco: Guitars.
Apesar de ser música, este trabalho tem cores vibrantes, pois em cada faixa, há uma mensagem muito bem definida que naturalmente a banda soube passar ao deixar suas impressões digitais nas músicas, que por sinal foram muito bem escolhidas, independente do seu grau de dificuldade, sofisticação e popularidade, deixando em alto relevo a marca Maestrick.
Não são músicas quaisquer, pois quem tem um pouco de juízo, não brinca em fazer um medley de músicas do Yes como “Soon”, “Close to The Edge”, “Roundabout”, “Changes” e “Give love Each day” e ainda por cima saindo-se muito bem, ou mesmo apoderando-se da legendária, “While My Guitar Gently Weeps", de autoria direta de George Harrison, com um arranjo no mínimo surpreendente e digno da grandeza e poder que esta música tem, mostrando um trabalho altamente profissional, qualificado e principalmente respeitoso em relação ao que estas músicas representam para diversas gerações.
Mas não para por aí, pois anda temos que citar, “Near-Brain Damage” do Pink Floyd, “The Ogre Fellers Master March”, Parte 1 (The Battle) e parte 2 (The Fairy and the Black Queen) do Queen; “Aqualung” do Jethro Tull e “Rainbow Eyes” do Rainbow em versão sinfônica, ou seja, o recado foi dado pela banda que não poupou esforços e coragem em produzir um álbum eclético, vibrante, instigador, um verdadeiro tributo aos seus ídolos que certamente são suas fontes de inspiração.
Cabe ressaltar ainda que estamos no Brasil, onde a acéfala indústria fonográfica faz questão de banalizar a sua matéria prima, que são os compositores e interpretes, praticamente forçando-os a produzir o que há de pior para a cultura, com um material descartável e facilmente esquecível, por conta de altos lucros a baixo custo, quase que sepultando definitivamente a música em nosso País, seja qual for o gênero e no entanto, somos surpreendidos com este material de altíssima qualidade musical, tanto no que se refere a seus interpretes, bem como pelas próprias músicas.
Como última postagem do ano aqui no blog, está sendo muito gratificante poder divulgar esta banda que ao acaso chegou ao meu conhecimento, tomou conta do pedaço e agora só nos resta torcer pelo contínuo sucesso do grupo e que venham mais álbuns com esta mesma vibe!!!!
Maestrick: Fabio Caldeira (vocal e piano); Renato “Montanha” Somera (baixo e vocal); Heitor Matos (Bateria e percussão)
Convidados: Rubens Silva: Guitars/Acoustic Guitars /Vocals; Mauricio Lopes: Keyboards and Backing Vocals; Dani Castro: Vocals and Backing Vocals; Carol Penhavel: Vocals and Backing Vocals; Andrea Porzio Vernino: Orchestral arregements and conducer; Orchestra OBA! (Orquestra Belas Artes): Orchestra; Paulo Pacheco: Guitars; Arte Gráfica: Ricardo Chucky com montagem de Netto Cruanes e design de Audrey Sarraceni.
Tracks: 01 Almost a Brain Damage 02 Yes, It’s a Medley! 03 The Ogre Fellers Master March – Part I: The Battle 04 The Ogre Fellers Master March – Part II: The Fairy and The Black Queen 05 Aqualung 06 While My Guitar Gently Weeps 07 Rainbow Eyes 08 Almost a Brain Damage (Reprise)
Já perdi a conta de quantos tributos já foram feitos para o Pink Floyd e nem posso imaginar quantos outros mais surgirão. Motivos, é o que não falta para essa compulsão Pinkfloydiana que é sempre sentida em cada novo álbum que vai surgindo.
Há um certo fetiche sobre tudo o que gira em volta do Pink Floyd que desde o final da década de sessenta se destacou na cena rock, seja por suas performances em público, bem como pelos escândalos provocados pela loucura de Sid Barrett, mas principalmente por sua música de vanguarda, além do tempo, que até hoje seduz jovens ouvidos, mesmo tendo passado tanto tempo.
Este agora, intitulado, “A Collection of Delicate Diamonds- A Tribute to Pink Floyd” que nem é tão recente assim, pois é de 2011 e me passou despercebido, não é mais um Tributo, é um dos melhores tributos que já escutei, senão o melhor.
Em primeiro lugar, são vinte e seis músicas, o que por si só já é uma coisa boa, mas principalmente pela possibilidade em permitir uma penetração no vasto universo do Pink Floyd, indo até bem próximo de músicas mais viscerais e psicodélicas, como “Obscured By Clouds”, “Echoes”, “Set The Controls For The Heat Of The Sun” e “Careful With That Axe, Eugene” até músicas do álbum “The Wall”, sem se esquecer de “The Dark Side Of the Moon” e “Wish You Were Here” logicamente.
Esse álbum não celebra apenas a música do Pink Floyd, mas também a reunião de um elenco mega estelar de músicos vindo de bandas de várias vertentes musicais como o “Kiss”, “Toto”; “Journey”, “Deep Purple”, “Styx” e tantos outros, sem falar em bandas afins como o Yes, ELP, Jethro Tull, King Crimson e mais uma penca de outras bandas.
E do povinho que habita estas bandas podemos citar, Rick Wakeman, Keith Emerson, Tony Kaye, Tone Levin, Steve howe, Peter Banks, John Wetton, Edgard Winter, Glen Hughes, Ian Anderson, Alan White e vários outros astros do rock completam este time e por mais que se tente preservar a integridade das músicas neste tipo de álbum, não é incomum ver a característica de um ou outro músico aflorando sobre o tema musical.
E na verdade, não poderia ser diferente, pois para executar essas peças complexas e sofisticadas, o músico tem que ser um ponto fora da curva, ou então o desastre musical eminente está garantido.
Existe até uma certa fidelidade ao original, entretanto, pequenos desvios são facilmente observados, mas que no fundo dão um certo charme a música, então o que poderia soar estranho, acaba por proporcionar uma sonoridade bem agradável, podendo ser considerada, como uma releitura do original e não um desvio musical conforme disse a pouco.
Isso depende da sensibilidade de cada um, portanto o que soa legal para mim, pode ser algo repulsivo para outro, portanto, cada um terá que achar a sua própria verdade ao escutar este álbum.
Tracks:
Disc 1
01. Speak To Me - Breathe (In the Air) / voc: Adrian Belew (5:35)
02. Shine On You Crazy Diamond/ voc, g: Steve Lukather (6:51)
03. Welcome To the Machine / voc: Doug Pinnick (7:51)
04. Money / voc: Tommy Shaw (6:23)
05. Have a Cigar / voc: Bobby Kimball (5:17)
06. Run Like Hell / voc: Jason Scheff (5:10)
07. Young Lust / voc: Glen Hughes (4:21)
08. Hey You / voc, b: John Wetton (4:46)
09. Brain Damage / voc: Colin Moulding (3:51)
10. Eclipse / voc: Billy Sherwood (1:50)
11. Us and Them / voc: Jeff Scott Soto (6:20)
12. Any Colour You Like (4:13)
13. Another Brick In the Wall, Pt. 1 / voc, keyb, g, b: Billy Sherwood (3:15)
Disc 2
01. Another Brick In the Wall, Pt. 2 / voc: Fee Waybill (4:01)
02. Comfortably Numb / voc, g: Billy Sherwood (6:53)
03. The Great Gig In the Sky / voc: C.C. White (4:40)
04. Time / voc, g: Gary Green (7:00)
05. Goodbye Blue Sky / voc, g: Billy Sherwood (2:42)
06. In the Flesh / voc: Adrian Belew (3:05)
07. The Thin Ice / voc, fl: Ian Anderson (2:32)
08. Mother / voc, b: John Wetton (6:01)
09. Echoes / Alien Sex Fiend (5:45)
10. Obscured By Clouds / Ummagumma (7:02)
11. On the Run / Larry Fast, Alan White (3:18)
12. Set the Controls For the Heart of the Sun / Psychic TV (8:55)
13. Careful With That Axe, Eugene / Nik Turner (8:35)
É um Yes II??, não, não é, é o ARW, Anderson, Rabin e Wakeman, tocando alguns sucessos do legendário, primeiro e único Yes e como não poderia deixar de ser, a alma e a coluna dorsal da banda falaram muito mais alto aqui nesta versão do que o próprio Yes de hoje em dia, totalmente desfigurado e lento.
Não é uma desfeita, é uma realidade que assombra o Yes há muito tempo, talvez desde a época da entrada de Benoit David no Yes, um excelente vocalista que ao substituir Jon Anderson não aguentou o tranco e perdeu a voz, sendo substituído em seguida por Jon Davison, outro grande vocalista, mas sem o mesmo carisma do “Jon” original, pois infelizmente, Jon Anderson é insubstituível quando o negócio é cantar as músicas do Yes, levando-se em conta que foram feitas especialmente para ele, com um timbre vocal inigualável e as músicas sentem a falta da presença dele e isto para mim é um fato.
Jon Anderson
Fora esses problemas, o Yes sofreu outra perda irreparável, com a passagem para um plano superior de Chris Squire, outro gênio da banda, uma figura carismática e querida por todos, talvez o maior baixista de todos os tempos que o rock já viu e provavelmente verá.
Chris Squire
Alan White, com problemas na coluna, é uma baixa temporária, foi submetido a uma cirurgia e está fora de combate por algum tempo, sendo substituído por Jay Schellen, que confesso que não o conheço, mas se foi convocado, no mínimo deve ser muito bom.
Alan White
Geoff Downes é um puta de um tecladista, e não há dúvidas quanto a isso, mas Rick Wakeman é um problemão na vida de qualquer um que for substituí-lo, seja por questões técnicas na escolha do equipamento e/ou principalmente pelo seu jeito peculiar de empunhar suas mãos ao teclado e fazer coisas difíceis de acreditar que um ser humano normal possa fazer, pois esses fenômenos só percebo quando ele está à frente dos teclados.
Rick Wakeman
Portanto, o Yes que hoje se apresenta, conta apenas com Steve Howe em sua formação, um verdadeiro Deus da guitarra, inimitável, entretanto, no infinito universo do Yes, um único Deus é muito pouco para manter de pé a estrutura de um Olimpo.
Steve Howe
Apesar de todo o esforço da banda, hoje quando escuto qualquer música com a atual formação, a impressão que tenho, com todo o respeito, é que estou escutando um cover do Yes e isso me provoca uma sensação de frustação muito grande, pois não consigo perceber o Yes em cena, o que uma lástima, pois o Yes é um ponto fora da curva, uma singularidade muito difícil de ser alcançada.
ARW
Eu estava morrendo de medo do que eu poderia escutar e sentir ao ouvir alguma música do ARW, mas para minha surpresa, aliás gratíssima surpresa, eu escutei e senti verdadeiramente o Yes, só que com outro nome, outros muito bons músicos (Lee Pomeroy e Lou Molino III), além de Anderson e Wakeman e supreendentemente, Trevor Rabin, muito melhor do que já tinha sido em sua passagem pelo Yes nos anos noventa.
ARW
Para mim não resta dúvidas que o cérebro e a coluna da banda, estão aqui e não no próprio Yes, infelizmente, pois a presença de tudo que envolve a magia da música do Yes está aqui, mesmo faltando a presença de Squire (in memoriam), Howe e White, que não só fazem parte dessa rara energia musical, mas são figuras incrivelmente necessárias ao visual da banda, que não vive só da música, mas também vive da presença destes incríveis músicos que quando juntos, são simplesmente inigualáveis.
A ruptura que existe hoje no Yes, só diminui, não acrescenta nada, divide forças musicais, onde na realidade todos sem exceção saem perdendo, pois perdem os músicos, nós os fãs perdemos, a história da música também perde, pois ficamos com uma imagem de fim de carreira muito deturpada e não condizente com tudo o que fizeram no passado.
Propositadamente não teci nenhum comentário a respeito do álbum em questão, em respeito a quem ainda vai escutá-lo, preferindo me ater a questões mais filosóficas do que conceituais e técnicas, bem como também, porque não há registro de nenhuma novidade musical, sendo todas as músicas de conhecimento público, portanto resta apenas o convite à audição deste bootleg.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
AWR
Jon Anderson - vocals, percussion, harp
Trevor Rabin - guitar, vocals
Rick Wakeman - keyboards
Lee Pomeroy - bass, vocals
Lou Molino III - drums, vocals
Tracks:
01. Cinema
02. Perpetual Change
03. Hold On
04. I've Seen All Good People
05. Lift Me Up
06. And You And I
07. Rhythm Of Love
08. Heart Of The Sunrise
09. Long Distance Runaround
10. The Meeting
11. Awaken
12. Owner Of A Lonely Heart
13. Roundaboud
Só mesmo uma banda feito o Kansas para me tirar do recesso musical a que estou submetido por conta de compromissos profissionais, entretanto, o motivo é mais que nobre, pois não é todo dia que temos um lançamento que realmente valha a pena gastar saliva, digo, palavras escritas.
A princípio sempre assusta um pouco quando uma banda digamos, “das antigas”, resolve lançar algo novo, pois nunca se sabe o que pode surgir, mas neste caso, escutando apenas uma única música, esse temor foi logo dissipado, pois de imediato bateu uma sensação que se tinha quando uma destas bandas dita “das antigas” lançava um novo álbum.
Fácil de explicar, pois quem conhece os álbuns mais antigos do Kansas, vai lembrar de álbuns como “Leftoverture”; ” Point Of Know Return” e Monolith, que são álbuns consagradíssimos, mas pasmem, escutando as músicas de “The Prelude Implicit”, o mais novo álbum do Kansas, o décimo sexto da discografia da banda.
Essa trilogia citada logo acima habita entre os anos de 1976 a 1979, ou seja, a fase mais clássica e produtiva da banda, com músicas absolutamente carismáticas e sofisticadas e com seu melhor elenco de músicos em todos os tempos da banda.
Muito bem, e agora, como a banda está formada? Foi a primeira coisa que me ocorreu em ver quem havia sobrado do elenco clássico principal, pois desde o último lançamento, são dezesseis anos de um longo período sem pisar em um estúdio e para meu espanto, sobraram penas 2 elementos.
Phil Ehart e Rich Williams, os últimos do Moicanos do Kansas, só que eu já tinha gostado do álbum sem saber dessa pseuda perda de DNA, pois realmente o álbum é supreendentemente muito bom, sem grande firulas e pirotecnias, mas eles acertaram a mão neste trabalho, pois os novos integrantes(????) dão a impressão de terem sido membros da banda em outras épocas.
De certo modo são, pois pesquisando cada elemento, com exceção de David Manion, nos teclados, Ronnie Platt no vocais e Zak Rizvi, nas guitarras, realmente os demais já fazem parte da banda a bastante tempo, mas como eu foco muito no trabalho dos anos setenta, a princípio todos eram novos integrantes para mim, coisa que não se confirmou depois.
O ponto mais positivo desse álbum é o resgate das origens da banda, a busca de sua essência perdida e reprimida a tempos e que tão bem caracteriza o caráter da banda, pois há uma aura muito positiva que envolve essas músicas, portanto não é difícil voltar ao passado por essa ponte que nos leva ao centro da fase áurea da banda.
É muito bom voltar a escutar o som do violino rasgando as músicas, acompanhada de um vocal muito bem colocado, que combina com o timbre da banda e que em certos momentos nos lembra da voz de Steve Walsh, provocando um “deja-vu”, não melancólico, mas gostoso de lembrar como era o Kansas da década de setenta.
Como a primeira música que escutei foi “Visibility Zero”, vou usa-la para expressar o sentimento de todo o álbum, pois ela foi a responsável pelo meu ímpeto em voltar a escrever, por isso posso afirmar sem medo de estar exagerando que este álbum é uma das grandes surpresas de 2016, senão a maior de todas, pois estamos diante de um trabalho corajoso, que remete o ouvinte ao passado, mas de forma moderna e arrojada, sem ser piegas e que certamente vai atingir até os menos habituados ao som da banda.
Tem de tudo neste álbum, indo da baladinha até o pancadão, sem medo de ser feliz, de forma muito harmoniosa e inteligente, aliando antigos conceitos musicais a novas tendências, prendendo a atenção, o que é muito difícil, principalmente nos dias de hoje, ou seja, sobra argumento para segurar e entreter os fãs e os não fãs da banda até o final do álbum.
Particularmente eu fiquei muito feliz em poder escutar esse trabalho e fico apenas imaginando como deva estar o ego e 0 orgulho desses músicos, pois realmente fizeram um trabalho admirável, digno de receber aplausos e elogios dos fãs e da crítica em geral.
Musicians
Phil Ehart / Drums, Percussion
Billy Greer / Bass, Vocals
David Manion / Keyboards
Ronnie Platt / Lead Vocals, Keyboards
David Ragsdale / Violin, Vocals
Rich Williams / Electric Guitar, Acoustic Guitar
Zak Rizvi / Electric Guitar
Tracks:
01. With This Heart
02. Visibility Zero
03. The Unsung Heroes
04. Rhythm in the Spirit
05. Refugee
06. The Voyage of Eight Eighteen
07. Camouflage
08. Summer
09. Crowded Isolation
10. Section 60
11. Home on the Range (Cover Version)
12. Oh Shenandoah (Cover Version)
Mais uma vez chegamos ao 13 de julho, Dia Internacional do Rock, como se todo dia não fosse dia de rock, mas enfim, vamos seguir a tradição e usar o dia de hoje como motivo para dedicar uma homenagem a Alan Parsons, o engenheiro de som que passou nada mais nada menos, pelos Beatles e pelo Pink Floyd (The Dark Side Of The Moon) e depois veio a somar forças como um competentíssimo músico de rock progressivo (...deve ser por conta das boas influências...).
Podemos considera-lo como um músico completo, pois atua nos bastidores musicais com conhecimento de causa e ainda por cima esbanja um talento nato para compor peças extremamente complexas e sofisticadas.
Ele sempre esteve muito bem acompanhado de músicos de primeiríssimo escalão que dão vida às suas composições e cabe lembrar que até 2009 teve ao seu lado o seu fiel escudeiro, Eric Woolfson que é co-fundador do “The Alan Parsons Project”, tendo atuado como produtor, compositor, letrista, pianista, mas infelizmente já é falecido.
Alan Parsons, lançou seu primeiro álbum em 1976, chamado “Tales of Mystery and Imagination - Edgar Allan Poe”, uma obra mais do que prima, proporcionando uma viagem obscura nas profundezas insanas da mente de Edgard Allan Poe, ou seja, começou com o pé direito.
Na sequência, lançou álbuns absolutamente antológicos, como, “I Robot”; “Pyramid”; “Eve”; “The Turn Of A Friendly Card” e tantos outros que vieram posteriormente, num total de doze álbuns de estúdio, dois gravados “ao vivo” e mais umas dez ou doze coletâneas de suas músicas ao longo dos tempos.
A boa notícia é que ele está mais vivo do que nunca e a prova disto é seu mais recente álbum, “Live in Colombia”, com sua banda, “The Alan Parsons Symphonic Project”, trazendo um elenco de músicas de seus diversos cobrindo praticamente toda a sua obra, portanto tem música suficiente para agradar a Gregos e Troianos.
Se notaram, apareceu um “Symphonic” no meio do nome da banda, pois a Orquestra Filarmônica de Medellín, juntamente com o Estúdio Polifônico de Medellín, foram agregados à banda, logicamente proporcionando uma nova dimensão à música de Alan Parsons.
Clássicos que se já eram muito bons em sua forma original, ganharam um extra corpo e certa dose de dramaticidade não só pela Sinfônica, mas pelo Coro também que juntos ao restante da banda formam um grande conjunto conduzidos pela genialidade musical de Alan Parsons.
Cabe alguns destaques relativos as músicas que mais me agradaram, como “The Raven” extraída do álbum “Tales of Mystery and Imagination - Edgar Allan Poe”; “I Robot” do álbum de nome homônimo; “The Turn of a Friendly Cards – Parts 1 e 2”, bem como “Snake Eyes”, “Nothing Left to Lose” também extraídas de “The Turn of a Friendly Cards” e várias outras, mas cabe ressaltar que o álbum como um todo é muito bom da primeira à última faixa.
Finalizando, só cabe aqui ao blog desejar um grande Dia Internacional do Rock a todos os amigos e frequentadores deste botequim musical e aproveitar para convidar à audição deste magnífico álbum.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
The Alan Parsons Symphonic Project
Alan Parsons / Guitar, Keyboards, Vocals
Guy Erez / Bass Guitar, Vocals Danny Thompson / Drums, Vocals (3) Alastair Greene / Guitar, Vocals Tom Brooks / Keyboards, Vocals P.J. Olsson / Lead Guitar Todd Cooper / Saxophone, Guitar, Percussion, Vocals
With:
The Philharmonic Orchestra Of Medellin / Orchestra Estudio Polifónico De Medellín chorus / Chorus Tracks CD1 01. I Robot (6:25) 02. Damned If I Do (4:34) 03. Don't Answer Me (4:37) 04. Breakdown (4:05) 05. The Raven (2:52) 06. Time (5:30) 07. I Wouldn't Want to Be Like You (5:00) 08. La Sagrada Familia (6:05) 09. The Turn of a Friendly Card (Part One) (2:54) 10. Snake Eyes (3:01) 11. The Ace of Swords (2:48) 12. Nothing Left to Lose (4:35) 13. The Turn of a Friendly Card (Part Two) (4:23)
CD2 01. What Goes Up . (4:38) 02. Luciferama (5:22) 03. Silence And I (7:47) 04. Prime Time (8:13) 05. Sirius (2:13) 06. Eye In The Sky (5:12) 07. Old And Wise (5:40) 08. Games People Play (4:55)
Para minha surpresa logo cedo dei de cara com essa releitura de “The Myths And Legends Of King Arthur And The Knights Of The Round Table”, graças Deus feita pelo autor, sim, Rick Wakeman, que agora nos brinda com essa inesperada pérola, pelo menos para mim.
Começo essas linhas, escutando “King Arthur” e provavelmente chegarei ao final deste texto, sem ter terminado de escutar todo o álbum que diferente de seu original, ganhou várias faixas adicionais, além das novidades sobrescritas aos originais.
Sabiamente Rick Wakeman manteve a grandiosidade e a majestade desta música, que está mais sinfônica que o original, entretanto seus solos de sintetizador continuam vigorosos e instigadores, muito próximo aos timbres que compuseram uma das mais belas peças do rock progressivo.
Nota se em alguns momentos que algumas passagens foram gravadas exatamente como nos originais, ou são os próprios originais e meus velhos ouvidos estão sendo traídos, mas pouco importa, seja o que o for, “The Myths And Legends Of King Arthur And The Knights Of The Round Table” é uma obra magnífica e como tal já conquistou seu espaço.
Fora o fato de notadamente Rick Wakeman estar em plena forma ao dedilhar seus teclados, ouvir novamente este álbum com a potente e afinada voz de Ashley Holt, remeteu-me imediatamente a minha juventude, pois afinal são passados mais de quarenta anos de seu lançamento.
Lógico, não aguentei escutar todas as músicas até o final, e neste momento escuto, “Lancelot and The Black Knight”, simplesmente linda e vibrante como sempre foi e sempre será, uma música inigualável e indestrutível.
As novas músicas seguem a mesma temática e métrica dos originais, dando real sentido às músicas clássicas do álbum e agora com o adicional de uma afinadíssima voz feminina que de certa forma harmoniza e humaniza toda o enredo da fascinante história do Rei Arthur e dos Cavaleiros da Távola Redonda.
Apesar de ser muito prematuro conjecturar alguma coisa a respeito dessa releitura, não consigo me furtar ao desejo de tentar entender porque essas novas inserções não aconteceram no passado e tão somente acontecem agora?
Poderia ser por questões mercadológicas e/ou por conta dos formatos de mídia disponíveis à época em que foi lançando, ou até mesmo porque isto não foi pensado antes, ou até mesmo por um surto genial que bateu no cérebro não menos genial de Rick Wakeman em complementar sua própria obra, afinal, se tem alguém capacitado a fazê-lo, só ele próprio, mas vai saber o que se passa na cabeça de uma criatura como ele, e também se não for nada disso, pouca importa, o que importa é que ele o fez.
Escutando a música, “Merlin The Magician”, agora cantada por Ashley Holt, Rick Wakeman faz o que mais gosta de fazer, ou seja, deslizar freneticamente por seus sintetizadores dando vida às mágicas e feitiços do mago mais emblemático que já existiu.
Em resumo, o que temos nesse álbum? Temos Rick Wakeman, Ashley Holt, Orquestra, Coro, uma bela capa desenhada por Roger Dean, só música boa, então temos a química perfeita para o entretenimento, divertimento, encantamento e qualquer outro “mento” que possa existir e agora que termino este raquítico texto, tendo como trilha de fundo a música, “The Last Battle”, que tanto me emocionou no passado, posso assegurar que o sentimento é o mesmo agora.
Não posso fugir de minhas obrigações como divulgador de cultura musical, pois tenho que recomendar a audição deste álbum, pois não há como fugir da sua atração, diria até “hipnótica” (palavra muito usada por Luciana Aun, nossa musa e mestra do progressivo, mantenedora do blog ProgRockVintage em algumas de suas belas postagens), mas que define com exatidão a relação que há entre obra e o ouvinte em casos absolutamente especiais como este, podem crer, hipnotiza mesmo.
IMPERDÍVEL!!!!
Tracks: 01 - The Choice of King 02 - King Arthur 03 - Morgan le Fay 04 - Lady of the Lake 05 - Arthurs Queen 06 - Guinevere 07 - Lancelot and The Black Knight 08 - Princess Elaine 09 - Camelot 10 - The King of Merlins 11 - A Wizards Potion 12 - Merlin the Magician 13 - The Chalice 14 - The Holy Grail 15 - The Best Knight 16 - The Contest 17 - Sir Galahad 18 - Percival the Knight 19 - Excalibur 20 - The Last Battle