30 de abr. de 2010

DIÁRIO DE PARIS - "5° dia"

É chegada a hora de dizer adeus a "Cidade Luz", durou pouco, mas foi intensa a nossa passagem por lá.

Foram dias de trabalho muito duro, mesclados pela vida noturna de Paris, tudo passou muito rápido.

Valeu o sacrifício das poucas horas de sono nestes últimos cinco dias, pois a compensação veio em forma de arte, de história e de gastronomia.

Tenho ainda em minha memória, as imagens dos locais que estive, da forma como os franceses em cima de seu orgulho nacionalista falam, do gosto da comida que tive o privilégio de comer, dos bons vinhos que tomei e até do calor do sol sobre o nosso corpo sob uma agradável temperatura.

Como é o dia da volta, já acordamos com aquela tensão que é normal em dias de viagens, mesmo por que, teríamos que atravessar Paris para chegarmos ao Aeroporto de Orly para fazermos o primeiro trecho da viagem até Lisboa e dai então voltarmos para a nossa São Paulo, que é a realidade das nossas vidas.



29 de abr. de 2010

DIÁRIO DE PARIS - "4º dia"

Hoje foi um dia totalmente atípico, pois tivemos a parte da manhã livre de obrigações de trabalho, sendo que só no meio da tarde teríamos compromissos de trabalho, o que nos possibilitou ir até a Torre Eiffel e em seguida ao Museu do Louvre.

Foi um tour cultural que fizemos, todo ele feito de Metrô e mesmo sem falar uma palavra em francês, com a simbologia empregada em seus mapas e placas é possível trafegar naquela gigante malha ferroviária sem problemas algum.

Na Torre Eiffel a impressão que se tem é que ela é muito maior do que realmente ela é. Quando estamos em abaixo dela e olhamos para cima, a visão é de uma grandeza sem igual. Só estando junto a ela para entender este sentimento.

Fomos até o ultimo nível da torre e de lá avistamos toda a Paris, uma obra de arte, demos um giro de 360° sobre a cidade, realmente linda, inesquecível, sem contar que como é um monumento que vemos com muita freqüência em filmes, dá a sensação que de algum modo nós já estivemos lá, um falso "déjà vu".

Mesmo com grandes filas que se formavam aos seus pés quando saíamos de lá, indo a Paris, sua visita é obrigatória, imperdível. Como chegamos muito cedo, entre a compra de ingressos e a nossa subida até o seu cume, foi coisa de poucos minutos.

Após a visita a torre, corremos para o Museu do Louvre, também de metrô e lá extasiados ficamos com tamanha grandeza e beleza do prédio que abriga o maior acervo do mundo de obras de arte e peças da antiguidade.

No pátio principal tem aquela pirâmide de vidro logo a sua frente que causa um impacto muito grande com o contraste formado entre o antigo e o moderno.

Verdade seja dita, é bonito de se ver , mas não é prático, pois o ambiente internamente fica como uma estufa, muito quente e lógico que somado aos milhares de pessoas que por lá transitam a sensação térmica não é nada agradável.


Fora isto que é apenas um mero detalhe, estar dentro do Louvre é como voltar no tempo, é um mergulho na história antiga da humanidade. Mesmo antes de enxergarmos as obras de arte, a arquitetura interna e externa do Museu é fora de série. Internamente suas paredes revestidas de mármores e granitos de vários tipos e cores impressionam e praticamente em todos os locais que passamos, o tetos tem afrescos lindíssimos ou totalmente trabalhados no estilo renascentista e sempre em ambientes com pé direito de pelo menos uns oito metros de altura ou mais, dando a monumentalidade do que é o Museu.

É humanamente impossível visitá-lo em um único dia, pois, a quantidade de informação que há é muito grande. 

É preciso certo tempo de observação de cada peça para que ela seja compreendida. Acredito que uns quatro ou cinco dias dedicados ao museu sejam suficientes.

Observei que existem quatro alas bem distintas e nós mal conseguimos visitar uma, correndo feito uns loucos.

Como o tempo era  exíguo, corremos para ver a Mona Lisa e a Venus de Milo. As demais peças que passamos em frente só demos uma rápida olhada. Tenho fé que algum dia poderei voltar lá e poder obsorver com mais calma toda a riqueza cultural  concentrada lá.

Especificamente no caso da Monalisa, como não é possível usar flash dentro do museu e a distancia que o quadro se encontra é relativamente grande em função do seu pequeno tamanho, a foto não ficou legal.
Amanhã será o dia de nossa volta, espero ter algo interessante a contar.

28 de abr. de 2010

YES - "Tales From Topographics Oceans" - 1973

No sexto álbum da banda, eis que chega a vez do legendário "Tales From Topographics Oceans", álbum cem por cento conceitual com apenas quatro músicas em um álbum duplo no formato dos antigos bolachões (LP). Já havia me declarado extremamente tendencioso em relação ao YES e para falar algumas poucas palavras sobre este trabalho, serei mais tendencioso ainda.

Eu simplesmente adoro este álbum, para mim foi o ápice da banda em termos de inspiração e poder de criação. Entendo que foi um álbum polemico, beirando o "amado ou odiado" quando do seu lançamento, causou muita confusão entre seus membros, inclusive culminando com a primeira saída de Rick Wakeman da banda e que só retornaria em 1977 no álbum "Going for the one", por conta de divergências quanto ao formato e a quase totalidade de composições de Jon Anderson e Steve Howe não permitindo que ele contribuísse de forma adequada.

De forma oposta, foi o debut de Alan White na bateria em substituição a Bill Bruford estreiando em um álbum totalmente atípico, mas que serviu para provar que ele estava completamente integrado a banda naquele momento e por sinal até hoje.

O álbum abre com a música "The Revealing Science of God (Dance of the Dawn)" a pérola do álbum e seguida vem "The Remembering (High the Memory)" outra pancada na cabeça e a música "The Ancient (Giants Under the Sun)" dá uma pequena esfriada e finalmente "Ritual (Nous Sommes du Soleil)" que é uma pintura de composição.

Reconheço que não é um álbum fácil de ouvir, não só por sua complexidade sonora, mas até pelo fato de serem músicas de longa duração que compõem este álbum e como é inevitável, em algum momento ou outro o excesso de tempo às vezes tira o interesse pela música. Tem que gostar muito deste álbum, o que é o meu caso.

A formação da banda para este trabalho contou com, Jon Anderson, Rick Wakeman, Alan White, Chris Squire e Steve Howe.

Link parte 1.

"The Revealing Science of God - parte 1"
"The Revealing Science of God - parte 2"

DIÁRIO DE PARIS - "3º dia"

O cenário do terceiro dia em Paris foi bem mais alentador que os demais. Tivemos bastante trabalho, mas nada que exigisse um esforço muito grande igual aos outros dias.

O almoço foi na sala de reuniões a base de pizza, uma verdadeira éca. Frances não sabe fazer pizza e muito menos Fanta Laranja (um verdadeiro pavor).

Ao final da tarde, por volta das 17h, voltamos ao hotel e eu pude cochilar (dormi de verdade, chegando até a sonhar), tamanho era o esgotamento físico e mental que estes dias iniciais produziram.

Houve uma reunião por volta das 21h e ao final dela por volta das 23hs fomos jantar em um bistrô chamado "George V" na não menos legendária Champs Elysses.

Bom vinho, um foie gras de primeira, queijos camembert, brie e roquefort com um pãozinho Frances legitimo fizeram os trabalhos de abertura do jantar.
 
Em seguida parti para uma macarronada com salsa de tomates e muito queijo parmesão para fechar a noite em grande estilo e poder voltar ao hotel com o sentimento de missão cumprida.

Munido de uma câmera fotográfica descente, pude retratar o Arco do Triunfo de maneira mais digna a qual ele tanto merece.




Nada mais Frances que Charles Aznavour -" La Boheme"
  

27 de abr. de 2010

DIÁRIO DE PARIS - "2º dia"

Apesar de apenas 4 horas de sono entre o sábado e a segunda-feira (26/4), o 2º dia em terras napoleônicas, mostrou-se menos ingrato e ao final de um longo e tenso dia de trabalho, encerrado por volta das 22h, fomos até a Avenida Champs-Elysees, que realmente é linda e só é possível sentir sua verdadeira grandeza estando nela.

Suas largas calçadas abrigam o que há de mais sofisticado em termos de moda, automobilismo, eletrônicos, gastronomia e cultura de todo o mundo. É o orgulho da França.

O monumento do Arco do Triunfo é belíssimo, faz jus ao nome, ele é monumental e mostra a riqueza que a França oferece.

Fizemos todo o passeio de metrô, que apesar de antigo, mostrou-se extremamente eficiente, rápido e pontualíssimo.

As estações são imensas, muito fáceis para se perder lá dentro, pois, um verdadeiro labirinto de passagens internas para outras linhas em  conjunto com dezenas de saídas à superfície levando a todos os lugares, confundir-se lá é muito fácil.

Finalmente fomos jantar em uma área boêmia do centro de Paris junto à Catedral de Notre-Dame em um simples e simpático bistrô,  onde degustamos um bom vinho francês acompanhado por um belo prato a base de carne. O nome do restaurante eu não consigo lembrar nem sob tortura, tal era o cansaço naquele momento.

Como diriam os franceses e Ibrahim Sued (o repórter): "à demain! que eu vou de leve".

26 de abr. de 2010

LI, VOCE NÃO ESTARÁ SÓ!!!

Amanhã (27/4) talvez seja o mais importante dia da sua vida e eu não vou poder estar ao seu lado, separado por milhares de quilômetros de você, mas tenho certeza que estará bem acompanhada.

Tenha fé que eu estarei presente ao teu lado pois, estou orando por você e pelos especialistas que vão estar intervindo em teu corpo e quem sabe em sua mente no futuro para que amanhã seja o dia mais iluminado da vida deles.  Vai dar tudo certo!

Não tenha medo, fique calma e seja forte, pois um sonho seu pode estar se realizando juntamente com todas as inseguranças que acompanham estes momentos.

Eu te amo e estarei pensando em você todo o dia para que sinta minha presença junto a ti.

Estarei a teu lado assim que escutar o áudio do vídeo.

YES - "Close to the edge" - 1972

De volta a saga Yes, "Close to the edge" é o quinto trabalho produzido pela banda com a responsabilidade de no mínimo ser tão bom quanto os dois últimos álbuns editados, o "The Yes Album" e o fantástico "Fragile" que não faz jus ao nome, pois ao contrario e muito forte e consistente. Tarefa difícil, não? Não mesmo em se tratando de uma banda como o Yes.

A maior prova disto é que a banda não procurou fazer um álbum comercial, tanto é que só tem três faixas, pois dada a complexidade dos temas abordados, é o que coube em um bolachão de vinil (LP). Muitos anos depois é que algumas musicas foram acrescentadas como bônus para ocupar melhor o espaço disponível em um CD.

O álbum abre com a suíte tema "Close to the edge", belíssima, carismática, variada ao extremo, coisa dos deuses do progressivo, isolada em sua grandeza, pois reinava sozinha no lado "A" de um (LP), em resumo impecável. Na seqüência as músicas "And You and I" e "Siberian Khatru" que fechavam com chave de ouro o álbum.

O único fato negativo deste álbum foi a saída de Bill Bruford que após as gravações  deste álbum decidiu ir tocar com o King Crimson, mas por outro lado, a entrada de Alan White seu substituto deu novo vigor para banda e mais um talento foi absorvido pelo YES.


 "Close to the edge" -Parte 1
"Close to the edge" -Parte 2

25 de abr. de 2010

DIÁRIO DE PARIS - "1° dia"

Para descrever o primeiro dia em Paris, só com um palavrão (cada um que imagine o seu). Fora os camarões ao molho de queijo Ementhal e o vinho tinto tomado à beira do Rio Sena, as coisas estão bem complicadas por aqui.

Não durmo desde as 07h30min da manha de sábado (24/4) e são exatamente 23h55min de domingo, horário de Paris (chique pra cacete) e a tendência é que realmente não dê para dormir, pois ainda temos uma demanda de trabalho muito grande a atender para amanhã até as 09h00min. Já to naquela de chamar urubu de meu louro.

Na foto acima quem encontrar a "Torre Eiffel" pode levar pra casa. Espero ter melhores notícias e fotos mais legais amanhã.

Como diriam os franceses e Ibrahim Sued (o repórter) "à demain! que eu vou de leve".

23 de abr. de 2010

GENESIS - "Brazil Tour - Live in São Paulo" - 1977

Postei recentemente um bootleg do GENESIS com o áudio da "Brazil Tour - Live in Rio" de 1977, realizada no Maracananzinho, pois bem, lembrei que tinha também o show realizado aqui em São Paulo no Ibirapuera e com uma vantagem, o áudio de primeira qualidade.

A gravação aqui em Sampa foi feita diretamente da mesa de som, diferentemente da apresentação do Rio de Janeiro que foi feita via rádio, gravada em fita K-7 para muitos anos depois ser ripada para MP3, iniciativa que merece toda a nossa admiração e agradecimento a mais um "Iluminado desconhecido" da Internet.

Quanto ao show do Ibirapuera  não há diferenças significativas em relação ao set-list, formação da banda, pirotecnia, etc, etc, etc, com a apresentação feita no Maracananzinho, ou seja, pauleira pura, é só aproveitar.
Set-list:

CD 1:
01 - Squonk
02 - One For The Vine
03 - Robbery, Assault And Battery
04 - Inside And Out
05 - Firth Of Fifth
06 - The Carpet Crawlers
07 - In That Quiet Earth
08 - Afterglow
09 - I Know What I Like
10 - Eleventh Earl Of Mar

CD 2:
01 - Intro
02 - Supper's Ready
03 - Dance On A Volcano
04 - Drum Duet
05 - Los Endos
06 - The Lamb Lies Down On Broadway
07 - The Musical Box (Closing Section)

Como estou com algumas dificuldades em disponibilizar no Rapidshare, o link que dá acesso a este show está originariamente postado no blog Sociedade dos Roqueiros Anônimos  que por sinal tem material muito interessante e logo eu vou dar uma fuçada por lá com mais calma.

"One For The Vine"
   

22 de abr. de 2010

CAMEL - "Mirage" - 1974

O CAMEL é mais uma banda de rock progressivo que de alguma forma se inspirou na obra de J.R.R. Tolkien, "O senhor dos Anéis" produzindo um dos álbuns mais escutados do rock progressivo.

Álbum de apenas cinco faixas seguindo os padrões progressivos é um dos poucos que fica difícil não escutá-lo da primeira a última faixa.

"Mirage" é o segundo álbum de estúdio do CAMEL de um longa lista de quatorze álbuns produzidos entre 1974 e 2002.

É tipo de álbum que não dá o menor trabalho para fazer algum comentário e somente com três palavras está resolvido o assunto. FORA DE SÉRIE!!!!

Não pode faltar na coleção de roqueiro algum. Quem nunca escutou este trabalho (acho muito difícil) tem que escutá-lo, é realmente imperdível.

Os demais álbuns que foram produzidos até 1979 seguem a mesma linha e serão postados oportunamente.

A formação do CAMEL para "Mirage" contou com Andrew Latmer nas guitarras, flauta e vocal; Peter Bardens nos teclados e vocal; Doug Ferguson no baixo e Andy Ward na bateria e percussão.

Set-list:
1. Freefall (5:54)
2. Supertwister (3:23)
3. Nimrodel/The Procession/The White Rider (9:18)
4. Earthrise (6:41)
5. Lady Fantasy: Encounter/Smiles for You/Lady Fantasy (12:45)

Link.
"Lady Fantasy - parte 1"
"Lady Fantasy - parte 2"

21 de abr. de 2010

GENESIS - "Brazil Tour - Live in Rio" - 1977

Resolvi começar a falar do GENESIS logo por este bootleg, pois eu estava lá nas duas apresentações que foram feitas no Rio de Janeiro.

A vinda do GENESIS ao Brasil foi uma iniciativa do "Projeto Aquarius" que era patrocinado pelas Organizações Globo.

Uma lástima o fim deste maravilhoso projeto que na maioria das vezes promovia shows e concertos de música clássica ao ar livre, em geral na Quinta da boa Vista  no Rio de Janeiro e aqui em São Paulo acredito eu que fosse no parque do Ibirapuera e o principal, de graça. Música da melhor qualidade era disponibilizada para todos.

Era só chegar e arrumar um lugar no gramado e se deliciar com o que era oferecido. A "Genesis Brazil Tour" foi apresentada em São Paulo, Minas Gerais, Porto Alegre e Rio de janeiro.

Este show foi realizado no Maracananzinho e transmitido pela Rádio Globo-RJ Mundial AM e a saudosa ELDO POP FM   para todo o Brasil, e ai aproveito para agradecer a mais um "iluminado desconhecido" que gravou em fita cassete e passou para MP3.

Esta apresentação não contou com a presença de Peter Gabriel que já havia saído da banda, mas Phill Collins não decepcionou e comandou o show com a maior tranqüilidade, arranhando até algumas frases em português durante o espetáculo.

Lógico, quem assistiu ao show saiu maravilhado com o espetáculo, pois a apresentação da banda foi impecável, tanto que trouxeram para reforçar a banda Chester Thompson para as baterias e percussão, possibilitando a Phill Collins em alguns momentos cantar sem estar preocupado com a bateria e nos demais momentos com as duas baterias em ação foi demais. Steve Hachett, Mike Rudefort e Tony Banks dispensam qualquer comentário, simplesmente detonaram.

Que eu me lembre, pois já se passaram trinta e três anos, foi a primeira vez no que se viu uma demonstração pirotécnica com raios lazer, uma verdadeira loucura, fora toda parnafenália habitual dos shows de rock.

Este álbum tem um significado muito especial para mim pois, como já disse eu estava nas duas apresentações no Rio e é uma grata lembrança que vou carregar por toda a vida, justiça seja feita, pelo milagre que é a internet.

Set-list:
01. Intro
02. Squonk
03. One for the vine
04. Robbery, assault & battery
05. Inside and out
06. Firth of fifth
07. In that quiet earth
08. Afterglow
09. I know what i like
10. Supper's Ready
11. Dance on a Volcano
12. Los Endos
13. The lamb lies down on Broadway
14. The musical box (Excerpt)
    
"I know what i like"

20 de abr. de 2010

YES - "Fragile" - 1972

Este é o quarto álbum do YES e grandes modificações com ele surgem na banda. Este é o álbum que embalado pelo sucesso do trabalho anterior "The Yes Álbum" radicaliza uma nova formatação para a banda em termos gráficos, pois surge a figura de Roger Dean, o mago das artes plásticas, criando uma nova identidade visual que marcaria a banda até os dias de hoje.

Uma importante modificação estrutural da banda foi feita com a saída de Tony Kaye e a substituição por Rick Wakeman nos teclados, o que era imprescindível para o novo padrão de música que o YES estava imprimindo a partir deste álbum.

A nova aquisição deu um tom mais erudito, pois Rick Wakeman com sua formação clássica era e é até hoje peça fundamental para uma estrutura com base sinfônica que é a tônica do rock progressivo.

Afinal falar de "Fragile" um álbum que está com 38 anos de existência e é tocado loucamente até hoje, fica até meio constrangedor para eu tentar escrever algo, pois é bem possível que tudo o que poderia ser dito já tenha sido muito bem explorado.

Portanto o que tenho a relatar (opinião minha) é que o álbum é um marco da música mundial. Quem gosta de rock tem que escutá-lo pelo menos uma vez.

Este trabalho é um divisor de águas dentro e fora do YES. O cenário do rock progressivo foi abalado por este trabalho e teve seu rumo alterado por ele. É só fazer um flashback mental atentar que bandas como o ELP, Genesis, Jethro Tull e vários outros do gênero passaram a ter álbuns mais conceituais com músicas com temáticas complexas e de longa duração.

Cada álbum passa a ter um tema central que é explorado profundamente, exigindo da banda uma dedicação muito grande aos mínimos detalhes. O próprio YES sentiu os efeitos de "Fragile" nos álbuns seguintes "Close to the edge"; "Relayer" e "Tales from topographics oceans", este ultimo então é uma verdadeira epopéia musical, um álbum duplo no formato dos antigos bolachões (LP) com apenas quatro faixas, ou seja, uma por lado. Mas isso é assunto para uma postagem futura, pois estes álbuns merecem destaque exclusivo.

Voltando ao "Fragile", foi o álbum que proporcionou ao YES tocar em todas as rádios da Europa e EUA, alavancado pela música "Roundabout", chegando a alcançar o "TOP 10 Transatlântico".

A formação da banda para "Fragile" foi:

Jon Anderson: vocais
Chris Squire: Baixo e vocais
Steve Howe: guitarra elétrica e acústica, vocais
Rick Wakeman: órgaão, piano (elétrico e clave) , melotron e sintetizadores
Bill Bruford: bateria e percussão

Set-list:
1."Roundabout" (Jon Anderson/Steve Howe) – 8:33
2."Cans And Brahms" (Johannes Brahms, Arr. Rick Wakeman) – 1:38
3."We Have Heaven" (Jon Anderson) – 1:40
4."South Side Of The Sky" (Jon Anderson/Chris Squire) – 7:58
5."Five Per Cent For Nothing" (Bill Bruford) – 0:35
6."Long Distance Runaround" (Jon Anderson) – 3:30
7."The Fish (Schindleria praematurus)" (Chris Squire) – 2:39
8."Mood For A Day" (Steve Howe) – 3:00
9."Heart Of The Sunrise" (Jon Anderson/Chris Squire/Bill Bruford) – 11:27

"Roundabout"

19 de abr. de 2010

TITÃS - "Õ Blésq blom" - 1989

Juntamente com a Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho, os TITÃS surgiram nos anos 80 e deram uma modificada no cenário rock do Brasil. Estão na ativa até hoje, mesmo que com alguns desfalques que foram acontecendo ao longo da brilhante trajetória.

A banda começou com nove integrantes que seriam Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto, Ciro Pessoa e André Jung.

A primeira alteração foi a saída de Ciro Pessoa, mesmo antes do lançamento do primeiro álbum em 1984 e em seguida foi a vez de André Jung que imediatamente foi substituído por Charles Gavin que na época estava ensaiando com o RPM de Paulo Ricardo causando um tremendo mal estar entre as bandas.

Em 1991 é a vez de Arnaldo Antunes sair da banda e partir para uma carreira solo, talvez muito impulsionado pelo fracasso de críticas e vendas do álbum "Tudo ao mesmo tempo agora" e sete anos depois em 1998 vem a triste saída de Marcelo Fromer, morto em um atropelamento por motocicleta no Jardim Europa, região nobre da cidade de São Paulo.

Em 2002 é Nando Reis que pula fora da banda e parte para uma carreira solo e finalmente agora em 2010 foi a vez de Charles Gavin que alegando problemas pessoais no mês de fevereiro anunciou oficialmente sua saída pelo site oficial da banda.

"Õ Blésq Blom" é o sexto álbum da banda, foi produzido por Liminha em 1989 e tornou-se um álbum muito popular, sem letras agressivas e escatológicas que era a marca registrada da banda. Músicas como Flores, O pulso, 32 Dentes e Miséria estouraram nas paradas de sucesso das rádios de todo o País. Este trabalho teve a participação especial de dois repentistas Pernambucanos, Mauro e Quitéria que fazem a abertura e finalização do álbum. Esse álbum dá para escutar com as crianças na sala sem problemas.

Os demais álbuns da banda são bons para caralho (tratando-se dos Titãs não há outro termo que se encaixe melhor) e serão postados um a um em seqüência. Ter começado por "Õ Blésq Blom" tem uma explicação bem simples, pois a música "O pulso" é trilha de abertura da nova comédia dominical da TV Globo chamada "S.O.S. Emergência". 

Set-list:
1."Introdução por Mauro e Quitéria" (Mauro, Quitéria) – 0:44
2."Miséria" (Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Sérgio Britto) – 4:27
3."Racio Símio" (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Nando Reis) – 3:19
4."O Camelo e o Dromedário" (Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Tony Bellotto) – 5:22
5."Palavras" (Marcelo Fromer, Sérgio Britto) – 2:33
6."Medo" (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Tony Bellotto) – 2:06
7."Natureza Morta" (Arnaldo Antunes, Arnolpho Lima Filho, Branco Mello, Marcelo Fromer, Paulo Miklos, Sérgio Britto) – 0:19
8."Flores" (Charles Gavin, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Bellotto) – 3:27
9."O Pulso" (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Tony Bellotto) – 2:45
10."32 Dentes" (Branco Mello, Marcelo Fromer, Sérgio Britto) – 2:30
11."Faculdade" (Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos) – 3:13
12."Deus e o Diabo" (Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto) – 3:28
13."Vinheta Final por Mauro e Quitéria" (Mauro, Quitéria) – 0:36

Link
"O Pulso"

18 de abr. de 2010

RODA GIGANTE - "Um Projeto de Vida"


O Grupo Teatral RODA GIGANTE desde 1995 tem feito um trabalho social que não tem preço. Vestidos de palhaços, ele invadem as alas infantis dos hospitais levando muita alegria e principalmente esperança de vida para as crianças, muitas delas em estado terminal.

Este projeto hoje em dia tem a participação de médicos, músicos e os palhaços que em sinergia com as crianças tem por objetivo "pensar a saúde através da arte do palhaço, que é uma possibilidade de dar forma a questões sutis e subjetivas, de criar espaços de reflexão e de colocar em prática estratégias diferenciadas de ação no âmbito da cidadania".

Quem quiser conhecer e colaborar com este maravilhoso projeto e só acessar o site http://www.rodagigante.org/.

"Menor - Banda Roda Gigante na CAIXA"

CITIZEN CAIN - Serpents in Camouflage" - 1992

Surgido na década de 90, na Escócia, o CITIZEN CAIN, torna-se uma grata surpresa para o movimento progressivo, influenciados pelo estilo do Genesis e do Marillion, o que de forma alguma tirou o brilho da banda, pois fazem um rock progressivo com muita personalidade e criatividade musical proporcionando verdadeiras viagens em cada música executada.

A banda tem um total de cinco álbuns editados, sendo que o último foi editado em 2002 com o título  "Playng Dead".

Como no mundo progressivo a exigência principal é o virtuosismo dado sua complexidade musical das letras e arranjos, a banda está muito bem servida de músicos.

A começar por seu vocalista Cyrus que tem o timbre de voz semelhante ao de Peter Gabriel, tratando de uma qualidade e não de um cover vocal, Stuart Bell no teclados com muita competência faz a base de fundo e quando esta em seus solos lembra muito algumas passagens das musicas do Marillion na era Fish; Frank Kennedy na guitarra sem esforço algum executa de forma magistral a base e solos com um timbre potente em suas guitarras lembrando Steve Hachett no Genesis; David Elam no baixo garante toda a base de acompanhamento das músicas e Chris Colvin com sua potente bateria é garantia certa de muita vibração.

Serpents in camouflage é o álbum debut da banda e posso garantir que começaram com o pé direito. Na primeira faixa, que é "Stab in the back" eles mostram o porquê de estarem juntos aos grandes nomes do rock progressivo, "Harmless criminal" uma suíte de mais de dez minutos é uma viagem, e a faixa título do álbum com mais de treze minutos de duração é simplesmente uma pintura.

E por falar em pintura, Cyrus o vocalista é quem assina a arte gráfica de todos os álbuns que mostram fortes influências da arte de Salvador Dali. Esse tem talento de sobra.

Set-list:
1. Stab in the back
2. Liquid kings
3. Harmless criminal
4. The gathering
5. Dance the unicorn
6. Serpents in camouflage

"Serpents in camouflage"
Nota: é um videozinho muito esquisito, mas foi único possível de postar para este artigo.  

YES - "The Yes Album" - 1971

Continuando com a longa saga do YES, em 1971 é lançado o "The Yes Album", com uma novidade nas guitarras, Steve Howe, que entrava para substituir Peter Banks.

Este seria também o ultimo trabalho de Tony Kaye por um longo período junto ao YES, retornando ao grupo quase duas décadas depois.

Foi o álbum que definitivamente colocaria o YES em evidência no mundo do Rock. Com este trabalho, eles estiveram em 4º lugar nas paradas de sucessos da Inglaterra e 40º lugar nos EUA.

Neste álbum, diferentemente dos anteriores, não houve a presença de covers e foi o momento da verdadeira progressão do grupo. As musicas com temáticas mais complexas e com um tempo de duração maior para cada faixa deixavam este trabalho com as principais características do rock progressivo.

Músicas como I’ve Seen All Good People ou Starship Trooper imediatamente viraram hinos para a banda, sendo indispensáveis em suas apresentações.

Em geral é um álbum excelente, muito gostoso de escutar, o ponto de partida para uma trajetória que até hoje se faz presente.

A formação para este álbum contou com Jon Anderson – Chris Squire – Bill Brufford – Steve Howe – Tony Kaye.

Set-list:
01. Yours Is No Disgrace – 9′36
02. The Clap – 3′07
03. Starship Trooper
a. Life Seeker
b. Disillusion
c. Würm – 9′23
04. I’ve Seen All Good People – 6′47
a. Your Move
b. All Good People
05. A Venture – 3′13
06. Perpetual Change – 8′50

Link  
"I’ve Seen All Good People"
"Starship Trooper"

15 de abr. de 2010

EUMIR DEODATO - "Prelude"

Como já havia comentado há algum tempo atrás, Eumir Deodato fez um arranjo jazzístico para "Also Sprach Zarathustra" de Richard Strauss que está no álbum "Prelude" gravado em 1973.

Eu me sinto obrigado a fazer um "mea culpa", pois na postagem de 04/04/2010  para o álbum "Deodato In Concert Airto" eu havia citado que este álbum havia sido gravado em 1972, o que não está correto.

Não vou nem perder tempo em ficar fazendo elogios ou coisa parecida para Eumir Deodato porque é chover no molhado. O cara é gênio e pronto.

Acredito até que cada vez que "Also Sprach Zarathustra" é tocada, Richard Strauss dentro de seu ataúde se vira puto da vida porque nasceu uns 200 anos antes desta versão.

E brincadeiras a parte, se esta versão é fantástica, é porque a sua origem e essência partiu também de outro gênio da música que é Richard Strauss.

Justiça feita para os dois gênios muisicais, então vamos falar de "Prelude" que é um álbum belíssimo, recheado de músicas de primeiríssima qualidade, sem dúvidas um belo presente aos nossos ouvidos.

É tipo de álbum que é um bom motivo para reunir os melhores amigos e amigas e promover uma noite de queijos e vinhos, regada a base de "Romanée-Conti", escutado em ambiente de home-theater 7.1 para não se perder um único detalhe.

Este álbum é coisa muito fina, não pode ser acompanhado por vinho "Sangue de Boi" pelo amor de Deus.

Quando digo isto tudo, não é a toa, pois vejam  só a seleção de músicos que produziram este álbum:
Eumir Deodato: Electric Piano
John Tropea: Guitars (Solos)
Ron Carter: Electric & Acoustic Bass
Stanley Clarke: Electric Bass
Jay Berliner: Guitar
Billy Cobham: Drums
Airto Moreira : Percussions
Hubert Laws: Flutes
Marvin Stamm: Trumpet

Este grupo forma uma constelação de estrelas que merecem todo o nosso respeito, carinho e admiração.
Set-list:
1. Also Sprach Zarathustra
2. Spirit Of Summer
3. Carly & Carole
4. Bubbles, Bangles & Beads
5. Prelude To The Afternoon Of A Faun
6. September 13



Como fiquei na dúvida de qual vídeo postar, ai estão dois vídeos que encontrei no Youtube da mesma música tocados em épocas bem diferentes mas com resultados surpreendentes.  

Eumir Deodato & The Heritage Orchestra - "Also Sprach Zarathustra"

TV Cultura - "Also Sprach Zarathustra"

14 de abr. de 2010

VILLA PAULISTANA RESTAURANTE - "Villa"


Como já estamos em abril, em pleno outono, com uma temperatura ambiente muito agradável e eu com alguns quilinhos a mais (a bem da verdade com vários quilinhos a mais), procurando algo mais balanceado e leve, entrei na dieta da sopa esta semana.

Garanto que funciona, pois já cheguei a perder uns dez quilos em outra ocasião só tomando sopa no almoço.

Fui ao "Villa" e por sugestão de um dos garçons tomei uma sopa de batatas com alho poró feita na hora, algo sem igual. Da para descrever a sopa da seguinte maneira: muito leve, extremamente bem temperada, sua massa com a consistência na medida, servida com a temperatura no ponto certo, ou seja, quente o suficiente para não queimar a boca e estragar o paladar, na porção correta para quem busca uma refeição "light" e o sabor foi algo que ainda não tinha experimentada, sem dúvidas alguma uma gratíssima surpresa que um simples prato de sopa proporcionou deixando a impressão que dava para encarar pelo menos mais um prato de sopa (mas isso é coisa de gordo, só a gente entende).

Freqüentador do restaurante a pelo menos uns dez anos, o "Villa" tem um cardápio bem variado que com certeza atende a gregos e troianos, conta com uma excelente estrutura de atendimento às mesas em um ambiente muito agradável e acolhedor.

Para quem ainda não conhece o "Villa", ele fica localizado no elegante bairro de Higienópolis, na Rua Goiás, nº 27 em São Paulo/SP e atende pelo telefone 11-3661.8270.

Para saber mais sobre o restaurante é só acessar http://www.villapaulistana.com.br/  onde é possível visualizar suas instalações, mapa com a localização, cardápio e tudo mais.

YES - "Time and a Word" - 1970

Dando seqüência a discografia do YES, "Time and a Word" é o segundo álbum da banda e foi gravado em 1970. Passados quarenta anos de sua gravação ele continua atual, não se perdeu com os modismos ao longo deste tempo.

Ainda em sua fase embrionária o YES testava alguns covers de músicas conhecidas para fazer uma espécie de laboratório musical, ver o que era possível construir musicalmente e com isto ajustar os conceitos e estilos que a banda poderia imprimir em seu futuros trabalhos, tendo como resultado uma proximidade maior com o público.

Neste álbum, duas músicas serviram de cobaia, uma foi "No Opportunity Necessary, No Experience Needed" de Richie Havens e a outra "Everydays", de Stephen Stills, com arranjos orquestrados a base de muito Hammond C3 da melhor qualidade produzidos  pelas mãos de Tony Kaye.

A doce "Swett Dreams" (olha o pleonasmo) é mesmo um sonho (pqp de novo), uma delícia de escutar, não cansa o ouvido, parece que foi feita ontem, é sempre uma novidade quando se escuta e já são pelo menos uns trinta anos ou mais que eu a escuto (foda).

Mas eu sou suspeito para falar do YES (completamente tendencioso, gosto demais da banda), pois tenho a impressão que se algum dia por exemplo, eu escutar o ruído da guitarra caindo da mão de um deles batendo no chão, vou achar que é música. Não acreditem em nada do que eu estou dizendo, escutem o álbum.

A formação da banda neste álbum permanece inalterada em relação ao álbum anterior e contou com Jon Anderson nos vocais, Peter Banks nas guitarras, Tony Kaye nos teclados, Chris Squire no baixo e Bill Bruford na bateria.

Set-list:
01. No Opportunity Necessary, No Experience Needed
02. Then
03. Everydays
04. Sweet Dreams
05. The Prophet
06. Clear Days
07. Astral Traveller
08. Time And A Word

O link para "Time and a Word" está aquí.

"Time and a Word"

"No Opportunity Necessary, No Experience Needed"

Quando preparava esta postagem eu escutava "sweet dreams"  e deixa-la de fora ia ser uma puta sacanagem, portanto, abaixo tem um versão muito legal ao vivo. Aproveitem!!!

"Sweet dreams"

13 de abr. de 2010

AZIMUTH - "Azimuth" - 1975

Banda que surge de forma inusitada, o futuro AZIMUTH nasce juntamente com a inauguração de uma casa de espetáculos e cervejaria no Rio de Janeiro, o CANECÂO em 1970.

Formado por José Roberto Bertrami nos teclados, Alex Malheiros no baixo e Ivan Conti na bateria, na época cada um tinha sua própria banda fazendo um revezamento para animar a noite.

Logo estavam juntos e montaram a banda SELEÇÂO que tinha como objetivo fazer o público dançar, mas curiosamente ficavam todos sentados assistindo eles tocarem como se fosse a apresentação de um show.

Em 1973 com nome da banda modificado definitivamente para AZIMUTH por sugestão de Marcos Valle, lançam o álbum "O Fabuloso Fittipaldi" que era a trilha sonora do filme sobre a trajetória de Emerson Fittipaldi.

Daí para o sucesso foi um curto espaço de tempo, pois em 1974 quando foram contratados pela gravadora Philips, faziam os arranjos e a base musical para Raul Seixas, Erasmo Carlos, MPB-4, Gonzaguinha, Erlon Chaves, Tim Maia, Marcos Valle e vários outros que garantiam a presença deles nas rádios cariocas, mais precisamente as Rádios Tamoio e Mundial (em AM, olha que loucura) com a proporção de quatro em seis músicas tocadas.

Como tinham ( e têm até hoje) vida própria, traçaram seu rumo sem problemas algum, variando o gênero musical entre o samba, funk (o verdadeiro), Jazz-rock e até um pouco de rock progressivo que na década de 70 estava em seu auge.

Em 1975 eles gravaram a música "Melô da Cuíca", que acabou fazendo parte da trilha sonora da novela "Pedado Capital" da TV Globo pela gravadora Som Livre.

Esta música rendeu um convite para a participação deles no Festival de Jazz de Montreux tornando-os os primeiros brasileiros a serem convidados a participar daquele festival.

O sucesso foi tanto que logo em seguida Ella Fitzgerald pede a eles um arranjo especial para uma música que seria colocada em seu próximo trabalho.

Flora Purim que coincidentemente naquele ano havia ganho o prêmio de "Melhor Cantora de Jazz dos EUA" contrata a banda para acompanhá-la em sua turnê por todos os EUA.

Resumindo são vinte e sete álbuns gravados até hoje e eles são simplesmente idolatrados nos EUA e Inglaterra com praticamente toda a discografia a disposição do público.

Resolvi postar este álbum, pois ele traz a música "Na linha do Horizonte" que fez parte da trilha sonora da novela "Cuca Legal" da TV Globo.

Set-List:
01. Linha do Horizonte
02. Melô dos Dois Bicudos
03. Brazil
04. Faça de Conta
05. Caça a Raposa
06. Estrada dos Deuses
07. Esperando Minha Vez
08. Montreal City
09. Manhã
10. Periscópio



"Linha do Horizonte"

No vídeo abaixo temos a Melô da Cuíca que impulsionou definitivamente a carreira do Azimuth.

"Melô da Cuíca"

12 de abr. de 2010

SCORPIONS - "O fim de uma super banda"

No fim de janeiro deste ano, tivemos a triste notícia do fim de um dos maiores símbolos do rock, o SCORPIONS.

A má notícia vale alguns minutos de reflexão, pois em média seus integrantes estão com uns 60 anos, o que de modo algum é um problema, muito pelo contrário, significa que estão em um nível de experiência e maturidade musical limitado apenas pela vontade de continuar tocando. Eles não têm que provar mais nada a ninguém, é só tocar e pronto.

Mas a vida de quem passa meses gravando em estúdios e depois põe o pé na estrada em turnês intermináveis, centenas de horas de vôo, com um custo altíssimo para a vida familiar, têm que saber a hora de parar.

Eles souberam e está chegando o momento para uma vida mais próxima a seus familiares. Quem sabe não vão fazer algumas aparições esporádicas e causar aquela confusão habitual que quando grandes nomes ressurgem do anonimato e mostram que ainda tem sangue nas veias suficiente para continuar tocando por muito tempo. Só futuro vai poder dizer.

Será uma saída em grande estilo, pois lançaram em 19 de março de deste ano o décimo oitavo álbum de estúdio chamado "Sting in the tail", que tem a participação especial de Tarja Turunen e vão fazer a última turnê mundial com duração de dois a três anos. Vamos torcer para que o Brasil esteja incluído nesta turnê para podermos dar um último adeus ao SCORPIONS. Adeus nada, a obra deles já se eternizou em nossas mentes e corações.

Não deve ter sido uma decisão muito fácil, pois eles têm plena consciência que têm uma verdadeira legião de fãs em todo o mundo. Vão deixar muitos órfãos, mas por outro lado, estarão abrindo as portas para novos talentos que vão tentar preencher um grande vazio na história da música que vai se formar com a saída deles da cena musical.

Tarefa muito difícil, mas não impossível, pois a Alemanha é sem dúvida alguma um berço da música mundial, pois vem contribuindo a alguns séculos com grandes nomes como "Ludwig van Beethoven"; "Kraftwerk"; "Eloy"; "Triunvirat", "Pell Mell"; "Ammon Düll"; "Can"; "Primal Fear"; "Blind Guardian"; "Passport" e tantos outros nomes, abrangendo todos os estilos musicais, variando da música clássica ao heavy metal, passando pelo hard rock, pop, krautrock, progressivo e jazz e não vai ser agora que eles vão falhar.

Para este último trabalho a formação da banda contou com Klaus Meine - vocal; Matthias Jabs - Guitarras; Rudolph Schenker - Guitarras; Pawel Maciwoda-Jastrzêbski - Baixo e James Kottak -bateria.
Set-list:
1. Raised On Rock
2. Sting In The Tail
3. Slave Me
4. The Good Die Young (feat. Tarja Turunen)
5. No Limit
6. Rock Zone
7. Lorelei
8. Turn You On
9. Let's Rock
10. SLY
11. Spirit Of Rock
12. The Best Is Yet To Come

Para fazer o download de "Sting in the tail" clique aqui

"The Good die young"
  

9 de abr. de 2010

JETHRO TULL TRIBUTE - "To Cry You A Song - A Collection of Tull Tales" - 1996

Essa moda de álbum tributo a grandes bandas consagradas eu considero uma situação muito complicada, pois muitas vezes o que se observa é que o tributo nada mais é que um caça-níqueis para as as gravadoras, pois o resultado musical em geral é muito fraco e acaba sendo um tiro no pé dos verdadeiros autores que devem ficar muito putos com a deturpação da obra, uma verdadeira falta de respeito com  os autores e com o público em geral.  Mas como sempre existem as exceções, "To Cry You a Song - A collection of Tull Tales" é uma gratíssima surpresa. Sou capaz de cometer o sacrilégio de dizer que tem algumas músicas que ficaram melhores que o original (que Ian Anderson  me perdoe e não me xingue).

A execução de “One Brown Mouse” feita pelo “Echolyn” é no mínimo uma obra de arte, “Keith Emerson” que toca “Living in the past”  em um formato totalmente instrumental fez um arranjo fantástico, "John Wetton" deixou "Nothing is easy" de cara nova.

Para quem nunca teve a oportunidade de escutar este álbum e conhece a obra do Jethro Tull e uma  descoberta a cada faixa e para quem não conhece (acho um pouco difícil) é uma deliciosa novidade.

Com um timaço de bandas e alguns músicos isolados esta coletânea é realmente um tributo, uma verdadeira homenagem ao JETHRO TULL. E que responsabilidade tiveram em fazer este trabalho, uma verdadeira façanha titânica.

O álbum é altamente recomendado para fãs e não fãs do JT, pois as músicas estão com novos arranjos que não descaracterizaram o original, ficando o resultado excelente.

Observando as músicas que foram escolhidas para este trabalho e quem as executou, fica fácil de entender o porquê de um álbum tão bom.
Set-list:
01. Magellan / A Tull Tale 2'32''
02. Magellan / Aqualung 8'09''
03. Roy Harper /Up The 'Pool 3'01''
04. John Wetton / Nothing Is Easy 4'17''
05. Lief Sorbye / Mother Goose 4'23''
06. Robert Berry / Minstrel in the Gallery 5'22''
07. Echolyn / One Brown Mouse 3'15''
08. Charlie Musselwhite / Cat's Squirrel 5'52''
09. Glenn Hughes / To Cry You a Song 5'10''
10. Robby Steinhardt / New Day Yesterday 3'59''
11. Wolfstone / Teacher 3'58''
12. Keith Emerson / Living in the Past 3'21''
13. Tempest / Locomotive Breath 4'32''
14. Dave Pegg / Life's a Long Song 2'45''

Download

A iniciativa deste tributo partiu da gravadora Magna Carta Records, que por sinal está se especializando neste modelo, pois outros tributos a bandas como YES, ELP e RUSH foram produzidos por eles e o resultado não foi diferente a este.

Keith Emerson - "Living in the past"

8 de abr. de 2010

KLAATU - "Calling Occupants of Interplanetary Craft"

Surgido no Canadá no meio dos anos 70, o KLAATU já entra em cena causando muita confusão, pois a forma como tocavam, o tipo de música e principalmente o timbre de voz em algumas canções fizeram muitos acreditar em um álbum secreto dos Beatles.

Como não havia absolutamente uma linha sequer a respeito da ficha técnica do álbum, quem eram os integrantes, onde havia sido produzido a confusão estava armada fazendo que logo no primeiro trabalho  as vendas nos EUA e Europa fossem estratosféricas dada a semelhança de estilos.

Só que essa é uma história muito longa e complexa que envolve até a suposta morte de Paul MacCartney e a sua substituição por um sósia, podendo ser até objeto de uma futura postagem.

O Klaatu era apenas um trio formado por Terry Draper, Dee Long e John Woloschuk que deram conta do recado em todos os trabalhos produzidos. Foram cinco álbuns entre 1976 a 1981. Apenas por curiosidade a origem do nome KLAATU vem do filme "O dia que a Terra parou" que teve um remake bem recente com a participação de Keanu Reeves.

No primeiro trabalho que é "Est 3:47" de 1976, a música "Calling Occupants of Interplanetary Craft" chama muita atenção, tanto é que pouco tempo depois ela estava estourando em todas as paradas de sucesso com uma versão pop feita pelos CARPENTERS em 1977 com direito a clipe e tudo mais na voz aveludada de Karen Carpenter.

Set-list:
1. Calling Occupants Of Interplanetary Craft
2. California Jam
3. Anus Of Uranus
4. Sub-Rosa Subway
5. True Life Hero
6. Doctor Marvello
7. Sir Bodsworth Rugglesby III
8. Little Neutrino

Download
"Klaatu version" 
  
"Carpenters version"

7 de abr. de 2010

SAGRADO CORAÇÃO DA TERRA - "Farol da Liberdade"

Fundada em 1979, a banda mineira "Sagrado Coração da Terra", capitaneada por Marcus Viana, compositor e violinista, encontra-se definitivamente com o sucesso com o lançamento em 1991 do terceiro álbum chamado "Farol Da Liberdade".

Com oito álbuns editados entre 1984 a 2001 o Sagrado Coração da Terra manteve seu estilo intacto, ou seja, fizeram um rock progressivo sinfônico com temáticas complexas praticamente em todos os álbuns.

Marcus Viana paralelamente ao seu trabalho com o Sagrado Coração da Terra a partir de "Farol da Liberdade" começa a se dedicar a sua carreira solo, pois o sucesso da novela Pantanal projetou sua música internacionalmente. A combinação das imagens do Pantanal com a trilha sonora ao fundo ficaram gravadas na memória de quem assistiu aquela produção.

No álbum "Farol Da Liberdade", a suíte "Pantanal" tema da novela de nome homônimo da extinta Rede Manchete é o carro chefe. Melodias e arranjos impecáveis, executados por músicos de primeiríssima qualidade garantem momentos de raro prazer.


Set-list:
1. Dança das Fadas (Marcus Viana)
2. Solidariedade (Marcus Viana)
3. Amor Selvagem (Marcus Viana)
4. Pantanal (Marcus Viana)
5. Olívia (Marcus Viana)
6. Farol da Liberdade (Marcus Viana)
7. Raio e Trovão (Marcus Viana)
8. The Central Sun of the Universe (Marcus Viana)     


Pantanal com imagens ao fundo de (Apokalipto???)

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