29 de ago. de 2012

YES - "Monterrey 2004" - 2004

Eu nem estava pensando em resenhar algum álbum do Yes neste momento, mas como ao acaso eu encontrei este bootleg, “Monterrey 2004”, gravado em setembro de 2004, dentro de um memory card perdido, e como ele é mais um registro das comemorações dos 35 anos da banda, eu não poderia ficar em paz com minha consciência se não o visse postado no blog. 

A rigor, nada de mais neste bootleg, fora o fato de ser o Yes o protagonista deste espetáculo e é exatamente neste ponto que as coisas começam a ficar um tanto obscuras e de certo modo fora de controle, pois basta ver o magnético “logo” da banda, que para mim funciona como um comando direto para o cérebro, provocando uma irresistível vontade de estar em contato, seja com um áudio ou vídeo e ao mesmo tempo eu paro para pensar porque eu estou agindo feito um retardado, mas a verdade é que a atração por tudo que envolve a banda é mais forte do que a razão.

Como a constelação de bandas do rock progressivo é praticamente ilimitada, ter uma escolha única do melhor grupo que represente a essência e a filosofia deste rico momento musical, é impossível, pois cada banda conseguiu criar um estilo próprio, o que acaba gerando um diferencial perante as demais, mas que no fundo exprime claramente o sentido da música da década de setenta. 


A lista de bandas é tão extensa que não seria possível criar um paralelo entre todas elas, e se levarmos apenas em conta, as mais tradicionais e conhecidas, como o Yes, Pink Floyd, Genesis, ELP, Jethro Tull, Camel e o PFM (Sei que estou deixando um monte de gente boa de fora. Desculpem-me!!!), sem o menor temor de estar errando, eu posso afirmar que todas conseguem transmitir a mesma “mensagem”, que nos faz viajar a mais de quarenta anos, com sonoridades totalmente distintas, o que no meu entendimento impossibilita a comparação entre elas, ou seja, o nível musical daquela época teve a capacidade de gerar diversas genialidades individuais e em grupo que proporcionam até hoje este sentimento. 

Eu não consigo coloca-los lado-a-lado com qualquer outra banda, pois não há o que comparar, a inexistência de qualquer tipo de semelhança é latente, assim como não compararia o Pink Floyd, Genesis ou qualquer banda entre si, pois as identidades musicais são completamente distintas, com um DNA musical muito bem definido, apenas convergentes nos objetivos de encantar e entreter. 

É lógico que com o tempo, bandas com menor visibilidade e outras surgidas ao final dos anos setenta e início dos anos oitenta, naturalmente absorveram os conceitos e experiências das bandas antecessoras, o que de forma alguma é um demérito, assim como a primeira geração do rock progressivo também o fez, apenas com mais competência e desenvoltura. 

Talvez a pequena vantagem que o Yes tenha em relação às demais bandas, seja o fato da banda ter sabido explorar de forma intuitiva a associação dos dois sentidos humanos necessários ao projeto “YES”, ou seja, a audição e a visão, pois o forte apelo visual que a banda criou ao longo dos tempos, e neste caso faça-se justiça, tudo por obra e graça das mãos de “Roger Dean”, um gênio do design e que por sua vez, associada a uma música não menos genial, tenha sido a química perfeita para destacar a banda das demais. 

Não se trata de marketing, mas sim de uma inteligente identidade visual, que foi muito além do previsto, associando a imagem à música e assim, criando uma perspectiva emocional muito densa, que em um primeiro momento, começa no visual da capa do álbum e seus encartes, para logo em seguida misturar-se a música e numa espécie de filme mental, um enredo é claramente formado e uma “viagem” é iniciada por conta da dupla exposição aos quais nossos sentidos são submetidos nestas exposições audiovisuais. 

Falei demais para meu tamanho e provavelmente muita besteira, mas o Yes é isso aí, pura emoção e inspiração, instigando os pensamentos, indo muito além do que uma simples banda de rock, nos obrigando a raciocinar a respeito de sua obra.

O melhor de tudo, é que é feito por gente, assim como nós, mas por alguma razão que desconheço, foram escolhidos a dedo por alguma "entidade mística" que os capacitou com carisma, talento e sabedoria fora do comum. 

Quanto ao álbum, que nada falei a respeito, é lógico que ele está recomendado, pois se trata de mais um show do Yes com a sua melhor formação, elenco de músicas e com uma excelente qualidade de gravação, portanto, a ordem é ouvi-lo muito e ser feliz. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

YES:
Vocals: Jon Anderson
Bass: Chris Squire
Guitar: Steve Howe
Drums: Alan White
Keysboards: Rick Wakeman

Tracks:
CD1
1.01 Firebird Suite (2.18)
1.02 Going For The One (5.30)
1.03 Sweet Dreams (7.39)
1.04 I've Seen All Good People (7.03)
1.05 South Side Of The Sky (12.47)
1.06 Yours Is No Disgrace (12.37)
1.07 The Clap (4.28)
1.08 Long Distance Runaround (5.10)
1.09 Wonderous Stories (4.36)
1.10 Intro (2.25)
1.11 Roundabout (5.30)
1.12 Owner Of A Lonely Heart ~ The Meeting (7.27)
CD2
2.01 And You And I (12.34)
2.02 Awaken (23.41)
2.03 Starship Trooper (14.20)


"The Meeting"

"Sweet Dreams"

22 de ago. de 2012

EMERSON LAKE & PALMER - Brain, Salad, Surgery - 1973/2008

Há muito tempo atrás, e bota tempo nisso, eu fiquei frente a frente com o álbum, Brain Salad Surgery, encantado com a capa, que para mim estava contando alguma história, mesmo sem eu ter a menor ideia do que seria o seu conteúdo, mas o fato é que havia alguma mensagem subliminar naquela arte gráfica, que anunciava algo de espetacular, fora do comum e eu na minha ingenuidade musical dos meus quinze ou dezesseis anos, totalmente hipnotizado pela imagem, adquiri o vinil (LP) e nunca mais eu fui a mesma pessoa. 

Levando-se em conta que aquela época meu contato com o rock progressivo mal estava começando, pois eu lembro que eu encontrei uma fita K7, com algumas músicas do Genesis e do Yes e comparando com às músicas que habitualmente se escutava na minha casa, tudo soava muito estranho e quando o ELP entrou pela primeira vez em minha vida, mais estranho tudo ficou. 

A música, “Jerusalem” que abre o álbum, simplesmente linda, mas que num primeiro momento parece ser um tanto religiosa,  para em seguida ser literalmente varrida do meu cérebro, por “Toccata”, que é uma epopéia de Moog’s e Hammonds duelando, dada a sua intensidade e velocidade, muito bem acompanhada de uma bateria insana que por sua vez, era perseguida bem de perto por um baixo não menos insano. 

“Still... You Turn Me On” é o ponto de equilíbrio do álbum e sob todos os aspectos, talvez uma das mais bonitas e intrigantes músicas que fizeram, pois perto do que habitualmente faziam, era de uma simplicidade “Franciscana” e “Benny The Bouncer” que apesar de situar-se um tanto fora do contexto deste álbum, não chega a ser uma música ruim, para então chegarmos ao ápice do álbum, com “Karn Evil 9”, uma mega suíte dividida em três partes. 

É exatamente neste ponto que a minha viagem rumo ao rock progressivo, com direito a apenas a passagem de ida, começa e praticamente quarenta anos depois eu ainda sou atraído por essa música, que sabiamente profetizou ao mundo em sua letra, “Welcome Back my Friends to the Show That Never Ends........”, e eis que aqui estou, curtindo até hoje este álbum e a tudo de bom que o ELP e o universo do rock progressivo, magicamente souberam construir, pois "o show nunca tem fim" e assim como eu, acredito que muitos outros se sintam nesta situação. 

Emerson Lake & Palmer
Logicamente tudo isto é fruto da dedicação e da doação do talento e da inteligência de três jovens músicos, que cronologicamente até 1973 já havia lançado cinco álbuns (contando com este) de grande sucesso de crítica e público e eu comecei logo por este, que serviu de pretexto para a criação de um álbum triplo (em vinil), gravado ao vivo, chamado, “Welcome Back my Friends to the Show That Never Ends”, para mim, um dos melhores álbuns da história do rock. 

“Karn Evil 9” impressiona pela sua diversidade musical e por sua generosidade em permitir ao “Power trio” extravasar todo o vigor musical contido em suas almas, transformando essa sinergia em uma música hipnótica e magnética ao mesmo tempo, pois é difícil não ficar atento ao seu forte e variado enredo. 

A rigor, não haveria a menor necessidade de se fazer uma postagem para este álbum, por razões óbvias, mas como um raro momento de “insight”, não deve ser desperdiçado, principalmente por nós, que somos jovens há muito tempo e com os neurônios desgastados pelo  uso contínuo, então, para não cair no esquecimento eu senti necessidade de escrever alguma coisa.

Chamar a atenção para um trabalho como este, é antes de tudo, uma obrigação de quem teve o privilégio de viver uma era musical de ouro, inigualável,  então,  só resta recomendar este álbum que não pode faltar na coleção de quem gosta de música de verdade e que neste caso vem acrescido de várias faixas bônus em comemoração aos seus trinta e cinco anos de criação.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!! 

Musicians:
Keith Emerson / keyboards
Greg Lake / vocals, bass, electric & acoustic guitar
Carl Palmer / drums, percussion

Tracklist:
Disc 1:
01. Jerusalem
02. Toccata (An Adaptation Of Ginastera's 1st Piano Concerto, 4th Movement)
03. Still... You Turn Me On
04. Benny The Bouncer
05. Karn Evil 9: 1st Impression - Part 1
06. Karn Evil 9: 1st Impression - Part 2
07. Karn Evil 9: 2nd Impression
08. Karn Evil 9: 3rd Impression

Disc 2:
01. When The Apple Blossoms Bloom In The Windmills Of Your Mind I'll Be Your Valentine Time
02. Brain Salad Surgery
03. Karn Evil 9: 3rd Impression (Original Backing Track)
04. Jerusalem
05. Still ... You Turn Me On
06. Toccatta (First Mix)
07. Karn Evil 9 1st Impression #1 (35th Anniversary Version)
08. Karn Evil 9 1st Impression #2 (35th Anniversary Version)
09. Karn Evil 9 2nd Impression (35th Anniversary Version)
10. Karn Evil 9 3rd Impression (35th Anniversary Version)
11. Excerpts From Brain Salad Surgery (NME Flexidisc)
12. Hidden Track


LINK REMOVIDO PELOS FDP's DA DMCA


"Karn Evil 9"

"Toccata"

13 de ago. de 2012

QUATERNA RÉQUIEM - "O ARQUITETO" - 2012

Eis que chega o momento tão esperado pelos amantes do rock progressivo e em especial, para os fãs do Quaterna Réquiem, pois a banda finalmente vai lançar o álbum, “O Arquiteto”, em um "Pocket show e Noite de Autógrafos", que vai acontecer no dia 17 de agosto, às 20hs na “Argumento Livraria”, Rua Dias Ferreira, nº 417, no Leblon, Rio de Janeiro. 

Quando digo que o momento é tão esperado, é porque era muito esperado mesmo, pois logo no início das atividades do blog, em março de 2010, em uma resenha que havia feito sobre o antológico álbum, “Livre”, gravado na casa de espetáculos “Scala” em 1999, eu já tinha a notícia do lançamento deste álbum, e hoje, dia 13/08/2012, fui surpreendido, por um comentário deixado pelo blog da banda, QUATERNA RÉQUIEM, comunicando o lançamento do álbum nesta semana. 

Para quem ainda não tem ideia da temática do álbum, resumidamente o que se sabe, é que será uma suíte, dividida em cinco partes, onde são explorados os estilos de cinco grandes arquitetos, em épocas e de países diferentes (Itália, França, Espanha, USA e o Brasil) que serviram para alavancar a inspiração necessária para mais um grande álbum. 

O arquiteto brasileiro homenageado, não poderia ser outro, senão, Oscar Niemayer, que generosamente, agradeceu a banda com as seguintes palavras: 

“Além de agradecido pela gentileza de uma faixa musical dedicada a mim, constatei que o CD "O Arquiteto" lançado pelo grupo musical Quaterna Réquiem mostra a capacidade de suas músicas em ver e sentir a arquitetura do mesmo modo que sua própria música. 

Um projeto da mais alta qualidade e conteúdo artístico, que muito me agradou." 

Oscar Niemayer – 15/04/2012 

Só resta então, pedir aos amigos e frequentadores do blog, que passem esta gratíssima notícia a diante, pois se trata de um evento imperdível e que é muito importante e especial para a música brasileira, para o rock progressivo e para os seus fãs que há muito tempo estão à espera deste álbum. 

IMPERDÍVEL!!!!

Quaterna Réquiem:
Elisa Wiermann - Piano e Sintetizadores
Kleber Vogel - Violino
Cláudio Dantas - Bateria e Percussão
Roberto Crivano - Guitarra e Violão
Jorge Mathias - Baixo


Clipe - "O Arquiteto"

7 de ago. de 2012

GENESIS - "The Lamb Lies Down On Broadway - Live In Liverpool" - 1975

Gravado em abril de 1975, no Empire Theater, Liverpool, Inglaterra, em plena “The Lamb lies Down Tour”, mais uma vez o Genesis apresentava sua obra máxima, e quando digo mais uma vez, é porque foram um total de cento e duas apresentações de “The Lamb Lies Down On Broadway”, até a saída definitiva de Peter Gabriel da banda em agosto deste mesmo ano. 

Realmente, o álbum, “The Lamb Lies Down On Broadway”, é uma obra máxima para o Genesis, por ser totalmente conceitual, mas também, é uma obra definitiva, não só para a banda, mas também para seus fãs, uma vez que, este álbum marca o final de uma era coroada de sucessos, um seguido do outro, iniciado com o primeiro álbum da fase progressiva, “Trespass”, até chegar a este. 

Cortesia: http://velhidade.blogspot.com.br
O Genesis "pós", “The Lamb Lies Down On Broadway”, é outro momento da banda que carrega uma nova e própria história, a ser abordada em outra oportunidade, mas que no fundo se confunde com a história do rock, onde a saída de músicos fundamentalistas, tem se mostrado de certa forma, rotineira nas grandes bandas de rock, independente da tribo que faça parte. 

Existe certa similaridade de fatos e acontecimentos, por exemplo, entre o Genesis e o Pink Floyd, pois da mesma forma que Roger Waters saiu de sua banda, com fama de maluco, encrenqueiro, ditador e tudo mais, por conta do álbum, “Final Cut”, o mesmo aconteceu com Peter Gabriel, pois justamente, “The Lamb Lies Down On Broadway”, foi estopim de sua saída, pois seu enredo foi delineado a partir de sonhos que havia tido, ou seja, é mais um grande músico, em um momento de explosão de talento e criatividade, não sendo compreendido pelos demais membros da banda. 

Cortesia: http://velhidade.blogspot.com.br
Peter Gabriel queria a todo custo escrever detalhadamente a historia e todas as letras das músicas, fato este que acabou não acontecendo, primeiramente, pela forte oposição de Mike Rutherford a este projeto, pois ele queria musicar a história do “Pequeno Príncipe”, mas principalmente por conta de problemas familiares que teve com sua esposa, o que foi um golpe de misericórdia em seu projeto, portanto, Peter Gabriel ficou de fora da fase mais criativa do processo, apenas participando da fase de pré-produção do álbum. 

Ele teve vontade de transformar em filme este seu “devaneio noturno”, chegando inclusive a procurar os produtores e o diretor de “O Exorcista”, com algumas ideias e esboços de um roteiro para o filme, mas também sem sucesso, e com uma forte pressão que os demais membros da banda exerceram, não muito conformado, voltou aos estúdios, terminou o álbum, cumpriu com todos os seus compromissos relativos aos shows e ao fim da turnê, anunciou sua saída e começou sua brilhante carreira solo. 

Cortesia: http://velhidade.blogspot.com.br
Que “The Lamb Lies Down On Broadway” é um excelente trabalho, eu não nego, e confesso que gosto muito mesmo, mas eu não trocaria por nada deste mundo, a música, “Supper’s Ready”, para mim, é de longe o auge da banda, a síntese do progressivo mais carnal e minimalista ao mesmo tempo.

Esta música que está acima do bem e do mal,  proporcionou uma oportunidade impar a todos o músicos mostrarem seu talento e criatividade, por conta da sua generosidade musical, sem dúvidas, um marco na história da música e do rock, tão perfeita em sua origem, que nem Phil Collins conseguiu deturpá-la. 

Viajei na maionese, me desculpem, então, vamos voltar ao que interessa, ou seja, esta apresentação de “The Lamb Lies Down On Broadway” na íntegra, que dispensa maiores comentários a respeito de seu conteúdo, por ser de conhecimento popular, mas apenas gostaria de  enfatizar a música final, que com a força de uma apunhalada no coração, é tocada a música, “The Knife”, extraída do álbum, “Trespass”, o primogênito de uma série de álbuns que compõem a família progressiva do Genesis, para encerrar mais um concerto de rock. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Genesis:
Mike Rutherford – bass, twelve-string guitar, bass pedals
Phil Collins – drums, percussion, vibraphone, backing vocals
Steve Hackett – guitars
Tony Banks – keyboards, piano
Peter Gabriel – vocals, flute, oboe

Tracks:
Disc 1: 
01. The Lamb Lies Down On Broadway
02. Fly On A Windshield
03. Broadway Melody Of 1974
04. Cuckoo Cocoon
05. In The Cage
06. The Grand Parade Of Lifeless Packaging
07. Back In N.Y.C.
08. Hairless Heart
09. Counting Out Time
10. Carpet Crawlers
11. The Chamber Of 32 Doors
12. Lilywhite Lilith
13. The Waiting Room

Disc 2.
01. Anyway
02. Here Comes The Supernatural Anaesthetist
03. The Lamia
04. Silent Sorrow In Empty Boats
05. The Colony Of Slippermen
06. Ravine
07. The Light Dies Down On Broadway
08. Riding The Scree
09. In The Rapids
10. It
11. The Knife
LINK

"The Lamb Lies Down on Broadway  - Live in iverpool - 1975 - (audio)"

"The Lamb Lies Down on Broadway  - Live in iverpool - 1975 - (vídeo)"

1 de ago. de 2012

YES - "Soon The Light" - 1975

O ano é o de 1975, o local era o Long Beach Arena - CA, USA,   a banda o Yes e o show, “Soon The Light”, marcando um dos melhores momentos da banda, mesmo que desfalcado de Rick Wakeman, que neste momento dedicava-se intensamente a sua carreira solo. 

Ele foi substituído por Patrick Moraz que foi uma peça fundamental para o êxito de Relayer, um dos álbuns mais cultuados do Yes e também foi o responsável por momentos memoráveis que a banda proporcionou aos fãs, quando realizava a “Relayer Tour” entre a Europa e os EUA. 

Este bootleg traz na integra o álbum de estúdio “Relayer”, acompanhado de tudo o que o Yes já havia feito de melhor, como Close To The Edge, “Long Distance Runaround”, “And You And I”, “Ritual”, “Roundabout”, curiosamente,  "Sweet Dreams", que por sinal eu adoro, mas confesso achei estranho ela encerrar o show, tendo em vista ser uma música muito simples para os padrões da banda, mas como é o Yes, tudo é possível e tudo agrada. 

O elenco de músicas é irrepreensível e o elenco de músicos idem e como única novidade, o terceiro tecladista que passava pela banda, o Franco-Suíço, Patrick Moraz, que tinha a titânica tarefa de suprir uma ausência que no meu entendimento, era impossível de suprir. 

Inteligentemente ele soube usar o “improviso” e as “experimentações”, muito comuns no Jazz-rock de onde era oriundo, como uma ferramenta de convencimento perante o público e principalmente perante a banda, que pelo menos naquele momento ele poderia ser útil e estar ocupando aquele lugar. 

De fato, aconteceu e foi justamente por conta das diferenças de estilo musical entre ele e Rick Wakeman que tinha uma orientação mais voltada à música clássica, que por quase uns três anos, foi possível sustentar a sua permanência junto à banda, que sempre primou pela excelência e pelo virtuosismo individual, que quando somados, transformavam-se em uma explosão de talento e emoções, que eram simbolizados por apenas três letras, que juntas sintetizavam uma simples e única palavra, “YES”

O Yes tem um diferencial em relação a outras bandas que é difícil de explicar, e isto não significa que por conta disto, seja melhor ou mais eficiente ou qualquer coisa que o valha, mas existe algum magnetismo ou química que de alguma forma chama a atenção (pelo menos a minha) e sempre é uma emoção diferente estar em contato com a música do Yes

No fundo, ela chega a ser tridimensional, pois a música produzida sempre esteve muito associada a imagens das capas dos álbuns, que de antemão, contavam a história do que iríamos escutar e este fenômeno tem um nome, Roger Dean, um mestre e virtuoso do design, que com seu traço, possibilitou esta sinergia entre o som e a imagem elevando-a a outro plano. 

Era angustiante ficar esperando um novo álbum chegar e quando acontecia, era uma loucura, pois em muitos casos, eram meses de espera para um novo álbum do Yes chegar até o Brasil, o que para nós, era uma eternidade, já que a velocidade dos acontecimentos e a facilidade em ter acesso a eles não era como vivemos hoje e quando muito, as ondas de rádio eram a Internet dos anos setenta.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Yes:
Jon Anderson - Vocal principal, Violão, Percussão
Chris Squire - Baixo, Vocal de apoio
Steve Howe - Guitarra, Violão, Guitarra Steel com pedal, Cítara elétrica, Vocal de apoio
Patrick Moraz - Sintetizador, Teclado, Piano
Alan White - Bateria, Percussão


Tracks:
01 - Firebird Suite
02 - Sound Chaser
03 - Close to the Edge
04 - To Be Over
05 - The Gates of Delirium
06 - Your Move
07 - Mood for a Day
08 - Long Distance Runaround
09 - Patrick Moraz Solo
10 - Clap
11 - And You And I
12 - Ritual
13 - Roundabout
14 - Sweet Dreams

LINK

Como não existem vídeos disponíveis com a apresentação deste bootleg, os vídeos apresentados abaixo, são da apresentação antológica que fizeram no mesmo ano no Queens Park Rangers, na Inglaterra.



"Firebird Suit"

"Sound Chaser"

"Sweet Dreams"

23 de jul. de 2012

PINK FLOYD - "Mutinae" - 1994

Como a Internet é muito generosa e guarda surpresas muito bem escondidas, bastando apenas procurá-las com atenção, eu por um mero acaso, acabei por me deparar com um bootleg chamado “Mutinae” do Pink Floyd, gravado em setembro de 1994 em Modena na Itália, obviamente sem a presença de Roger Waters, que a esta época, já havia abandonado a banda. 

O Pink Floyd é um raro caso de uma banda ter sido sua própria substituta, apenas modificando sua maneira de se apresentar, mas principalmente modificando no modo de compor suas músicas e canções em relação ao seu passado recente.

Diferentemente de bandas como Yes, Genesis, ELP e outras, que de alguma forma tiveram suas estruturas internas modificada pelo entra e sai de músicos, mesmo assim, mantiveram a sua essência criativa e suas apresentações na mesma linha por algum tempo e como estamos nos referindo a bandas nascidas na década de setenta, não foi incomum ver seu “modus-operandi” mesmo que de forma bem discreta, aderir às novas ordens musicais, até mesmo por questões de sobrevivência e em alguns casos pela escassez de criatividade. 

O Pink Floyd até antes da saída de Roger Waters quando se apresentava, naturalmente era mais visceral, pois contava somente com os quatros músicos, que tinham como principal arma, o talento e nada mais, sem o uso exagerado de parnafenálias eletrônicas e pirotecnias de palco.

Quando o Pink Floyd passou para a sua versão mais show e menos virtuosismo individual, e que fique bem claro que seus músicos remanescentes não perderam o talento, apenas passaram a usá-los de forma mais comedida, talvez até por conta da idade, mas isso não vem ao caso, um novo Pink Floyd surgiu, mais light, com músicos adicionais, backing vocals, pirotecnia de palco de dar inveja até na NASA e tudo mais que um show de rock tem direto hoje em dia, promovendo uma verdadeira  re-engenharia musical, até mesmo para justificar a sua continuidade. 

Se me perguntarem se eu acho que este novo formato ficou ruim ou a banda regrediu no tempo, eu acho que não, apesar de que eu valorize mais a questão técnica individual dos músicos, que nesta configuração evidentemente ficou em segundo plano, pois há espaço para a nossa atenção ser preenchida com outras distrações que não a música, mesmo assim, considero um excelente trabalho. 

Sei que existe uma ala mais radical de fãs que repudia não só a saída de Roger Waters, bem como desconsidera esta nova concepção de ordem estrutural e musical instalada na banda após sua saída, e eu entendo, compartilho até com certa simpatia em alguns pontos, mas verdade seja dita e ela não é minha, foi fundamental para o rock, o racha dentro da banda, pois analisando alguns fatos históricos podemos chegar a algumas conclusões. 

Roger Waters estava emocionalmente abalado e deprimido por conta de pensamentos e/ou visões que envolviam a morte de seu pai, e isto não é novidade para ninguém, e está claramente estampado no álbum “Final Cut” lançado em 1982, sendo considerado como o trabalho mais obscuro, indo além de “The Wall” e que só não se transformou em um álbum solo, pois os demais membros da banda participaram também de sua gravação apenas como músicos, uma vez que letra e música, são todas de Roger Waters

No fundo, sua saída promoveu uma revolução dentro e fora da banda, pois se por um lado, passamos a identificar um novo Pink Floyd, por outro, passados alguns anos, Roger Waters surgiu “curado???” de sua loucura, lançando excelentes álbuns solo, promovendo shows épicos (vide “The Wall” em Berlim, 1990) e que até hoje envolvem centenas de músicos; técnico; atores; muita pirotecnia e eletrônica aplicada às músicas, com toda a “Pompa e Circunstância” que ele tem de direito, pois mesmo sendo um louco, sempre foi e sempre será um gênio. 

No final das contas, os maiores ganhadores fomos nós, pois por muito tempo houve certa disputa de público entre o Pink Floyd e Roger Waters, o que os obrigou a investir em música e tecnologia, mas que graças aos bons Deuses da Música, agora todos estão em paz, com planos de um show conjunto, pelo menos ao que parece, mas infelizmente se acontecer, será desfalcado de “Rick Wright” que nos deixou órfãos de seu talento e carisma em setembro de 2008, mas isto faz parte da vida e temos que aprender a lidar com isto. 

Voltando ao bootleg, “Mutinae”, faço apenas algumas considerações, pois seu elenco de músicas é mais do que conhecido, pois são todas do gosto popular, com direito a “The Dark Side of the Moon” na íntegra e demais músicas de álbuns mais contemporâneos como “The Divison Bell” e “A Momentary Lapse of Reason” e algumas poucas preciosidades mais antigas extraídas de “Meddle” e “The Wall”, com um áudio claro e cristalino, beirando a perfeição, ou seja, está recomendado por estas e outras razões não mencionadas, mas certamente por sua origem e berço de ouro.    

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Pink Floyd:
David Gilmour 
Nick Mason 
Richard Wright

Guest Musicians:
Tim Renwick 
Jon Carin 
Gary Wallis 
Guy Pratt 
Dick Parry 
Durga McBroom 
Sam Brown 
Claudia Fontaine 

Tracks:  


CD 1
1. Intro
2. Shine on You Crazy Diamond (Pt.1)
3. Learning to Fly
4. High Hopes
5. Take It Back
6. Coming Back to Life
7. Sorrow
8. Keep Talking
9. Another Brick in the Wall (Pt.2)
10. One of These Days
CD 2
1. Speak to Me
2. Breathe in the Air
3. On the Run
4. Time
5. The Great Gig in the Sky
6. Money
7. Us and Them
8. Any Colour You Like
9. Brain Damage
10. Eclipse
11. Wish You Were Here
12. Comfortably Numb
13. Run Like Hell

LINK

"High Hopes"

16 de jul. de 2012

JON LORD - "Morre o Mago dos Hammonds" - 1941/2012

Essa é uma resenha que eu não gostaria de estar fazendo, mas deixar passar em branco não dá, portanto, é com muito pesar que eu quero deixar registrado aqui no blog, o falecimento de Jonathan Douglas Lord, ou simplesmente como foi mais conhecido, “Jon Lord”, aos 71 anos, no dia 16 de junho de 2012. 

O mundo do rock está de luto, pois uma “lenda viva” se foi, deixando uma legião de fãs e admiradores em todo o mundo, órfãos de uns dos melhores, senão o melhor tecladista de órgãos Hammond de todos os tempos, além de perdermos também uma figura carismática e das mais queridas do meio artístico musical, pois como seu nome já prenunciava, era um verdadeiro “Lorde”

Jon Lord deixa um legado musical invejável, digno somente dos grandes expoentes da música e que com muita inteligência e talento, soube mesclar as diversas vertentes musicais que o fascinavam, indo da música clássico ao rock, passando pelo blues e pelo jazz com uma naturalidade e facilidade que se tornaram a sua marca registrada, deixando seu versátil estilo de compor e executar suas músicas, único, bem como era um mestre do improviso, dando sempre um show à parte em todos os palcos em que se apresentou. 

Ele passou por diversas bandas, como o “Flower Pot Men”, “Paice, Ashton & Lord”, “The Artwoods”, “Whitesnake” e o “Deep Purple”, onde foi um dos fundadores em 1968, permanecendo junto ao grupo até 2002.

Quem gosta de música, com certeza está muito chateado com este acontecimento, que é terrível sob todos os aspectos, mas a vida tem que continuar e principalmente porque o rock não para, o melhor é guardarmos em nossas mentes as melhores imagens e sons do “Mago dos Órgãos Hammonds” e torcer para que alguém com coragem apareça para prosseguir com seu magnífico trabalho. 

ADEUS JON LORD!!!!!

Momentos mágicos de Jon Lord:

"Jon Lord Keybord Solo ~ Lazy 1999"

"Burn - Live at the California Jam, 1974"

"Jon Lord and Rick Wakeman - It's Not As Big As It Was"

13 de jul. de 2012

DIA MUNDIAL DO ROCK - "The Who - Tommy" - 1975

Muito bem, dia 13 de julho é o Dia Mundial do Rock, data que surgiu por uma iniciativa do músico e compositor Bob Geldof, que em 1985 organizou o primeiro “Live Aid”, com o objetivo de angariar fundos e abrir os olhos do mundo na tentativa de diminuir o sofrimento do povo Etíope e para tanto não mediu esforços humanos e tecnológicos que dispunha na época. 

Os esforços humanos vieram na forma de bandas e estrelas do rock e entre elas estavam: U2, The Who, Led Zeppelin, Queen, Scorpions; Black Sabbat; Status Quo, Dire Straits, BB King, David Bowe, Sting, Phil Collins, Madonna, Mick Jagger Eric Clapton e Paul McCartney, que se dividiram entre dois palcos, sendo um na Inglaterra, no legendário, “Wembley Stadium” em Londres e o outro nos EUA, no não menos afamado, “John F. Kennedy Stadium” na Filadélfia. 

Bob Geldof
O resultado não poderia ser outro, senão, quase 1,5 bilhão de espectadores pela TV e 200 mil pessoas que tiveram o privilégio de estarem presentes aos estádios, ou seja, sucesso total para a iniciativa, para Bob Geldof e principalmente para a Etiópia, que se até hoje não resolveu seus problemas, está sempre sendo lembrada e recebendo ajuda humanitária de Países ricos e emergentes. 

Para quem não lembra mais de Bob Geldof, basta escutar  a música, "I don't like mondays", que está em vídeo no final da resenha, que o lapso de memória se resolve logo nos primeiros acordes, pois por muito tempo esta música esteve presente nas rádios do Brasil e do mundo.

Independente de tudo que possa representar no consciente de todos o significado desta data, para mim, todo dia é dia rock, portanto vamos ao que interessa e para marcar esta data aqui no blog, nada como relembrar um clássico do rock, a ópera “Tommy”, do “The Who”, que esteve presente neste evento. 

Esta obra do “The Who”, virou filme, foi para o teatro, teve um sem numero de versões feitas para homenagear a banda e principalmente a Pete Townshend, que é sem dúvidas, um dos grandes nomes do rock de todos os tempos, uma lenda viva e que agora em maio passado, completou sessenta e sete anos e pelo que pude apurar, ainda se encontra em atividade, coisas do Rock’n Roll. 

Com o surgimento do filme sob a direção de Ken Russel em 1975, algumas músicas marcaram época por conta de novo arranjos feitos sob medida para dar vida ao filme, então,  músicas como: “Pimbal Wizard”, na voz de Elton John; "The Acid Queen" na voz da alucinada Tina Turner; "Fiddle About", na voz do louco Keith Moon, "I'm Free" e "We're Not Gonna Take It" na potente voz de Roger Daltrey entre tantas outras, garantiram a bilheteria, o sucesso para os atores e produtores e  projetaram ainda mais o The Who.

A ópera “Tommy” que foi lançada originariamente em maio de 1969, ao longo deste tempo, com certeza, ganhou merecidamente notoriedade em  proporções estratosféricas, portanto, nada mais justo do que, mais uma vez, reverenciar o "The Who" e também lembrar da sua existência a todos nós, que somos jovens há muito tempo e também apresenta-la aos jovens do século vinte e um. 


LONGA VIDA AO ROCK’N ROLL!!!!!!

Cast:
Roger Daltrey as Tommy Walker
Ann-Margret as Nora Walker
Oliver Reed as Uncle Frank
Elton John as The Pinball Wizard
Eric Clapton as The Preacher
John Entwistle as Himself
Keith Moon as Uncle Ernie/Himself
Paul Nicholas as Cousin Kevin
Jack Nicholson as The Specialist
Robert Powell as Group Captain Walker
Pete Townshend as Himself
Tina Turner as The Acid Queen
Arthur Brown as The Priest
Victoria Russell as Sally Simpson
Ben Aris as Rev. A. Simpson V. C.
Mary Holland as Mrs. Simpson
Gary Rich as Rock Musician
Dick Allan as President Black Angels
Barry Winch as Young Tommy
Eddie Stacey as Bovver Boy
Jennifer Baker as Nurse 1
Susan Baker as Nurse 2
Imogen Claire as Nurse at Specialist's Practice
Christine Hewett as Lady in Black Beauty chocolate ad
Juliet King as Handmaiden to Acid Queen
Gillian Lefkowitz as Handmaiden to Acid Queen
Liz Strike as Vocal Chorus
Simon Townshend as Newsboy/Vocal Chorus
Mylon LeFevre as Vocal Chorus
Billy Nicholls as Vocal Chorus
Jeff Roden as Vocal Chorus
Margo Newman as Voice of Nurse 1/Vocal Chorus
Gillian McIntosh as Vocal Chorus
Vicki Brown as Voice of Nurse 2/Vocal Chorus
Kit Trevor as Vocal Chorus
Helen Shappel as Vocal Chorus
Paul Gurvitz as Vocal Chorus
Alison Dowling as Voice of Young Tommy/Vocal Chorus
Ken Russell as Cripple


Tracks:
CD 01
01 OVERTURE FROM TOMMY
02 PROLOGUE 1945
03 CAPTAIN WALKER / IT'S A BOY
04 BERNIE'S HOLYDAY CAMP
05 1951 / WHAT ABOUT THE BOY?
06 AMAZING JOURNEY
07 CHRISTMAS
08 EYESUGHT TO THE BLIND
09 ACID QUEEN
10 DO YOU THINK IT'S ALRIGHT 1
11 COUSIN KEVIN
12 DO YOU THINK IT'S ALRIGHT 2
13 FIDDLE ABOUT
14 DO YOU THINK IT'S ALRIGHT 3
15 SPARKS
16 EXTRA, EXTRA, EXTRA
17 PINBALL WIZARD

CD 02
01 CHAMPAGNE
02 THERE'S A DOCTOR
03 GO TO THE MIRROR
04 TOMMY CAN YOU HEAR ME?
05 SMASH THE MIRROR
06 I'M FREE
07 MOTHER AND SON
08 SENSATION
09 MIRACLE CURE
10 SALLY SIMPSON
11 WELCOME
12 T.V. STUDIO
13 TOMMY'S HOLIDAY CAMP
14 WE'RE GONNA TAKE IT
15 LISTENING TO YOU / SEE ME, FEEL ME



LINK REMOVIDO PELOS FDP's DA "DMCA"


TOMMY

"Full Movie"
A PORRA DO FILME TAMBÉM FOI REMOVIDO PELOS FDP's DA "DMCA"

LIVE AID - 1975

"The Who - Love Reign O'er me (Live Aid 1985)"

"Bob Geldof at Live Aid in July 13th 1985 - I don't like mondays"

"Paul McCartney at Live Aid 1985"

9 de jul. de 2012

YES - "Yesyears" - 1991

Depois de longo tempo completamente desprovido de inspiração para escrever qualquer bobagem, eis que retorno das cinzas, renovado e na boa companhia do nosso bom e velho, Yes, que na verdade só envelhece nos números que o acompanham. 

E neste tempo de inatividade involuntária, apenas escutando algumas bandas, fuçando aqui e ali em alguns blogs que gosto muito e que sempre visito para buscar informações que possam subsidiar algumas insanidades que vem a cabeça e tenha alguma credibilidade, eu li e escutei de tudo, coisas incríveis, porém, a solução acabou sendo doméstica, ou seja, estava ao meu alcance e há muito tempo eu não escutava ou lia seu fabuloso encarte. 

O Cdbox, intitulado, “Yesyears” lançado em 1991, que mostra de uma forma muito inteligente e intuitiva, a trajetória de um dos fenômenos musicais mais influentes do rock progressivo e que na aquela época, aparentemente estavam tentando botar as coisas em ordem, uma vez que lançavam o álbum “Reunion”, com praticamente todos os membros que passaram pela banda. 

Esta iniciativa em uma visão holística poderia selando a Paz dentro da banda, levando-se em conta que as brigas e confusões constantes nos anos oitenta, quase levaram a banda à extinção, o que seria uma verdadeira tragédia “Grega”, mas enfim, eles são tão teimosos quanto nós e de alguma forma conseguiram sobreviver com dignidade até agora. 

Mas por outro lado, “Reunion", pode ter sido feito por encomenda da gravadora, que afinal de contas, tem um objetivo muito claro e específico, “faturar”, e com um elenco de peso como tem o Yes, em qualquer situação isto passa a ser uma tarefa bem fácil, porém, prefiro ficar com a primeira hipótese. 

Yesyears é um Cdbox composto por quatro cd's e um encarte com trinta páginas, ilustradas pelas mãos do “Mago do Design”, Roger Dean, responsável pela maioria das capas dos álbuns do Yes, associadas a um texto muito bem elaborado em Inglês, contando de forma sucinta um pouco da história dos álbuns, dos músicos e tudo mais relacionado com a banda e para finalizar, a árvore genealógica da banda, mostrando as origens de cada membro e que até então, estava em sua nona geração. 

Este trabalho resgata algumas músicas que não foram colocadas em alguns álbuns de estúdio, mas que agora estando presentes nesta compilação, dão um tom de ineditismo à coletânea ao mesmo tempo em que velhas e conhecidas músicas presentes, continuam a entreter, encantar e principalmente divertir, que ultimamente tem sido uma das maneiras que encontrei para classificar uma música ou álbum, como sendo de meu agrado. 

Eu não só sou suspeito, como totalmente imparcial para comentar qualquer coisa a respeito do Yes, portanto, não acreditem em nada do que vou falar em seguida, mas esta compilação é simplesmente fantástica, divertidíssima da primeira a última faixa em todos os Cd’s, ou seja, altamente recomendado para os fãs, mas principalmente para quem não tem afinidades ou mesmo não conhece a banda, pois vão se surpreender.  

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Tracks:

Disc: 1
1. Something's Coming - Stereo Mix 
2. Survival 
3. Evrey Little Thing 
4. Then 
5. Everydays 
6. Sweet Dreams 
7. No Opportunity Necessary, No Experience Needed 
8. Time And A Word 
9. Starship Trooper: Life Seeker/Disillusion/Wurm 
10. Yours Is No Disgrace 
11. I've Seen All Good People: Your Move 
12. Long Distance Runaround 
13. The Fish - Schindleria Praematurus 

Disc: 2
1. Roundabout 
2. Heart Of The Sunrise 
3. America 
4. Close To The Edge: The Solid Time Of Change/Total Mass Retain/I Get Up I Get Down/Seasons Of Man 
5. Ritual-Nous Sommes Du Soleil 
6. Sound Chaser 






Disc: 3
1. Soon - Single Edit 
2. Amazing Grace 
3. Vevey, Part One 
4. Wonderous Stories 
5. Awaken 
6. Montreux's Theme 
7. Vevey, Part Two 
8. Going For The One 
9. Money 
10. Abilene 
11. Don't Kill The Whale 
12. On The Silent Wing Of Freedom 
13. Does It Really Happen? 
14. Tempus Fugit 
15. Run With The Fox 
16. I'm Down 

Disc: 4
1. Make It Easy 
2. It Can Happen 
3. Owner Of A Lonely Heart 
4. Hold On 
5. Shoot High Aim Low 
6. Rhythm Of Love 
7. Love Will Find A Way 
8. Changes - Live Version 
9. And You And I - Live Version 
10. Heart Of The Sunrise - Live Version 
11. Love Conquers All




"Make It Easy"

"Sound Chaser"

"YesYears Documentary"

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