13 de fev. de 2016

JOEY DEFRANCESCO - "Never Can Say Goodbye: The Music of Michael Jackson" - 2010

Olha ele de novo aí gente, sim, Michael Jackson, agora nas mãos talentosas de Joey DeFrancesco e sua banda, que mostra grande intimidade a frente do temível e legendário órgão Hammond e mesmo sem fazer grandes arabescos ou algo parecido para aparecer mais que a música, ele ao contrário disto, com muita elegância e habilidade soube equilibrar e harmonizar a fúria deste instrumento ao balanço das músicas de Michel Jackson e ainda arriscou soltar a voz saindo-se muito bem.

O álbum chama-se, “Never Can Say Goodbye: The Music of Michael Jackson”, lançado em setembro de 2010 que além do protagonista temos a seu lado uma incrível banda que o acompanha de igual para igual, fazendo deste, um delicioso álbum, bom de escutar, bater o pezinho para acompanhar as músicas e tudo mais que o gênero deste tipo de música tem a oferecer.

As músicas foram muito bem escolhidas e para mim como um mero ouvinte só faltou “Smooth Criminal” que considero uma das músicas mais incríveis de Michael Jackson, a qual inclusive tem uma versão metal fora de série já publicada aqui no blog (http://7062khz.blogspot.com.br/2013/12/v-thiller-metal-tribute-to-michael.html), aliás, este álbum é uma loucura total e completa, vale a pena dar uma conferida.

Deste fato, veio um questionamento imediato, pois pela segunda vez, eu estava postando de forma indireta a obra de Michael Jackson aqui no blog, que a bem da verdade, nunca foi um dos meus ídolos musicais, apesar de ter vivido bem à época dele, desde os tempos dos “Jackson Five” e ter total ciência da abrangência e grandiosidade que ele atingiu merecidamente e ter se tornado um ídolo da música Pop que por alguma razão inexplicável não conseguiu preencher o meu lado "The Dark Side Of  The Force".

Então, porque postar Michael Jackson aqui no blog se não há um vínculo forte entre o ídolo (pode até não ser meu ídolo, mas ele é um ídolo da música....) e eu, que por questões lógicas, só posto aquilo que eu gosto de ouvir, pois como não sou e nem me considero um crítico musical, não teria sentido eu postar algo que não houvesse uma forte ligação, apenas para eu ficar esculachando algo que não é do meu gosto ou pelo simples fato de não ter inteligência o suficiente para compreender determinado tipo de música.

Fazendo uma simples pesquisa no Google e pegando o primeiro link que apareceu, a “Wikipédia” (https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_cover_versions_of_Michael_Jackson_songs), que nem é tão confiável assim, deve ter pelo menos uns cento e cinquenta nomes ou mais que já fizeram cover de alguma música de Michel Jackson,  alguns até de peso, como Alicia Keys, Celine Dion, Chaka Khan, David Garret, Diana Ross, Faith No More, George Benson, Henry Mancini, James Last, London Symphonic Orchestra, Metallica, Moscow Symphony Orchestra, Prince, Quincy Jones, Supergrass, The Miracles, Yngwie Malmsteen e tantos outros, inclusive com a presença de alguns brazucas.

Sim e daí? A maioria aqui citada e a que está na lista da Wikipédia é do mundo Pop, portanto há uma sinergia muito grande, entretanto, ouvindo algumas músicas em versões originais, com absoluta isenção, sem aquela vontade de esculachar geral só porque não é muito do meu gosto, pude observar o nível de cuidado, riqueza de detalhamento e sofisticação que os arranjos das músicas de Michael Jackson têm e, nem vou entrar no mérito da questão que seus “videoclips” sempre foram os melhores, mas nem isso eu conseguia enxergar quando era mais jovem.

Então, não é difícil entender porque a música dele passou e ainda passa pela mão de tanta gente de mais ou menos importância e ela não perde sua essência e originalidade, proporcionando ainda a possibilidade de uma nova leitura que pode agradar aos menos afetos como eu, que só vão enxergar a grandiosidade da obra de Michael Jackson nas mãos de outrem, pois foi o que aconteceu comigo.

Voltando ao álbum, cerne desta resenha, Joey DeFrancesco e sua banda, esbanjam elegância e ao mesmo tempo virtuosismo na medida certa, sem exageros, o suficiente para agradar e entreter quem esteja ouvindo, ao bom compasso de um jazz-blues.

De forma muito inteligente a primeira faixa é a música “Triller” e o sentimento que bate é de não ter para onde fugir, pois é boa demais, o arranjo está sensacional, as harmonizações do seu Hammond são simplesmente perfeitas e além disso como os músicos que o acompanham não ficam atrás, o ganho de escala é muito grande, ou seja, há uma amplitude musical que provoca uma expectativa muito grande em relação ao que podemos espera a próxima música, e ao final do álbum, o sentimento é de saudades, portanto voltar a primeira faixa em seguida não é de se admirar. 

No mínimo o que podemos fazer é agradecer a Michael Jackson (“In Memoriam”) por ter deixado tamanho legado e motivo de inspiração a tantos artistas e músicos que de certa forma o prestigiaram e homenagearam e especificamente agora a Joey DeFrancesco por nos presentear com este delicioso e incrível álbum.

PS: A resenha ficaria muito grande para aprofundarmos em quem é Joey Defrancesco, portanto vale uma conferida em sua homepage: http://www.joeydefrancesco.com/ , pois ele é o cara.



Músicos:
Joey DeFrancesco - numa organ, keyb duo organ, numa piano, hammond organ, trumpet, vocals 
Paul Bollenback - electric guitar, nylon-string guitar
Byron Landham - drums
Pat Bianchi - keyboards
Carmen Intorre - percussion
Ann Fontinella - violin
Annie Sciola & Samantha Aurelio - background vocals
Mark Reynolds - sound effects

Tracks:
01. Thriller (7:48)
02. Never Can Say Goodbye (5:52)
03. Beat It (7:13)
04. Human Nature (5:03)
05. Rock With You (6:30)
06. She's Out Of My Life (6:44)
07. The Way You Make Me Feel (4:55)
08. Lady In My Life (5:36)
09. Billie Jean (9:47)


Versão metal de Smooth Criminal

5 comentários:

  1. Fala aí, Gus!!!!
    Bom te ver na ativa.
    Um grande abraço

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    Respostas
    1. Aos poucos o boteco vai vai voltando.....

      Muito bom te ver apor aqui também.....

      Um forte abraço Java....

      Gustavo

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  2. Brother Gus, que bela surpresa esse post!
    Não vou dizer que eu sou um mega fã do MJ, mas qualquer pessoa que goste um bocado de boa música não consegue ficar totalmente imune ao som dele, mesmo que curta qualquer estilo que seja muito afastado do pop. A razão é que o cara realmente escreveu e/ou interpretou excelentes canções, que se tornaram clássicos, querendo ou não. Por exemplo: será que alguém consegue ficar imune ao groove de Billy Jean, sem sequer bater o pé marcando o ritmo? Impossível! rsrsrs
    Ainda nem ouvi o disco e já me empolguei... rsrsrsrs
    Realmente ficou faltando Smooth Criminal, mas também ficaram de fora outras totalmente excelentes; deve ser difícil preparar uma lista curta tendo tantas opções.
    Valeu!
    Grande abraço!

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    Respostas
    1. Bem, como disse na resenha, nunca tive MJ como um ídolo, mas sempre gostei de suas músicas, entretanto nunca tinha parado para prestar a devida atenção, pois para mim eram descartáveis, pois logo em seguida vinha uma outra e assim por diante, conforme a moda ditava....

      Agora não, parei para escutar os originais com atenção e fui obrigado a reconhecer sua riqueza de detalhes e real importância para a história da música contemporânea, Pop e etc.....

      Joey DeFrancesco, que confesso que não conhecia até escutar esse álbum, tem em sua discografia nada menos do que 34 álbuns e fez uma leitura jazzística nas músicas de MJ de forma brilhante.....

      Esse álbum reúne algumas das melhores musicas de MJ que ainda por cima foram manipuladas por um músico inteligente e habilidoso que fez uma justa e merecida homenagem a MJ, portanto, um presentão para todos nós.......

      Esse é o tipo de álbum que não precisa gostar de MJ ou de jazz, basta gostar de música.....

      Valeu por sua presença e cometários.....

      Um forte abraço,

      Gustavo

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  3. Véi, bem bão esse disco! Mas não curti o DeFrancesco cantando.
    Eu tenho uns outros discos dele, tem um ao vivo com o John McLaughlin muito bom e um outro em que ele toca uns standards do Frank Sinatra.
    Eu adoro Hammond, cara! Se você também curte, procure ouvir algo do John Patton, jazzista americano, simplesmente simplesmente!
    Abração!

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