29 de jun. de 2013

PINK FLOYD - "The Amazing Pudding” - 1970

Para quem gosta de sangue, muita porrada e vísceras para todos os lados, basta apenas ter um pequeno contato com “The Amazing Pudding”, mais um bootleg do Pink Floyd, com gravações feitas no idos de 1970, onde a banda ainda um tanto perdida pela prematura perda de Sid Barrett que se afogava nas drogas, nem sabiam, mas começariam a mudar os destinos da história do rock.

A desestruturação interna e o caos formado pela situação em que estavam vivendo, foram os principais agentes transformadores da banda e da personalidade de cada membro, pois com responsabilidade de suprir o gênio inventivo de Sid Barrett o que a aparentemente era uma tarefa titânica e praticamente impossível de ser executada.

Sid Barrett
A história provou o contrário e se Sid Barrett não tivesse saído de cena, provavelmente o enredo que cercou a vida do grupo poderia ter sido outro, imprevisível, melhor ou pior talvez, quem sabe???, mas possivelmente não teríamos um “Atom Heart Mother”; “The Dark Side Of The Moon”; “Wish You Are Here”; “Animals” e quem sabe até “The Wall”.

A espinha dorsal e o cérebro pensante continuariam sob a tutela de Sid Barrett, que inconscientemente abafaria qualquer possibilidade dos demais externarem seu talento, pois sua capacidade criativa era ilimitada, coisa de gênio, um fenômeno natural, que o destino se encarregou de mudar.

A genialidade perdida é incontestável, um lado sombrio da história da banda se formou, porém sua falta se por um lado foi nefasta, algo realmente triste, por outro, os obrigou a liberarem seus demônios, exorcizarem seus medos e principalmente botarem seus neurônios para trabalhar, fato este, que os fez descobrir, que na verdade eles eram vulcões adormecidos, prontos a entrar em erupção a qualquer momento e a necessidade de sobrevivência falou mais alto e o resultado, até certo ponto surpreendente, há muito tempo é conhecido por todos nós.


O Pink Floyd tinha como hábito experimentar suas novas composições, mesmo que em um formato embrionário, bem primitivo, só para testar sua pegada, o impacto que poderia causar e isto, neste bootleg, acontece fortemente com “Atom Heart Mother” sob o pseudônimo de “The Amazing Pudding”, aliás titulo deste bootleg e, com "Us And Them" em “The Violent Sequence” que viria a ser um dos grandes hits de “The Dark Side Of The Moon”, e que alguns anos depois passaria definitivamente a fazer parte de nossas vidas. 

Esse bootleg, não esta restrito a estas musicas, pois tem também, “The Embryo”, “Set The Controls For The Heart Of The Sun”, “Main Theme - From "More”, Careful With That Axe, Eugene”, “Interstellar Overdrive”, “Sysyphus” e “Blues”, ou seja, é o que eu me referia sobre “sangue , muita porrada e vísceras para todos os lados”, pois é exatamente o retrato da banda naquele momento, que só se valiam de sua garra para criar e materializar o que mais gostamos de escutar nos últimos quarenta anos.

Nunca escondi que “Atom Heart Mother” é minha música preferida do Pink Floyd, talvez o início de tudo o que veríamos a seguir, pois representou o corte do cordão umbilical entre a banda e Sid Barrett e por também ser o registro mais visceral e primitivo da criatividade da banda, fundamental para a definição do perfil musical que iram adotar.


O áudio deste bootleg não é dos melhores, mas seu conteúdo sim, é uma preciosidade, um raro registro do processo criativo de um dos maiores expoentes da música.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Pink Floyd:
Roger Waters
Nick Mason
David Gilmour
Rick Wright 

Tracks:
CD 1 
01. Embryo 
02. Main Theme 
03. Careful With that Axe, Eugene 
04. Sysyphus 
05. Violent Sequence 

CD 2 
01. Set the Controls for the Heart of the Sun 
02. The Amazing Pudding
03. Interstellar Overdrive
04. Blues 



23 de jun. de 2013

NIACIN - "Krush" - 2013

Krush é o sexto álbum do Niacin após um jejum de sete anos afastados dos estúdios de gravação e mantendo seu habitual alto nível criativo, somos brindados com quatorze faixas eletrizantes oferecidas pelo mais famoso Power-trio do Fusion.

Procurando uma palavra única para descrever este trabalho, facilmente cheguei a “energia”, a melhor definição para a atuação de Billy Sheehan, Dennis Chambers e John Novello que mais uma vez esbanjam talento, virtuosismo e criatividade com uma sonoridade moderna que acompanha as atuais tendências musicais, mas sem perder o encanto do Fusion tradicional.

O álbum é aberto pela música título, "Krush", que é uma verdadeira pancada nos ouvidos, pois John Novello, um virtuoso do Hammond, simplesmente destrói ao manejar este tão complexo instrumento, objeto de desejo de muitos tecladistas, mas que só alguns poucos conseguiram realmente doma-lo, como Keith Emerson e Jon Lord o fizeram com maestria.

Krush é um álbum dinâmico na medida certa para os amantes da música instrumental, pois tem passagens muito bem estruturadas que vão da calmaria a tormenta e vice e versa em frações de segundos, sem perder o sentido ou que seja percebida alguma quebra rítmica abrupta, onde os três músicos praticamente solam as músicas o tempo todo e em muitos casos ao mesmo tempo.

Esse aparente caos musical é a tônica da musica do Niacin, que buscou no passado a inspiração para as suas músicas, que teve como foco central o Deep Purple, o ELP e o Led Zeppelin e desta miscigenação musical surgiu a “energia” necessária para potencializar o universo Niacin, o que os difere das demais bandas dessa vertente musical.

Eles mesmos se consideram uma banda de “Fusion Progressivo Retro”, por conta de se utilizarem de conceitos e modus operandi da música setentista, portanto, não é raro sentir a presença de Jon Lord ou de Keith Emerson e a força e o poder da música do Led Zeppelin nas pegadas mais pesadas da bateria de Dennis Chambers e do baixo de Billy Sheehan que o maneja como se fosse uma guitarra, fazendo solos absolutamente impossíveis e improváveis de serem feitos.

Balanço, swing, rock’n roll, rock progressivo e jazz, são os ingredientes presentes em Krush e provavelmente essa combinação musical seja a essência do “Fusion”, denominação muito usada para se referir à música do Niacin e o que torna este álbum absolutamente magnético e hipnótico, não permitindo qualquer possibilidade de se pular alguma faixa. 

As músicas deste álbum são realmente muito inspiradoras fáceis de agradar e em alguns momentos até dançantes, portanto um convite natural a serem escutadas e apreciadas, pois elas representam a maturidade musical destes três fantásticos músicos, que desde 1996 a cada álbum conquistam novos fãs com sua música frenética e contagiante.

O álbum mais aclamado da banda considerado por seus fãs e “críticos???”, é o “Live! Blood, Sweat & Beers”, gravado em 2000, onde ao vivo mostram do que são capazes de fazer sem as facilidades de um estúdio de gravação, realmente fantástico. 

Apenas a título de curiosidade, o nome da banda, Niacin é uma homenagem ao tão afamado orgão,  Hammond B3, a alma das músicas da banda, pois Niacin ou Niacina em português é o nome do composto químico da vitamina B3.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Niacin:
Billy Sheehan / bass
John Novello / B3, keys
Dennis Chambers / drums


Tracks:
01. Krush (4:19)
02. Tone Wheels (4:39)
03. Stormy Sunday (6:35)
04. Low Art (4:24)
05. Car Crash Red (4:12)
06. Electrocity (4:20)
07. Cold Fusion (6:41)
08. Majestic Dance (4:48)
09. Prelude & Funky Opus (7:04)
10. The Gnarly Shuffle (4:04)
11. Drifting (7:28)
12. Sly Voltage (4:52)
13. That's the One! (3:52)
14. Triple Strength (6:05)


17 de jun. de 2013

LADYLIKE & BY THE POUND - "Um Concerto" - 2013

A data, 15-06-2013, o local, Teatro Dom Silvério, no coração de Belo Horizonte, no bairro da Savassi, as Bandas, O "LadyLyke" de Tânia Braz e o “By The Pound” com sua atmosfera setentista, o resultado desta química, não poderia ser outro, senão a perfeição, em quase quatro horas de entretenimento que parece que foram uns 15 minutos, pois não vi e nem queria ver o tempo passar.

Vamos aos fatos, pois o local foi simplesmente perfeito, do início ao fim, a começar logo na entrada com uma fila para adentrar ao Teatro sem tumultos, fora isso, o local proporcionou também com abundância, conforto, acústica, iluminação e visão do palco, ou seja, tudo que um artista quer oferecer além de seu trabalho.

Cabe ressaltar o clima familiar que reinou naquele teatro, tendo em vista a alta sinergia formada entre a plateia e o palco, com direito a “Parabéns para você...”, sorteio de CDs, camisetas e um livro sobre o Rock Progressivo Italiano, bem como piadinhas de ambos os lados, só faltando nós da plateia subirmos ao palco para tocar junto com eles, tamanha era a descontração, aliás, aproveito a oportunidade para registrar a “lição de civilidade” que o povo de Belo Horizonte demonstrou em todos os lugares que circulei, e não foram poucos, mesmo em apenas dois dias de permanência na cidade e isso realmente chamou muito a minha atenção. 

Fotos Lady Like por Lucas Scarascia
Engana-se quem pensa que foi uma jornada dupla de um show rock, mas não foi mesmo, foi uma jornada dupla de um "Concerto de Rock", com duas bandas interpretando sofisticados clássicos do rock progressivo, com absoluta destreza, impressionante mesmo. 

A noite de Concertos foi aberta por Tânia Braz e sua banda LadyLike, mesclando músicas próprias e os grandes clássicos do “Renaissance”, como "Carpet Of The Sun" e "Ashes Are Burning", “Rajah Khan” e algumas outras que não me lembro agora, momento este em que Tânia Braz, mostra para que veio ao mundo, pois com uma voz daquelas, “o céu é o limite”, bem como também mostrou um talento muito grande como compositora e letrista, levando-se em conta que suas composições exploraram a existência de universos paralelos ao melhor estilo setentista, fato este só possível de se materializar, com os músicos que a acompanharam, pois sem exceções, mostraram talento, perfeccionismo e uma destreza com seus instrumentos difíceis de ver.

No segundo ato, adentra ao palco, o "By The Pound", que mais uma vez, despejou toda a sua garra e competência, levando ao delírio a plateia presente, pois a música de abertura foi “Watcher of the Skies”, interpretada com precisão cirúrgica, o que a bem da verdade foi um hábito na sequencia eletrizante de músicas que vieram a seguir como, "Can-Utility and the Coastliners"; "Cinema Show"; "Dancing With The Moonlit Knight"; "Get 'Em Out By Friday"; "The Battle Of Epping Forest”; "Can Utility and Coastliners "Musical Box" e para dar o golpe de misericórdia na moçada, "Supper´s "Ready" que em meu conceito, quem se atreve a executar esta última música, e pouquíssimos o fizeram além de seus criadores, é porque já atingiu um grau de talento e maturidade profissional muito acima do que podemos imaginar, simplesmente emocionante.

Propositadamente, escrevi muito superficialmente sobre o evento, mas o motivo é nobre e justo, vocês vão entender, pois nossa querida amiga Luciana Aun, mentora intelectual do blog PROG ROCK VINTAGE, preparou para todos nós, uma detalhadíssima resenha, perdão, resenha não, corrigindo, uma declaração de amor à música, ao rock progressivo e às bandas que se apresentaram ao registrar sua emoção nesta noite memorável, portanto meus amigos, ficam todos vocês CONVOCADOS a comparecer ao PROG ROCK VINTAGE, carregando o “Espírito do Boteco” para lá, para se deliciarem com seu precioso e preciso texto.

A única observação, que faço, vai especificamente para o vocalista do “By The Pound”, Ricardo Righi, que se eu já havia gostado muito de sua atuação no passado, quando o assisti pela primeira vez no RJ, a pouco mais de um ano, agora confesso que fiquei sem palavras, pois sua evolução no palco foi no mínimo surpreendente, beirando a perfeição, pois representar o papel de “Peter Gabriel”, não é uma tarefa fácil para ninguém, pois não basta cantar bem, não é fazer um cover, tem que transferir uma carga de emoção muito forte para levar ao público toda a grandeza da história que está sendo cantada e eu acredito que nem ele tenha se dado conta ainda desta grande evolução e se não comento nada sobre os demais membros da banda, é porque o que eu poderia dizer, já foi dito em postagens anteriores, e o que ainda não havia sido dito, Luciana já o fez brilhantemente. 

Nesta mesma noite memorável, vale registrar que eu tive o privilégio de conhecer a Luciana, pessoalmente, uma figura mais que querida por todos os amantes da música, no qual eu me incluo também e como tudo que envolveu este espetáculo parece que conspirava a favor para realmente ser uma noite inesquecível, o “By The Pound”, no meio da apresentação interrompeu o espetáculo, para agradecer o apoio e a divulgação de seu trabalho, momento este em que fui surpreendido com o carinho da banda em ver o meu nome e o do blog citados no meio de tanta gente importante que diretamente contribuiu para transformar um sonho em realidade, portanto, só resta agradecer muito à banda por essa manifestação tão surpreendente, obrigado mesmo!!!


Teatro Dom Silvério - 15/06/2013 - By The Pound

Créditos: MUSICAL BOX RECORDS

14 de jun. de 2013

YES - "Madison Square Garden" - 1977

Antes mesmo de começar a verborragia habitual, mais uma vez vou tomar a liberdade de usar um álbum postado pela Luciana Aun, mentora intelectual do blog, PROG ROCK VINTAGE, em novembro de 2012 e que faço questão de dar todos os créditos para este álbum do YES, o bootleg, “Madison Square Garden” de 1977, marcando o “Retorno do Rei”, Rick Wakeman aos teclados da banda, para servir de trilha sonora e inspiração para esta resenha, portanto, justiça feita, vamos ao ponto que realmente interessa.

Há pouquíssimo tempo, o YES desembarcou em terras tupiniquins para uma série de apresentações, que infelizmente não pude assistir, mas teve gente que assistiu e é exatamente aonde começa o enredo desta história, pois li relatos totalmente contraditórios, no melhor estilo, amor e ódio.

Como esse assunto ficou um pouco escondido nos comentários, mas foi uma constante nas ultimas resenhas e em se tratando de uma banda como o YES, nada mais oportuno do que estressar mais este assunto, um tanto polêmico, principalmente para quem é um fã incondicional da banda, assim como eu.

Não fui aos shows, mas escutei bastante algumas gravações e assisti a alguns vídeos e confesso que não fiquei muito emocionado, pois apesar dos novos integrantes serem muito bons músicos, John Davidson e Geoff Downes (esse nem tão novo assim), para mim faltou o ingrediente principal, que somente alguns mortais agraciados pelos Deuses da Música têm, “Carisma”, ingrediente este indispensável para executar as músicas do YES como ela realmente tem que ser executada, pois não basta ter talento e que sobram em abundância em Jon Anderson e Rick Wakeman, mas entendam, isto é apenas o sentimento de um fã da banda, um mero escutador de vitrola, no caso, eu.

O Luciano que constantemente colabora com seus comentários, foi ao show e se deu ao trabalho de fazer uma sinopse emocionada sobre o que viu, publicando-a na última resenha que havia feito sobre a banda em abril passado e a qual faço total questão de publicá-la na integra:

“Senhores, estava devendo algumas palavras a respeito do show do Yes no Rio, então vamos a ele. 

Toda uma expectativa para esta apresentação esteve nos corações de muitos fãs, como a falta de Jon Anderson e como seria a performance de John Davidson em seu lugar, a presença de Geoff Downes no lugar de Rick Wakeman, o ritmo mais lento em que a banda vinha tocando, entre outros. 

A boa expectativa ficava por conta da notícia que a banda executaria 3 de seus melhores álbuns, muito bem escolhidos. 

Não acompanhei pelo youtube nenhum vídeo sequer dessa turnê, pois gosto muito de assistir os shows e me surpreender com o desconhecido e inesperado, fato que caracterizava os shows em décadas anteriores. 

A única informação que tive a respeito dos primeiros shows no Brasil era que a banda não estava lenta como em 2010 e alguém me disse que estavam tocando no mesmo andamento original! 

Com esses pensamentos circulando na mente, e sentindo as emoções que o Yes me desperta há cerca de 20 anos, ainda um pouco mais hiperativadas pela ingestão de álcool (item que nunca falta em shows comigo), me sentei numa mesa do vivo rio.

Não gosto de narrar um show como um radialista narra uma partida de futebol ,com os mínimos detalhes, música por música. Vou então para um resumo. 

As imagens dos telões lindas por sinal, que exibiam fotos de capa dos álbuns, que eram executados, imagens dos membros, e formas psicodélicas, estimulavam mais ainda as emoções de cada um lá presente. 

Os caras estavam na terceira noite seguida se apresentando, e isso refletiu no físico de Steve Howe, que não se mexeu muito, mas tocou divinamente de forma impecável exibindo toda sua técnica mais que original e única com aquele timbre maravilhoso de sempre! 

John Davidson é um excelente vocalista, afinadíssimo, que tem muita facilidade para não somente tocar num timbre bem próximo ao do Jon, como enfeita subindo e descendo tons em algumas passagens. Ele não traz a mágica que o Jon conseguiu criar ao longo dos anos de Yes (claro), nem o misticismo, mas fez um trabalho louvável. 

O mão dura Geoff Downes se atrapalhou um pouco em alguns solos como de Close to the edge e roundabout, cortou fora o pequeno improviso de Awaken e o tocou numa única velocidade, mas conseguiu fazer outros solos e arranjos bem feitos como o de siberian khatru.

Cris Squire como sempre sorridente, e agora sem o Jon para dividir a atenção, era o mais presente, e tocou maravilhosamente com aquele timbrão original e único que quase vale o ingresso! 

Alan White estava muito bem, embora tenha escutado de alguém que percebeu ele um pouco tonto ao sair da bateria no final do show. 

Um ponto negativo que não gostei muito foi que não estavam improvisando muito, não alongando tanto as música, e tocando elas com uma duração mais próxima como eram os álbuns. 

Em resumo: Quem é realmente fã do Yes, ou quem gosta muito deles, acredito que tenha saído de lá muito satisfeito como aconteceu comigo! 

Eu carrego comigo o pensamento: prefiro sentir a felicidade de assistir a entidade Yes em movimento, do que não ter essa chance, como acho bacana as novas gerações terem esse contato. 

E realmente a magia indescritível dos eternos Magos do rock, esteve presente em cima daquele Palco!!!!

Luciano” 

O Luciano teve o privilégio de assistir o evento, claramente ficou emocionado com que viu, pois sua percepção foi sensibilizada pelo clima do show, mas o contraditório não para por ai, pois cheguei a comentar que no blog LEONARDINSKY, havia uma resenha desfavorável sobre a banda com a sua atual formação, inclusive com um comentário contrário a resenha já publicada, mas misteriosamente a resenha foi retirada do blog e posteriormente uma nova resenha sobre o show da banda na Califórnia, foi publicada com um cenário bem mais favorável e este fato começou a chamar a atenção.

Outro fato que chamou também a minha atenção, agora no âmbito das redes sociais, o “Facebook”, foi ver a Luciana Aun (olha você na berlinda de novo) dando uma bronca danada no pessoal que frequenta seu perfil e que foi ao show, acho que o de São Paulo, esculachando geral com a banda e com o show propriamente dito, o que obviamente a deixou muito chateada, assim como eu também fiquei e com razão, pois a turma pegou pesado demais.

Eu não tenho duvida que gosto, não é para ser discutido em fórum algum, pois tem que ser respeitado, seja ele favorável ou não, mas a sua essência, sim, que se não estiver enganado, em algum comentário foi feita uma observação quanto à banda estar indo para os estúdios para a gravação de um novo álbum.

Com este fato, surge uma “pergunta que não quer calar” e que tem assombrado meus pensamentos em relação ao  futuro do YES e que é a seguinte: Será que vale a pena, os membros remanescentes, detentores dos direitos da banda, em insistir em tocar um projeto adiante que não é mais uma unanimidade, a ponto de causar tanta dissonância entre seus fãs???

O último álbum de estúdio, “Fly From Here”, que tinha Benoit David nos vocais, foi um bom álbum, mas pelo que tenho visto, já caiu no esquecimento e não decolou e agora estão pensando em produzir um novo álbum, então,  eu realmente não sei o que pensar a respeito.

Finalizando, quando escuto um  bootleg como este postado, com um astral tão elevado, de poder magnético e hipnótico, e olho para frente e vejo a realidade da banda, confesso que sinto certo desânimo em relação à música atual do YES, podendo isto ser um sintoma de saudosismo, entretanto, isto também pode ser um sinal que o atual rumo da banda, é o de colisão com seu melancólico fim.

PS: Para não acharem que eu enlouqueci de vez, esclareço o seguinte: tentei fazer a resenha com um bootleg do show do Rio, mas não rolou o clima suficiente para dar seguimento ao texto, portanto, tive que buscar a inspiração na música do passado para tentar entender a música do presente e buscar alguma revelação sobre a música do futuro da banda.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!   SEMPRE!!!

YES
Jon Anderson (Vocals)
Steve Howe (Guitars)
Chris Squire (Bass)
Rick Wakeman (Keyboards)
Alan White (Drums)


Tracks:
01. Firebird Suite
02. Parallels
03. I've Seen All Good People
04. Close To The Edge
05. Wonderous Stories
06. Colors Of The Rainbow
07. Turn Of The Century
08. And You And I
09. Flight Jam
10. Awaken
11. Starship Trooper
12. Roundabout
13. Yours Is No Disgrace 


4 de jun. de 2013

MARILLION -“The Thieving Magpie - La Gazza Ladra” - 1988

Sem motivação, não há como escrever uma razoável resenha, e neste caso, o que me motivou a escrever esta, não foi o álbum e muito menos a banda, que são ótimos, perfeitos e eu adoro ambos, entretanto, uma reportagem da Folha de São Paulo, datada de 1988, simplesmente tenta destruir o álbum e a banda de forma maldosa e perversa.

Eu li este recorte de jornal há poucos dias no Facebook em uma Fan Page do Marillion/Fish, a “Fishheads Club Brazil” onde o álbum, “The Thieving Magpie”, seu segundo álbum ao vivo, era simplesmente detonado por um “jornalista/crítico??” que eu não vou citar o nome, pois não merece crédito, entretanto, o seu nome poderá ser lido na imagem anexa a esta resenha.

O massacre começa logo pelo título da dita reportagem, dando fortes indícios que o dito repórter, odiava a banda, aliás, odiava o rock, pois seu texto é carregado de forte ressentimento e maldade gratuita, com comparações chulas e despropositadas, apenas com o intuito de denegrir o trabalho alheio, coisa que um energúmeno como ele jamais em tempo algum, teria a capacidade de produzir um milionésimo do pior trabalho do Marillion, pois até para isso, seria necessário competência, atributo este, que inexiste em um ser destrutivo.

Lógico, a história sempre cobra seu tributo e este jornalista, no mínimo, se ainda for vivo, deve morrer de vergonha pela matéria publicada, pois provavelmente deve ter imaginado que a banda acabaria ou coisa parecida, mas contra a história, não há argumentos e sim fatos e o Marillion está na ativa até hoje, com uma incontável legião de fãs espalhadas pelo planeta.


Ler uma crítica desfavorável a um trabalho lastreada por argumentos técnicos ou estéticos ou até mesmo filosóficos é uma coisa, mas ler um texto mal intencionado, somente porque quem o escreveu não é afeto ao assunto, é no mínimo uma falta de ética profissional e um desrespeito aos leitores, que neste caso, ficou muito bem registrado em cada parágrafo, recheado de adjetivos de cunho pejorativo que só tinham um único objetivo, a destruição, é no mínimo “lastimável”, levando se em consideração que o veículo de comunicação utilizado carrega em seu DNA a grife da Folha de São Paulo.

Palavras como mimeógrafo, imitação, pseudo-Gabriel, memória curta e tantas outras, associadas à falta de conhecimento da história do rock e desprezo pela música, fora o total desrespeito pelos leitores, são os ingredientes desta infeliz crítica, feita por um ressentido, amante de outra vertente musical extinta, pois o rock o progressivo, está vivo até hoje. 

O Marillion é uma banda com personalidade própria, formada por músicos de primeira linha, com uma extensa discografia iniciada em 1982, tendo o seu último álbum de estúdio lançado em 2012 e que em dado momento de sua trajetória, mudou seu rumo musical por conta da saída de “Fish” que partiu em carreira solo e mesmo assim manteve o alto nível de álbuns e shows, cada vez mais conquistando fãs, mas até isso, serviu de pretexto para “meter o pau” no trabalho e na banda.

Espero que esta infeliz matéria "jornalística??" sirva como uma “lição aprendida” às novas gerações de jornalistas/críticos e aos meios de comunicação, que entre o artista e seu público, existe uma forte ligação que deve ser respeitada, pois palavras sem fundamentos se perdem no vazio e no descrédito. 

Quanto a este álbum e a banda, querer tecer algum comentário a respeito, para mim é “chover no molhado”, pois tudo o que poderia ser dito, muito provavelmente já foi feito e sem dúvidas alguma, está gravado na história do rock e esta resenha foi elaborada única e exclusivamente como uma forma de “desagravo” a esta crítica tendenciosa e mal intencionada, mas principalmente para resgatar e reconhecer com as devidas considerações o trabalho de um dos maiores  ícones da segunda geração do rock progressivo.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Marillion:
Fish / vocals
Mark Kelly / keyboards
Ian Mosley / drums
Steve Rothery / guitars
Pete Trewavas / basses


Tracks:
CD01:
01. Intro-La Gazza Ladra (2:45)
02. Slainte Mhath (4:48)
03. He knows you know (5:12)
04. Chelsea Monday (7:59)
05. Freaks (7:59)
06. Jigsaw (6:24)
07. Punch and Judy (3:22)
08. Sugar mice (6:02)
09. Fugazi (8:38)
10. Script for a Jester's tears (8:44)
11. Incommunicado (5:23)
12. White Russian (6:13)

CD02:
01. Pseudo silk kimono (2:19)
02. Kayleigh (3:52)
03. Lavender (2:27)
04. Bitter suite (7:37)
05. Heart of Lothian (5:12)
06. Waterhole (expresso bongo) (2:16)
07. Lords of the backstage (6:07)
08. Blind curve (5:34)
09. Childhood's end? (2:47)
10. White feather (4:22)




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