7 de out. de 2012

GENESIS - “Live At Massey Hall” - 1973

Ouvindo este bootleg do Genesis, chamado, “Live At Massey Hall”, gravado em novembro de 1973, ocorreu de imediato um “deja vu”, tendo em vista que recentemente eu havia assistido a uma apresentação da banda teatral de Belo Horizonte, chamada, “By the Pound”, no Rio Prog Festival, aliás, largamente comentada aqui no blog e, então, unir o que escutava com as lembranças recentes do show, foi muito fácil. 

Por mais louco que possa parecer, existem alguns detalhes que valem alguns minutos de prosa, como por exemplo, o fato do cuidado e a precisão “cirúrgica” que o “By the Pound” tem ao executar as músicas, o que os coloca muito próximo dos ídolos setentistas, pois a afinação, o timbre dos instrumentos e até os “vícios” que todo músico tem ao manejar seus instrumentos, foram muito bem apontados e preservados em relação aos originais. 

"By The Pound"
Uma coincidência, se deve a música, “Watcher of The Skies”, que foi usada na abertura das duas apresentações e como se trata de uma música impactante e de forte apelo teatral, ela ficou muito bem sedimentada em minhas lembranças, pois havia sido o primeiro contato que tive com o “By The Pound” e, como a primeira impressão é a que fica, escutar o Genesis e lembrar do show assistido, sem dúvidas, foi uma experiência muito gratificante e interessante. 

Como é muito difícil hoje em dia assistir a bons shows de rock progressivo, pois as poucas bandas que ainda existem, dificilmente pousam em terras tupiniquins, sem contar o fato que os “nossos heróis” estão nos deixando de uma forma ou de outra, o que é muito natural, para quem tinha uns vinte anos no início da década de setenta, então, quando aparece uma banda com disposição e coragem para tocar música de verdade, ao melhor estilo dos anos setenta, ou seja, na base da raça, da garra, da intuição e principalmente valendo-se do talento, eu não consigo me calar, ou melhor dizendo, não consigo ficar sem escrever.

"By The Pound"
Muito bem, agora saindo do presente e voltando ao passado, é possível vislumbrar que estes shows na verdade, eram “Concertos de Rock”, com todo mundo sentadinho em uma confortável poltrona, para então, poder aferir bem de perto a destreza no manejo dos instrumentos e especificamente no caso do Genesis, vivenciar a experiência de uma pequena peça teatral em cada música, pois Peter Gabriel não estava ali para cantar, mas sim para interpretar um personagem, tridimensionalizando o contexto da música e com isso criando um diferencial dentro do cenário musical em relação a outras bandas. 

Uma outra banda que teve coragem para isso, foi o “Grobschnitt”, que promovia verdadeiras orgias musicais por onde passava, com seu rock inteligente e bem humorado que não só conquistou a Alemanha, mas toda a Europa. 

Outra curiosidade deste bootleg é que Tony Banks que tem um estilo de compor e executar suas músicas, muito característico por conta de sua personalidade sóbria, soltou a mão sobre os teclados na parte final de “Cinema Show” dando uma aula de como se deve tocar de um teclado, simplesmente imperdível. 

Este show, provavelmente deve fazer parte da “Selling England By The Pound – Tour”, pois a maioria das músicas deste álbum estão presentes e para coroar ainda mais esta apresentação, temos também, “Musical Box” e “Supper’s Ready”, sem contar na música de abertura “Watcher of the Skyes”, portanto, ficamos a frente de um dos momentos mais importantes da trajetória do Genesis e por conta disto, logicamente recomendá-lo torna-se uma obrigação.

Quanto ao “By The Pound”, eu fico na torcida para que eles tão logo  possam se apresentar novamente, com o grupo completo, da forma que eu ví e ouvi no show do Rio de Janeiro, pois ai sim, quem não teve a oportunidade de assistí-los vai entender do que eu estou falando.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!



Genesis:
Mike Rutherford;
Phil Collins;
Steve Hackett;
Tony Banks;
Peter Gabriel;


Tracks:
Disc1
01 - Watcher Of The Skies
02 - Dancing With The Moonlit Knight
03 - Cinema Show
04 - I Know What I Like
05- Firth Of Fifth
Disc2
01 - The Musical Box
02 - More Fool Me
03 - Supper's Ready


LINK


"Genesis - Watcher Of The Skyes"

 "By The Pound - Watcher Of The Skyes"

2 de out. de 2012

PINK FLOYD - "Atom Heart Of Mother" 1970

Hoje, dia 02 de outubro de 2012, é o aniversário de 42 anos do lançamento oficial do álbum, ”Atom Heart of Mother”, o legendário "álbum da Vaca", obra prima (uma delas) do Pink Floyd  e muito provavelmente o começo de tudo o que representa o rock progressivo que conhecemos, portanto amigos, para comemorarmos a data, nada melhor do que a edição para colecionadores, onde uma overdose de ”Atom Heart of Mother” é oferecida. 

”Atom Heart of Mother” é um trabalho visceral, feito a base de muito sangue, suor e lágrimas, pois reflete o momento da virada de página dentro da banda, que ainda muito emocionada e perturbada pelos acontecimentos que cercavam a vida de Syd Barrett, começava uma jornada em direção oposta a sua vocação experimental e psicodélica, para um novo desafio que começava a ditar conceitos musicalmente eruditos no início dos anos setenta. 

Como a genialidade que esta “nova ordem” exigia, estava nas pessoas e não nos equipamentos e instrumentos musicais, não foi nem um pouco difícil para a banda se adaptar a esta situação, que naturalmente sedimentou-se dentro do grupo e daí por diante, a história do rock foi testemunha ocular de tudo o que foi feito depois de “Atom Heart of Mother”, dentro e fora do Pink Floyd

Apenas para criar uma referência, neste mesmo ano o Yes lançava o álbum “Time and a Word”, para no ano seguinte impressionar o mundo com o álbum, “Yes Album” e o Genesis lançava o álbum “Trespass” para no ano seguinte lançar um dos mais belos representantes do rock progressivo, o álbum, “Nursery Cryme” e com o ELP, não foi diferente, pois seu segundo álbum, lançado em 1971, “Tarkus”, cultuado até hoje, transformou-se em muito pouco tempo em um objeto de desejo de todo o aficionado pelo rock e assim, foi acontecendo com outras bandas esta evolução musical, numa clara mostra dos efeitos provocados pelo revolucionário trabalho do Pink Floyd com a peça, “Atom Heart of Mother”

Este álbum e o tenho como o mais expressivo e o que mais me agrada de toda a extensa discografia do Pink Floyd, apesar de não ser o mais afamado ou mesmo o mais conhecido, entretanto, sua estruturação musical é muito atraente e com o apoio de uma orquestra de metais e de um coro, a suíte “Atom Heart of Mother”, sela uma parceria perfeita entre a música erudita e o rock e, esta miscigenação musical, é responsável direta por boa parte da genética do rock progressivo. 

Eu já perdi a conta de quantas vezes eu possa ter feito alguma referência a este álbum, uma vez que a atração que ele exerce em meus sentimentos é muito intensa e irresistível, portanto, eu estar neste momento me repetindo, não é falta do que escrever, mas sim, uma vontade muito grande em ser apenas mais um fã da banda a reverenciar o trabalho de uma vida inteira de quatro músicos. 

Eles eram muito jovens e com um talento nato para a música, com uma absurda dedicação e determinação em elaborar com a máxima qualidade, peças musicais que muitos até hoje não conseguiram entender a sua essência, mas que de alguma forma assim como eu, sentem uma “atração fatal” em relação à música do Pink Floyd

Além da suíte principal, vale lembrar a linda música, “Summer 68” que foi tema do telejornal "Hoje" da Venus Prateada nos anos setenta, criada por obra e graça de Rick Wright, que não está mais entre nós, mas que sempre será lembrado pelo seu talento e carisma, mas principalmente por sua inestimável contribuição dada à música ao longo de sua carreira, sem dúvidas alguma, um personagem importante da história. 

A engenharia de som deste álbum ficou a cargo de Alan Parsons, uma figura que também é parte integrante da história da musica e que já tinha participado de diversas gravações de álbuns dos Beatles

Neste álbum ele participa ativamente e num futuro próximo, participaria das gravações do álbum, “The Dark Side of The Moon”, gravando o seu nome na história, mas não satisfeito, fundou sua própria banda, “The Alan Parsons Project” e até hoje corre o mundo com sua música. 

Finalizando esta confusa, mas bem intencionada resenha e por estes motivos e vários outros que já escrevi a respeito de “Atom Heart of Mother”,  pois toda a vez que ela aparece em algum bootleg, eu não consigo ficar neutro, eu recomendo muito este álbum, não só aos fãs da banda, mas principalmente a quem nunca teve contato com este magnífico trabalho (será que tem alguém???).

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!


ESPAÇO RESERVADO AOS AMIGOS:



Agora, segue um importante relato de um amigo, Roderick Verden, sobre esta obra que faço questão de agregar a resenha:

"Sua resenha é bem, muito bem intencionada, mas nada tem de confusa, Gustavo.
Este disco é meu terceiro preferido do Pink Floyd.
"Atom Heart Mother" é minha suite preferida(tenho mania de considerar suite, faixas que tem de 15 a mais minutos, se tiver 14:59 , não é suite-rs).

Pelo que li, na internet, David Gilmour e , principalmente, Roger Waters não gostavam do disco. No entanto, li , numa revista, há anos, Wright falando, "nós gostamos do Atom Heart Mother, creio que coisas assim, jamais faremos de novo".

O lado b, com a presença de uma sequência dos três compositores/cantores da banda, é edificante. Primeiro Waters, com a suave, acústica e triste "If"(fitas de efeito e colagem nela?!). Arranjos simples, mas bonitos: a guitarra de Gilmour, o piano e orgão de Wright, a discreta bateria de Mason... a bonita voz de Waters... Ah, e o violão?

"Summer 68" é minha segunda música preferida da banda. O trabalho de Wright no piano é , simplesmente, sensacional. O homem estava inspirado. Pra mim, não há orquestra, nesta faixa,como muitos dizem, penso que Wright tirou aquele som Wagneriano, com múltiplos orgãos(monumental!). Durante muito tempo, pensei que o solo, na parte central da música, fosse de um mellotron, mas, ultimamente, depois de descobrir que Wright chegou a tocar instrumento de sopro, penso que o solo pode ser de trompete. Wright, que dizia não se considerar um letrista, escreveu uma bela(e amarga) letra. Os orgãos múltiplos são dramáticos. O piano melodioso, no final, é triste... e belo! E voz de Wright, simplesmente eu queria ter uma voz igual.rs

"Old Fat Sun" é minha música preferida de Gilmour. Suave, pastoral. Seria uma espécie de ode, ao nosso velho , gordo (e simpático) sol? Perfeita, eu penso. Até os sinos a tocar são bonitos!

E O Psicodélico Café da Manhã de Alan? Coisas assim, pra mim, só mesmo o Pink Floyd poderia fazer: uma canção psicodélica, progressiva, clássica. Gilmour e mais ainda Wright, brilham. Mason faz um bom trabalho na parte final da melodia. Ele e Waters ficam por conta de cuidar do café de Alan.rs

E tem gente que diz que Pink Floyd não é progressivo...

Perdão, Gustavo, me empolguei.rs 

Continuando........

Sorry, eu de novo.rs

Vocês acreditam que "Summer 68" não era tocada nos shows, devido, segundo Wright, ser uma música difícil de se tocar ao vivo? O tecladista disse isso numa entrevista; que ela só foi tocada uma vez em shows. Não acredito. Só se ficasse difícil para Wright tocar piano e cantar ao mesmo tempo."

Continuando..........

"Prezado Gustavo,

Muita gentileza de sua parte. Te agradeço imensamente.

Mas, não sou um bom resenhista, tanto que falei muito sobre as quatro músicas da metade final do disco, mas quase nada disse sobre a suite.

Não sou lá muito chegado em orquestra(prefiro bem mais o mellotron-rs), porém, essa, do famoso disco da vaca, é muito bonita. Não houve excessos orquestrais, aliás o que escutamos são metais, sem conjuntos de corda.
O tema principal é bem imponente. Provavelmente, de autoria de Richard Wright, que, posteriormente, andou compondo temas parecidos, usando o sintetizador imitando trompa.

A parte na qual escutamos um violino(ou viola) solo é maravilhosa, principalmente depois da entrada da guitarra e a adição de piano e o conjunto de metais.

Depois, um orgão, um baixo, e um belíssimo vocal feminino(deveria ser dado crédito para a vocalista), e a adição de um coro misto, soberbo!

Na parte mais movimentada, tipo funky, todos os integrantes do Floyd saem muito bem, em especial Gilmour. Parte que é encerrada com um "raivoso" coro ,que se assemelha a uma ópera.

E pinta o terror, a loucura, com mellotrons e diversos efeitos sonoros.

Logo em seguida, as (bem-vindas) repetições, incluindo a volta do violino solo, para tudo se encerrar solenemente, com a maravilhosa orquestra e o monumental coro.

Mais uma vez, peço desculpas pela empolgação e prolixidade.rs

Bom final de semana!"


Outras impressões sobre este álbum, agora, vindas do nosso amigo, Carlos ¨The Ancient":

"Não dá para comentar esta obra do Pink Floyd, sem antes mencionar os Beatles, é muito importante ressaltar que a miscigenação da música erudita com o então pop rock, aconteceu, devido à incrível capacidade criativa dos Beatles movida pelo inconformismo e busca contínua de fugir do óbvio. Isso deve ser dito e repetido inúmeras vezes, Revolver é definitivamente a “Queda de Constantinopla do século XX”, e os Beatles se quisessem poderiam ser os melhores em qualquer estilo que predominou na década de 70, mas a década deles era verdadeiramente os anos 60.
Isto posto, é importante também lembrar que no final dos anos 60 e comecinho dos anos 70, houve um grande interesse por parte de outras bandas em fazer algum tipo de incursão com a música clássica, o Yes ( já citado pelo Mano Véio ), Uriah Heep, Deep Purple...Creio que foi um movimento/momento, onde os músicos daquela época queriam dizer ao mundo, que dentro do mundo do Rock, existia algo mais inteligente e ousado do que a bandalheira e sacanagem dos “Fuck Stones”....... 

Eu até afirmo que estes trabalhos ficaram até um pouco aquém do que estas próprias bandas irão fazer nos próximos anos, mas serviu – e muito bem – para mostrar que havia sim vida inteligente dentro do Rock.

Se Roger Waters, David Gilmour e Nick Mason entrassem hoje no estúdio decididos a fazerem algo semelhante a Atom Heart Mother, com certeza fracassariam, porque aquela Obra ( e é assim que deve ser chamada) é resultado de um surto de criatividade motivado por um instante na historia, que duvido ocorra novamente Quantas Monalisa existem??? Quantas Nonas existem????...

Cada trabalho é resultado da época em que ele foi criado, e eu discordo quando denominam as “Obras” daquela época como vanguarda....Vanguarda, é quando você faz alguma coisa à frente de seu tempo, e se isso fosse verdade, estaríamos hoje vivendo o paraíso no rock....

Tudo o que aconteceu entre Revolver e Drama, deve ser denominado como Obra de Arte.... E Atom Heart Mother é uma Obra de Arte.

Agora, jamais poderia encerrar esta mini resenha/comentário sem antes colocar estas seguintes observações.

- Mano Véio, suas resenhas são sim muito boas, porque você escreve o que sabe de uma forma que qualquer um que leia saiba e entenda o que você está dizendo...Este é o segredo, escrever o que sentimos de forma que qualquer um, por mais leigo que seja, possa captar esse sentimento...Seu Blog tem além de todos os elementos o mais importante de todos...HUMILDADE!!!!...Tanto é verdade o que estou dizendo, que esta bela resenha sua, despertou o desejo do nosso glorioso Roderik de escrever este rico comentário, porque daqui onde estou, pude ver que ele também escreveu com simplicidade, objetividade, mas acima de tudo....Com Paixão!!!

- Roderick, que bom ler a expressão do seu pensamento...Escreva mais, você tem muito dizer, e suas linhas cumprem de forma sublime este papel....
Mano veio.....Mais uma vez me estendi além da conta!!!! ...Mas acho que Você tá meio acostumado...
A todos!!!

ABRAÇO....FORÇA....SUCESSO


Carlos “The Ancient” 



Como a conversa está muito boa, vamos a mais um capítulo de "Atom Heart Of Mother". Com a palavra, nosso amigo Roderick Verden: 


"Como muito atraso , volto por aqui. Não sei se o Carlos lerá o que direi, mas, de antemão o agradeço muito pela menção da minha humilde pessoa.

Porém, achei estranho do Carlos, citando o Floyd, a banda do tal disco da vaca, não ter citado Richard Wright.

Tenho ciência, que não sou um expert, não passo de um escutador de música. Por mais que eu goste do "Atom Heart Mother", sei que ele é um disco polêmico.
Os discos dessa coisa, chamada Pink Floyd, que tiveram mais aceitação, mesmo com certas polêmicas(e como o PF é polêmico!), foram o "The Piper at Gates Of Dawn" e o "The Dark Side of The Moon".

Adoro Genesis, Yes, ELP, Vander Graaf, mas , penso que com toda competência deles, a gente já sabia o que eles fariam, gravariam de discos a discos, no auge da carreira. Com o Pink Floyd não era assim, embora muitos dizerem que o sou da banda era deja vu.

Mas o Meddle é bem parecido com o "Atom Heart Mother". Eu, particularmente, prefiro o disco da vaca, mas a maioria prefere o disco da orelha, o disco que tem "Echoes". E não estou dizendo que o grupo foi repetitivo, não foi, eu penso. Mas, aí, que digo, que o Floyd fez um disco parecido com o outro, só que não usou orquestra. O grande PF poderia fazer mais discos assim, caso quisesse. Assim, como eu sempre sonhei com um Umaggumma II". Mas, segundo li, os malas desta banda que tanto adoro, não gostaram do disco. E Nick Mason, segundo li na internet, disse que o primeiro disco que o Floyd gravou, sem Barrett, foi o "Meddle".

O consolo foi que um grupo, da Bélgica, se não me falha a memória gravou uma música bem ao estilo de "Atom Heart Mother", Kandahar, postado no blog do Hoffesmantoll."


Pink Floyd:
David Gilmour – guitarra; voz, baixo e bateria em "Fat Old Sun"
Roger Waters – baixo; violão, voz, efeitos de fita e colagem em "If"
Richard Wright – teclado, piano, orquestração, voz em "Summer '68"
Nick Mason – bateria, percussão, edição de fita, colagem, engenheiro adicional em "Alan's Psychedelic Breakfast"


Tracks:CD1: Quadraphonic Tracks
1. Atom Heart Mother 23:24
2. If 04:27
3. Summer ‘68 05:27
4. Fat Old Sun 05:21
5. Alan’s Psychedelic Breakfast 12:59
6. Atom Heart Mother (Live at the BBC ‘70) 24:48

CD2: Alternate Tracks
1. Atom Heart Mother 23:23
2. If 04:27
3. Summer ‘68 05:28
4. Fat Old Sun 05:22
5. Alan’s Psychedelic Breakfast 12:58
6. Fat Old Sun (Live at the BBC Paris ‘70) 14:15
7. If (Live at the BBC ‘70) 04:24



    "Atom Heart of Mother" 
 
 "Summer '68"
   

O vídeo abaixo é maior honraria e consagração que os músicos poderiam receber de seus fãs.

 "Atom Heart of Mother - Alunos do Conservatório de Paris"

22 de set. de 2012

LED ZEPPELIN - "The Dragon Snake" - 1977

Atendendo a um pedido feito pelo meu amigo, Carlos “The Ancient”, pela primeira vez aqui no blog, vamos nós vamos abrir um espaço para o “Led Zeppelin”, o que para mim será um desafio falar a respeito, uma vez que o hard rock, não é a minha tendência musical natural e como se trata de um dos maiores ícones da música da década de setenta, todo cuidado é pouco, pois a porrada é certa se impropriedades forem proferidas. 

Analisando friamente, a década de setenta foi muito exigente quanto à qualidade dos músicos e isto já foi exaustivamente discutido aqui em relação ao rock progressivo e agora que começo a explorar outro segmento do rock, para mim um tanto obscuro, por razões óbvias, começo a enxergar que esta bendita exigência propagou-se em todas as direções, portanto, bandas como o Deep Purple, Santana, The Who, Black Sabbath, Cream e o próprio Led Zeppelin, tiveram e tem até hoje, um destaque muito importante na história da música. 

A revolução musical dos anos setenta não aconteceu por acaso e acredito que seja o momento em que vários conceitos e influências musicais se fundiram, portanto, alguns nomes anteriores a ela precisam vir à tona (só lembro-me de alguns... sei que tem muito mais gente...), como, Chuck Barry, B. B. King, Elvis Presley, mas principalmente os “Beatles”, pois como era possível encantar um planeta inteiro com uma música tão simples e às vezes até pueril, pois verdade seja dita, nenhum dos quatro Besouros de Liverpool chegava a impressionar no manejo de seus instrumentos, porém, havia um toque de “Midas” em tudo o que faziam, pois todas as músicas que fizeram, transformaram-se em ouro e são loucamente cultuadas e amadas até hoje, portanto, o negócio era ser muito bom, bom não, tinha que ser excepcional com o que faziam.  

Mas como o foco especificamente é o Led Zeppelin, eu resolvi dar uma fuçada em um bootleg que já havia pescado na internet há muito tempo atrás, intitulado, "The Dragon Snake", gravado em Huston, Texas, USA em maio de 1977, trazendo uma boa seleção de músicas que espelham uma trajetória de sucesso que banda soube promover. 

Independente de comparações que sempre existem e são inevitáveis de acontecer, portanto, daqui para frente, tudo o que for dito é apenas um sentimento particular que tenho a respeito da banda, de seus integrantes, mas principalmente de sua música, que atravessou algumas décadas, mas até hoje mantem seu encanto e ainda atrai muitos jovens para ela. 

Meu primeiro contato com o Led Zeppelin deu-se tardiamente com a música “Kashmir” que de início eu achava que era de alguma banda de rock progressivo, engano que logo tratei de corrigir para não passar mais vergonha. 

Dissecando um pouco esta música, que para mim é uma obra de arte e para os entendidos no assunto, sendo a maior realização musical da banda, teve sua letra escrita ainda em 1973 por Robert Plant, quando esteve na parte Marroquina do Deserto do Saara, mas seu lançamento aconteceu apenas em fevereiro de 1975, quando do lançamento do álbum duplo em vinil, “Physical Graffiti” que foi um dos que mais tiveram sucesso. 

A emoção e a intensidade que a música “Kashmir” provoca é tanta que, em um primeiro momento o que bate no coração e na mente é o equivalente a uma viagem “progressiva”, semelhante a um passeio sobre, “Close to the Edge”, talvez até por conta dos teclados que ficaram a cargo de John Paul Jones e que proporcionaram uma terceira dimensão a esta música. 

A música que abre este show, “The Song Remains The Same” é um coice com as quatro patas no cérebro, ou seja, é a “pauleira pura”, vindo de quatro brilhantes músicos, sem muitas frescuras e pirotecnias, estavam ali doando sua alma à música, na forma mais visceral e selvagem, levando literalmente a um transe hipnótico a todos os seus fãs, fato este similar, acontecendo também, com Pink Floyd e muitos outros que por muitos anos só tiveram uma única preocupação na vida, “tocar muito” e nada mais. 

Neste bootleg, são dezenove músicas altamente conhecidas e falar algo sobre todas elas seria inviável e ia transformar esta resenha em uma lista telefônica, portanto, gostaria apenas de comentar algo a respeito da música, “The Battle of Evermore” que com sua “simplicidade Franciscana”, mostra claramente a índole da banda em um momento de introspecção. 

Sua essência prova que, “Os Brutos Também Amam”, indo muito além da linda, “Starway to Heaven”, que para os mais incautos como eu, sempre apareceu como uma das mais conhecidas e deve ser mesmo, pois nem as Rádios FM’s conseguiram escapar de seu apelo emocional, mas mesmo assim com todo o seu encanto e lirismo, ela não consegue despir seus criadores da armadura do “Heavy Metal” e mostrar realmente quem são e do que foram capazes de fazer. 

Os quatro músicos, inegavelmente são “feras” para mim, naquilo que se propuseram a fazer e é lógico que as comparações existem, uma vez que cada um tem sua percepção aguçada para este ou aquele detalhe, fora a empatia visual que absorvemos e transformamos em um estímulo positivo ou negativo. 

O Led Zeppelin é um nome de destaque na história da música, assim como vários outros, deixando um legado de nove álbuns de estúdio, nove compilações, e mais três oficiais gravados ao vivo, fora logicamente um sem número de bootleg, assim como este, portanto, não resta nada mais a fazer, senão recomendar muito este álbum e próprio Led Zeppelin e esperar uma chuva de pedras pela minha ousadia em entrar as cegas em uma seara muito obscura para mim.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Led Zeppelin:
Jimmy Page
John Paul Jones
Robert Plant
John Bonham


Tracks:
CD1:
01 - The Song Remains The Same
02 - Sick Again
03 - Nobody's Fault But Mine
04 - In My Time of Dying
05 - Since I've Been Loving You
06 - No Quarter

CD2:
07 - Ten Years Gone
08 - The Battle of Evermore
09 - Going to California
10 - Black Country Women
11 - Bron-Y-Aur Stomp
12 - White Summer-Black Mountain Side
13 - Kashmir

CD3:
14 - Out On The Tiles-Moby Dick
15 - Guitar Solo
16 - Achilles Last Stand
17 - Stairway to Heaven
18 - Rock and Roll
19 - Trampled Under Foot

"The Song Remains The Same"

"Kashmir" 

"The Battle of Evermore" 

16 de set. de 2012

VÍDEO DA NOITE - "Tributo ao Yes"


Mais uma manifestação de amor ao Yes...........

Essa é uma "dica" do nosso amigo Carlos "The Ancient" com direito a Alan White e tudo mais, em mais uma demonstração de amor ao Yes... Muito bom mesmo......





Valeu Carlão, por mais esta contribuição.........

11 de set. de 2012

V. A. - "An All-Star Tribute To Supertramp - Songs Of The Century" - 2012

Tem um bootleg do Supertramp, chamando, “Live in Toronto”, postado aqui no blog em abril do ano passado, ou seja, há quase um ano e meio, que é altamente visitado até hoje e o qual já foi solicitado a renovação do link para download, umas duas vezes e isso têm chamado muito a minha atenção, pois ele figura como um dos álbuns mais acessados pelos internautas desde que o blog foi ativado em fevereiro de 2010, o que para mim tem sido uma gratíssima surpresa. 

Fui surpreendido por um álbum Tributo, intitulado, “An All-Star Tribute To Supertramp - Song Of The Century”, com as músicas sendo executadas por um elenco “estelar” de músicos, como, Annie Haslan, Rick Wakeman, Steve Morse, Joe Lynn Turner, Rod Argent, John Wetton, Peter Banks, Chris Squire, Tony Kaye, Billy Sherwood, Tony Levin e outras feras do rock, que se juntaram para homenagear uma das bandas mais queridas do rock. 

Em geral, apesar de gostar de álbuns tributo, eu sempre tenho certo receio, pois muitas vezes o tributo que era para ser uma homenagem, acaba sendo uma punição, deixando muita gente na “saia justa”, seja o homenageado e/ou os seus produtores, pois já vi muita porcaria, do tipo “caça-níqueis”, ser lançada no mercado muitas vezes sem a anuência do homenageado que é surpreendido por um abacaxi podre. 

Não é o caso deste álbum, muito pelo contrário, uma vez que a categoria dos músicos acima citados é um indício de ser um material muito bom, não só pela presença deles, mas principalmente pela origem e o berço, que inegavelmente o Supertramp tem, portanto, a grande surpresa fica por conta da união destes músicos com uma música que foi muito bem foi explorada no passado e agora ganha uma nova roupagem. 

Obviamente houve uma generalizada renovação musical, provocada naturalmente pela criatividade dos músicos envolvidos neste projeto, que com certeza, participaram com muito gosto, pois é muito difícil alguém não se encantar com o carisma da banda e com a simplicidade das músicas, que em duas décadas, inicialmente flertou de leve com o progressivo e com o Pop dos anos oitenta, com um importante legado deixado, portanto, a homenagem que receberam é muito merecida. 

Quanto às músicas escolhidas, todas são clássicas da discografia da banda sem grandes surpresas, mas curiosamente, há uma exceção, pois a última faixa, chamada de “Let The World Revolve”, é produzida por Billy Sherwood, que por sinal é o produtor deste álbum e participa também de algumas canções, mas o porquê, de colocar uma música estranha à discografia do Supertramp, eu ainda não consegui entender. 

Apenas para finalizar, o álbum é muito agradável, como não poderia deixar de ser, se levando em conta as músicas escolhidas, pelos novos arranjos feitos, que permitem uma releitura desses sucessos e pelo fato da homenagem ter sido feita por músicos altamente conceituados, o que para o Supertramp, só o qualifica mais ainda no meio musical e solidifica a sua posição como uma grande banda de rock.

PS:

Com o álbum escutado algumas vezes, as impressões vão mudando (para melhor), pois a miscigenação de artistas que atuaram em cada música possibilitou uma oportunidade impar ao projeto, deixando fluir novos arranjos, troca de experiências e principalmente abrindo as portas para a liberdade de criação sem vícios trazidos das bandas de origem ou trabalhos isolados, dando uma nova e rica identidade às músicas do álbum.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Musicians:
John Wetton,
Tony Levin,
Rick Wakeman,
Robby Krieger,
Colin Moulding,
Steve Morse,
Chris Squire,
Steve Porcaro,
Roye Albrighton,
Annie Haslam,
Richard Page,
Peter Banks,
David Sancious,
Gary Green,
John Wesley,
Geoff Downes,
Joe Lynn Turner,
Jordan Rudess,
Rod Argent,
Tony Kaye,
Mickey Thomas and more.....


Tracks:
01. Breakfast In America - John Wetton (Asia) & Larry Fast (Peter Gabriel)
02. Take The Long Way Home - John Wesley (Porcupine Tree)
03. The Logical Song - Mickey Thomas (Starship), Steve Morse (Deep Purple) & Tony Kaye (Yes)
04. Give A Little Bit - Richard Page (Mr. Mister) & Peter Banks (Yes)
05. It's Raining Again - Colin Moulding (XTC) & Geoff Downes (Yes/Asia)
06. Crime Of The Century - Billy Sherwood (Yes), Rick Wakeman (Yes) & Tony Levin (King Crimson)
07. Dreamer - Annie Haslam (Renaissance) & David Sancious (Bruce Springsteen s E Street Band)
08. Goodbye Stranger - Billy Sherwood (Yes), Gary Green (Gentle Giant) & Jordan Rudess (Dream Theater)
09. Rudy - Roye Albrighton (Nektar) & Steve Porcaro (Toto)
10. Bloody Well Right - Joe Lynn Turner (Rainbow) & Dave Kerzner
11. School - Rod Argent (The Zombies) & Robby Krieger (The Doors)
12. Let The World Revolve - Chris Squire (Yes) & Tony Kaye (Yes)



"Rudy"

"Crime of the Century"

"Bloody Well Right"

5 de set. de 2012

PAGE, BECK AND CLAPTON - "The Night Of The Kings" - 1983

Às vezes eu gosto de dar uma parada no rock progressivo, para botar as coisas em ordem na cabeça e em geral eu posto algo do Passport, que eu admiro muito, principalmente por conta do trabalho de Klaus Doldinger, que inegavelmente é um gênio, mas desta vez, eu fiquei frente a um álbum simplesmente encantador e irresistível. 

Eu estou me referindo ao álbum, “The Night Of The Kings”, gravado no “Royal Albert Hall”, Londres, Reino Unido, em 1983, com a participação de algumas figurinhas dignas ao título de “Kings”, pois estou me referindo a Eric Clapton, Jimmy Page e a Jeff Beck, que são verdadeiros “Monstros Sagrados” do Rock, fontes contínuas e inesgotáveis de inspiração para novos postulantes ao tão sonhado título de “Guitar Hero”

O que rola neste álbum, podemos resumir como se fosse uma festa, uma celebração à música, pois apenas ouvindo, percebe-se um astral muito positivo, uma sensação muito boa e tudo bem permeado por músicas de curta duração, mas que tocam no coração e na mente de forma muito marcante. 

Obviamente a maioria das músicas eu não conhecia, pois estas vertentes do rock e do blues, nunca foram a minha praia, mas existem alguns clássicos que fizeram parte integrante da minha juventude como, “Lay Down Sally”, “Cocaine”, “People Get Ready”, “Star Cycle” (essa levanta defunto do caixão), “Pump” e “Layla”, mas o que me levou a tomar coragem para escrever algo sobre este álbum que espelha um assunto de pouquíssimo conhecimento de minha parte foi a alegria contagiante que ele transmite o tempo todo, mesmo nas baladas mais lentas. 

Apenas pela presença dos “Kings”, já seria um bom motivo para postar este álbum, mas ele vai além de seus executores, pois a simplicidade das músicas é a tônica deste projeto, tendo apenas a espetacular música “Star Cycle” como o contraponto de todo o álbum, tendo em vista a sua intensidade e poder de envolvência, mas isso a meu ver é o que dá o charme todo especial ao álbum. 

Em geral um álbum com vinte e duas, sempre tem uma mais chatinha que dá vontade de passar para a próxima, mas esse não, só tem música legal, para animar qualquer tipo de ambiente e como as músicas não são agressivas, a facilidade em agradar a quem não está familiarizado com este tipo de música é muito grande, portanto, fazer parte desta “Festa” é questão de alguns segundos da primeira faixa. 

Uma “Night” como essa, não acontece só com a presença dos “Kings” que dispensam maiores comentários, portanto, outros nomes de peso fizeram parte deste evento, como, Steve Winwood, Charlie Watts, Paul Rodgers, Ronny Lane, Chris Stainton, Bill Wyman, Kenney Jones, Ray Cooper, Andy Fairwether Low, Fernando Sanders, Simon Phillips e Tony Hymas, são os corresponsáveis em tornar este encontro memorável. 

PS: 
Ao meu amigo “Dead” do SOM MUTANTE: se por acaso você ainda não tiver feito uma resenha sobre este álbum, fica você convocado a fazê-la, pois este show merece ser dissecado por quem entende do assunto. Abraços!!!!!


Atendendo a minha convocação, nosso amigo "Dead", deixou nos comentários desta resenha uma pequena parte dos bastidores da história da música, que faço questão de publicar na íntegra:


"O mais engraçado é que tem uma entrevista maravilhosa com o Jack Bruce depois dos transplantes, um que falhou na época do Cream no Albert Hall em 2005 e se vê na cara e no corpo dele no palco, e o outro pra corrigir que deu certo.Nesse papo ele fala tudo e na classica pergunta sobre quem é melhor Cream ou Zep, ele simplesmente disseca e arrebenta com a sinceridade que ó os lobos tem e diz: O Cream ainda toca e existe não é uma lembrança e não teve medo do idade, e a melhor foi a resposta sobre quem era o melhor guitarrista, onde ele ri e diz: O Zep sempre falou mal da gente prq o Page nunca aprendeu tocar como o Eric, alias o melhor guitarrista do mundo e comquem tive o prazer de tocar, isso gerou "pra eles" essa guerrinha que pra nós nunca nos afetou, afinal existe algo melhor que o Cream? ré,ré,ré esse é o cara e até sugiro pra ti qdo variar de novo Cream 2005 liveno Albert Hall e Jack Bruce Shadows in the Air, inclusive pra vc ouvir na sua ponte aérea e me dizer se presta ou nao, se to inventando ou não,rs
Enjoy e claro um bj pro RV que aqui fica todo delicado e comigo é só na porrada,rs não posso nem ser gentil com ele que briga comigo!!!!!!!!!!!!!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!


O baixista do CREAM, Jack Bruce, aprontou um inusitado bafafá em novembro de 2008 envolvendo o LED ZEPPELIN. Na segunda-feira, 3 de novembro, Bruce foi homenageado no Marshall Classic Rock Roll Of Honour no quesito “Álbum Clássico”, por conta do álbum “Disraeli Gears”.

Durante o evento, Bruce deu a seguinte declaração à revista britânica Classic Rock: “Todo mundo tem falado a respeito do LED ZEPPELIN e eles só tocaram uma porra de show — uma porra vergonhosa de show — enquanto o CREAM fez semanas de shows, shows de verdade, não apenas uma porcaria como o LED ZEPPELIN, com tudo afinado lá embaixo e tudo mais. Tocamos tudo na afinação originalmente composta. Foda-se o LED ZEPPELIN, eles são um lixo e nunca serão algo mais. A pior coisa que existe é achar que aquela porcaria vende. O CREAMLED ZEPPELIN”.....E Bruce continuou: “O lance sobre o ZEPPELIN é obviamente um pouco de inveja da minha parte — ou talvez um pouco mais do que isso — porque todo esse público foi criado pelo CREAM e por JIMI HENDRIX. Esse tipo de público vasto. Então o ZEPPELIN só apareceu e seguiu tudo mais fácil. Éramos os pioneiros e nem sempre os pioneiros têm o reconhecimento que merecem. Mas, por outro lado, é mesmo verdade que eles tocaram tudo em afinação mais baixa, e vamos encarar os fatos: Jimmy Page não é Eric Clapton... não importa o que qualquer um pense... quer dizer, o único cara decente na banda está morto... o que vamos fazer a respeito? [risos]”.


Dead, valeu por mais uma contribuição.....

Como o assunto está rendendo mais comentários, nada mais justo do que publicá-los junto a resenha, para que mais facilmente seja do conhecimento de todos que aqui frequentam e, principalmente pelo fato deste comentário vir de um outro grande amigo, o Carlos "The Ancient" que disse o seguinte em seu comentário:

"ao contrário do Cream, o Led Zeppelin teve inicio, meio e fim,,,,,Fez ( e muito bem ) blues, hard rock, prog, folk....Junto com Pink Floyd, Yes, Black Sabbath e Deep Purple, seu fundiram e confundiram com a década de 70, virando referência e sinônimo deste período.
Jimmy Page, assim como Clapton, Beck, Iommy, Blackmore entram em qualquer lista dos dez maiores guitarristas, discutir quem dentre eles é o melhor, é discutir o vento.

Jonh P. Jones, Geezer Butler, Geddy Lee, Squire, Roger Waters, Greg Lake, e mais uns dez nomes, são 10 vezes melhores do que o bêbado e sem graça Jack Bruce.

Com todo respeito ao Cream, eles apenas começaram, mas devido ao ego exacerbado de cada um, foram incapazes de continuar.

O Led Zeppelin foi acima de tudo um GRUPO que tal qual o QUEEN, permaneceram juntos até a morte de seus integrantes.......Pois colocaram o amor à música que faziam acima de seus interesses pessoais...O Queen ainda fez a bobagem de tentar continuar alguma coisa sem medir as consequências....O Zep não....Assim como os Beatles, ironicamente terminaram no final de sua década de apogeu e glória....Quem viu viu !!!!!!!!

Após um longo e tenebroso inverno profissional, mas sem jamais dar uma clicada neste conceituado blog...I'm Back...

Ao Lorde Roderick, ao Grande Luciano, e a todos os seguidores desta seleta comunidade, e a Você Mano Mais Véio que Nunca

ABRAÇO...FORÇA...SUCESSO!!!!!!!!

Carlos "The Ancient"

Continuando...

" Dead,,,,,,,,,,,,,Valeu pela colaboração......particularmente adoro uma polêmica...Também sou fã e seguidor de seu blog!!!!!!

"The Ancient" 


Carlão, Valeu por mais uma contribuição.....


Amigos, esta resenha ta rendendo mais do que o esperado e o cacete ta comendo solto, pois já sobrou até umas porradas para mim, mas enfim, vamos dar continuidade a Saga "Cream x Led Zeppelin" que está mais emocionante que o "Julgamento do Mensalão" e, agora dando a vez ao nosso amigo "Dead" de soltar o verbo, temos na íntegra o seguinte:


"Olha o Carlos como fz....me dá um cacete explicando que até qqr um é melhor que Jack Bruce, e depois diz que me ama,rsVai tomar do mesmo jeito tá?

O Zep parou qdo meu caro Ancient?
PQP, eles tentaram tanto recomeçar que colocaram o anão maldito do phil junto com Carl Parlmer pra tentar encontrar o peso que o Moby dava a banda, fizeram "n"testes escondidos com bateristas variados e só sifu, prq eles sim,são uns belos frouxos e tiveram medo de encarar a vida, pare a sua e viva de fama pra ver!!!!!!!!!!!!!!
Enquanto isso eles iam refazendo suas gravações só os dois bonecos prq nem o JPJones quis mais papo com eles de tanta frescura, basta ler a Rolling Stone onde ele conta essa fase.
Os dois frescos que amo de paixão (será que sou um lobo fresco tb? credo!!!)queimaram a carreira de um dos melhores bateras da atualidade justo quem deveriam ajudar que é o Jason filho do Moby e afilhado deles, são sim frouxos, medrososos só o No Quarter é meia boca, mas cópia deles mesmos mais nada, e vc meu caro Carlos me diz que souberam parar?
A discografia solo do Plant dá dó quase chega perto do Chatomore sendo o Dreamland o único aproveitável e por falar nisso ele lançu um disco com uma faixa.hummm bem criativo né?
Carlos meu amigo e Gustavo que ficou em cima do muro, o Cream tem um sentenário na batera que ensina qqr batera que conheço e toquei tb, e não sou eu que digo, todos os mestres o referenciam e seus trabalhos solos são avidamente procurados, bats ver o Fela Kuti que postei que não para de baixar e é mais velho que eu.
Nunca disse que o Jack era o melhor do mundo, mas só sendo muito bom pra tocar com os outros dois e ainda amigo praajudá-los em suas crises de ácool e drogas como ele fez e tb foi ajudado por eles, prq será? Prq eles são bons?
E a carreira do Eric não concordo que é discussão tola que se joga ao vento, ele viu o filho despencando do apto antes de pega-lo e mesmo assim ão desistiu de nos brindar com o melhor que tem que são suas músicas e seu estilo.
Carlos desculpe, mas o Page e o Plant são dois egocêntricos, amaram ficarem sendo chamados pra revivals até que praticamente sumiram de vez e hoje se sabe o que deles?
High Soc?
Desafio os dois aqui e quem mais quiser a realmente ler e conhecer a carreira de cada um do Cream e ver a colaboração até hoje pra música e tb ver a dos dois bonecos e não se esqueçam que muito do Zep era obra completa do JPJones, mas de lá pra cá o que nos deram?
E vem mais....Carlos, já que me acompanha dê o prazer de comentários como esse lá tb, lá não é chique como aqui mas me deixaria bem feliz. Gustavo, só aparece qdo roubo um post e o Roderick, bem esse nem sei,rs

Enjoy!!!!!!!!!!!!!"


E em seguida:


"Mas aqui está o lado ruim do Cream, bem a mostra, não sou burro, pessoalmente éford conviver com qqr um, aí está a prova:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cream
Enjoy!!!!!!!!!!!!!!"

Dead, valeu por mais uma contribuição e pelas porradas.....

Atendendo ao chamado do comentário acima, reporto o seguinte:


"Amigos,

Não ia ser elegante de minha parte tomar umas porradas e ficar de bico calado, portanto, quero esclarecer o seguinte:

a) Quanto a ficar em “cima do muro”, não é bem o caso, pois quando pedi sua ajuda “Dead”, e não foi à toa, é porque não eu não sei absolutamente nada sobre os três “Guitar Hero” e muito menos sobre o “Cream” e suas histórias de bastidores, portanto, seria uma temeridade eu meter o bedelho em um assunto que eu desconheço totalmente, então, o melhor nestas ocasiões é ficar neutro e filtrar alguma coisa que “preste”, para adquirir uma melhor cultura geral sobre a história do rock, por isso, fiquei e ficarei em silêncio.........

b) Quanto ao, “só aparecer quando você rouba as minhas resenhas”, o que é uma honra, é o mínimo que eu poderia fazer, uma vez que o seu cultuadíssimo blog é muito melhor do que este blog que voz fala agora, e só não o frequento mais, por uma simples razão, falta de “TEMPO” e, como pode notar, mal consigo fazer uma simples resenha por semana, portanto, não seria justo você ter o trabalho de me roubar, postar na íntegra a loucuras que fico proferindo e eu não ir agradecer o “Jabá”, e eu espero que você continue roubando sempre, pois é sinal que alguma coisa que eu tenha dito, fez você pensar....... 

c) Quanto ao blog ser “Chique”, eu nunca tinha parado para pensar neste assunto e ai, fazendo uma pesquisa em diversos outros blogs, cheguei a conclusão que ele não é “Chique”, ele é “Autentico” e principalmente muito bem frequentado por amantes da música, assim como você “Dead”, o “Carlos”, o “Rederick”, o “Luciano”, que tá sumidão e mais uma penca de anônimos, que graças a Deus estão sempre dando um “pitaco” por aqui....

Esclarecidas todas as pendengas e tudo mais, eu sinceramente espero que este rico debate não se encerre por aqui, uma vez que esses “detalhes” dos bastidores do rock são muito interessantes e esclarecedores............

À todos que estão doando o seu precioso tempo em prol da música, como, Dead, Carlos, Roderick e aos anônimos, um fortíssimo abraço............

Gustavo"

Continuando o dramalhão mexicano "Cream x Led Zeppelin", o Lobo Dead ficou preocupado e deixou uma mensagem em reposta ao que disse acima:


"ô Gustavo magoou?Cara tô me distraindo exercitando minha verve só irmão, acabei de fazer um post onde comento que me intrometo nos blogs alheios, mas só me meto prq gosto de quem participa e dou meus palpites como sou, franco e sincero mas sem querer ofender. Nunca quis te chamar de frouxo ou fraço ou sei lá o que, brinquei pra provocar como sempre faço, véio tô tão cansado de problemas da vida que nem sei prq não parei ainda, e mesmo blog e músicas me cansaram , prq faço uma brincadeira com o Roderick e ele fica bravo comigo, mas não se lembra que divulgo os blogs dele sem nunca ele ter me pedido, então como posso não gostar dele?
Ou vc que roubo posts e até esqueço o OGS que faz tempo tem uns posts que quero roubar? E gosto dele praca too, então se mais uma vez avancei me perdoem os envolvidos, esse sou só eu e sou só isso mesmo.
Enjoy!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Então, para acabar com esta confusão que eu mesmo criei, e não pensarem que só tem biruta neste blog, eu respondi o seguinte:


Dead, você é um trouxa.... Não ta vendo que eu fiz de sacanagem..... É claro que não há mágoa alguma.... Só fiz para te provocar........ Todos nós te amamos do jeito que você é.... Deixa de boiolagem..... Aqui não tem espaço para estas besteiras..... Tem mesmo é que entrar e soltar o verbo e se possível, roubar alguma resenha e fazer um "Jabá" no seu blog que é muito melhor que esse esculacho aquí .......

Agora falando sério, eu não conheço nada do “Cream”, por isso não entrei no debate, senão, só ia falar merda e estragar a discussão que estava ótima.......

Tenha fé que as portas deste blog estarão "sempre" abertas para você.........

Abraços,

Gustavo 


Dando prosseguimento a esta loucura, chegou a vez do Carlos "The Ancient" dar o seu recado:

"Tá vendo Mano Véio!!!!!!!!!!! É essa a razão de existir do seu blog........Blog tem ser assim, tem que ter discussão de alto nível, tem que ter porrada, é relação de amor e ódio, chega de blog com posts......Nós precisamos é de linha de discussão, debates, o rock tá morrendo, e nós somos responsáveis para despertar a atenção das novas gerações........Temos que escancarar e dizer a verdade, não a nossa verdade, mas a verdade absoluta!!!!

E essas são algumas verdades absolutas que precisam ficar muito claras para todos que acompanham esse blog:

É verdade que eu amo de Paixão o seu Blog e o Blog do Dead

É verdade que o Jack Bruce é um chato de galocha

É verdade que o Zep teve início meio e fim e de longe é disparado melhor que o econômico Cream

E por fim, É verdade absoluta que seu blog além de chique está passando por uma fase de transformação....Está virando um belo fórum de discussão

E Dead............Aguarde!!!!!!!!! vou começar a invadir sua praia....Adoro pentelhar, adoro polêmicas, e adoro falar a verdade...

Pra todos vocês do fundo do meu coração

ABRAÇO.....FORÇA.....SUCESSO!!!!!!!!!!"

Carlos "The Ancient"


Todos os "comentários" acima estão disponíveis na página oficial de comentários!!!  

RECOMENDADÍSSIMO!!!!

Musicians:
Eric Clapton,
Jimmy Page,
Jeff Beck;
Steve Winwood,
Charlie Watts,
Paul Rodgers,
Ronny Lane,
Chris Stainton,
Bill Wyman,
Kenney Jones,
Ray Cooper,
Andy Fairwether Low,
Fernando Sanders,
Simon Phillips;
Tony Hymas;

Tracks:
Disc1
01) Everybody's Got to Change
02) Lay Down Sally
03) Wonderful Tonight
04) Cocaine
05) Women Are Smarter
06) Roadrunner
07) Slowdown Sunrise
08) Take Me to the River
09) Gimme Some Lovin'

Disc 2:
01) Star Cycle
02) Pump
03) Out of a Book
04) Goodbye Pork Pie Hat
05) People Get Ready
06) Hi Ho Silver Lining
07) Prelude
08) Who's to Blame
09) City Sirens
10) Tulsa Time
11) Layla
12) Bomber's Moon
13) Good Night Irene


LINK


"Layla"

2 de set. de 2012

PINK FLOYD - "Before The Fire - The Fireman Tapes III" - 1970

Como o blog está chegando à marca dos 500.000 acessos de página, conforme o contador a direita, isto logicamente por obra e graça de todos que aqui frequentam, me bateu aquela dúvida na hora de postar algo para comemorar o feito, que não é meu, mas sim de todos nós, pois banda boa e representativa é o que não falta em nossa tribo para fazer a trilha comemorativa.

Resolvi fazer uma pesquisa de clima em diversos outros blogs, inclusive nos de Heavy Metal, que por sinal eu também gosto muito, e daí amigos, brotou um nome, “Pink Floyd”, quase uma unanimidade, difícil encontrar alguém que não goste. 

Não muito satisfeito, comecei a encher o saco dos amigos, principalmente os que não são muitos chegados em rock, mas com uma pequena estimulada, o primeiro nome que surgia na maioria dos casos, era o do Pink Floyd, figurando acima até dos “Beatles”, sem dúvidas um feito e tanto, mas como estamos falando de um fenômeno, nada muito fora do esperado. 

Mas esse fenômeno tem um nome, aliás, um não, vários, como, “The Dark Side of the Moon”, “Wish You Were Here”, “The Wall” e ainda teve um maluco que se lembrou do “disco da Vaca”, que traduzindo para uma linguagem compreensível, passa a se chamar, “Atom Heart of Mother”, para mim, disparado o melhor e mais visceral álbum que produziram, mas isto é uma impressão pessoal, sem valor técnico algum. 

Refleti um pouco sobre esta breve pesquisa e a conclusão que chego, é que o Pink Floyd é uma das bandas mais populares do planeta, independente do gosto musical e principalmente da idade, pois até a galerinha mais nova, dá um valor muito grande ao trabalho da banda, basta lembrar os shows memoráveis que a lenda viva, Roger Waters deu aqui no Brasil muito recentemente, deixando do netinho ao vovô, todo mundo de queixo caído. 

Bem, já que o nome é o Pink Floyd, vamos a fundo até o ano de 1970, ano da gravação de “Before The Fire - The Fireman Tapes III”, no Altes Casino, Montreux, Suíça, em um simples palco, contando apenas com a garra, a emoção e um talento imensurável que aqueles quatros jovens, disponibilizaram neste show. 

Dá gosto de ver e ouvir quatro figurinhas, municiadas de seus instrumentos musicais, apontando para uma plateia totalmente hipnotizada e indefesa diante de uma música envolvente, tocada sem caretas ou trejeitos, apenas valendo-se de suas habilidades individuais, que quanto misturadas, produzem a química perfeita, provocando reações imprevisíveis na mente, literalmente carregando-nos para a tão sonhada “viagem” que gostamos de fazer quando estamos em contato com nossos heróis. 

A simplicidade é o maior trunfo do Pink Floyd, pois apesar de toda a sofisticação que eles impõem em sua música, tudo é feito de forma simplória, harmoniosa e muito bem dosada em todos os aspectos que as envolvem e basta dar uma olhada para a capa deste bootleg, para entender o que estou querendo dizer, pois não há nada de mais, além dos quatro músicos em um minúsculo palco, e numa escala inversamente proporcional, nos brindam com a grandiosidade que conseguem conferir às suas músicas. 

Eu não tinha pensado em comentar as músicas, mas não posso me calar diante da guitarra de David Gilmour, que está simplesmente “matadora” e da atuação do querido, Rick Wright e seu teclados, permeando o enredo da música, “Atom Heart of Mather”, a qual, só ouso botar lado-a-lado de músicas de mesma grandeza, como, “Superas Ready” do Genesis, “Tarkus” do ELP e a íntegra “Tales From Topgraphics Oceans” do Yes, que são marcos históricos do rock progressivo, verdadeiras sinfonias do mundo moderno, com um grau de complexidade e virtuosismo fora do normal. 

Finalizando, só resta agradecer muito a todos que por aqui passaram e fizeram deste espaço, uma sala de estar, um ponto de encontro, com comentários e críticas sempre muito bem vindas, pois através delas, novos conceitos e conhecimentos chegaram até aqui, proporcionando a evolução natural do blog desde a época de sua criação a pouco mais de dois anos atrás, portanto amigos, mais uma vez, obrigado!!! 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!!

Pink Floyd:
David Gilmour — vocal, guitarra, baixo, teclado, efeitos especiais
Roger Waters — vocal, baixo, guitarra, percussão, programação
Richard Wright — teclado, vocal, órgão, piano, sintetizador, mellotron
Nick Mason — bateria, percussão, programação

Tracks:
01 Astronomy Domine [10:33]
02 Fat Old Sun [13:56]
03 Atom Heart Mother [18:19]
04 Cymbaline [11:43]
05 Embryo [13:00]
06 Blues [9:11]


"Pink Floyd - Live - Altes Casino , Montreux Festival"

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